Américo Barreira
Todos os anos, a 15 de agosto, celebramos o facto ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé pelo Papa Pio XII, em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus – MD: ”A imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (MD, 44)
Antes desta proclamação, a igreja celebrava a “dormição de Maria” ou ainda o “trânsito”, em particular ainda hoje na Igreja do Oriente. Segundo a tradição, Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. No meio de todos os seus sofrimentos – as dúvidas do seu esposo José, a separação do seu Filho, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte de Jesus - São Bernardo e São Francisco de Sales indicam que é o amor de Maria pelo seu Filho Jesus, que havia partido para o Pai, como motivo de sua morte.
A crença estabelecida é de que a Virgem Maria terá morrido antes da dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrou os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Não terá subido ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como Mãe do próprio Deus.
O Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus - MC, resume a importância desse dogma numa expressão cheia de densidade: “A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa Assunção de Maria ao céu; festa do seu destino de plenitude e de bem-aventurança, da glorificação da sua alma imaculada e do seu corpo virginal, da sua perfeita configuração com Cristo Ressuscitado.” (MC, 6).
Maria participa da ressurreição e glorificação de Cristo. É preciso notar que somente Jesus e Maria subiram ao Céu de corpo e alma. É certo que acreditamos que os santos estão também no Céu, mas apenas com suas almas, pois os corpos estão na terra, aguardando a ressurreição do último dia.
Maria, pelo contrário, foi elevada ao céu com seu corpo já ressuscitado. É grande a glória que lhe foi concedida. Não deixemos que o tempo tipicamente de férias nos faça relativizar este acontecimento de grande importância para igreja, nunca esquecendo de que a glória da Assunção de Nossa Senhora ao Céu é, para nós que ainda vivemos neste vale de lágrimas, a certeza de que o Céu existe e que é nosso destino.
Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus – Rua Luís Vaz de Camões, 2700-534 Amadora – Tel 21 475 19 46 facebook.com/paroquia.brandoa/ – boletim.brandoa@gmail.com Coordenadora: Madalena Madeira Duarte – Design editorial: Maria Carvalho Barreira – Impressão: Litografia Amorim
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