Vaticano, 22 jul. 22 / 09:52 am (ACI).- O papa Francisco rezou diante do ícone da Virgem Salus populi Romani, padroeira de Roma, na basílica de Santa Maria Maior hoje (22). O papa costuma rezar na basílica antes e depois de cada viagem apostólica internacional.
“O papa Francisco foi à basílica de Santa Maria Maior, centro de Roma, para rezar diante do ícone da Virgem Salus Populi Romani, confiando a ela sua viagem ao Canadá. Após o momento de oração, o Santo Padre retornou ao Vaticano", disse um comunicado da Sala de imprensa da Santa Sé.
Uma foto divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé mostra o papa sentado em uma cadeira de rodas.
Devoção do papa Francisco
A basílica de Santa Maria Maior tem um significado especial para Francisco, pois é o lugar que ele visitou na manhã do primeiro dia de seu pontificado, em 14 de março de 2013, para confiar seu ministério petrino à Mãe de Deus diante do antigo ícone de Maria Salus Populi Romani, protetora do povo romano.
Desde então, toda vez que faz uma viagem internacional, Francisco vai a esta basílica para rezar antes e agradecer depois pelos frutos de sua visita apostólica.
A viagem do papa ao Canadá
Francisco vai a Edmonton, Quebec e Iqaluit de 24 a 29 de julho onde deve se reunir com membros de grupos indígenas canadenses, sobreviventes de abusos em escolas residenciais administradas pela Igreja.
O papa Francisco será o segundo papa a visitar o Canadá depois das três viagens de são João Paulo II em 1984, 1987 e 2002.
Na conclusão da oração do Ângelus dominical de domingo (17), o papa Francisco disse que sua viagem apostólica ao Canadá será uma “peregrinação penitencial” e que irá “em nome de Jesus para encontrar e abraçar as populações indígenas”.
“No próximo domingo, se Deus quiser, partirei para o Canadá; por isso, gostaria agora de me dirigir a todos os habitantes daquele país. Caros irmãos e irmãs do Canadá, como sabeis, irei até vós especialmente em nome de Jesus para me encontrar e abraçar os povos indígenas”, disse Francisco no domingo (17).
Naquela ocasião, o papa Francisco reconheceu que “infelizmente, no Canadá, muitos cristãos, incluindo alguns membros de institutos religiosos, contribuíram para políticas de assimilação cultural que, no passado, prejudicaram gravemente as comunidades nativas de várias formas”.
O papa disse que recebeu em abril no Vaticano representantes dos povos indígenas canadenses, “aos quais manifestei o meu pesar e solidariedade pelos danos que sofreram”.
“Agora preparo-me para empreender uma peregrinação penitencial, que espero, com a graça de Deus, contribua para o caminho de cura e reconciliação já empreendido.”, destacou.
O papa agradeceu a todos os que estão preparando a viagem e pediu a todos que “o acompanhem com a oração”.
O governo canadense do primeiro-ministro Justin Trudeau espera que o papa Francisco peça desculpas em nome da Igreja Católica por eventuais abusos cometidos contra estudantes indígenas em escolas residenciais administradas por católicos. Até agora o papa, reconhecendo os problemas ocorridos, não fez nenhum pedido de desculpa em nome da Igreja.
Os bispos canadenses disseram no ano passado que acolheriam a visita de Francisco como uma “peregrinação de cura e reconciliação”.
(acidigital)
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