segunda-feira, 31 de outubro de 2022
ANGELUS (Texto)
PAPA FRANCISCO
ANGELUS
Praça São Pedro
Domingo, 30 de outubro de 2022
Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje, na Liturgia, o Evangelho narra o encontro entre Jesus e Zaqueu, chefe dos publicanos na cidade de Jericó (Lc 19, 1-10). No centro desta história está o verbo procurar. Estejamos atentos: procurar. Zaqueu «procurava ver Jesus» (v. 3) e Jesus, depois de o conhecer, diz: «O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (v. 10). Reflitamos um pouco sobre os dois olhares que se procuram: o olhar de Zaqueu que procura Jesus e o olhar de Jesus que procura Zaqueu.
O olhar de Zaqueu. Trata-se de um publicano, ou seja, um daqueles judeus que cobravam impostos em nome dos dominadores romanos - um traidor da pátria - e aproveitavam-se daquela sua posição. Por isso, Zaqueu era rico, odiado por todos e apontado como pecador. O texto diz que «era de pequena estatura» (v. 3) e com isto talvez aluda também à sua baixeza interior, à sua vida medíocre, desonesta, sempre com o olhar dirigido para baixo. Mas o importante é que ele era baixinho. No entanto, Zaqueu quer ver Jesus. Algo o impele a vê-lo. «Correndo à frente – diz o Evangelho – subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali» (v. 4). Subiu a um sicómoro: Zaqueu, o homem que dominava tudo, torna-se ridículo, vai no caminho do ridículo para ver Jesus. Pensemos no que aconteceria se, por exemplo, um ministro da economia subisse a uma árvore para olhar para outra coisa: correria o risco de ser ridicularizado. E Zaqueu correu o risco de ser ridicularizado para ver Jesus. Zaqueu, na sua baixeza, sente a necessidade de procurar outro olhar, o de Cristo. Ainda não o conhece, mas está à espera de alguém que o liberte da sua condição - moralmente baixa - que o tire da lama na qual se encontra. Isto é fundamental: Zaqueu ensina-nos que, na vida, nunca tudo está perdido. Por favor, nunca tudo está perdido, nunca! Podemos sempre criar espaço para o desejo de recomeçar, de iniciar de novo, de nos converter. Isto é o que Zaqueu faz.
Decisivo neste sentido é o segundo aspeto: o olhar de Jesus. Ele foi enviado pelo Pai para procurar quem se perdeu; e quando chega a Jericó, passa exatamente ao lado da árvore onde está Zaqueu. O Evangelho narra que «Jesus levantou os olhos e disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa, pois tenho de ficar em tua casa”» (v. 5). É uma imagem muito bonita, porque se Jesus deve levantar os olhos, significa que olha para Zaqueu de baixo. Esta é a história da salvação: Deus não nos olhou do alto para nos humilhar nem julgar, não; pelo contrário, abaixou-se ao ponto de nos lavar os pés, olhando-nos de baixo e restituindo-nos dignidade. Assim, o cruzar dos olhares entre Zaqueu e Jesus parece resumir toda a história da salvação: a humanidade com as suas misérias procura a redenção, mas antes de mais Deus com misericórdia procura a criatura para a salvar.
Irmãos, irmãs, lembremo-nos disto: o olhar de Deus nunca pára no nosso passado cheio de erros, mas olha com infinita confiança para aquilo em que nos podemos tornar. E se por vezes nos sentimos pessoas de baixa estatura, não à altura dos desafios da vida e muito menos do Evangelho, mergulhados em problemas e pecados, Jesus olha para nós sempre com amor; como com Zaqueu, ele vem até nós, chama-nos pelo nome e, se o acolhermos, vem até à nossa casa. Então podemos perguntar-nos: como nos vemos a nós mesmos? Sentimo-nos inadequados e resignados, ou precisamente nesse momento, quando nos sentimos tristes, procuramos o encontro com Jesus? E depois: que olhar temos para aqueles que erraram e estão a lutar para se erguerem do pó dos seus erros? É um olhar do alto, que julga, despreza e exclui? Recordemos que é admissível olhar para uma pessoa do alto para baixo apenas para a ajudar a erguer-se: nada mais. Só neste caso é permitido olhar de cima para baixo. Mas nós cristãos devemos ter o olhar de Cristo, que abraça de baixo, que procura quem está perdido, com compaixão. Este é, e deve ser, o olhar da Igreja, sempre, o olhar de Cristo, e não o olhar condenador.
Oremos a Maria, cuja humildade o Senhor contemplou, e peçamos-lhe o dom de um novo olhar sobre nós e sobre os outros.
Depois do Angelus
Prezados irmãos e irmãs!
Ao celebrarmos a vitória de Cristo sobre o mal e a morte, rezemos pelas vítimas do ataque terrorista em Mogadíscio que matou mais de uma centena de pessoas, incluindo muitas crianças. Que Deus converta os corações dos violentos!
E oremos também ao Senhor Ressuscitado por quantos - sobretudo jovens - morreram esta noite em Seul, devido às trágicas consequências de um súbito tropel da multidão.
Ontem em Medellín, Colômbia, foi beatifica Maria Berenice Duque Hencker, fundadora das Pequenas Irmãs da Anunciação. A sua longa vida, que terminou em 1993, foi passada inteiramente ao serviço de Deus e dos irmãos, especialmente dos pequeninos e excluídos. Que o seu zelo apostólico, que a levou a anunciar a mensagem de Jesus para além das fronteiras do seu país, reforce em todos o desejo de participar, com oração e caridade, na difusão do Evangelho em todo o mundo. Um aplauso à nova Beata, todos!
Saúdo todos vós, romanos e peregrinos de vários países: famílias, grupos paroquiais, associações, fiéis. Saúdo em particular, da Espanha, os fiéis de Córdoba e o coro “Orfeón Donostiarra” de San Sebastián, que celebra 125 anos de atividade; os jovens do Movimento Hakuna; o grupo de São Paulo, Brasil; e os clérigos, as religiosas e os religiosos indonésios residentes em Roma. Saúdo os participantes no congresso promovido pela rede mundial “Uniservitate” e Lumsa; assim como as crianças da Primeira Comunhão de Nápoles e os grupos de fiéis de Magreta, Nocera Inferiore e Nardò. E os jovens da Imaculada.
Não nos esqueçamos, por favor, nas nossas orações e na nossa profunda tristeza, da atormentada Ucrânia. Rezemos pela paz, não nos cansemos de o fazer!
Desejo a todos bom domingo. E por favor não vos esqueçais de rezar por mim. Bom almoço e até à vista!
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O Santo do Dia
Santo Afonso Rodriguez
VIUVO, RELIGIOSO, +1617
Celebrado A 31 De Outubro
O humílimo Afonso Rodriguez entrou na vida religiosa após uma infeliz experiência matrimonial. Educado no colégio jesuíta de Alcalá, teve de abandonar os estudos para tomar o lugar do pai no comércio de tecidos, casando-se aos 27 anos de idade. Tendo perdido a esposa e os filhos, angustiado procurou continuar a sua vida como comerciante até se descuidar, caindo em dívidas e a cada dia mais perdendo o gosto pelas coisas materiais. Sentindo-se chamado para a vida religiosa, ingressou na Companhia de Jesus como simples irmão coadjutor. Durante quase quarenta anos foi religioso exemplar exercendo o humilde mister de porteiro. Foi o Jesuíta e confessor que preparou São Pedro Claver que seria o apóstolo dos escravos negros. Santo Afonso Rodriguez era de facto um grande mestre na oração. Dotado de dons sobrenaturais e carismas, desenvolveu grande apostolado, chegando a possuir numeroso grupo de discípulos, entre os quais São Pedro Claver. Deixou escritos que revelam uma sabedoria nada romanesca, muito verdadeira e profunda. Foi canonizado pelo Papa Leão XIII.
Evangelho Quotidiano
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
domingo, 30 de outubro de 2022
sábado, 29 de outubro de 2022
The Guardian está errado: Assim é um bebê de nove semanas no ventre
Bebê entre nove e dez semanas de gestação / lunar caustic(CC BY-SA 2.0)
WASHINGTON DC, 28 Out. 22 / 10:14 am (ACI).- Um artigo publicado pelo jornal britânico The Guardian que pretende mostrar que um bebê no ventre materno "não é visível" até depois de dez semanas de gravidez é "intencionalmente enganoso", diz uma ginecologista-obstetra certificada.
As fotos que acompanham o artigo, disse a especialista, foram manipuladas, porque o embrião seria claramente visível nessa fase de seu desenvolvimento.
Imagens enganosas dizem que “não há embrião visível”
O artigo, intitulado "Como é realmente uma gravidez antes de dez semanas – em fotos", escrito por Poppy Noor, inclui uma série de fotos fornecidas pela My Abortion Network (MYA Network) supostamente mostrando "como realmente é o tecido nas primeiras nove semanas de gravidez”.
A MYA Network, dirigida pela médica Joan Fleischman, diz em seu site que é uma "rede de médicos que estão expandindo as opções de aborto em ambientes de atenção primária".
O grupo oferece consultas para abortos precoces, principalmente com pílulas abortivas que as mulheres podem tomar em casa.
O artigo do The Guardian afirma que “as pacientes podem vir a abortar com medo [de ter] visto imagens on-line”, referindo-se às muitas imagens que mostram a humanidade de um feto, mesmo nos estágios iniciais da gravidez.
Fleischman disse que essas imagens fazem com que muitas pessoas "[esperem] ver um pequeno feto com as mãos, um bebê desenvolvido em miniatura".
As fotos incluídas no artigo, no entanto, não parecem incluir o embrião. Em vez disso, apresentam pedaços brancos do saco gestacional e tecido decidual circundante.
Fleischman disse que as pacientes ficam "atordoadas" quando veem imagens de como "realmente é" um aborto.
“Isso é tudo o que se eliminaria durante um aborto e inclui o embrião nascente, que não é facilmente visível a olho nu. Mostrar esse tecido pode ser um alívio para as pacientes”, disse o artigo.
Fotos “manipuladas”
A médica Christina Francis, diretora executiva da Associação Americana de Obstetras e Ginecologistas Pró-Vida (AAPLOG), classificou como enganosas as afirmações de Fleischman.
"O 'tecido da gravidez' fotografado pela My Abortion Network neste artigo foi claramente manipulado de forma significativa a ponto de ser intencionalmente enganoso", disse Francis à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.
"Essas imagens, combinadas com o comentário do artigo, afirmam erroneamente que uma gravidez de seis a dez semanas é apenas um aglomerado de células, nada mais, ou que é muito pequeno para ser visto sem um microscópio", disse.
"O site desta organização afirma que eles removeram partes do tecido e lavaram o sangue para mostrar 'apenas o saco gestacional'. Isso significa que eles removeram o embrião do tecido da gravidez ou que o embrião foi tão destruído pelo processo de aborto que é indistinguível do resto do tecido fotografado”, afirmou.
Francis disse que um feto nessa fase seria claramente visível.
“Na verdade, entre seis e dez semanas de gestação, o embrião cresce até se tornar um feto, do tamanho de um feijão cozido até o tamanho de uma ameixa. Em muitos casos, são, de fato, visíveis a olho nu. Muitas mulheres que sofreram aborto espontâneo ou aborto médico podem atestar isso”, declarou.
“Este artigo é um insulto a essas mulheres e a informação errada que contém prejudica todas as mulheres. Tem a intenção de desumanizar seres humanos não nascidos, mas qualquer pessoa que tenha participado de uma aula de desenvolvimento humano básico ou visitado um site de gravidez deveria poder vê-lo”, disse.
Noah Brandt, vice-presidente de comunicações da Live Action, disse à CNA que "The Guardian enganou e estrategicamente escolheu apresentar uma imagem do saco gestacional ao redor do bebê por nascer, enquanto se recusa enganosamente a mostrar a humanidade da criança".
"Mentir para as mulheres aao eliminar completamente o coração pulsante, os órgãos em desenvolvendo e os dedinhos dos pés da pessoa no útero põe em dúvida a integridade do The Guardian", acrescentou.
A MYA Network também afirma que os nascituros não têm batimentos cardíacos.
MYA Network não respondeu à solicitação de declarações de CNA.
(acidigital)
Hoje a Igreja Católica celebra a beata Chiara Luce Badano
REDAÇÃO CENTRAL, 29 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- Hoje (29), a Igreja Católica recorda a beata "Luce" (Luz) Badano (1971-1990), nascida em um dia como hoje há 50 anos. Chiara nasceu em Sassello, Ligúria, Itália, em 29 de outubro de 1971. Desde pequena demonstrou um profundo amor a Deus, com um caráter forte, mas dócil; um coração cheio de alegria, com uma ternura pouco comum que parecia brotar através do seu olhar, sempre cheio de luz. Todos a sua volta a reconheciam como uma jovem bondosa e ativa.
Aos nove anos ingressou no Movimento dos Focolares. Depois, em 1985, se mudou para Savona para continuar com seus estudos no ensino médio. Aos 16 anos, vivendo como qualquer adolescente entre amigos, música e esportes, ela decidiu consagrar sua vida a Deus. Já nessa época, Chiara começou a desenvolver um vínculo muito estreito com a fundadora dos Focolares, Chiara Lubich, que lhe deu o apelido de "Luce".
No verão de 1988, Chiara foi diagnosticada com um tumor no ombro. A avaliação médica indicou "sarcoma osteogênico com metástase", um tipo de tumor agressivo e doloroso. A jovem se propôs a lutar contra a doença e começou um tratamento intenso de quimioterapia, enquanto tentava continuar com a sua vida comum, sem perder a alegria na fé. Repetia constantemente que oferecia todas as suas dores a Deus, “Por Jesus, por Jesus”; “Isso o faço por ti, Jesus. Si tu o queres, eu também”.
O processo de sua doença a levou pouco a pouco a ficar prostrada. Chiara queria se manter lúcida para oferecer a sua dor, e renunciou aos sedantes e analgésicos. Sua intenção era acompanhar a Cristo sofredor e abandonado.
Seus amigos a visitavam para lhe animar, mas, paradoxalmente, eram eles que, depois de se encontrarem com ela, ficavam animados a seguir o Senhor mais de perto e a visitá-la com frequência. Chiara sabia que a probabilidade de morrer era grande, mas longe de se abandonar, se uniu mais a Jesus, convertendo-se em fonte de consolo para os que a rodeavam. Assim, por um tempo, se dedicou a acompanhar, enquanto ainda podia caminhar, a um jovem que sofria com depressão. Depois, entregou todas as suas economias a um amigo que partiu em missão humanitária para a África.
Apesar dos esforços dos médicos, a doença avançou rapidamente e ela perdeu a mobilidade nas pernas. "Se eu tivesse que escolher entre caminhar ou ir para o paraíso, escolheria a última possibilidade", disse ela aos pais, quando não pedia mais a cura, mas se encontrar com Jesus.
Em julho de 1989, ela sofreu uma forte hemorragia, um sinal de que o fim estava próximo. Assim que teve forças, disse aos pais: "Não chorem por mim. Vou estar com Jesus. No meu funeral não quero que chorem, mas cantem bem alto".
Em sua cama, Chiara rezou pedindo para poder cumprir a vontade de Deus até o último suspiro. “Não peço a Jesus que venha me buscar para me levar ao paraíso; não gostaria de lhe dar a impressão de que não quero mais sofrer”, chegou a dizer a sua mãe, com quem já preparava o que tinha começado a chamar sua "festa de bodas", ou seja, o seu funeral.
No domingo, 7 de outubro de 1990, Chiara morreu acompanhada de seus pais. Seus amigos aguardavam atrás da porta do quarto. Suas últimas palavras para a sua mãe foram: “Tchau. Seja feliz, porque eu sou”.
Cerca de duas mil pessoas compareceram ao seu funeral.
Beatificação
Em dezembro de 2009, o papa emérito Bento XVI reconheceu publicamente o milagre que tornaria possível a beatificação de Chiara. Os pais de um menino italiano pediram a intercessão de Badano para que seu filho se curasse de uma meningite grave que estava causando o colapso de seus órgãos internos. De repente, o menino ficou curado e nenhum dos médicos responsáveis pelo tratamento tinha uma explicação.
Chiara Badano foi beatificada em 25 de setembro de 2010. O arcebispo Angelo Amato, chefe da Congregação para a Causa dos Santos, colocou Chiara como um exemplo de como mesmo em uma vida curta se pode viver com grandeza e santidade: “Hoje há gente cheia de virtudes que, na família, na escola ou na sociedade, estão longe de desperdiçar a vida".
(acidigital)
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
AUDIÊNCIA GERAL (Texto)
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 26 de outubro de 2022
Catequeses sobre o discernimento 7. A matéria do discernimento. A desolação
Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Como vimos nas catequeses anteriores, o discernimento não é principalmente um procedimento lógico; ele incide sobre as ações, e as ações têm uma conotação também afetiva, que deve ser reconhecida, porque Deus fala ao coração. Então, abordemos a primeira modalidade afetiva, objeto do discernimento: isto é, a desolação. De que se trata?
A desolação foi definida assim: «Obscuridade da alma, perturbação interior, impulso para coisas baixas e terrenas, inquietação devida a várias agitações e tentações: assim a alma inclina-se para a desconfiança, fica sem esperança e sem amor, torna-se indolente, tíbia, triste e como que separada do seu Criador e Senhor» (Santo Inácio de Loyola, Exercícios espirituais, 317). Todos nós temos esta experiência. Acredito que, de um modo ou de outro, vivemos esta experiência da desolação. O problema é como poder lê-la, pois também ela tem algo importante para nos dizer, e se tivermos pressa de nos livrar dela, correremos o risco de a perder.
Ninguém gostaria de se sentir desolado, triste: isto é verdade. Todos gostaríamos de uma vida sempre jubilosa, alegre e realizada. E, no entanto, isto, além de não ser possível – pois não é possível – também não seria bom para nós. Com efeito, a mudança de uma vida orientada para o vício pode começar a partir de uma situação de tristeza, de remorso pelo que se fez. É deveras bonita a etimologia desta palavra, “remorso”: o remorso da consciência, todos conhecemos isto. Remorso: literalmente, é a consciência que morde, que não dá paz. Alessandro Manzoni, em Os noivos, ofereceu-nos uma maravilhosa descrição do remorso, como ocasião para mudar de vida. Trata-se do célebre diálogo entre o cardeal Federico Borromeo e o Inominado que, depois de uma noite terrível, se apresenta transtornado ao cardeal, que se dirige a ele com palavras surpreendentes: «“Tem uma boa notícia para me dar, e faz-me suspirar tanto?”. “Boa notícia, eu? – disse o outro - Tenho o inferno no coração [...]. Diga-me, se o souber, qual é esta boa notícia?”. “Que Deus tocou o seu coração e quer fazê-lo seu”, retorquiu pacatamente o cardeal» (cap. XXIII). Deus toca o coração e vem-te algo dentro, a tristeza, o remorso por alguma coisa, e é um convite a iniciar um caminho. O homem de Deus sabe observar profundamente o que se move no coração.
É importante aprender a ler a tristeza. Todos sabemos o que é a tristeza: todos. Mas sabemos lê-la? Sabemos compreender o que ela significa para mim hoje? No nosso tempo – a tristeza – é considerada sobretudo negativamente, como um mal a evitar custe o que custar, e ao contrário pode ser um indispensável sinal de alarme para a vida, convidando-nos a explorar paisagens mais ricas e férteis que a fugacidade e a evasão não permitem. S. Tomás define a tristeza como uma dor da alma: como os nervos para o corpo, ela desperta a atenção diante de um possível perigo, ou de um bem ignorado (cf. Summa Th. I-II, q. 36, a. 1). Por isso, é indispensável para a nossa saúde, protege-nos para não nos ferirmos a nós próprios e aos outros. Seria muito mais grave e perigoso não ter este sentimento e ir em frente. A tristeza às vezes age como semáforo: “Pare, pare! Está vermelho, aqui. Pare”.
Ao contrário, para quem tem o desejo de praticar o bem, a tristeza é um obstáculo com que o tentador quer desencorajar-nos. Neste caso, deve-se agir exatamente ao contrário em relação ao que é sugerido, determinado a continuar o que se tinha proposto cumprir (cf. Exercícios espirituais, 318). Pensemos no trabalho, no estudo, na oração, num compromisso assumido: se os deixássemos, assim que sentíssemos tédio ou tristeza, nunca realizaríamos nada. Também esta é uma experiência comum à vida espiritual: o caminho para o bem, recorda o Evangelho, é estreito e íngreme, requer um combate, uma vitória de si mesmo. Começo a rezar ou dedico-me a uma boa obra e, é estranho, precisamente nesse momento vêm-me à mente coisas urgentes a fazer – para não rezar e não fazer as coisas boas. Todos temos esta experiência. Para quem quer servir o Senhor, é importante não se deixar enganar pela desolação. E isto que… “Mas não, não tenho vontade, isto é aborrecedor…”: estai atentos. Infelizmente, alguns decidem abandonar a vida de oração, ou a escolha feita, o matrimónio ou a vida religiosa, impelidos pela desolação, sem primeiro fazer uma pausa para considerar este estado de espírito, e sobretudo sem a ajuda de um guia. Uma regra sábia diz para não fazer mudanças quando se está desolado. O tempo seguinte, e não o humor do momento, mostrará a bondade ou não das nossas escolhas.
É interessante observar, no Evangelho, que Jesus afasta as tentações com uma atitude de firme determinação (cf. Mt 3, 14-15; 4, 1-11; 16, 21-23). As situações de provação advêm-lhe de várias partes, mas sempre, encontrando n’Ele esta firmeza decidida a cumprir a vontade do Pai, esmorecem e deixam de impedir o caminho. Na vida espiritual, a provação é um momento importante, como a Bíblia recorda explicitamente, diz assim: «Se quiseres servir a Deus, prepara a tua alma para a provação» (Eclo 2, 1). Se quiseres ir pelo bom caminho, prepara-te: há obstáculos, tentações, momentos de tristeza. É como quando um professor examina o estudante: quando vê que conhece os pontos essenciais da matéria, não insiste: passou a prova! Mas deve superar a prova.
Se soubermos atravessar a solidão e a desolação com abertura e consciência, poderemos sair revigorados sob os aspetos humano e espiritual. Nenhuma prova está fora do nosso alcance; nenhuma prova será superior ao que nós podemos fazer. Mas não fujamos das provas: verificar o que significa esta prova, o que significa que estou triste: por que estou triste? O que significa que neste momento sinto desolação? O que quer dizer que estou em desolação e não posso ir em frente? São Paulo lembra que ninguém é tentado além das próprias possibilidades, pois o Senhor nunca nos abandona e, tendo Ele perto, poderemos vencer todas as tentações (cf. 1 Cor 10, 13). E se não a vencermos hoje, erguemo-nos outra vez, caminhamos e vencê-la-emos amanhã. Mas não permaneçamos mortos – digamos assim – não permaneçamos vencidos por um momento de tristeza, de desolação: vamos em frente! Que o Senhor vos abençoe neste caminho – corajoso! – da vida espiritual, que é sempre caminhar.
Saudações:
Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em especial quantos vieram de São Salvador da Bahia, Anicuns, Taubaté e São Paulo. Queridos irmãos e irmãs, anteontem, em Crato, no Estado brasileiro do Ceará, foi beatificada Benigna Cardoso da Silva, uma jovem mártir que, seguindo a Palavra de Deus, manteve pura a sua vida, defendendo a sua dignidade. O seu exemplo nos ajude a ser generosos discípulos de Cristo. A vida do mundo depende do nosso testemunho coerente e alegre do Evangelho. Um aplauso à nova beata! (aplauso) Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência.
APELO
Assistimos horrorizados aos acontecimentos que continuam a ensanguentar a República Democrática do Congo. Exprimo a minha firme deploração pela inaceitável agressão que teve lugar nos últimos dias em Maboya, província do Kivu do Norte, onde pessoas indefesas, incluindo uma religiosa que prestava assistência médica, foram assassinadas. Rezemos pelas vítimas e pelos seus familiares, bem como por aquela Comunidade cristã e pelos habitantes daquela região que há demasiado tempo se encontram exaustos pela violência.
Resumo da catequese do Santo Padre:
Caros irmãos e irmãs, o discernimento, que nos vem ocupando nestas catequeses, tem a ver sobretudo com as nossas ações e a sua dimensão afetiva, porque Deus fala ao coração. Assim, hoje dedicar-me-ei a reflectir sobre a experiência da desolação, que se manifesta numa certa escuridão da alma, que se sente tíbia, preguiçosa e triste. Aprendermos a ler esta tristeza é importante, para evitar que o tentador a utilize como instrumento para nos desencorajar. Quando o desânimo sobrevém, devemos continuar com firmeza o que nos tínhamos proposto fazer. Se abandonássemos o trabalho ou o estudo por sentir tédio ou tristeza, nunca terminaríamos nada. O mesmo sucede na vida espiritual. Infelizmente, por causa da desolação, alguns abandonam a oração, e até o matrimónio ou a vida religiosa, sem parar, primeiro, a interpretar esse estado de espírito, com a ajuda de uma pessoa prudente. Para quem quer servir o Senhor, há uma regra de ouro: nunca fazer alterações em tempo de desolação. Antes, aproveitar a desolação como uma oportunidade para converter a vida ou para imitar Jesus naquela firme resolução com que rejeitou as tentações. Se soubermos atravessar a solidão e a desolação com esta consciência e abertura ao Espírito Santo, podemos sair delas mais fortes tanto a nível humano como espiritual.
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Ideias para celebrar a festa de todos os santos com as crianças
REDAÇÃO CENTRAL, 27 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- Fantasias, doces, flores e até as polêmicas abóboras também podem ser úteis para celebrar a Festa de Todos os Santos com as crianças. A seguir, apresentamos algumas propostas.
Em algumas paróquias e comunidades católicas, tornou-se costume fantasiar as crianças de um santo favorito e se reunir em um local para compartilhar atividades infantis. Não é preciso um grande investimento, mas com a ajuda de alguns tecidos ou objetos domésticos, uma boa caracterização pode ser alcançada.
Por exemplo, se a ideia é se vestir como Santa Catarina de Sena, pode-se usar um longo vestido branco com um tecido preto para a cabeça em forma de “véu” (usado pelas religiosas), sustentado por uma coroa de ramos secos. Enquanto na mão, pode segurar uma cruz com lírios.
Caso queira dar um toque mais doce, pode mudar o vestido por um de cor creme e a coroa por uma de rosas e, assim, torna-se Santa Rosa de Lima.
No caso dos meninos, uma grande manta ou lençol branco que envolva o corpo e uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, na parte da frente, daria a impressão de ter na família um São Juan Diego com o manto da Virgem.
Também poderia representar São Domingos Sávio, padroeiro dos coros de crianças, com calça marrom, jaqueta verde, camisa branca e uma gravata borboleta. E se o que se busca é caracterizar um santo fundador, então, uma túnica preta ou marrom representaria Santo Inácio de Loyola ou São Francisco de Assis, respectivamente.
Nas atividades infantis, é possível usar recipientes com doces e colar neles a imagem dos santos que sejam mais conhecidos.
Por exemplo, para aprofundar sobre a vida de São João Paulo II, são feitas perguntas da vida do Pontífice e que responder corretamente pegará um doce do recipiente que tem a imagem do “Papa peregrino”. Os doces também podem ser envolvidos com algumas de suas frases mais famosas.
Quem vive em regiões de época de abóboras, como Estados Unidos, a ideia é usá-las para desenhar nelas uma estrela, uma cruz; para os mais criativos, o rosto da Virgem Maria ou de Cristo. Assim, evita-se as imagens terríveis e lhe dá um sentido mais cristão.
Pode ver mais ideias para representar os santos em: http://showerofroses.blogspot.com/2013/10/celebrating-saints-our-2013-costumes.html.
Confira também:
10 sugestões para celebrar os Santos
(acidigital)
Hoje é celebrado são Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis
REDAÇÃO CENTRAL, 28 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- A Igreja hoje (28), a festa de são Judas Tadeu, apóstolo e mártir, conhecido como padroeiro das causas impossíveis e é um dos santos mais populares no Brasil.
São Judas Tadeu é um dos doze apóstolos e não se trata de Judas Iscariotes. Ele era primo de Jesus e irmão de Tiago Menor. Foi ele quem, na Última Ceia, perguntou a Jesus: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).
É autor de uma epístola que leva o seu nome, na qual ataca os agnósticos e diz que os que têm fé, mas não fazem obras boas, são como nuvens que não têm água, árvores sem fruto e ondas só de espumas, e que os que se dedicam aos pecados de impureza e a fazer atos contrários à natureza sofrerão a pena de um fogo eterno.
Sua festa é celebrada juntamente com a de São Simão, com quem pregou na Pérsia. Ambos foram martirizados.
Santa Brígida conta em suas Revelações que Nosso Senhor lhe recomendou que quando desejasse conseguir certos favores os pedisse por meio de São Judas Tadeu.
São Judas Tadeu é representado com uma imagem de Cristo no peito, por causa do seu parentesco com o Senhor, de quem a tradição conta que era muito parecido. Também é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
São Judas Tadeu é um santo muito popular no Brasil e, no Rio de Janeiro, por exemplo, a devoção ao santo tem um fator extra – que também já se espalhou pelo Brasil –, pois São Judas é considerado o padroeiro do Flamengo, um dos times do futebol carioca com mais torcedores no país.
Segundo relato do site oficial do Flamengo, a devoção ao santo das causas impossíveis começou na década de 1950, quando o time estava há muitos anos sem ganhar uma competição. O santo foi apontado como responsável pelo tricampeonato estadual de 1953, 1954 e 1955, após o pároco da Igreja de São Judas Tadeu, do Cosme Velho, ir até a Gávea, local da sede do clube, e rezar uma Missa, pedir fé aos jogadores e aconselhar que fossem até a Igreja e acendessem uma vela ao santo. Nos três anos, o padre disse que o time levaria o troféu e o fato se concretizou.
“Em troca da ‘profecia concretizada’ do pároco, são Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, ganhou a devoção da Nação Rubro-Negra e virou um dos santos mais populares do Rio de Janeiro”, afirma o site.
Neste dia dedicado ao santo mártir, trazemos a oração de são Judas Tadeu para recordá-lo:
São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão. Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a verdadeira Igreja, fundada por Cristo. Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o coração aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e superar todo o mal. Quero imitar-vos, comprometendo-me com Cristo e com sua Igreja, por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre. E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo de minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça que imploro confiando na vossa poderosa intercessão. (Faça o pedido da graça a ser alcançada…).
São Judas Tadeu, rogai por nós!
Amém!
(acidigital)
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
terça-feira, 18 de outubro de 2022
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
domingo, 16 de outubro de 2022
Em um dia como hoje, são João Paulo II foi eleito papa
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Out. 22 / 07:00 am (ACI).- Em 16 de outubro de 1978, são João Paulo II – Karol Wojtyla – foi eleito pontífice da Igreja Católica e 263º sucessor do apóstolo Pedro. O pontificado de são João Paulo II foi o maior da história da Igreja, durando aproximadamente 27 anos.
Karol Józef Wojtyla nasceu em Wadowice, uma pequena cidade a cerca de 50 quilômetros de Cracóvia (Polônia), em 18 de maio de 1920. Era o mais novo dos três filhos de Karol Wojtyla e Emília Kaczorowska.
Após ser eleito papa em 1978, São João Paulo II exerceu seu ministério com incansável espírito missionário. Realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 dentro deste país. Além disso, como bispo de Roma, visitou 317 das 333 paróquias romanas.
Seu amor pelos jovens o impulsionou a iniciar em 1985 as Jornadas Mundiais da Juventude. Sua atenção para a família o levou a inaugurar os Encontros Mundiais das Famílias, em 1994.
Entre seus principais documentos estão: 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas.
São João Paulo II promulgou o Catecismo da Igreja Católica, à luz da Revelação, interpretada com devida autorização do Concílio Vaticano II. Reformou o Código de Direito Canônico e o Código dos Cânones das Igrejas Orientais; e reorganizou a Cúria Romana.
João Paulo II faleceu no dia 2 de abril de 2005, às 21:37 (hora local), dia da oitava de Páscoa e domingo da Divina Misericórdia.
Desde aquela noite até o dia 8 de abril, dia em que se celebraram as exéquias do pontífice, mais de três milhões de peregrinos renderam homenagem a João Paulo II, inclusive enfrentando 24 horas de fila a fim de acessar a basílica de São Pedro.
Cinco anos após a morte de João Paulo II, em 28 de abril, o papa Bento XVI iniciou a sua causa de beatificação e canonização, aberta oficialmente pelo cardeal Camillo Ruini, vigário general da diocese de Roma, em 28 de junho de 2005.
Bento XVI o beatificou no dia 1º de maio de 2011 e o papa Francisco o canonizou, junto com João XXIII, em 27 de abril de 2014.
Para saber mais sobre a vida de são João Paulo II, acesse: http://www.acidigital.com/joaopauloii/index.php
(acidigital)
sábado, 15 de outubro de 2022
Hoje é celebrada santa Teresa D’Ávila, doutora da Igreja
REDAÇÃO CENTRAL, 15 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- “Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa! Só Deus não muda. A paciência, por fim, tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta, pois só Deus basta”. Esta é provavelmente a frase mais conhecida no mundo de santa Teresa D’Ávila (1515-1582), celebrada hoje (15) pela Igreja Católica.
Teresa de Cepeda y Ahumada nasceu no dia 28 de março de 1515, em uma nobre família de Ávila, na Espanha, filha de Alonso Sánchez de Cepeda e Beatriz de Ahumada.
Aos 20 anos, decidiu-se pela vida religiosa, apesar da resistência de seu pai. Em sua biografia, diz que ela saiu de sua casa em uma manhã para entrar no mosteiro carmelita da Encarnação. Lá, viveu por 27 anos, com uma grande comunidade religiosa composta por cerca de 180 freiras, suportando e superando uma grave doença, que marcou sua vida.
Por volta dos 40 anos, Teresa sentiu o chamado que ficou conhecido como “experiência mística”, o que mudou o curso de sua vida. Aos 47 anos, começou uma terceira fase, empreendendo sua tarefa de fundadora andarilha.
As carmelitas, como a maioria das religiosas, tinham decaído muito do primeiro ardor no começo do século XVI. As religiosas podiam sair da clausura com o menor pretexto, de modo que o convento se converteu no lugar ideal para quem desejava uma vida fácil e sem problemas. As comunidades eram extremamente numerosas, o que era causa e efeito do relaxamento. Por exemplo, no convento de Ávila havia 140 religiosas.
Santa Teresa empreendeu o desafio de levar a cabo a iluminada ideia de fundar uma comunidade mais reduzida e reformada. A santa estabeleceu a mais estrita clausura e o silêncio quase perpétuo. O convento carecia de rendas e reinava nele a maior pobreza; as religiosas vestiam hábitos rudimentares, usavam sandálias em vez de sapatos (por isso foram chamadas descalças) e eram obrigadas à perpétua abstinência de carne.
Santa Teresa não admitiu no princípio mais do que 13 religiosas, mas logo aceitou que houvesse 21. Em 1567, o superior geral dos carmelitas, João Batista Loiro (Rossi), visitou o convento de Ávila e ficou muito satisfeito com o trabalho realizado ali pela santa. Assim, concedeu a esta plenos poderes para fundar outros conventos do mesmo tipo e até autorizou a fundar dois conventos de frades reformados (carmelitas contemplativos).
Caracterizada por sua simplicidade, prudência, amabilidade e caridade, santa Teresa tinha uma profunda vida de oração e, em obediência a seu confessor, porque ela não era uma pessoa culta e se expressava com um castelhano singelo, escreveu suas visões e experiências espirituais. Essas obras são agora um grande presente para a Igreja.
Os escritos de santa Teresa sublinham, sobretudo, o espírito de oração, a maneira de praticá-lo e os frutos que produz. Como a santa escreveu precisamente na época em que estava dedicada à difícil tarefa de fundar conventos de carmelitas reformadas, suas obras, prescindindo de seu conteúdo e natureza, dão testemunho de seu vigor, laboriosidade e capacidade de recolhimento.
Escreveu o “Caminho de Perfeição” para dirigir a suas religiosas e o livro das “Fundações” para animá-las e edificá-las. Quanto ao “Castelo Interior”, pode-se considerar que escreveu para a instrução de todos os cristãos.
Santa Teresa morreu nos braços da beata Ana, em Alba de Tormes, no dia 4 de outubro de 1582, pronunciando as palavras: “Sou filha da Igreja”. Sua canonização se realizou em 1622. Foi proclamada doutora da Igreja em 27 de setembro de 1970 pelo papa Paulo VI.
(acidigital)
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
MENSAJE DEL SANTO PADRE FRANCISCO PARA LA JORNADA MUNDIAL DE LA ALIMENTACIÓN 2022
A Su Excelencia
el señor Qu Dongyu
Director General de la FAO
Excelencia:
Le agradezco su atenta carta, en la que me invita a participar en la celebración de la Jornada Mundial de la Alimentación 2022, año en el que se conmemora el 77 aniversario de fundación de la FAO. Esta institución nació con el fin de dar respuestas a las necesidades de tantas personas agobiadas por la indigencia y el hambre en el contexto de la Segunda Guerra Mundial. También hoy, lamentablemente, vivimos en un contexto bélico, que podríamos denominar una “tercera guerra mundial”. El mundo está en guerra, y esto debe hacernos reflexionar.
El tema de la Jornada de este año es: “No dejar a nadie atrás. Mejor producción, mejor nutrición, mejor medio ambiente y una vida mejor para todos”. Ciertamente, no será posible hacer frente a las numerosas crisis que afectan a la humanidad si no trabajamos y caminamos juntos, sin dejar que nadie quede atrás. Para eso es necesario, ante todo, que veamos a los demás como nuestros hermanos y hermanas, como miembros que integran nuestra misma familia humana, y cuyos sufrimientos y necesidades nos afectan a todos, porque “si un miembro sufre, todos los demás sufren con él” (cf. 1 Co 12,26).
Las “cuatro mejoras” —mejor producción, mejor nutrición, mejor medio ambiente y mejor vida para todos—, que componen el tema de este año, me permiten mencionar la importancia del Marco Estratégico de la FAO para 2022-2031, y resaltar la necesidad de que las intervenciones sean planificadas y programadas para que contribuyan a erradicar totalmente el hambre y la malnutrición, y no sean simplemente la respuesta a carencias circunstanciales o llamamientos lanzados con motivo de emergencias. Para lograr soluciones justas y duraderas es preciso reiterar la urgencia de abordar juntos y a todos los niveles el problema de la pobreza, estrechamente vinculada a la falta de alimentación adecuada.
Sin embargo, los objetivos que se plantean son ambiciosos y parecen ser inalcanzables. ¿Cómo podríamos conseguirlos? Ante todo, no perdiendo de vista que el eje de toda estrategia son las personas, con historias y rostros concretos, que habitan en un lugar determinado; no son números, datos o estadísticas interminables. También introduciendo “la categoría del amor” en el lenguaje de la cooperación internacional, para revestir las relaciones internacionales de humanidad y de solidaridad, persiguiendo el bien común. Por lo tanto, estamos llamados a reorientar nuestra mirada hacia lo esencial, hacia lo que nos ha sido dado gratuitamente, focalizando nuestra labor en el cuidado de los otros y de la creación (cf. Carta enc. Laudato si’, 216 ss.).
Señor Director General, renuevo una vez más el compromiso de la Santa Sede y la Iglesia católica de caminar junto a la FAO y a otras organizaciones intergubernamentales que trabajan en favor de los pobres, poniendo por delante la fraternidad, la concordia y la mutua colaboración, para descubrir horizontes que aporten al mundo un beneficio genuino, no sólo para el hoy, sino también para las generaciones venideras. Elevo mi oración a Dios Todopoderoso pidiendo por esta intención, sabiendo que toda criatura recibe de su mano el sustento, y que bendice copiosamente a quienes parten el pan con los hambrientos.
Vaticano, 14 de octubre de 2022
Francisco
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Hoje a Igreja celebra são Calisto I, o papa das catacumbas
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
Há 105 anos aconteceu o “Milagre do sol” da Virgem de Fátima
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- No dia 13 de outubro de 1917, diante de milhares de peregrinos que chegaram a Fátima (Portugal), ocorreu o denominado “Milagre do sol”, no qual, após a aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos Jacinta, Francisco e Lúcia, pôde-se ver o sol tremer, em uma espécie de “dança”, conforme relataram os que estavam lá.
Depois de uma chuva intensa, as nuvens escuras se abriram e deram espaço ao sol que, segundo as testemunhas, aparecia como um suave disco de prata. Então, a luz do sol tomou diferentes cores e o sol pareceu envolver as milhares de pessoas, que já estavam de joelhos.
O jornalista do jornal português ‘O Século’, Avelino de Almeida, estimou entre 30 mil a 40 mil pessoas o número de presentes no momento do milagre, enquanto o professor de ciências naturais da Universidade de Coimbra, Joseph Garrett, que assim como o jornalista de Almeida esteve no lugar nesse dia, estimou o número de testemunhas em 100 mil.
O milagre durou cerca de três minutos. Além do “Milagre do sol”, os pastorinhos disseram ter visto imagens de Jesus, de Nossa Senhora e de São José abençoando a multidão. A Virgem de apresentou como a Senhora do Rosário.
Atualmente, a cada 13 de outubro a Igreja começa a novena a São João Paulo II, Santo Padre que foi mencionado no terceiro segredo de Fátima.
(acidigital)
Hoje é celebrada a beata Alexandrina da Costa, que viveu a paixão de Cristo
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Out. 22 / 06:00 am (ACI).- “Queres me encontrar, minha filha? Busca-me em teu coração e em tua alma, aí habito teu coração como em meu tabernáculo. Se soubesses o quanto me consolas e o quanto socorres os pecadores só ao dizer-me que eres minha vítima”, disse uma vez Jesus à beata Alexandrina da Costa, que viveu em êxtase a paixão de Cristo.
Alexandrina nasceu em 1904, em Balasar (Portugal). Para preservar sua virgindade, aos 14 anos se lançou da janela do segundo andar de sua casa, diante da ameaça de alguns mal-intencionados que entraram à força para abusar dela, de sua irmã e de uma amiga.
O golpe lhe causou, depois, uma paralisia total que a obrigou a ficar de cama pelo resto de sua vida. Mais tarde, ofereceu-se a Cristo como vítima pela conversão dos pecadores, por amor à Eucaristia e pela consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, mensagens fundamentais de Fátima.
Nos últimos 13 anos de sua vida não provou alimento, nem bebida e se manteve apenas da comunhão. Entregue à vida de oração e jejum, em 180 ocasiões experimentou misticamente a paixão de Cristo com muito sofrimento.
Milhares iam ao seu leito para receber dela palavras de consolo e de tornou cooperadora salesiana.
Em 13 de outubro de 1955, aniversário do “milagre do sol” que aconteceu em Fátima 38 anos antes, partiu para a Casa do Pai. Antes de morrer, disse: “Não pequem mais. Os prazeres desta vida não valem nada. Recebam a comunhão; rezem o terço todos os dias. Isso resume tudo”.
A pedido da beata, ficou escrito no epitáfio de seu túmulo a seguinte inscrição: “Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”.
São João Paulo II a beatificou em 2004 e, naquela ocasião, assinalou que “pela esteira da beata Alexandrina, expressa na trilogia ‘sofrer, amar, reparar’, os cristãos podem encontrar estímulo e motivação para nobilitar tudo o que a vida tenha de doloroso e triste com a prova maior de amor: sacrificar a vida por quem se ama”.
(acidigital)
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
Salário Para Pastor é Bíblico? Pastor Deve Receber Salário?
Daniel Conegero
Sim, o salário pastoral é bíblico. Em diversas passagens a Bíblia indica que aqueles que se ocupam integralmente com o ministério do Evangelho de Cristo são dignos de receber um salário para seu sustento.
Mas essa questão deve ser vista com muito cuidado. Isso porque existem muitas distorções nesse sentido. Ao longo dos tempos muitas pessoas tem tentado fazer do Evangelho um produto comercial, contrariando completamente as Escrituras.
Apesar de popularmente falarmos em “salário pastoral” ou “salário de pastor”, normalmente esta não é a designação correta. O motivo disso é que o pastorado jamais deve ser visto como uma profissão, mas como uma vocação. Não existe registro em carteira de trabalho para serviço religioso.
Algumas pessoas chamam o salário pastoral de “prebenda”, “espórtula” (raramente) e “côngrua pastoral”. Então o salário recebido por aqueles que exercem o pastorado é corretamente entendido como sendo um reconhecimento de auxílio para o sustendo daqueles que se dedicam voluntariamente à obra de Deus.
O que a Bíblia diz sobre o salário do obreiro
O próprio Senhor Jesus falou sobre o direito de serem sustentados dignamente aqueles que pregam o Evangelho. Jesus tratou dessa questão na ocasião em que Ele designou setenta discípulos como obreiros que deveriam anunciar as boas novas da salvação pelas cidades da região em que estavam.
Jesus disse àqueles discípulos que eles não deveriam levar bolsa, nem alforje e nem alparcas. Os missionários deveriam tirar seu sustendo naquela viagem da generosidade das pessoas que porventura lhes receberiam bem. Foi nesse contexto que Jesus disse: “[…] digno é o obreiro de seu salário” (Lucas 10:7).
O apóstolo Paulo foi o escritor bíblico que mais escreveu sobre o salário pastoral. Ele diz que aquele que dedica sua vida à proclamação do Evangelho e ao cuidado da Igreja do Senhor possui todo o direito de deixar seu trabalho secular e viver dessa vocação. Ele justifica sua afirmação com alguns questionamentos: “Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?” (1 Coríntios 9:7).
O apóstolo ainda prossegue e relembra, inclusive, a Lei de Moisés, que diz que não se deve atar a boca do boi que debulha. Ele também se atenta ao fato de que nos tempos do Antigo Testamento os sacerdotes e os levitas tiravam do serviço religioso em Israel o seu sustento. Para finalizar, Paulo diz que foi o próprio Senhor Jesus quem ordenou aos “que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho” (1 Coríntios 9:8-14).
Paulo era contra o salário pastoral?
As passagens bíblicas já citadas deixam claro que o apóstolo Paulo era favorável à remuneração dos obreiros. Apesar disso, parece claro que, por certos motivos, Paulo continuou exercendo sua profissão secular em algumas ocasiões paralelamente ao seu ministério apostólico.
Normalmente Paulo aceitava e dependia de apoio ao seu ministério. Na Carta aos Romanos, por exemplo, Paulo deixa claro que desejava receber o apoio da igreja em Roma para poder partir em uma viagem missionária na Espanha (Romanos 15:24).
Mas por vezes ele renunciou ao direito que tinha, e se recusou a receber remuneração de algumas comunidades cristãs. Geralmente ele fazia isso quando seus verdadeiros motivos para a pregação do Evangelho eram questionados; ou mesmo quando precisava servir como um exemplo firme para a correção da conduta desordenada de alguém.
É nesse sentido que ele escreve que trabalhava dia e noite para não ser um peso a ninguém. Mas jamais o apóstolo nega a legitimidade e o direito à remuneração por parte daqueles que trabalham na obra do Senhor (1 Tessalonicenses 2:9; 2 Tessalonicenses 3:7-12).
Inclusive, ao escrever a Timóteo, Paulo fala que os presbíteros que trabalham diligentemente na palavra e na doutrina são dignos de receberem honorários dobrados. Então mais uma vez ele relembra a lei mosaica sobre o boi que debulha e termina com as palavra de Jesus: “Digno é o obreiro do seu salário” (1 Timóteo 5:17,18).
Aos cristãos de Corinto o mesmo apóstolo fez a seguinte pergunta: “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?” (1 Coríntios 9:11).
Por que um pastor precisa de salário?
É justo que um pastor receba salário quando ele realmente age de acordo com a Palavra de Deus. Se agir assim, geralmente ele terá muitas ocupações que muitas vezes o impedirão de desempenhar uma profissão qualquer.
O pastor administra uma comunidade cristã; visita regularmente os crentes; aconselha e se atenta aos que estão necessitados; tem uma vida de oração em favor da obra de Deus; estuda a Bíblia e prepara sermões incansavelmente. Além disso, geralmente as denominações sérias exigem que seus pastores façam diversos cursos e seminários para que estejam preparados para o serviço ministerial.
Tudo isso demanda muito tempo e recursos financeiros. Isso também significa que não é qualquer pessoa que pode se intitular pastor e sair querendo receber salário por aí. Mas também é verdade que nada impede que um pastor exerça uma atividade profissional no mercado de trabalho. No entanto, na maioria das vezes essa atividade lhe prejudicará de alguma forma no desempenho de seu ministério pastoral. Isso ocorrerá especialmente por causa da falta de tempo para se preparar e se dedicar adequadamente ao pastorado.
Quando o salário pastoral é errado?
Se por um lado a Bíblia coloca como legítimo o comumente chamado “salário pastoral”, por outro ela condena duramente o comportamento ganancioso que tem caracterizado essa questão.
O salário pastoral deve ser simplesmente uma remuneração para que as pessoas que voluntariamente e vocacionalmente trabalham na obra do Senhor, possam sustentar seus lares. Definitivamente o salário pastoral não deve ser um meio de enriquecimento.
Infelizmente existem muitas pessoas que tentam fazer negócios com a Palavra de Deus. Ao denunciar os fariseus e falsos profetas de sua época, o próprio Jesus adverte acerca da existência de ladrões e mercenários que tentam se aproximar do rebanho do Senhor. Os ladrões roubam as ovelhas; os mercenários fazem negócios e abandonam as ovelhas (João 10). O mesmo princípio se aplica aos dias atuais.
É cada vez mais comum o aparecimento de casos de verdadeiros milionários de púlpitos. Essas pessoas não se preocupam com as ovelhas. Elas não se comprometem com a saúde espiritual da comunidade cristã.
Na verdade essas pessoas se interessam mesmo é pelo resultado financeiro que as ovelhas lhes podem proporcionar. Essas pessoas se empenham em manter igrejas inchadas e templos lotados para poderem ganhar mais e mais. Nesses lugares o pecado não é confrontado, e o Evangelho é distorcido. Tudo isso ocorre em troca de um generoso salário pastoral. Mas haverá o dia em que essas pessoas terão de prestar contas de sua impiedade ao Supremo Pastor.
Hoje é a festa de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil
REDAÇÃO CENTRAL, 12 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”. Esses versos são cantados em todo o Brasil em honra à padroeira do país, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cuja solenidade a Igreja celebra hoje,12 de outubro.
A imagem de Aparecida foi encontrada em 1717. Na época, com a notícia da passagem do Conde de Assumar pela Vila de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram para pescar no Rio Paraíba.
Após muitas tentativas sem êxito, foram até o porto de Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançando novamente as redes, pegou a cabeça que faltava da imagem. E o que se seguiu foi uma pesca abundante para os três humildes pescadores.
A imagem, feita de terracota, possui uma cor escura, enegrecida, devido ao material com o qual é feita e por ter ficado por um tempo perdida no rio.
A família de Felipe Pedroso ficou com a imagem e levou-a para sua casa. Em um oratório construído no local, as pessoas da vizinhança vinham rezar à Virgem. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem. Assim, a devoção se espalhou por todo o Brasil.
Com o tempo, a casa já se fazia pequena para o grande volume de fiéis que vinham rezar e, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas, o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma Igreja maior, a atual Basílica Velha.
Em 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada solenemente pelo então bispo de São Paulo, dom José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a Igreja recebeu o título de Basílica Menor. E, em 1929, o papa Pio XI proclamou nossa Senhora Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial.
Com o aumento da devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a primeira Basílica já não dava conta do fluxo de romeiro. Foi necessário, então, construir uma maior, que começou a ser erguida em 11 de novembro de 1955.
Em 1980, ainda em construção, a Basílica Nova foi consagrada pelo papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional, o “maior Santuário Mariano do mundo”.
A festa da padroeira do Brasil já foi celebrada em diversas datas: dia da Imaculada Conceição (08 de dezembro), 5º domingo após a Páscoa, 1º domingo de maio (mês de Maria) e 7 de setembro (Dia da Pátria).
Foi durante a sua Assembleia Geral de 1953 que a CNBB determinou que a festa fosse celebrada definitivamente no dia 12 de outubro, por associação com a data de descobrimento da América, pela comemoração do Dia da Criança e por ser outubro o mês do encontro da Imagem, no rio Paraíba do Sul, em 1717.
Em 2013, ao visitar o Santuário Nacional de Aparecida, em sua viagem ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o papa Francisco recordou a história da padroeira do país e questionou: “Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe?”.
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20 frases do beato Carlo Acutis que ensinam como viver uma juventude santa
REDAÇÃO CENTRAL, 12 Out. 22 / 08:30 am (ACI).- Desde a sua beatificação, em 10 de outubro de 2020, em Assis (Itália), a cada dia se conhece mais sobre a vida e a obra do beato Carlo Acutis, como, por exemplo, as frases que pronunciou.
Embora o chamado “ciberapóstolo da Eucaristia” tivesse apenas 15 anos quando faleceu depois de sofrer de leucemia, durante esses anos cultivou uma grande sabedoria graças à sua íntima relação com Jesus e Maria, que se refletiu em suas obras e palavras.
A seguir, algumas das frases que deixou como legado do qual se pode aprender para viver uma juventude santa no século XXI:
1. "A Virgem Maria é a única mulher na minha vida".
2. "Quanto mais recebemos a Eucaristia, mais nos tornaremos semelhantes a Jesus, de modo que na terra teremos uma antecipação do Céu".
3. "Ao estar diante de Jesus Eucaristia nos tornamos santos".
4. "Existem pessoas que sofrem muito mais do que eu". “Ofereço todo o sofrimento que terei de sofrer pelo Senhor, pelo Papa e pela Igreja”.
5. “Peça continuamente ajuda ao seu anjo da guarda. Seu anjo da guarda tem que se tornar seu melhor amigo".
6. “Não temais, porque com a Encarnação de Jesus a morte se torna vida e não há necessidade de escapar: na vida eterna espera-nos algo extraordinário”.
7. "Jerusalém está ao virar a esquina".
8. "Todas as pessoas nascem como originais, mas muitas morrem como fotocópias".
9. "Estar sempre unido a Jesus, esse é o meu projeto de vida".
10. “A felicidade é olhar para Deus, a tristeza é olhar para si mesmo”.
11. “Não eu, mas Deus”. “A santificação não é um processo de adição, mas de subtração. Menos eu para deixar espaço para Deus”.
12. “Criticar a Igreja significa criticar a nós mesmos! A Igreja é a dispensadora de tesouros para a nossa salvação”.
13. "A única coisa que devemos pedir a Deus em oração é o desejo de ser santos".
14. “Nossa alma é como um balão aerostático. Se por acaso houver pecado mortal, a alma cai por terra. A confissão é como o fogo embaixo do balão que permite que a alma se levante novamente. É importante confessar-se com frequência”.
15. "Estou feliz por morrer, porque vivi minha vida sem desperdiçar um minuto com coisas que não agradam a Deus".
16. “Nossa meta deve ser o infinito, não o finito. O infinito é a nossa pátria. O céu está esperando por nós desde sempre”.
17. "A Eucaristia é a minha estrada para o céu".
18. "O Terço é a escada mais curta para subir ao Céu". "Depois da Sagrada Eucaristia, o Santo Terço é a arma mais poderosa para lutar contra o diabo".
19. "Por que os homens se importam tanto com a beleza de seu corpo e não se preocupam com a beleza de sua alma?". "Uma vida só é verdadeiramente bela se passamos a amar a Deus acima de tudo e ao nosso próximo como a nós mesmos".
20. "A conversão nada mais é do que mover o olhar de baixo para cima, um simples movimento dos olhos é suficiente".
(acidigital)
Hoje é celebrada a memória litúrgica do beato Carlo Acutis, o ciberapóstolo da Eucaristia
REDAÇÃO CENTRAL, 12 Out. 22 / 06:00 am (ACI).- A Igreja recorda hoje, (12) o beato Carlo Acutis, que morreu em 2006, aos 15 anos, de leucemia. Durante a doença, ofereceu seu sofrimento pelo Senhor, pelo papa e pela Igreja. Costumava dizer a Eucaristia era a sua autoestrada para o céu e é chamado “ciberapóstolo da Eucaristia”.
“A sua vida é um modelo particularmente para os jovens, a não encontrar gratificação somente nos sucessos efêmeros, mas nos valores perenes que Jesus sugere no Evangelho, ou seja, colocar Deus em primeiro lugar nas grandes e pequenas circunstâncias da vida, e para servir aos irmãos, especialmente os considerados últimos”, disse o cardeal Agostino Vallini, na homilia pela beatificação de Carlo Acutis, em 10 de outubro de 2020, em Assis (Itália).
Estas palavras, pronunciadas pelo cardeal Vallini, sintetizam algo essencial na vida cristã e que Carlo soube viver muito bem: o centro da nossa vida deve ser Deus. Quando fazemos de Cristo "a pedra angular", a santidade se torna possível.
Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres (Inglaterra), onde trabalhavam seus pais, Andrea Acutis e Antonia Salzano, ambos italianos. Meses depois de seu nascimento, seus pais decidiram retornar à Itália e se estabelecer com ele em Milão.
Desde muito jovem, Carlo demonstrou um carinho especial por Deus e uma sensibilidade singular para conhecer a fé, apesar de seus pais não serem particularmente devotos naquela época. Esse amor pelo Senhor não parava de crescer e se fortalecia na adolescência, quando Carlo foi diagnosticado com leucemia. Naquele momento, longe de se desesperar, Carlo expressou sua vontade de oferecer seus sofrimentos “pelo Senhor, pelo Papa e pela Igreja”. Esse desejo, que revelou profunda maturidade espiritual em seus curtos 15 anos, era a expressão de um coração que desde a mais tenra infância foi tomando a forma do coração de Cristo.
São abundantes os testemunhos da alegria de Carlo, da sua força, da sua preocupação pelo bem dos que o rodeavam, da sua sensibilidade e empatia com os colegas – especialmente se fossem maltratados – ou com os pobres, a quem atendeu várias vezes, sozinho ou com seus amigos. Muitos ficavam impressionados com a naturalidade com que Cario abordava qualquer pessoa que estivesse sofrendo; ele queria se assegurar sempre de que Deus estivesse em suas vidas e os aliviasse material e espiritualmente.
Carlo foi chamado de "ciberapóstolo da Eucaristia", "apóstolo dos millennials" e, recentemente, "apóstolo da Internet", e há razões para isso. Carlo foi um promotor dos milagres eucarísticos no ciberespaço. Criou um site com essa finalidade, onde escreveu coisas belas como estas: “quanto mais frequente for a nossa recepção da Eucaristia, mais seremos como Jesus. E nesta terra poderemos experimentar o Céu”. Sem dúvida, palavras que revelam a sã compreensão que tinha das novas tecnologias e sua utilidade na evangelização. Diz-se também que gostava de videogames e que tinha até um PlayStation 2, que por sua própria decisão usava somente aos domingos durante uma hora.
Todo santo é filho de seu tempo, mas, ao mesmo tempo, é alguém que questiona as condições de seu tempo. O que pode ser dito sobre Carlo Acutis só pode ser entendido desta forma. Viveu como um menino comum do final do século XX – passeava, brincava, estudava, ajudava em casa, divertia-se com os amigos e a família – mas se focou no eterno, n melhor parte, sem se deixar levar pela corrente. Teve contato frequente com a Eucaristia – na oração diante do Santíssimo Sacramento e na comunhão frequente – e uma bela relação com a Virgem Maria. Carlo ia à missa várias vezes por semana e gostava de rezar o terço todos os dias. Era um jovem forjado na oração que não se perdia no “turbilhão” do mundo de hoje. Repetia constantemente: "A Eucaristia é minha autoestrada para o céu”.
Carlo morreu em 12 de outubro de 2006, dia de Nossa Senhora Aparecida. Foi sepultado em Assis, a seu pedido, pelo grande amor que nutria por são Francisco. Sua causa de beatificação foi aberta em 2013. Foi declarado venerável em 2018 e beatificado em 10 de outubro de 2020.
O milagre que tornou possível a beatificação de Carlo aconteceu no Brasil. Graças à sua intercessão, o menino Matheus foi curado de uma malformação congênita conhecida como pâncreas anular. Esta condição impede a correta ingestão e digestão dos alimentos, atrapalha a nutrição e impede o crescimento de uma pessoa, causando também graves desconfortos.
A mãe de Matheus ouviu falar de Carlo Acutis por meio de um padre amigo e se dedicou a pedir a intercessão de Carlo pela cura de seu filho. O milagre aconteceu depois que Matheus venerou uma das relíquias do beato que chegou ao Brasil em 2013.
(acidigital)
terça-feira, 11 de outubro de 2022
Mensagem do Papa Francisco pela 230ª edição do Círio de Nazaré
Com o olhar voltado para a Padroeira da Arquidiocese de Belém do Pará e Rainha da Amazônia, o Papa Francisco recorda a todos que “Maria guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração”, e ao mesmo tempo suplica que, como Mãe e Mestra, “Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”.
Vatican News
Neste domingo, 9 de outubro, a arquidiocese de Belém (PA) celebra a edição de número 230 do Círio de Nazaré, celebração mariana que reúne durante todo o mês fiéis de todo Brasil na capital paraense. O tema deste ano é “Maria, Mãe e Mestra” e convida a refletir sobre os ensinamentos de Maria para a evangelização. Para a ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao arcebispo de Belém do Pará, dom Alberto Taveira Corrêa.
A mensagem, assinada pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, foi publicada pela Arquidiocese de Belém no último dia 5. Segue o texto na íntegra.
"Por ocasião do ducentésimo trigésimo «Círio de Nazaré», no dia 9 de outubro, o Santo Padre deseja unir-se à filial devoção dos fiéis que recorrem à Nossa Senhora de Nazaré, colocando sob o seu manto amoroso e sua materna proteção as intenções que trazem no coração. Com o olhar voltado para a Padroeira da Arquidiocese de Belém do Pará e Rainha da Amazônia, o Papa Francisco recorda a todos que “Maria guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração”, e ao mesmo tempo suplica que, como Mãe e Mestra, “Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”. Sua Santidade implora à Virgem Mãe Amorosa que interceda junto a Seu Filho a fim de que sejam derramadas abundantes graças sobre o povo paraense e brasileiro, que auxiliem a todos e a cada um na vivência do Evangelho. E, como penhor destes votos, o Santo Padre de bom grado lhes concede a Bênção Apostólica, pedindo igualmente que não deixem de rezar por ele."
(vaticannews)
Em um dia como hoje, são João XXIII inaugurou o Concílio Vaticano II
Vaticano, 11 Out. 22 / 06:00 am (ACI).- Hoje (11), completa-se 60 anos da abertura do Concílio Vaticano II, o grande evento mundial e eclesial convocado por são João XXIII para buscar o “aggiornamento”, ou seja, a atualização da Igreja para aproximá-la do mundo atual.
O concílio ecumênico foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 e se dividiu em quatro etapas. Participaram cerca de 2 mil padres conciliares de todo o mundo.
Antes de inaugurar o concílio, João XXIII criou em 1960 o secretariado para a promoção da unidade dos cristãos, uma comissão preparatória que mais tarde se tornaria o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Foi a primeira vez que a Santa Sé criava uma estrutura para tratar de temas ecumênicos.
Para a presidência desse organismo, o pontífice nomeou o cardeal Augusto Bea, que depois se tornaria uma importante figura do Concílio.
Desde a abertura do Concílio Vaticano II, o papa bom destacou a natureza pastoral de seus objetivos: não se tratava de definir novas verdades nem condenar erros, mas era necessário renovar a Igreja para fazê-la capaz de transmitir o Evangelho nos novos tempos, buscar os caminhos de unidade com as outras confissões cristãs, buscar o bom dos novos tempos e estabelecer um diálogo com o mundo moderno, centrando-se primeiro “no que nos une e não no que nos separa”.
Ao Concílio foram convidados como observadores membros de diversos credos desde muçulmanos até índios americanos, assim como membros de todas as igrejas cristãs: ortodoxos, anglicanos, quacres e protestantes em geral, incluindo evangélicos, metodistas e calvinistas não presentes em Roma desde o tempo dos cismas.
Assim, o Concílio Vaticano II se tornou o fato mais decisivo da história da Igreja no século XX. São João XXIII não pôde ver a conclusão porque faleceu em 3 de junho de 1963.
Quem prosseguiu com o Concílio foi são Paulo VI, que foi eleito sucessor de são Pedro em 21 de junho de 1963.
O Concílio Vaticano II foi encerrado em 8 de dezembro de 1965 e deixou como legado uma série de importantes documentos que seguem sendo de grande atualidade.
Quatro Constituições: Dei Verbum, Lumen Gentium, Sacrosanctum Concilium e Gaudium et Spes; três Declarações: Gravissimum Educationis, Nostra Aetate e Dignitatis Humanae; e nove decretos: Ad Gentes, Presbyterorum Ordinis, Apostolicam Actuositatem, Optatam Totius, Perfectae Caritatis, Christus Dominus, Unitatis
(acidigital)
Hoje é celebrado são João XXIII, o papa bom
REDAÇÃO CENTRAL, 11 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- “Ah, os santos, os santos do Senhor, que em todos os lugares nos alegram, nos animam e nos abençoam!”, dizia são João XXIII, chamado “papa bom” e cuja festa litúrgica é celebrada hoje (11).
Angelo Giuseppe Roncalli, mais conhecido como são João XXIII, nasceu na Itália em 1881. Ingressou muito jovem no seminário e foi ordenado sacerdote em 1904.
Na Segunda Guerra Mundial, quando era bispo, salvou muitos judeus com a ajuda do “visto de trânsito” da Delegação Apostólica.
Em 1953, foi criado cardeal e, com a morte de Pio XII, foi eleito pontífice em 1958. Aos poucos, ganhou o apelido de “papa bom”, por suas qualidades humanas e cristãs.
O mundo inteiro pôde ver nele um pastor humilde, atento, decidido, corajoso, simples e ativo. Enveredou-se pelos caminhos do ecumenismo e do diálogo com todos. Escreveu as famosas encíclicas “Pacem in terris” e “Mater et magistra” e convocou o Concílio Vaticano II.
Morreu em 3 de julho de 1963. No ano 2000, foi beatificado por são João Paulo II e canonizado pelo papa Francisco em abril de 2014.
O milagre para sua beatificação foi baseado na cura de irmã Caterina Capitani, uma religiosa que tinha uma grave doença estomacal.
As irmãs da paciente, que sabiam da grande admiração da irmã Caterina por João XXIII, rezaram pedindo a intercessão do “papa bom” e colocaram uma imagem dele no estômago da religiosa.
Minutos depois, a religiosa começou a se sentir bem e pediu para comer. Mais tarde, Irmã Caterina relataria que viu João XXIII sentado ao pé de sua cama e que lhe disse que sua oração havia sido escutada. A ciência não pôde dar explicações para esta cura.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2022
O Papa: "“Não podemos esquecer o perigo da guerra nuclear ..."
Papa relembra o início do Concílio Vaticano II no Angelus e declara: “Não podemos esquecer o perigo da guerra nuclear que então ameaçava o mundo naquele momento”.
Vaticano, 09 Out. 22 / 12:42 pm (ACI).- Finalizando a missa de canonização de João Batista Scalabrini e Artêmides Zatti neste domingo (9), Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, e durante a oração recordou as vítimas da tragédia na creche na Tailândia, no dia 6 de outubro e a preocupante escalada nuclear do conflito na Ucrânia.
O Pontífice também lembrou que hoje (9), está acontecendo na catedral de Fabriano, situada na região dos Marche, na Itália, a beatificação de Maria Costanza Panas, uma monja Clarissa capuchinha, que viveu entre os anos de 1917 a 1963 no Mosteiro de Fabriano.
E sobre a nova beata Francisco disse: "Ela acolhia todos os que batiam à porta do mosteiro, infundindo em todos serenidade e confiança. Em seus últimos anos, gravemente doente, ela ofereceu seus sofrimentos para o Concílio Vaticano II, cujo 60º aniversário de abertura recorre depois de amanhã. Que a Beata Maria Constanza nos ajude a confiar sempre em Deus e a sermos acolhedores do próximo".
Recordando o início do Concílio Vaticano II há 60 anos, o Pontífice declarou: “Não podemos esquecer o perigo da guerra nuclear que então ameaçava o mundo naquele momento. Por que não aprender com a história? Mesmo naquela época havia conflitos e grandes tensões, mas o caminho pacífico foi escolhido. Está escrito na Bíblia: Assim diz o Senhor: “Parem no caminho e vejam, informem-se quanto às estradas do passado, onde está o bom caminho. Andem por ele, e vocês encontrarão um lugar tranquilo para viver”.
Em seguida, o Papa relembrou as vítimas que morreram por ocasião de um ato de violência em uma creche na Tailândia, ocorrido há três dias. “Com emoção confio ao Pai da vida, em particular, as crianças pequenas e suas famílias", expressou o Santo Padre.
Ao final do Angelus, Francisco convidou a todos que recorressem à Virgem Maria: “que ela nos ajude a sermos testemunhas do Evangelho, animados pelo exemplo dos Santos".
(acidigital)