REDAÇÃO CENTRAL, 06 Out. 22 / 05:00 am (ACI).- Hoje, 6 de outubro, a Igreja celebra são Bruno de Colônia, fundador em 1084 da Ordem dos Cartuxos. O sábio e devoto cardeal Giovanni Bona (século XVII), falando dos monges cartuxos, disse: "o grande milagre do mundo: vivem no mundo como se estivessem fora dele; são anjos na terra, como João, o Batista no deserto".
São Bruno nasceu em Colônia, então parte do Sacro Império Romano. Foi professor de filosofia e teologia na escola de Reims, França, onde lecionou por 18 anos, ficando conhecido por ter contribuído para o prestígio acadêmico daquela casa de estudos. Mais tarde tornou-se chanceler da diocese, nomeado pelo arcebispo Manassés.
A Igreja considera a vida dos cartuxos como paradigma do estado de contemplação e penitência. No entanto, quando os primeiros monges se estabeleceram em Chartreuse, não havia nenhuma intenção de fundar uma ordem religiosa. A fundação aconteceu pelo fervor e dedicação de seus membros, que suscitou o apoio do Delfim da França e da Igreja, que acabou fazendo um convite para se instituir. O conde Rogelio, irmão do duque da Apúlia e da Calábria, Roberto Guiscardo, deu a são Bruno o fértil vale de La Torre, na diocese de Squillace. O santo instalou-se ali com alguns discípulos.
Deus despertou em são Bruno o desejo de uma vida eremita. É verdade que em seu itinerário espiritual ele se aproximou da forma cenobítica do monaquismo - monges isolados do mundo, mas que compartilhavam uma vida em comum -; no entanto, ele finalmente optou pela vida em completa solidão, sozinho com Deus.
O santo morreu no domingo, 6 de outubro de 1101. Depois disso, os monges enviaram um relato de sua morte às principais igrejas e mosteiros da Itália, França, Alemanha, Inglaterra e Irlanda, pois era então costume pedir orações pelas almas dos mortos. Esse documento, juntamente com a Elogia (Elogio aos defuntos) escrita pelos 178 monges que receberam o relato de sua morte, é um dos mais completos e valiosos que existem e confirma a vida exemplar do santo.
São Bruno não foi formalmente canonizado, pois os cartuxos geralmente evitam manifestações públicas. No entanto, em 1514 obtiveram permissão do papa Leão X para celebrar a festa de seu fundador, e Clemente X estendeu-a a toda a Igreja Ocidental em 1674. O santo é particularmente popular na Calábria, e o culto que lhe é prestado reflete em certa forma o duplo aspecto ativo e contemplativo de sua vida.
(acidigital)
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