Continua a viagem do Cardeal Krajewski à Ucrânia para levar a proximidade de Francisco: "O Santo Padre me enviou uma mensagem muito longa para me dar coragem e dizer que ele está próximo". Hoje a transferência para Kiev para levar geradores e camisetas térmicas: "É uma gota no oceano... O trabalho dos voluntários é maravilhoso"
Salvatore Cernuzio – Vatican News
Com uma troca de mensagens com o Papa se concluiu a etapa do cardeal Konrad Krajewski em Lviv, na Ucrânia, para levar geradores elétricos e camisetas térmicas. "Enviei ao Santo Padre", disse o cardeal polonês ao Vatican News, "uma mensagem áudio explicando o que faço, onde estou, o que tenho feito nestes dias. Ele imediatamente me respondeu com uma longa mensagem me dando coragem, para me dizer que seu coração está partido pela Ucrânia, que ele está próximo e que essa presença é muito importante...".
Presença cristã
"Estou cansado", diz o cardeal Krajewski ao telefone, pedindo desculpas por algumas frases ditas em polonês. É um cansaço dado por dias exigentes, divididos entre transporte e transferências, algumas vezes de até 25 km, de filas na fronteira e também, emocionalmente, do impacto com pessoas que vivem o drama do frio e da escuridão, devido à falta de eletricidade. "É uma presença cristã", diz o cardeal. Até mesmo o Papa, afirma, o lembrou disto: "É o que Jesus faria, que sempre se colocava no lugar das pessoas, que estavam doentes, que estavam sofrendo. A compaixão... Nós também devemos imitá-lo, esta mensagem dá coragem...".
No caminho para Kiev
Depois de dias em Lviv, o Cardeal partiu nesta manhã (23) para a capital Kiev. A viagem estava programada para ontem à noite. "Não foi possível, seria preciso uma hora e meia para sair da cidade". Às 5 da manhã, o cardeal embarcou na van com a qual viajou e percorrerá várias zonas de guerra, para levar as camisetas térmicas compradas graças à generosidade de tantas pessoas que, através da plataforma Eppela, tornaram possível coletar 111.000 euros para comprar as roupas.
Uma gota no mar
"Estou feliz", diz Krajewski, lembrando a missão dos últimos dias, "conseguimos trazer muitos geradores, muitas coisas nestes dias, para pessoas sem luz, sem energia, sem água. É uma gota, mas a gota vai para o rio e do rio para o mar. Devemos raciocinar de acordo com a lógica do Evangelho. Nós fazemos as pequenas obras, as grandes são do Senhor.
Tantos pecados, mas também tanta graça
O Cardeal também revela o impacto emocional deste novo itinerário na Ucrânia, que ele já visitou várias vezes desde a primeira semana após o início da guerra. "Esta viagem não é fácil, o povo está sofrendo muito", conta. Ao lado da dor, porém, há o consolo de ver tantas pessoas prontas para ajudar: "Eu encontro voluntários todos os dias: eles são extraordinários, maravilhosos. Ou encontro pessoas que me ajudam a distribuir logo que eu chego nos depósitos. E os bombeiros que vêm para fazer o carregamento do carro e não se importam se é a terceira, quarta vez por dia... Verdadeiramente, onde há pecado, há também muita graça".
(vaticannews)
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