domingo, 18 de dezembro de 2022

O Papa ao Dispensário Santa Marta: não vamos esquecer das crianças ucraniana


Um dia depois do seu aniversário, Francisco participou do momento tradicional de celebração com aqueles que trabalham na estrutura pediátrica do Vaticano com ajudas materiais, sanitárias e espirituais. Na presença também de algumas famílias ucranianas hospedadas em Roma, o Pontífice convida a lembrar daqueles que sofrem com a guerra, e também em outras partes, pelas injustiças.

Antonella Palermo – Vatican News

O convite para não esquecer as crianças da Ucrânia e aquelas que sofrem em outros lugares por causa da injustiça. Este é o coração das poucas mas significativas palavras de Francisco que, no dia seguinte ao seu aniversário, como é tradição nesta época do Advento, participou de um momento de convívio na Sala Paulo VI com o Dispensário Santa Marta, a instalação pediátrica que está ativa no Vaticano há um século.

Não se esqueçam daqueles que sofrem

Apontando para um cartaz da Ucrânia, o Papa lembrou:

“Ali está escrito "Paz", e ali está a bandeira da Ucrânia. Tantas crianças sofrem com a guerra; e também sofrem em outras partes por causa das injustiças. Se o Senhor nos dá esta alegria de celebrar o Natal assim, todos juntos, em paz, pensemos também naqueles que sofrem e rezemos por eles, todos juntos”.


(Um grande bolão em forma de coração com a bandeira ucraniana)


Irmã Rizzello: o encontro com os frágeis diz o quanto injustiça existe

Francisco agradeceu por este momento de celebração, "o circo", ele a chama. Um momento compartilhado com famílias e voluntários do dispensário, famílias ucranianas acolhidas pelo reitor da igreja de Santa Sofia, em Roma e a comunidade das Filhas da Caridade, algumas famílias eritreias e amigos dos refeitórios. O cardeal Krajewski, esmoleiro pontifício, também esteve presente, mas sua nova missão de distribuir a ajuda coletada para a população ucraniana o levará está noite ao país que vive o drama da guerra.

"Agradecemos-lhe pela oportunidade que nos dá de estar a serviço do amado de Jesus: os pequenos, os pobres, os descartados pela sociedade, mas que são seus amados e amados, Sua Santidade", disse a diretora irmã Anna Luisa Rizzello abrindo a festa.

Em torno do trabalho de solidariedade realizado pelo dispensário, há "mãos trabalhadoras que tentam responder às necessidades materiais, sanitárias e espirituais", enfatiza a diretora em seu discurso. Não há falta de fraternidade compartilhada, diz ela, e observa: "encontrar o frágil nos faz crescer em humanidade e nos faz experimentar quanta injustiça, insensibilidade e sofrimento é semeada na terra". Aqueles que recorrem à ajuda do dispensário nos ensinam, mais uma vez - palavras da Irmã Rizzello -, humildade, alegria, apreço e gratidão.

Espaço para alguns testemunhos e o canto de um feliz aniversário para o Papa temperaram a atmosfera de alegre espera do Natal entre aqueles que trabalham por aqueles em dificuldade.

(vaticannews)

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