Começou nesta sexta-feira (28) a 41ª viagem apostólica internacional de Francisco e o Pe. Fábry, responsável pela pastoral nacional aprofunda alguns dos compromissos mais aguardados da visita do Pontífice à Hungria, incluindo aquela aos jovens com algum tipo de deficiência.
Andrea De Angelis - Vatican News
"Trabalhamos para preparar essa visita da melhor maneira possível, em um espírito de amizade e oração", disse em entrevista ao Vatican News o Pe. Kornél Fábry, diretor do Instituto da Pastoral Nacional Húngara, ex-secretário geral da Secretaria do 52º Congresso Eucarístico Internacional, promovido no país em setembro de 2021. "O Papa", enfatiza, "desta vez não se encontrará, como no Congresso Eucarístico Internacional, apenas com bispos e líderes religiosos, mas com sacerdotes, seminaristas, aqueles que trabalham nas paróquias". Em particular, "o encontro com os jovens será em um estádio com mais de 10 mil lugares, e então o seu carinho chegará aos deficientes, aos refugiados. Estou pensando especialmente nos ucranianos, pois neste último ano mais de um milhão passaram pela Hungria".
O senhor se referiu aos jovens, que ganham um trabalho pastoral universitário importante na Hungria, proibido durante o comunismo. Como os estudantes se prepararam para a chegada do Papa?
Já vimos o número de pedidos para participar do encontro no estádio, e é mais do que os lugares disponíveis, cerca a 11 mil. Muitos jovens de paróquias virão, mas também de universidades, não apenas católicas. O Papa terá dois encontros com eles: os jovens no estádio e, no último dia, com o mundo da cultura e universitário. Há muitos jovens que querem rezar com Francisco e nos preparamos para esse encontro lendo Christus vivit, a exortação apostólica que o Papa escreveu para os jovens.
No logotipo desta viagem está a ponte, o símbolo de Budapeste. A ponte une, traz o diálogo e esse é o convite que o Papa dirige aos jovens e aos idosos. Um diálogo intergeracional, no respeito mútuo, incentivado em particular no ciclo de catequese que Francisco dedicou aos idosos no ano passado. No trabalho pastoral, qual é a importância de aceitar esse convite, também para combater a cultura do descarte?
Esse é um fator muito importante para nós. Na Hungria, as famílias não vivem mais juntas, as diferentes gerações costumavam viver juntas. No campo, há casas grandes e todos costumavam viver juntos. Hoje isso é muito raro. Apesar disso, em nossas igrejas incentivamos o diálogo entre jovens e idosos, por exemplo, na liturgia. Mesmo com hinos mais modernos, ouvindo uns aos outros. Esse é um dever pastoral: promover a unidade entre jovens e idosos. Na paróquia onde eu estava antes, todas as festas eram para as famílias, incluindo os avós. Escutá-los e acolhê-los é importante, eles são nossos sábios! Em nossa época, em que o on-line parece tão distante dos mais velhos, muitas vezes observo que são os netos que ensinam os avós a usar as salas de bate-papo, a Internet. Isso é bom, nós avançamos juntos.
A pastoral de saúde também é importante para a verdadeira inclusão. Qual ela se dissemina na Hungria?
Muito, há padres responsáveis, por exemplo, na arquidiocese de Budapeste, por ajudar pessoas cegas a participar das liturgias. Acho que é muito importante organizar eventos específicos para incluí-los. Estou pensando em missas destinadas especificamente a pessoas com deficiência, pois elas são uma riqueza da Igreja. O encontro que o Papa terá com essas crianças é realmente importante, será um momento particular com esses pequenos, junto com seus pais. O bispo de Roma quer passar um tempo com eles, para encorajá-los.
(vaticannews)
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