25 de abr de 2024 às 16:09
A Bandeira Internacional Pró-Vida não será hasteada nas escolas católicas de Toronto, no Canadá, em maio.
Os curadores do Conselho Escolar do Distrito Católico de Toronto (TCDSB, na sigla em inglês) votaram contra a proposta do administrador Michael Del Grande de que a bandeira pró-vida fosse hasteada em todas as escolas e no Centro de Educação Católica de Toronto durante o mês de maio, assim como o conselho votou a favor de hastear a bandeira do “orgulho gay” em junho.
A moção de Del Grande foi derrotada na reunião do conselho na terça-feira (23). Só o conselheiro Garry Tanuan apoiou a moção de Del Grande. Os outros oito conselheiros presentes e os dois curadores estudantis se opuseram à proposta.
Embora Del Grande não tenha conseguido apoio suficiente de seus colegas, seu plano, que também teria orientado todas as escolas do TCDSB a ensinar um currículo exclusivamente pró-vida em 9 de maio, dia da Marcha Nacional pela Vida no Canadá, recebeu apoio do público.
Desafiando pedidos da presidente do conselho escolar, Nancy Crawford, para ficarem em silêncio, os espectadores aplaudiram ao ouvir as declarações de Del Grande, Tanuan e dois delegados convidados em apoio à moção. E quando a curadora Angela Kennedy sinalizou sua intenção de votar contra a moção logo no início de seus comentários preparados, ela foi abafada por protestos. Um homem bradou continuamente: "Respondemos a Jesus Cristo".
Crawford concordou que "respondemos a Jesus Cristo", mas ela disse ao homem que ele deveria se calar ou seria escoltado do prédio por seguranças. Os participantes ignoraram o aviso e as objeções continuaram, forçando Crawford a pausar a reunião por dez minutos para acalmar a situação.
Ao retomar os procedimentos, Crawford apelou ao "senso de bondade, caridade e generosidade" do público para não interromper a reunião novamente, dizendo que do contrário, pediria à segurança que retirassem todos do local.
A multidão inicialmente obedeceu, ficando em silêncio enquanto Kennedy fazia seu discurso e a administradora Maria Rizzo entregava sua discordância à moção.
No entanto, a tensão na sala aumentou quando os conselheiros votaram contra a moção. Os que ficaram decepcionados com o resultado advertiram o conselho gritando repetidamente "vergonha", e Crawford ordenou que a segurança escoltasse todos os visitantes para fora do prédio, pois "eles não estão preparados para permanecer em silêncio".
Os discursos a favor ou contra hastear a bandeira pró-vida foram ofuscados em certa medida pela polêmica em torno da conduta do público. No entanto, ambos os lados apresentaram argumentos de forma acalorada.
(acidigital)
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