sexta-feira, 31 de maio de 2024
Hoje a Igreja celebra a Visitação da Virgem Maria
Por Redação central
31 de mai de 2024 às 00:01
Hoje (31), o calendário litúrgico recorda a celebração da festa da Visitação da Virgem Maria, oficialmente instituída pelo papa Urbano VI em 1389. Durante esta visita, Maria recitou o cântico de louvor conhecido como o Magnificat.
A Santíssima Virgem Maria, depois de ouvir do anjo Gabriel que sua prima Isabel estava esperando um filho, foi para ajudá-la e assim levar-lhe as graças e bênçãos do Filho de Deus que havia se encarnado Nela.
Além disso, Maria não foi como rainha ou senhora, mas como serva humilde e fraterna, sempre disposta a atender a todos que necessitavam.
São João Paulo II, em sua catequese de 2 de outubro de 1996, assinalou que “a direção da viagem da Virgem Santíssima é particularmente significativa: será da Galileia à Judeia, como o caminho missionário de Jesus”. Ele mencionou que “Isabel, com sua exclamação cheia de admiração, nos convida a apreciar tudo o que a presença da Virgem traz como um dom para a vida de cada crente”.
O papa emérito Bento XVI, em suas palavras de 31 de maio de 2011, disse que “ao meditar hoje a Visitação de Maria, refletimos precisamente sobre essa coragem da fé. Aquela a quem Isabel acolhe em casa é a Virgem que ‘acreditou’ no anúncio do anjo e respondeu com fé, aceitando com coragem o projeto de Deus para sua vida e acolhendo desta forma em si mesma a Palavra eterna do Altíssimo”.
O papa Francisco, na sua reflexão de 31 de maio de 2013, disse que Maria “enfrenta o caminho de sua vida, com grande realismo, humanidade, concretude” e sublinhou que “três palavras resumem a atitude de Maria: escuta, decisão, ação; palavras que indicam um caminho também para nós frente ao que o Senhor nos pede na vida”.
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Hoje Igreja celebra a Solenidade de Corpus Christi
Por Redação central
30 de mai de 2024 às 00:01
Um milagre eucarístico do século XIII está relacionado à origem da Solenidade de Corpus Christi, que a Igreja celebra na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
Com a solenidade de Corpus Christi, a Igreja presta à Eucaristia um culto público e solene de adoração, gratidão e amor. A procissão de Corpus Christi uma das mais importantes em toda a Igreja Universal.
A festa de Corpus Christi surgiu na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon. Ela tinha visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
Em meados do século XIII, o padre Pedro de Praga, que duvidava da presença de Cristo na Eucaristia, decidiu fazer uma peregrinação a Roma para rogar, sobre o túmulo de São Pedro, a graça da fé. Ao retornar, enquanto celebrava a Missa em Bolsena, na cripta de Santa Cristina, a Sagrada Hóstia sangrou, manchando o corporal.
A notícia chegou rapidamente ao papa Urbano IV, que se encontrava muito perto, em Orvieto. Ele tinha sido arcediago de Liège onde conheceu a beata Cornilon.
Urbano IV mandou que o corporal fosse levado até ele. Isso foi feito em procissão e, quando o pontífice os encontrou na entrada da cidade, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Mais tarde, em 1264, o papa publicou a bula Transiturus de hoc mundo, com a qual ordenou que a Solenidade de Corpus Christi fosse celebrada em toda a Igreja na quinta-feira após o domingo da Trindade.
O papa Clemente V, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou uma vez mais esta Solenidade e publicou um novo decreto no qual incorporou o de Urbano IV. Posteriormente, João XXII instou sua observância.
A celebração dessa solenidade consta de missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
No Brasil, uma tradição que se espalhou pelas cidades do país é a confecção de tapetes para a passagem da procissão. Os desenhos dão ênfase aos temas sobre a Eucaristia, mas a criatividade das comunidades dá um toque especial, com o uso dos mais diversos materiais, como serragem e pedras coloridas, borra de café, flores, areia, entre outros.
quarta-feira, 29 de maio de 2024
Audiência Geral 29 de maio de 2024 Papa Francisco
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 29 de maio de 2024
Ciclo de Catequese. O Espírito e a Noiva. O Espírito Santo guia o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança. 1. O Espírito de Deus pairava sobre as águas
Locutor:
Começamos um ciclo de reflexões sobre o Espírito Santo e a Igreja, detendo-nos hoje no Antigo Testamento para ver como tudo aquilo que lá nos é prometido se realizou plenamente em Cristo. Logo nos primeiros versículos do Génesis, lê-se que «o espírito de Deus se movia sobre a superfície das águas», fazendo passar do caos ao cosmo, ou seja, da confusão a uma realidade bela e harmoniosa. Pois bem! O Espírito de Deus quer realizar a mesma transformação em cada pessoa, pois o coração humano é parecido com um abismo desértico e tenebroso, onde se agitam sentimentos e desejos contrapostos. Há um caos exterior – social e político – e um caos interior em cada um de nós. E não se pode sanar o primeiro se não começamos por sanar o segundo. Para voltar à harmonia do Espírito criador, São Francisco de Assis indicou-nos a via da contemplação e do louvor.
Santo Padre:
Cari pellegrini di lingua portoghese, un saluto di benvenuto a tutti e in particolare ai “Figli della Misericordia” e ai membri dell’Accademia di Storia, con l’auspicio che il pellegrinaggio ai luoghi santificati dalla predicazione e dal martirio degli Apostoli Pietro e Paolo vi aiuti ad aderire strettamente a Cristo e al Vangelo. La Vergine Maria vi accompagni e vi protegga!
Locutor:
Queridos peregrinos de língua portuguesa, uma saudação de boas-vindas a todos, em particular aos «Filhos da Misericórdia» e aos membros da Academia de História, com votos de que a peregrinação até estes lugares santificados pela pregação e o martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo vos ajude a aderir intimamente a Cristo e ao Evangelho. Que a Virgem Maria vos acompanhe e proteja!
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Hoje é celebrado são Paulo VI, autor da Humanae Vitae
Por Redação central
29 de mai de 2024 às 00:15
A Igreja celebra hoje (29) a festa de são Paulo VI, autor da encíclica Humanae Vitae, que foi canonizado pelo papa Francisco em 14 de outubro de 2018.
Antes de sua canonização, a festa do então beato Paulo VI era celebrada em 26 de setembro. Entretanto, após ser declarado santo, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos divulgou decreto sobre a inscrição da celebração de São Paulo VI no Calendário Romano Geral, estabelecendo como data o dia sua ordenação sacerdotal, 29 de maio.
São Paulo VI é o papa autor da encíclica Humanae Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família, e quem concluiu o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por são João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897, e faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978, após um pontificado de 15 anos iniciado em 1963.
Em 29 de maio de 1920, aos 22 anos, foi ordenado sacerdote e enviado a Roma para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma La Sapienza e na Pontifícia Academia Eclesiástica.
Quatro anos depois, foi designado para o escritório da Secretaria de Estado, onde permaneceu por 30 anos.
No dia 1ºde novembro de 1954, aos 57 anos, foi nomeado arcebispo de Milão e, em 15 de dezembro de 1958, são João XXIII o nomeou cardeal.
Em 1963, com a morte de são João XXIII, o então cardeal Montini foi eleito papa no dia 21 de junho, tomando o nome Paulo VI e dizendo ao mundo que continuaria com o trabalho de seu predecessor.
No dia 24 de junho de 1967, abordou o tema do celibato em uma encíclica e em 24 de julho de 1968 escreveu em sua encíclica Humanae Vitae sobre a regulação da natalidade. Ambos foram temas controversos durante seu pontificado.
O santo protagonizou importantes mudanças na Igreja. Algumas de natureza ecumênica, como seu célebre abraço com o patriarca Atenágoras, em 1964, e o mútuo levantamento de excomunhões.
Outros, de índole pastoral, como ter iniciado a era moderna das viagens pontifícias com visitas aos cinco continentes, assim como a Terra Santa e a ONU. Além disso, promulgou em 1969 a reforma litúrgica.
Paulo VI também criou cardeais Karol Wojtyla, em 1967 e Joseph Ratzinger, em 1977, os quais seriam seus sucessores são João Paulo II e Bento XVI, respectivamente.
As encíclicas escritas por ele são Ecclesiam Suam (6 de agosto de 1964), Mense Maio (29 de abril de 1965), Mysterium Fidei (3 de setembro de 1965), Christi Matri (15 de setembro de 1966), Populorum Progressio (26 de março de 1967), Sacerdotalis Caelibatus (24 de junho de 1967) e Humanae Vitae (25 de julho de 1968).
Hoje é dia de santa Úrsula Ledóchowska, dedicada à educação
Por Redação central
29 de mai de 2024 às 00:30
Santa Úrsula Ledóchowska foi uma freira austríaca, fundadora de várias iniciativas evangelizadoras, como a Congregação das Religiosas Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante, bem como centros de formação e ensino.
Uma das peculiaridades do apostolado desta santa foi o seu vínculo com a Companhia de Jesus e outras instituições da Igreja. Segundo o postulador da sua causa de canonização, padre Paolo Molinari, “era irmã de Vladimiro Ledóchowski, superior-geral da Companhia até 1942, e irmã de Maria Teresa Ledóchowska (beatificada em 1975), fundadora do Sodalício de São Pedro Claver para apoiar as missões na África. Ela também tinha um tio que havia sido cardeal”.
Santa Úrsula nasceu em 17 de abril de 1865 em Loosdorf, Áustria. Ela se mudou para Cracóvia, Polônia, em 1886 e entrou no convento das madres ursulinas. Ao emitir os votos em 1889, adotou o nome de Maria Úrsula de Jesus.
O seu serviço se caracterizou pela dedicação à educação e pela sensibilidade para com as necessidades dos menos favorecidos. Cinco anos depois dos votos, ela seria eleita superiora de seu convento.
Com a bênção do papa Pio X, em 1907, partiu acompanhada de outra freira para cumprir uma missão apostólica na Rússia, país onde as hostilidades contra a Igreja Católica aumentavam. Apesar das dificuldades, ambas fizeram um intenso trabalho de educação e de formação católica. Graças a esse esforço pastoral, seria criado o noviciado de São Petersburgo, no qual Úrsula seria nomeada superiora.
Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ela teve que mudar sua comunidade, que já tinha mais membros, primeiro para a Suécia e depois para a Dinamarca. Nesse ínterim, a Santa Sé lhe concedeu permissão para que o grupo de freiras sob sua responsabilidade deixasse de fazer parte da Ordem de Santa Úrsula e se tornasse as "Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante".
A Congregação cresceu rapidamente. Comunidades religiosas nasceram na Polônia, Áustria, Suécia e Alemanha. Em 1928, inaugurou em Roma a casa geral e uma pensão para moças pobres. As "Ursulinas do Sagrado Coração" também começaram a trabalhar entre os pobres nos subúrbios da Cidade Eterna. Em 1930, estabeleceram-se pela primeira vez na França.
Santa Úrsula Ledóchowska morreu em Roma em 29 de maio de 1939. Foi beatificada pelo papa são João Paulo II em 20 de junho de 1983 e canonizada também por ele em 18 de maio de 2003. Atualmente, a congregação conta com cerca de 900 irmãs distribuídas em mais de 100 comunidades, presente em 12 países. As irmãs querem seguir o caminho radical do Evangelho e do serviço fraterno, sobretudo aos mais necessitados.
terça-feira, 28 de maio de 2024
Hoje é dia de são Germano de Paris, o pai dos pobres
Por Redação central
28 de mai de 2024 às 00:01
A Igreja recorda hoje (28) são Germano de Paris, bispo da cidade luz entre 555 e 576, lembrado por seu intenso amor pelos pobres e por seu papel na pacificação da França de seu tempo.
Antes de se tornar bispo, são Germano foi abade do mosteiro de são Sinforiano, onde fomentou o espírito de pobreza entre os monges. Diz-se que o seu desapego das coisas materiais era tal que a sua conduta incomodava os monges mais apegados às seguranças deste mundo. Conta-se também que em certa ocasião ele teve que enfrentar um grupo de monges que se rebelaram contra sua autoridade, temendo que o santo doasse os seus pertences. São Germano viveu em tempos em que a nobreza estava em decadência, nos quais a ostentação e a vida desordenada eram a norma, e onde ninguém simpatizava com aqueles que tinham menos.
O menino abandonado que virou monge
São Germano de Paris nasceu em 496, perto da cidade de Autun. Ainda criança foi abandonado pelos pais, embora pela graça de Deus um parente seu, Scapilion, que era padre, cuidou dele. Scapilion deu ao pequeno os cuidados necessários e a educação de que precisava.
Mais tarde, Germano, muito inclinado à vida espiritual, entrou para o mosteiro de São Sinforiano de Autun e tornou-se monge segundo a Regra de São Basílio. A sua dedicação e observância foram tão grandes que os seus irmãos o elegeram abade. Segundo o testemunho de seu amigo e também bispo, são Venancio Fortunato De Poitiers, sabe-se que Germano foi um abade de fervorosa oração e simplicidade, e que muitos milagres seriam operados por sua intercessão.
“De graça recebestes, de graça dai”
A são Germano é atribuída a conversão ao catolicismo do rei franco Quildeberto I, a quem ele pediu para colocar ordem nos costumes de seus súditos. Muitas práticas pagãs eram mantidas na França da época, principalmente entre aqueles que se diziam cristãos. Os excessos abundavam ali por igual, mesmo em dias de festas religiosas.
No ano de 555, morreu o bispo de Paris, Eusébio. Germano estava na cidade e dado o seu prestígio de homem nobre e santo, tanto o clero como o povo pediram ao rei que Germano ocupasse a sede vacante. Quildeberto I, rei das Galias, acedeu ao pedido do povo e reteve-o na cidade.
Como pastor, são Germano fortaleceu o anúncio evangelizador dos povos pagãos, defendeu a doutrina e ampliou a prática dos costumes cristãos na vida social, especialmente a esmola. Ele também participou do terceiro e quarto Concílio de Paris, bem como do segundo Concílio de Tours (566). Foi Germano quem, com a morte de Quildeberto, colocou em prática seus bons ofícios para reconciliar os herdeiros que disputavam o legado do rei. Infelizmente, ele não teve muito sucesso nessa empreitada e morreu sem ver a paz restaurada.
O protetor de Paris e as esmolas
Um tema que deve ser destacado quando se fala de são Germano de Paris é o da generosidade, e sua realização prática na “esmola”. A “comunhão de bens” é uma tradição desde os tempos apostólicos. Isso, em essência, é compartilhar o que Deus dá, material ou não, para o bem de cada um.
O Senhor Jesus foi o primeiro exemplo: deu tudo, não guardou nada para si; a ponto de não ter "onde reclinar a cabeça". Deu o exemplo da viúva pobre e mostrou, através do gesto daquela mulher, que o amor é coerente com o desapego e o desprendimento. São Germano quis fazer eco dessa santa generosidade e mobilizou toda uma cidade para contribuir com o sustento da Igreja e dos mais necessitados. Isso lhe valeu ser chamado de "o pai dos pobres". Por isso, é preciso lembrar que a esmola é expressão de amor, de entrega; uma prova irrefutável de que as "coisas" não são o mais importante e devem ser um meio para fazer o bem.
Tesouros no céu
Depois de uma vida de austeridade e penitência, ele morreu com quase 80 anos, em 28 de maio de 576. Muitos franceses o veneram hoje como o santo padroeiro da grande metrópole parisiense.
O santo foi enterrado na capela de são Sinforiano, que foi construída por ordem de Quildeberto I, localizada na igreja de São Vicente. No entanto, em 754, suas relíquias foram transferidas para a nave principal, na presença de Pipino, o Breve, e de seu filho Carlos Magno, que na época era um menino de sete anos. Mais tarde, essa igreja se tornou a igreja da Abadia de Saint-Germain-des-Prés, construída em homenagem ao santo bispo.
segunda-feira, 27 de maio de 2024
Hoje é celebrado santo Agostinho de Cantuária, o apóstolo da Inglaterra
Por Redação central
27 de mai de 2024 às 00:01
Santo Agostinho de Cantuária foi um monge da Ordem de São Bento, o primeiro arcebispo de Cantuária na Inglaterra, um dos padres da igreja latina e um dos maiores evangelizadores europeus junto com são Patrício, na Irlanda, e são Bonifácio, na Alemanha.
A data de seu nascimento é desconhecida, mas se sabe que faleceu em 26 de maio de 604. O início de sua vida apostólica e missionária foi em 597, quando saiu de Roma por ordem do papa são Gregório Magno para evangelizar a Grã Bretanha acompanhado de 39 monges.
A Grã Bretanha havia sido evangelizada desde a época apostólica, entretanto, esta pátria recaiu no paganismo após a invasão nos séculos V e VI.
Apesar dessa situação, o rei Etelberto de Kent (sudestes da Inglaterra medieval) – que posteriormente se converteria ao catolicismo e chegaria a ser santo – permitiu a chegada e a evangelização dos missionários beneditinos, apesar de ser pagão. Sem dúvidas, o fato de sua esposa ser uma princesa cristã influenciou.
Antes que os missionários chegassem ao povoado de Thanet, em Kent, onde foram imediatamente recebidos por Etelberto, o papa são Gregório Magno já havia nomeado Agostinho abade e o designado como bispo.
Depois do encontro, o rei lhes concedeu permissão para pregar em todo o povoado e lhes entregou a igreja de São Martinho para que pudessem celebrar a missa e outras liturgias. A partir desse momento, as conversões começaram a se multiplicar e logo o rei e sua corte foram batizados em Pentecostes do ano 597.
A evidente sinceridade dos missionários, sua simplicidade de intenção, sua força diante de todas as provações e, sobretudo, o caráter desinteressado do próprio Agostinho acompanhado de sua doutrina causaram uma profunda impressão na mente do rei.
Agostinho enviou dois de seus melhores monges a Roma para contar ao Sumo Pontífice o acontecido. Em resposta, o papa o nomeou arcebispo de Cantuária e, ao mesmo tempo, o admoestou paternalmente para que não se orgulhasse pelos êxitos alcançados nem pela honra do alto cargo que lhe conferia.
Seguindo as indicações do papa para a divisão em territórios eclesiásticos, Agostinho erigiu outras sedes episcopais, a de Londres e a de Rochester, consagrando bispos Melito e Justo.
Depois de ter trabalhado por vários anos com todas as suas forças para converter ao cristianismo o maior número possível de ingleses, santo Agostinho de Cantuária morreu em 26 de maio de 604.
domingo, 26 de maio de 2024
A "Cruz da Alegria" para o Papa
Vatican News
O peixe, o sol, a estrela cometa, o ramo de oliveira, o cálice eucarístico. A Cruz da Alegria reúne todos os elementos cristãos, juntamente com alusões a fábulas que estimulam a imaginação. Uma obra de quatro metros criada pelo famoso pintor e escultor Domenico Paladino e concebida para o I Dia Mundial da Criança, que é comemorado hoje e amanhã, 25 e 26 de maio. Os artesãos da Fundação Escola Beato Angélico, em Milão produziram uma pequena cópia em esmalte para presentear o Papa Francisco, por ocasião do evento mundial que reunirá o Pontífice com crianças de todo o mundo. A Escola Beato Angélicoo é um secular e prolífico viveiro de talentos - atualmente dirigido pelo padre Umberto Bordoni - que desde 1921 construiu edifícios eclesiásticos, criou milhares de altares, pinturas, afrescos, mosaicos e objetos de culto.
Simbologias cristãs e fantasia cromática
A Cruz, apresentada no Domingo da Trindade, traz consigo "associações de simbologias cristãs e fantasias cromáticas", como o próprio artista explicou. Assim, os peixes, símbolo de Cristo, tornam-se peixes voadores, as libélulas introduzem o maravilhoso mundo dos insetos, mas também todas as criaturas voadoras - anjos, pássaros, serafins - que acompanham as manifestações de Deus. Também, estrelas, flores e frutas se combinam, transformando-se uns nos outros.
Arte para estimular reflexões
Tudo estimula diferentes reflexões: a possibilidade de criar narrativas e sonhos por meio da combinação de imagens simbólicas, um grande ensinamento para a teologia de todos os tempos, a eterna vitalidade da sabedoria litúrgica da Igreja e a cruz de Cristo, que é, então, a própria manifestação da urgência de viver na verdade aquela palavra do Evangelho de Mateus que nos exorta: " Jesus chamou perto de si uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus" (Mt 18, 2-3).
Francisco às crianças: "O Espírito Santo nos acompanha na vida"
Cinquenta mil fiéis participaram, na Praça São Pedro, da missa da I Jornada Mundial das Crianças. No dia em que a Igreja recorda a Santíssima Trindade, Francisco conversou com as crianças, recordando o amor do Pai e "Jesus que perdoa tudo e sempre". Junto com elas, rezou a Ave-Maria, e pediu para que rezem pela paz. Anunciou que a próxima Jornada Mundial das Crianças será em setembro de 2026.
Michele Raviart/Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Papa Francisco presidiu a missa na Solenidade da Santíssima Trindade, neste domingo (26/05), na Praça São Pedro, I Jornada Mundial das Crianças.
A sua homilia, feita espontaneamente, foi centrada na Santíssima Trindade. "O Pai nos criou, Jesus nos salvou, o Espírito Santo nos acompanha." Assim, o Pontífice explicou às milhares de crianças presentes na Praça São Pedro, para a I Jornada Mundial dedicada a elas, o mistério de Deus, Uno e Trino.
"Estamos aqui para rezar juntos, para rezar a Deus. Vocês concordam?", perguntou o Papa, reiterando que o Pai Criador "nos ama muito" e nos faz crescer.
A humildade de pedir perdão a Jesus
"Jesus!", gritam as crianças quando o Papa lhes pergunta o nome do filho de Deus. "Peçamos a Jesus para que nos ajude e esteja perto de nós", disse Francisco, porque "quando comungamos, recebemos Jesus e Jesus perdoa os nossos pecados". Isso acontece "sempre, sempre, sempre", lembrou o Papa, "para um homem ou uma mulher com muitos pecados" e "até mesmo para o mais feio dos pecadores".
Não se esqueçam disso: Jesus perdoa tudo e perdoa sempre, e nós devemos ter a humildade de pedir perdão. "Perdoa-me, Senhor, eu errei. Sou fraco. A vida me colocou em dificuldades, mas você perdoa tudo. Eu gostaria de mudar minha vida e você me ajuda".
A felicidade da fé
Não é fácil, continuou o Papa, explicar o que é o Espírito Santo, que "está dentro de nós" porque o recebemos no Batismo e nos Sacramentos. Ele "nos dá força, nos consola nas dificuldades". O Espírito Santo é aquele "que nos acompanha ao longo da vida". Cinco vezes o Papa pediu para as crianças repetirem isso, antes de explicar a elas a felicidade da fé:
Queridos irmãos e irmãs, meninos e meninas, todos nós somos felizes porque acreditamos. A fé nos torna felizes. Acreditamos em Deus que é, todos juntos: "Pai, Filho e Espírito Santo".
Oração a Maria e pela paz
Os cristãos também têm uma mãe, "Maria", respondem as crianças, a quem Francisco pediu para invocarem, rezando uma Ave-Maria com todos os fiéis. "Rezem pelos pais, pelos avós, pelas crianças doentes", exortou o Papa, e "rezem sempre e sobretudo pela paz, para que não haja guerras". "O que o Espírito Santo faz?", perguntou novamente antes de prosseguir com a celebração da missa. "Ele nos acompanha", responderam as crianças em coro.
Após a oração do Angelus e um monólogo do diretor de cinema e ator vencedor do Oscar Roberto Benigni, Francisco anunciou a data da II Jornada Mundial das Crianças, que será em setembro de 2026.
(vaticannews)
SANTÍSSIMA TRINDADE – SANTA MISSA (Texto)
SANTÍSSIMA TRINDADE – SANTA MISSA
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça São Pedro
Domingo, 26 de maio de 2024
Queridos meninos, queridas meninas, estamos aqui para rezar, rezar juntos, rezar a Deus. Concordais? Estais de acordo com isto? Sim? E rezamos a Deus, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Quantos «deuses» são? Um em três pessoas: o Pai que nos criou a todos, que tanto nos ama. Quando rezamos a Deus Pai, qual é a oração…, qual é a oração que todos rezamos? [respondem: o Pai Nosso]. Rezemos sempre a Deus, o Pai nosso, para que nos acompanhe na vida e faça crescer.
E como se chama o Filho? Qual é o nome do Filho? [respondem: Jesus] Não ouvi bem! […] Jesus! E rezamos a Jesus para que nos ajude, para que permaneça junto de nós. Quando vamos à comunhão, recebemos Jesus… E também é Jesus que nos perdoa todos os pecados. É verdade que Jesus perdoa tudo? [respondem: sim!] Não se ouve…, por que será? É mesmo verdade que Ele sempre perdoa tudo? [respondem: sim!] Sempre, sempre, sempre? [respondem: sim!] E se for um homem ou uma mulher, pecador, mesmo pecador, mas pecador com muitos pecados, Jesus perdoa-os? [respondem: sim!] Perdoa, mesmo ao pior dos pecadores? [respondem: sim!] Sim! Não vos esqueçais disso: Jesus perdoa tudo, perdoa sempre e nós devemos ter a humildade de pedir perdão. «Perdoa-me, Senhor! Errei. Sou fraco. A vida colocou-me em dificuldade… Mas Tu perdoa tudo. Quero mudar de vida e Tu ajuda-me». Sabem? Parece-me que antes não ouvi bem… É verdade que perdoa tudo? [respondem: sim!] Muito bem, não vos esqueçais disso.
Agora outro problema: quem é o Espírito Santo? Eh, não é fácil dizê-lo, porque o Espírito Santo é Deus, está dentro de nós. Recebemos o Espírito Santo no Batismo, recebemo-Lo nos Sacramentos. É o Espírito Santo que nos acompanha na vida. Pensemos nisto e digamos juntos: «O Espírito Santo acompanha-nos na vida». Todos juntos: «O Espírito Santo acompanha-nos na vida». É quem nos diz, no coração, as coisas boas que devemos fazer. Outra vez: «O Espírito Santo acompanha-nos na vida». É quem nos repreende no nosso íntimo, quando fazemos algo de mal. «O Espírito Santo…» (Já esquecestes!? Não ouço…) Outra vez! O Espírito Santo é quem nos dá a força, consola nas dificuldades. Juntos: «O Espírito Santo acompanha-nos na vida».
Assim, queridos irmãos e irmãs, meninos e meninas, somos todos felizes, porque acreditamos. A fé faz-nos felizes. E acreditamos em Deus que é «Pai, Filho e Espírito Santo». Todos juntos: «Pai, Filho e Espírito Santo». O Pai que nos criou, Jesus que nos salvou e o Espírito Santo… que faz Ele? […].
Muito obrigado a todos vós… Nós os cristãos, para estar seguros, temos também uma mãe. Como se chama a nossa mãe? Como se chama a nossa Mãe do Céu? [respondem: Maria] Vós sabeis rezar a Nossa Senhora? [respondem: sim!] Tendes a certeza? […] Façamo-lo agora; quero ouvir... [recitam a Ave Maria]. Muito bem, rapazes e raparigas, muito bem meninas e meninos… Vejo que a sabeis. O Pai que nos criou, o Filho que nos salvou e… que fazia o Espírito Santo? […] Muito bem! Que Deus vos abençoe, rezai por nós, para podermos continuar para diante… todos nós! Rezai pelos pais, rezai pelos avós, rezai pelas crianças doentes. Aqui, atrás de mim, estão muitas crianças doentes. Rezai sempre, e sobretudo rezai pela paz, para que não hajam guerras. Agora vamos continuar a Missa. Mas – para não esquecermos –, que fazia Espírito Santo? (…) Muito bem. Continuai assim.
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Hoje é a Solenidade da Santíssima Trindade, o mistério do amor de Deus
Por Redação central
26 de mai de 2024 às 00:01
A Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro, é a Solenidade litúrgica que a Igreja universal celebra hoje.
Em 2013, para explicar a algumas crianças as três pessoas da Santíssima Trindade, o papa Francisco lhes disse: “O Pai cria o mundo, Jesus nos salva e o que o Espírito Santo faz? Ele nos ama, nos dá o amor”.
O mistério da Trindade não pode ser precisamente entendido porque é um mistério. Santa Joana D’Arc afirmava que “Deus é tão grande que supera a nossa ciência”, portanto, supera o entendimento humano.
Em uma ocasião, santo Agostinho caminhava pela praia, quando observou uma criança que fazia um buraco na areia. O santo perguntou ao menino o que pretendia fazer e ele respondeu que queria colocar toda a água do mar naquele buraco.
Santo Agostinho, admirado, disse: “Mas você não percebe que é impossível?”. O menino respondeu que “é mais possível colocar toda a água do mar neste buraco do que tentar colocar o mistério da Trindade em sua cabeça”.
O santo irlandês são Patrício, para explicar este mistério, comparava-o com um trevo. Dizia que cada folha é diferente, mas as três formam o trevo, e o mesmo acontece com Deus, onde cada pessoa é Deus e formam a Santíssima Trindade.
sábado, 25 de maio de 2024
A catequese do Papa aos jovens: tenham um ideal!
Vatican News
A paróquia de Santa Bernadete Soubirous, no leste de Roma, foi escolhida para o segundo encontro intitulado "Escola de oração", em vista do Jubileu. Trata-se de uma hora de catequese feita pelo Papa uma vez por mês até o início do Ano Santo.
No teatro da paróquia, reuniram-se 80 adolescentes com mais de 15 anos para um diálogo com o Pontífice, que preferiu deixar de lado o discurso preparado para a ocasião sobre a oração de intercessão.
As perguntas foram sobre inúmeros temas, inclusive sobre a existência de Deus. Falou-se sobre vocação, coragem, natalidade, testemunho - assuntos sempre intercalados com lembranças da juventude do próprio Papa.
"Ninguém deve ser condenado se não crê. É importante estar em caminho. Se vejo um jovem que não se mexe, que está sentado na vida, que não gosta de se mexer, é ruim. Mas se vejo um jovem que se mexe, 'chapeau'!"
"Busquem um ideal", é a exortação do Papa, que encorajou:
“O Senhor tem para cada um de nós um desígnio. Cada um deve tentar entender o que o Senhor quer de nós. Perguntem ao Senhor na oração: que quer de mim?”
Mesmo dirigido aos jovens, Francisco não deixou de saudar os fiéis de todas as idades, dentro e fora da paróquia.
Carlo Acutis não tinha tempo para jogos: estudava muito e era catequista, diz sua mãe
24 de mai de 2024 às 13:15
A família Acutis-Salzano recebeu “com grande alegria, porque Carlo tem muitos devotos fiéis em todo o mundo” ontem (23) a notícia da aprovação do milagre realizado por intercessão do jovem beato italiano, disse a mãe de mãe de Carlo Acutis, Antonia Salzano, à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, poucas horas depois de a Santa Sé aprovar o segundo milagre atribuído à intercessão do beato, que permite sua canonização em Roma.
A decisão representa “um sinal de esperança, pois ele viveu no nosso tempo, com todos os perigos de hoje” e alcançou a santidade, disse Salzano. “É um sinal de que também nós podemos fazer o mesmo”.
O primeiro milagre atribuído a Carlo Acutis, que levou à sua beatificação, ocorreu no Brasil. Em 2020 um menino que sofria de uma doença grave do pâncreas foi curado ao receber bênção com uma relíquia de Carlo Acutis na paróquia de São Sebastião, em Campo Grande (MS) em 2020.
Catequese e devoção à eucaristia
Apesar de gostar de computadores e vídeo games, Carlo “não tinha favoritos, não dedicava tempo a isso”, disse sua mãe. “Normalmente ele não tinha muito tempo, porque estudava muito, tinha muitas coisas para fazer.”
Antonia Salzano diz que Carlo “foi catequista durante cinco anos”.
Além disso, ele passou grande parte de sua vida pesquisando e divulgando milagres eucarísticos e aparições marianas.
Carlo tinha uma “grande devoção mariana”: Nossa Senhora de Fátima
“Carlo era um devoto da Virgem em geral”, diz Antonia, mas “certamente tinha uma grande devoção, que era a Virgem de Fátima”. De alguma forma, o jovem sentiu “que tinha muitas semelhanças com os pastorinhos” que receberam as revelações em Portugal em 1917.
A vida dos pastorinhos “tocou-o profundamente no coração e, sobretudo, as palavras da virgem que falou do inferno, da Santíssima Trindade e dos dogmas que a Igreja nos confirma”, disse Antonia.
Antonia também diz que o jovem percebeu que em Fátima “foi dada uma catequese de 360 graus, onde se concentra toda a nossa fé”.
A data da canonização pode ser divulgada dentro de dez dias
A notícia da canonização de Carlo Acutis não surpreendeu a sua família, que foi informada de todo o processo em suas diferentes etapas com a intervenção de médicos, teólogos, cardeais, etc.
Além disso, para eles a notícia não é tão nova porque “todos os dias recebemos relatos de possíveis milagres de cura. E sabemos que o Senhor, através de Carlo, está fazendo muitos milagres”.
Outra coisa é que, “até a assinatura do papa, não se sabia” que ocorreria a proclamação de santidade para Igreja universal, que vai acontecer em Roma. Quanto à data, Antonia Salzano está convencida de que será divulgada “dentro de dez dias no máximo”, embora possa ser antes. “Temos que esperar um pouco”, acrescenta Antonia.
Carlo diante da morte: “Somos peregrinos do infinito”
Respondendo sobre a difícil circunstância em que Carlo enfrentou o câncer desde muito jovem, Antonia Salzano reflete sobre o fato de que “a morte entra no nosso mundo por causa do pecado, mas Jesus nos salvou, nos deu um grande sinal de esperança, ele ressuscitou”. É por isso que ele nos encoraja a “olhar para Deus, sabendo que Carlo também enfrentou a morte nessa esperança”.
(acidigital)
Hoje é dia de santa Madalena Sofia Barat, que reconstruiu um país graças ao Coração de Jesus
Por Redação central
25 de mai de 2024 às 00:15
A Igreja celebra hoje (25) santa Madalena Sofia Barat, fundadora da Sociedade do Sagrado Coração de Jesus.
Santa Madalena Sofia nasceu em 1779 em Joigny, França. Desde pequena sentiu-se atraída pela oração e pela vida religiosa, mas só depois dos piores anos da Revolução Francesa é que descobriria o chamado a consagrar-se ao serviço de Deus e da Igreja.
Madalena nasceu em um lar humilde, mas graças ao irmão mais velho, que se tornou seu tutor, recebeu uma educação que pode ser considerada privilegiada, primeiro por sua pobreza e, em segundo lugar, por ser mulher. Seu irmão, um jovem padre na época, introduziu-a nos estudos clássicos e na tradição teológica.
Uma “revolução” liderada pela caridade
A menina tinha 10 anos quando estourou a Revolução Francesa (1789). Este processo histórico-político esteve carregado de aspirações de liberdade e justiça, mas também de ódio à tradição. Os revolucionários haviam sido contagiados por um forte espírito anticlerical que os levou a cometer atrocidades – razão pela qual se tornaria um dos capítulos mais dolorosos da história do catolicismo francês.
Terminados os anos mais difíceis da Revolução e um pouco mais velha, Madalena começou a assumir um compromisso cada vez mais sólido com o seu catolicismo. O movimento revolucionário deixou um rastro de rancor e ruptura entre os franceses, e muitos deles se afastaram da fé recebida. Neste contexto, Madalena Sofia percebeu a necessidade de contribuir de dentro da Igreja para reconstruir o tecido social e estabelecer uma autêntica fraternidade – não do tipo que levou à guilhotina e à proliferação da forca –, mas uma que respeitasse o ser humano por meio da educação.
Cristo mostrou seu coração misericordioso
Madalena, então, se dedicou à formação de meninas e jovens, e a conhecer e desenvolver a espiritualidade do Coração de Cristo. Quando criança, passou muitas horas rezando com sua família diante de uma imagem do Sagrado Coração de Jesus pela libertação de seu irmão, preso durante a Revolução apenas por ser padre. Aquela experiência marcou profundamente a sua própria espiritualidade e a estimulou a viver do amor que brota daquele Coração. Com o tempo, as suas intuições e sonhos fortaleceram-se e levaram-na a dar passos mais firmes: acompanhada de quatro companheiras, emitiu os primeiros votos religiosos em 1800, naquela que seria a nova Sociedade do Sagrado Coração, assumindo um projeto que unia a contemplação e o apostolado.
No início do século XIX uma epidemia dizimou a sociedade francesa. O número de mortes deixou uma consequência terrível: muitas crianças ficaram órfãs ou completamente desamparadas. Madre Madalena Sofia e suas irmãs deram uma resposta eficaz ao desafio que tinham diante delas. A madre resumiu assim: “Não têm mãe? A Sociedade do Sagrado Coração está fundada para eles. Mesmo que não houvesse vagas no colégio, eu criaria um novo imediatamente para crianças órfãs ou abandonadas pelos pais”.
Amar os pobres como Jesus
Santa Madalena Sofia Barat costumava dizer: “Eu daria minha pele aos pobres”. Essa foi a bela maneira como ela expressou o quanto amava a Cristo e seus filhos sofredores. Essas palavras carregavam uma mensagem clara: ela não guardaria nada para si mesma. E como acontece quando o coração de alguém se inflama pela caridade, a madre ajudou muitos a aprofundar a amizade e a relação com o Senhor. Como líder de sua instituição, preocupou-se também com a formação dos educadores católicos no conhecimento e na virtude.
“Se eu nascesse de novo, o faria apenas para obedecer ao Espírito Santo e agir movida por ele”, disse santa Madalena Sofia Barat.
Ela morreu em 25 de maio de 1865. Hoje, a pequena sociedade que fundou tornou-se uma congregação que conta com mais de 3,5 mil religiosas no mundo, principalmente na Europa e na América. A madre foi canonizada em 1925 pelo papa Pio XI.
sexta-feira, 24 de maio de 2024
Papa reconhece milagre atribuído à intercessão do Beato Carlo Acutis
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira, 23 de maio, o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, Card. Marcello Semeraro. O Pontífice autorizou a publicação de alguns decretos, entre quais consta o reconhecimento do milagre atribuído à intercessão do Beato Carlo Acutis.
Fiel leigo, Carlo nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres (Inglaterra) e morreu em 12 de outubro de 2006 em Monza (Itália).
A sua festa, portanto, é celebrada no mesmo dia de Nossa Senhora Aparecida. Aliás, são muitos os fatos na vida de Carlo que o ligam ao Brasil, a começar pelo milagre com o qual foi beatificado, verificado em Campo Grande (MS).
Desde cedo, Carlo demonstrou uma grande habilidade para a informática, dom que utilizou no serviço aos outros e na divulgação de conteúdos de formação cristã, como a exposição sobre os milagres eucarísticos.
Em setembro de 2006, surgiram os primeiros sinais de doença e, após o diagnóstico, uma leucemia fulminante. Com total confiança, entregou a Deus o pouco tempo de vida que lhe restava. Faleceu no dia 12 de outubro de 2006 e foi beatificado no dia 10 de outubro de 2020.
Ao recordar este evento, um dia depois, no Angelus dominical, o Papa Francisco afirmou:
Carlo Acutis "não se acomodou numa imobilidade confortável, mas colheu as necessidades do seu tempo, porque viu o rosto de Cristo nos mais frágeis. O seu testemunho mostra aos jovens de hoje que a verdadeira felicidade se encontra pondo Deus em primeiro lugar e servindo-O nos irmãos, especialmente nos últimos. Um aplauso ao novo jovem beato da geração atual!".
O beato foi um dos patronos da JMJ de Lisboa e os seus restos mortais repousam na cidade italiana de Assis.
Reconhecimento de outros milagres, martírio e virtudes heroicas
O Santo Padre também autorizou o Dicastério das Causas dos Santos a promulgar os decretos relativos:
- ao milagre atribuído à intercessão do Beato José Allamano, sacerdote fundador do Instituto das Missões da Consolata; nascido em Castelnuovo Don Bosco (Itália) em 21 de janeiro de 1851 e falecido em Turim (Itália) em 16 de fevereiro de 1926;
- ao milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Giovanni Merlini, sacerdote e moderador geral da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue; nascido em Spoleto (Itália) em 28 de agosto de 1795 e falecido em Roma (Itália) em 12 de janeiro de 1873;
- ao martírio do Servo de Deus Estanislau Kostka Streich, sacerdote diocesano; nascido em 27 de agosto de 1902 em Bydgoszcz (Polônia) e assassinado por ódio à fé em 27 de fevereiro de 1938 em Luboń (Polônia);
- ao martírio da Serva de Deus Maria Maddalena Bódi, fiel leiga; nascida em 8 de agosto de 1921 em Szgliget (Hungria) e assassinada por ódio à fé em 23 de março de 1945 em Litér (Hungria);
- as virtudes heróicas do Servo de Deus Guglielmo Gattiani (nome de batismo Oscar), sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; nascido em 11 de novembro de 1914 em Badi, em povoado do município de Castel di Casio (Bolonha) e falecido em Faenza (Itália) em 15 de dezembro de 1999;
- as virtudes heróicas do Servo de Deus Ismaele Molinero Novillo, conhecido como Ismael de Tomelloso, fiel leigo; nascido em 1 de maio de 1917 em Tomelloso (Espanha) e falecido em Saragoça (Espanha) em 5 de maio de 1938;
- as virtudes heróicas do Servo de Deus Enrico Medi, Fiel Leigo; nascido em 26 de abril de 1911 em Porto Recanati (Itália) e falecido em Roma (Itália) em 26 de maio de 1974.
Além disso, o Sumo Pontífice aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos padres cardeais e bispos para a canonização dos Beatos Emanuele Ruiz e 7 Companheiros, da Ordem dos Frades Menores, e de Francisco, Abdel Mooti e Raffaele Massabki, fiéis leigos, assassinados por ódio à Fé em Damasco (Síria) entre 9 e 10 de julho de 1860, e decidiu convocar um Consistório, que tratará também da canonização dos Beatos Giuseppe Allamano, Marie-Léonie Paradis, Elena Guerra e Carlo Acutis.
(vaticannews)
Seis dados que talvez não conhecia sobre Nossa Senhora Auxiliadora
Por Redação central
24 de mai de 2024 às 01:00
Hoje (24), a Igreja comemora a Santíssima Virgem Maria sob a advocação de “Maria, Auxílio dos Cristãos”.
A seguir, confira alguns dados que talvez não conhecia sobre Nossa Senhora Auxiliadora:
1. Maria era chamada de “Auxiliadora” pelos primeiros cristãos
Os primeiros cristãos na Grécia, Egito, Antioquia, Éfeso, Alexandria e Atenas costumavam chamar a Santíssima Virgem Maria de “Auxiliadora”, em grego é “Boeteia”, e significa “a que traz auxílios vindos do céu”.
O primeiro Padre da Igreja que chamou a Virgem Maria de “Auxiliadora” foi São João Crisóstomo no ano 345 em Constantinopla. O santo disse: “Tu, Maria, é o auxilio potentíssimo de Deus”. Também foi reconhecida com este nome por Proclus no ano 476 e por Sebas de Cesária em 532.
2. Maria Auxiliadora intercedeu nas batalhas de Lepanto e Viena
Em 1572, o papa são Pio V, depois da vitória do exército cristão sobre os turcos muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou celebrar no dia 7 de outubro a festa do Santo Rosário e que nas Ladainhas fosse invocada “Maria Auxílio dos cristãos”. Naquele ano, Nossa Senhora livrou prodigiosamente toda a cristandade da destruição de um exército maometano de 282 barcos e 88.000 soldados.
Em 1683, os turcos atacaram Viena durante o pontificado de Inocêncio XI. Sob o comando do rei da Polônia, João Sobieski, com um exército inferior derrotou o exército turco confiando na ajuda de Maria Auxiliadora. Pouco tempo depois, fundaram a Associação de Maria Auxiliadora, que atualmente está em mais de 60 países.
3. A festa nasceu durante a Revolução Francesa
A história do estabelecimento da festa de Nossa Senhora Auxiliadora remete há alguns anos depois da Revolução Francesa, a qual havia realizado um grande golpe à Igreja.
O papa Pio VII foi preso no Palácio de Fontainebleau pelo imperador francês Napoleão Bonaparte e dedicou as suas orações à Maria Santíssima “Auxílio dos Cristãos”, para que protegesse a Igreja.
As preces do papa foram ouvidas e, em 181, Napoleão assinou a sua abdicação. Em 1815, quando a Igreja tinha recuperado a sua posição e poder espiritual, o papa instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora no dia 24 de maio, para perpetuar a memória do seu retorno a Roma depois do seu cativeiro na França.
4. A festa de Nossa Senhora Auxiliadora é celebrada na Ucrânia desde o século XI
O nome “Auxiliadora” foi dado à Virgem Maria na Ucrânia desde 1030 por ter libertado aquela região da invasão de tribos pagãs. Desde então, a Igreja Ortodoxa nesse país celebra a festa de Nossa Senhora Auxiliadora no dia 1º de outubro.
5. Maria Auxiliadora apareceu a são João Bosco
São João Bosco foi um grande propagador do amor a esta devoção mariana, porque a própria Virgem Maria apareceu a ele em 1860 e assinalou o lugar em Turim (Itália) onde queria que fosse construído um templo em sua homenagem. Do mesmo modo, pediu para ser homenageada com o título de “Auxiliadora”.
Em 1863, são João Bosco começou a construção da igreja com alguns centavos, mas com a intercessão da Santíssima Virgem Maria, em 9 de junho de 1868, apenas 5 anos depois, foi realizada a consagração do templo.
O santo costumava dizer: “Cada tijolo deste templo corresponde a um milagre da Santíssima Virgem Maria”. A partir daquele Santuário, começou a espalhar pelo mundo a devoção a Maria sob o título de Auxílio dos Cristãos.
6. Três papas eram devotos de Nossa Senhora Auxiliadora
O papa são João XXIII cultivou uma especial devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, cuja imagem tirada de um número do Boletim Salesiano, estava na parede perto da sua cama. Ele a proclamou Padroeira do Concílio com o título de Auxilium Christianorum, Auxilium Episcoporum, e em 28 de maio de 1963, gravemente doente, abençoou com profunda emoção as duas coroas destinadas ao quadro da Auxiliadora na Basílica do Sagrado Coração de Roma.
Por sua parte, são João Paulo II costumava visitar a igreja de santo Estanislau Kostka dos salesianos, em Cracóvia, entre os anos 1938 e 1944, e muita vez rezou na capela de Nossa Senhora Auxiliadora. Nesta igreja, no dia 3 de novembro de 1946, celebrou uma das suas primeiras missas como sacerdote.
O papa Francisco, durante sua visita apostólica a Turim em 2015, por ocasião dos 200 anos do nascimento do fundador dos salesianos, são João Bosco, contou que durante a sua infância foi educado em um colégio salesiano e aprendeu a amar Nossa Senhora Auxiliadora:
“Eu lá (em um colégio salesiano) aprendi a amar a Virgem, os salesianos me formaram na beleza, no trabalho, e acredito que este é um carisma deles, me formaram na afetividade e isso era uma característica de dom Bosco”, assegurou.
Hoje é celebrada a memória de Nossa Senhora Auxiliadora
Por Redação central
24 de mai de 2024 às 00:01
“No céu, ficaremos gratamente surpreendidos ao conhecer tudo o que Maria Auxiliadora fez por nós na terra”, disse são João Bosco, grande propagador do amor a esta devoção mariana que se faz presente na Igreja e nas famílias cristãs nos momentos difíceis desde os tempos antigos.
Os cristãos dos primeiros séculos chamavam Virgem Maria com o nome de Auxiliadora. Tanto que os dois títulos lidos nos monumentos antigos do oriente são: Mãe de Deus (Theotokos) e Auxiliadora (Boeteia).
Santos como são João Crisóstomo, são Sabas e são Sofrônio a nomeavam também com esta advocação, sendo São João Damasceno o primeiro a propagar a jaculatória: “Maria Auxiliadora, rogai por nós”.
“Ó Maria, és poderosa Auxiliadora dos pobres, valente Auxiliadora contra os inimigos da fé. Auxiliadora dos exércitos para que defendam a pátria. Auxiliadora dos governantes para que nos alcancem o bem-estar. Auxiliadora do povo humilde que necessita de tua ajuda”, proclamou tempos depois são Germano.
No século XVI, o papa são Pio V, grande devoto da Mãe de Deus, após a vitória do exército cristão sobre os muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou que fosse invocada Maria Auxiliadora nas ladainhas.
Na época de Napoleão, o papa Pio VII estava preso por este imperador e o papa prometeu que, se ficasse livre, decretaria uma nova festa mariana na Igreja. Napoleão caiu, o papa retornou triunfalmente a sua sede pontifícia em 24 de maio de 1814 e decretou que todos os dias 24 desse mês seria realizada em Roma a festa de Maria Auxiliadora.
No ano seguinte, nasceu São João Bosco, a quem a Virgem apareceu em sonhos pedindo que lhe construísse um templo com o título de Auxiliadora. Foi assim que o santo iniciou dois monumentos: o físico que é a basílica de Maria Auxiliadora de Turin e o “vivo” formado pelas Filhas de Maria Auxiliadora.
São João Bosco assegurava a seis jovens que ele e muitos fiéis obtinham grandes favores do céu com a novena de Nossa Senhora Auxiliadora e a jaculatória dada por são João Damasceno.
“Confiai tudo a Jesus eucarístico e a Maria Auxiliadora e vereis o que são milagres”, afirmava são João Bosco.
Oração à Nossa Senhora Auxiliadora
Ó Maria, Virgem poderosa,
Tu, grande e ilustre defensora da Igreja,
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos,
Tu, terrível como exército ordenado em batalha,
Tu, que só destruíste toda heresia em todo o mundo:
nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo;
e na hora da morte, acolhe a nossa alma no paraíso.
Amém.
quinta-feira, 23 de maio de 2024
Audiencia Geral (Texto)
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 22 de maio de 2024
O texto a seguir inclui também as partes não lidas que são igualmente consideradas como pronunciadas:
Catequeses. Os vícios e as virtudes. 20. A humildade
Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Concluímos este ciclo de catequeses meditando sobre uma virtude que não faz parte do septenário de virtudes cardeais e teologais, mas que está na base da vida cristã: esta virtude é a humildade. Ela é a grande antagonista do mais mortal dos vícios, a soberba. Enquanto o orgulho e a soberba inflam o coração humano, fazendo-nos parecer mais do que somos, a humildade repõe tudo na dimensão certa: somos criaturas maravilhosas mas limitadas, com qualidades e defeitos. A Bíblia recorda-nos desde o início que somos pó e ao pó voltaremos (cf. Gn 3, 19); com efeito, “humilde” vem de húmus, ou seja, terra. No entanto, no coração humano surgem com frequência delírios de omnipotência, muito perigosos, e isto fere-nos muito.
Para nos libertarmos do orgulho, bastaria deveras pouco, seria suficiente contemplar um céu estrelado para recuperar a medida certa, como reza o Salmo: «Quando contemplo o firmamento, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que fixastes, que é o homem para que vos lembrardes dele, o filho do homem para dele cuidardes?» (8, 4-5). A ciência moderna permite-nos ampliar muito mais o horizonte e sentir em maior medida o mistério que nos circunda e habita.
Felizes as pessoas que conservam no coração esta consciência da sua pequenez! Estas pessoas são preservadas de um vício tremendo: a arrogância. Nas suas bem-aventuranças, Jesus parte precisamente delas: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus» (Mt 5, 3). É a primeira bem-aventurança, pois está na base das seguintes: com efeito, a mansidão, a misericórdia, a pureza de coração nascem desta sensação interior de pequenez. A humildade é a porta de entrada para todas as virtudes!
Nas primeiras páginas dos Evangelhos, a humildade e a pobreza de espírito parecem ser a fonte de tudo. O anúncio do anjo não se verifica às portas de Jerusalém, mas num povoado remoto da Galileia, tão insignificante que as pessoas diziam: «Pode vir algo bom de Nazaré?» (Jo 1, 46). Mas é precisamente dali que o mundo renasce. A heroína escolhida não é uma pequena rainha que cresceu na infantilidade, mas uma jovem desconhecida: Maria. A primeira a ficar abismada é ela própria, quando o anjo lhe traz o anúncio de Deus. E no seu cântico de louvor sobressai exatamente este enlevo: «A minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade da sua serva» (Lc 1, 46-48). Deus - por assim dizer - é atraído pela pequenez de Maria, que é sobretudo pequenez interior. E é atraído também pela nossa pequenez, quando a aceitamos.
Daqui em diante, Maria terá o cuidado de não pisar o palco. A sua primeira decisão após o anúncio angélico é ir ajudar, ir servir a prima. Maria vai às montanhas de Judá, para visitar Isabel: assiste-a nos últimos meses de gravidez. Mas quem vê este gesto? Ninguém, a não ser Deus. A Virgem parece nunca querer sair deste escondimento. Como quando, do meio da multidão, a voz de uma mulher proclama a sua bem-aventurança: «Bendito o ventre que te deu à luz e o seio que te amamentou!» (Lc 11, 27). Mas Jesus responde imediatamente: «Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a observam» (Lc 11, 28). Nem sequer a verdade mais sagrada da sua vida - ser Mãe de Deus - se torna para ela motivo de vanglória diante dos homens. Num mundo que busca a aparência, para se demonstrar superior aos outros, Maria caminha com determinação, só com a força da graça de Deus, na direção oposta.
Podemos imaginar que também ela conheceu momentos difíceis, dias em que a sua fé avançava na escuridão. Mas isto nunca fez vacilar a sua humildade, que em Maria era uma virtude granítica. Quero frisá-lo: a humildade é uma virtude granítica! Pensemos em Maria: ela é sempre pequena, sempre despojada de si mesma, sempre livre de ambições. Esta sua pequenez é a sua força invencível: é ela que permanece aos pés da cruz, enquanto se fragmenta a ilusão de um Messias triunfante. Será Maria, nos dias precedentes ao Pentecostes, que reunirá o rebanho dos discípulos que não foram capazes de vigiar uma só hora com Jesus e que o abandonaram quando chegou a tempestade.
Irmãos e irmãs, a humildade é tudo. É ela que nos salva do Maligno e do perigo de nos tornarmos seus cúmplices. E a humildade é a nascente da paz no mundo e na Igreja. Onde não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão. Deus deu-nos o exemplo disto em Jesus e Maria, a fim de que seja a nossa salvação e a nossa felicidade. E a humildade é precisamente a vereda, o caminho da salvação. Obrigado!
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Saudações:
Dou as boas-vindas a todos os peregrinos de língua portuguesa presentes na Audiência de hoje. Como fez no dia de Pentecostes, Maria continua hoje a reunir cada um dos seus filhos na Casa da Igreja. Com a nossa Mãe, perseveremos na oração. Deus vos abençoe!
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Resumo da catequese do Santo Padre:
No rol das virtudes cardeais e teologais não consta a humildade e, no entanto, é a porta de acesso a todas as outras virtudes. Por isso, concluo este ciclo de catequeses refletindo sobre ela, que nos permite enfrentar o mais mortífero de todos os vícios, ou seja, a soberba. A humildade, ao mesmo tempo que nos recorda que somos criaturas maravilhosas, não deixa perder de vista a nossa pequenez, tal como aconteceu com Maria. Ela sabendo que era a Mãe de Deus, não se envaideceu, mas colocou-se ao serviço da prima Isabel que estava para ser mãe. Maria conservou-se sempre pequena, despojada de si mesma e livre de ambições. Como seu Filho, mostra-nos que a humildade é a fonte de tudo.
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Hoje é celebrado são João Batista de Rossi, grande apóstolo do confessionário
Por Redação central
23 de mai de 2024 às 00:01
São João Batista de Rossi foi um sacerdote italiano que decidiu consagrar sua vida ao Sacramento da Reconciliação para levar o perdão e a misericórdia de Deus aos mais necessitados, especialmente os enfermos, presos e pessoas que desejavam se converter.
Sua simpatia atraiu muitas pessoas humildes que costumavam fazer longas filas para se confessar com ele: “antes eu me perguntava qual seria o caminho para conseguir chegar ao céu e salvar muitas almas. Descobri que a ajuda que eu posso dar aos que querem se salvar é: confessá-los. É incrível o grande bem que se pode fazer na confissão”, disse o santo em uma ocasião.
Batista de Rossi nasceu em 1698 em um povoado perto de Gênova, na Itália. Aos 13 anos foi viver em Roma na casa de um primo sacerdote, cônego de Santa Maria em Cosmedin, para estudar no Colégio Romano, criado por santo Inácio de Loyola em 1550.
Em 1714, com 16 anos, seguiu os estudos eclesiásticos e terminou os estudos de teologia com os dominicanos. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos, em 8 de março de 1721, mas antes já havia começado o seu intenso apostolado.
Batista de Rossi se dedicou a mortificar-se exageradamente no comer, no beber e no dormir, o que prejudicou sua saúde. Logo aprendeu que a verdadeira mortificação consistia em aceitar os sofrimentos e trabalhos de cada dia, com esforço e dentro de suas capacidades.
Tinha uma forte inclinação pelos pobres, enfermos e abandonados. O papa tinha fundado um albergue para receber as pessoas desamparadas e, nesse lugar, o santo atendeu por muitos anos aos pobres e necessitados, além de ensiná-los o catecismo e prepará-los para receber os sacramentos.
Em 23 de maio de 1764, sofreu um ataque cardíaco e morreu aos 66 anos. Sua pobreza era tal que o enterro teve que ser custeado pela esmolaria. Estiveram presentes em seu funeral 260 sacerdotes, um arcebispo, muitos religiosos e imensa multidão.
Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 8 de dezembro de 1881.
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Como pedir a intercessão de santa Rita de Cássia por uma causa impossível
Por Natalia Zimbrão
21 de mai de 2024 às 14:14
A Igreja celebra amanhã (22) santa Rita de Cássia, conhecida como a padroeira das causas impossíveis. Muitos devotos recorrem a ela em momentos difíceis para lhe pedir a intercessão por uma graça.
Santa Rita nasceu em 1381, em Roccaporena, Itália. Queria ser freira, mas se casou por obediência aos pais. Seu marido tinha maus hábitos e a maltratava. Tiveram filhos gêmeos que tinham o mesmo temperamento do pai. Depois de 20 anos de casamento, o marido se converteu, mas um dia, foi morto. Os filhos juraram vingar a morte do pai. Aflita, Rita rogou ao Senhor para salvar seus filhos e tirar as vidas deles antes que eles mesmos se condenassem com um pecado mortal. Ambos sofreram de uma terrível doença e antes de morrer perdoaram os assassinos do pai.
Rita, então, quis entrar na congregação das Irmãs Agostinianas, mas as irmãs não queriam aceitá-la. Certo dia, ela ouviu uma voz chamar seu nome por três vezes. Quando abriu a porta, encontrou santo Agostinho, são Nicolau de Tolentino e são João Batista, de quem era muito devota. Eles a conduziram pelas ruas até o mosteiro de Santa Maria Madalena, em Cássia. Rita entrou em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, que estava com as portas trancadas. As freiras, então, permitiram que ela ficasse.
Santa Rita ingressou no mosteiro em 1417 e ali permaneceu por 40 anos. Recebeu os estigmas e as marcas da coroa de espinhos na cabeça, que exalavam um cheiro ruim, por isso, teve que viver isolada por muitos anos. Quando morreu, em 1457, a ferida em sua testa desapareceu e no lugar ficou um ponto vermelho como um rubi, que tinha deliciosa fragrância. Foi canonizada em 1900.
A seguir, a oração a santa Rita por uma causa impossível:
Ó poderosa e Gloriosa Santa Rita, chamada Santa das Causas Impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o abismo do pecado e da desesperança, com toda a confiança em vosso poder junto ao Coração Sagrado de Jesus, a vós recorro no caso difícil e imprevisto, que dolorosamente oprime meu coração (fazer o pedido).
Obtenha a graça que desejo, pois sendo-me necessária, eu a quero. Apresentada por vós que és tão amada por Deus a minha oração e o meu pedido, certamente serei atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para melhorar a minha vida e os meus costumes, e para cantar na terra e no céu a Divina Misericórdia.
Santa Rita das Causas Impossíveis, intercedei por nós! Amém!
(acidigital)