15 de nov de 2024 às 00:05
Hoje (15), celebra-se santo Alberto Magno, doutor da Igreja e padroeiro dos estudantes de ciências naturais. Era considerado um grande especialista, mas a sua memória prodigiosa e seu notável espírito científico se devem a um acordo com Nossa Senhora.
Santo Alberto nasceu em Lauingen (Alemanha), por volta de 1206. Aos 16 anos, começou a estudar na Universidade de Pádua (Itália), onde conheceu o beato Jordão da Saxônia, da Ordem de São Domingos, que o acompanhou em seu processo para ingressar nos dominicanos. Mais tarde, ocupou altos cargos como professor na Alemanha.
Em Paris, centro intelectual da Europa Ocidental naquela época, obteve o grau de professor e, diz-se que eram tantos os estudantes que frequentam suas aulas, que teve que ensinar em praça pública. Este lugar leva o seu nome, é a Praça “Maubert”, que vem de “Magnus Albert”.
Foi eleito superior provincial da Alemanha e, posteriormente, nomeado reitor de uma nova universidade em Colônia, onde teve como discípulo outro grande nome da Igreja, Santo Tomás de Aquino.
Foi uma grande autoridade em filosofia, física, geografia, astronomia, mineralogia, alquimia (química), biologia etc., assim como no que diz respeito à Bíblia e à Teologia. É o iniciador do sistema escolástico. No entanto, mantinha-se humilde e nunca deixou a oração e os sacramentos.
Em Roma, chegou a ser teólogo e canonista pessoal do papa. Depois, foi ordenado bispo de Regensburg, serviço ao qual renunciou tempos depois para se dedicar a formar e ensinar. Em 1274, participou ativamente no II Concílio de Lyon.
Até então, não cabia dúvida de que se tratava de um intelectual fora do comum. Porém, em 1278, enquanto dava aulas, subitamente sua memória falhou e perdeu a agudeza do entendimento. Então, compreendeu que seu fim estava chegando.
Santo Alberto contou que, quando era jovem, os estudos eram difíceis para ele e, certa noite, tentou fugir do colégio onde estudava. Quando chegou ao topo de uma escada encostada na parede, encontrou a Virgem Maria.
“Alberto, por que em vez de fugir do colégio não reza para mim, que sou ‘Casa da Sabedoria’? Se tem fé em mim e confiança, eu te darei uma memória prodigiosa”, disse-lhe a Mãe de Deus.
“E para que saiba que fui eu que te concedi, quando for morrer, esquecerá tudo o que sabia”, acrescentou a Virgem. Isto se cumpriu. Dois anos mais tarde, o santo partiu para o Céu muito pacificamente, sem doenças e enquanto conversava com seus irmãos em Colônia.
“Santo Alberto Magno recorda-nos que entre ciência e fé existe amizade, e que os homens de ciência podem percorrer, através da sua vocação para o estudo da natureza, um autêntico e fascinante percurso de santidade”, disse o papa Bento XVI em 2010.
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