Famosa Anedota de Gandhi
Quando Gandhi estudava direito na Universidade de Londres
tinha um professor chamado Peters, que não gostava dele, mas Gandhi nunca
baixou a cabeça e eram vários os seus recontros.
Um dia o
professor estava a comer no refeitório e esse aluno sentou-se à mesma mesa. O
professor disse:
- Senhor
Gandhi, você não sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?
- Ok
professor, já vou voando… E muda de mesa.
O professor,
rubicundo, resolve vingar-se no exame seguinte, mas ele responde brilhantemente
a todas as perguntas. Então resolve fazer a seguinte pergunta:
- Senhor
Gandhi, indo o senhor por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e encontra a
sabedoria e muito dinheiro, com qual deles ficava?
- Claro que
com o dinheiro, professor.
- Ah pois, eu
no seu lugar ficaria com a sabedoria…
- Tem razão
professor, cada um ficaria com o que não tem!
O professor
aborrecido escreveu na prova “Idiota” e entregou-a.
Gandhi
recebeu a prova e sentou-se. Alguns minutos depois foi ter com o professor e
disse:
-
O professor
assinou a prova, mas não pôs a nota…
O miúdo do restaurante !
Entrei
apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa
bem afastada do
movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que
dispunha naquele
dia, para comer e acertar alguns bugs de
programação num sistema que estava a
desenvolver, além de planear a minha viagem
de férias, coisa que há tempos
que não sei o que são.
Pedi
um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e
um sumo de
laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?
Abri
o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha
atrás de mim:
-
Senhor, não tem umas moedinhas?
-
Não tenho, menino.
-
Só uma moedinha para comprar um pão.
-
Está bem, eu compro um.
Para
variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail.
Fico distraído a ver
poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas
malucas.
Ah! Essa música
leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos
áureos.
-
Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o
menino tinha ficado ali.
-
Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado,
está
bem?
Chega
a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do
menino, e o
empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.
O peso na
consciência, impedem-me de o dizer.
Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar.
Que traga o pão e, mais uma
refeição decente para ele.
Então sentou-se à
minha frente e perguntou:
-
Senhor o que está fazer?
-
Estou a ler uns e-mail.
-
O que são e-mail?
-
São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que
ele
não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses):
-
É como se fosse uma carta, só que via Internet.
-
Senhor você tem Internet?
-
Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
-
O que é Internet ?
-
É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas
coisas, notícias,
músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar,
trabalhar, aprender. Tem de
tudo no mundo virtual.
-
E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com
certeza que
ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.
-
Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar,
apanhar,
pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de
fazer.
Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como
queríamos
que fosse.
-
Que bom isso. Gostei!
-
Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
-
Sim, também vivo neste mundo virtual.
-
Tens computador?! - Exclamo eu!!!
-
Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
A minha mãe
fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a
vejo, enquanto eu fico a
cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar
de fome e eu dou-lhe água para
ele pensar que é sopa, a minha irmã mais
velha sai todo dia também, diz que
vai vender o corpo, mas não entendo, porque
ela volta sempre com o corpo, o
meu pai está na cadeia há muito tempo, mas
imagino sempre a nossa família
toda junta em casa, muita comida, muitos
brinquedos de natal e eu a estudar
na escola para vir a ser um médico um dia.
Isto é virtual não é senhor???
Fechei
o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas
caíssem sobre o
teclado.
Esperei que o menino acabasse de literalmente 'devorar' o
prato
dele, paguei e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais
belos
e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um
'Brigado senhor,
você é muito simpático!'.
Ali,
naquele instante, tive a maior prova do virtualismo
insensato em que vivemos
todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de
verdade e fazemos de
conta que não percebemos!
|
(De um e-mail)
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