terça-feira, 17 de junho de 2014

Sorrir e pensar também faz bem!


Famosa Anedota de Gandhi

 Quando Gandhi estudava direito na Universidade de Londres tinha um professor chamado Peters, que não gostava dele, mas Gandhi nunca baixou a cabeça e eram vários os seus recontros.
Um dia o professor estava a comer no refeitório e esse aluno sentou-se à mesma mesa. O professor disse:
- Senhor Gandhi, você não sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?
- Ok professor, já vou voando… E muda de mesa.
O professor, rubicundo, resolve vingar-se no exame seguinte, mas ele responde brilhantemente a todas as perguntas. Então resolve fazer a seguinte pergunta:
- Senhor Gandhi, indo o senhor por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e encontra a sabedoria e muito dinheiro, com qual deles ficava?
- Claro que com o dinheiro, professor.
- Ah pois, eu no seu lugar ficaria com a sabedoria…
- Tem razão professor, cada um ficaria com o que não tem!
O professor aborrecido escreveu na prova “Idiota” e entregou-a.
Gandhi recebeu a prova e sentou-se. Alguns minutos depois foi ter com o professor e disse:
-       O professor assinou a prova, mas não pôs a nota…



O miúdo do restaurante !

Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa
bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que
dispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de
programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem
de férias, coisa que há tempos que não sei o que são.


Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e
um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?


Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha
atrás de mim:


- Senhor, não tem umas moedinhas?


- Não tenho, menino.


- Só uma moedinha para comprar um pão.


- Está bem, eu compro um.


Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail.
Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas
malucas.

Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos
áureos.


- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está
bem?


Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do
menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.
O peso na consciência, impedem-me de o dizer.
Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma
refeição decente para ele.

Então sentou-se à minha frente e perguntou:

- Senhor o que está fazer?


- Estou a ler uns e-mail.


- O que são e-mail?


- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que
ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses):


- É como se fosse uma carta, só que via Internet.


- Senhor você tem Internet?


- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.


- O que é Internet ?

- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas
coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar,
trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.


- E o que é virtual?

Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que
ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.

- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar,
apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de
fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como
queríamos que fosse.


- Que bom isso. Gostei!


- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?


- Sim, também vivo neste mundo virtual.


- Tens computador?! - Exclamo eu!!!


- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.

A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a
vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar
de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais
velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque
ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas
imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos
brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia.

Isto é virtual não é senhor???


Fechei o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas
caíssem sobre o teclado.

Esperei que o menino acabasse de literalmente 'devorar' o prato
dele, paguei e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos
e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um

'Brigado senhor, você é muito simpático!'.


Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo
insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de
verdade e fazemos de conta que não percebemos!


(De um e-mail)

Sem comentários: