sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Um primeiro balanço da viagem
ao Chile e ao Peru
· ​No colóquio com os jornalistas durante o voo para Roma ·


Concluiu-se na tarde de 22 de janeiro a viagem apostólica do Papa Francisco ao Chile e ao Peru. Durante o voo de regresso realizou-se a habitual conferência de imprensa com os jornalistas que o acompanharam. Depois de quarenta minutos da partida de Lima, não obstante os ritmos dos últimos dias, por cerca de uma hora o Pontífice respondeu às perguntas que lhe foram formuladas. Durante o colóquio houve um breve imprevisto: o avião atravessou uma zona de turbulência e o Papa teve que se sentar por um instante entre os jornalistas. Além das “turbulências” a propósito dos temas tratados atravessemos também esta meteorológica e depois continuemos, disse sorrindo.
Antes de tudo, o Papa expressou palavras de apreço pelos países visitados, dizendo-se impressionado pela profunda religiosidade do povo peruano e muito admirado com alguns encontros no Chile, como por exemplo em Iquique, onde disse que sentiu pessoalmente a religiosidade do norte do país.
No centro do diálogo também a questão da corrupção nos países latino-americanos. A propósito, o Pontífice disse que na América Latina há muitos casos. Fala-se muito da Odebrecht [empresa brasileira há alguns anos no centro de um enorme escândalo de corrupção], mas é só um exemplo. Segundo o Papa a fonte da corrupção é o pecado original que cada um tem em si. E recordou que escreveu um pequeno livro intitulado precisamente Peccato di corruzione, cujo tema poderia ser resumido na fórmula «pecadores sim, corruptos não».
Francisco, respondendo aos jornalistas que o entrevistaram a propósito de algumas palavras que pronunciou e da sua posição sobre a questão dos abusos por parte do clero e do caso específico do bispo de Osorno, fez uma longa reflexão sobre a atenção que deve ser reservada às pessoas que sofreram abusos e reafirmou a linha adotada pelo seu predecessor e por ele mantida com decisão.
Por fim o Pontífice contou que se comoveu durante a visita à prisão feminina em Santiago, confidenciando que deixou lá o coração. Sou muito sensível aos presos, acrescentou, e para mim foi comovedor ver aquelas mulheres e as atividades que desempenham, a capacidade que têm de mudar de vida, de se reinserir na sociedade, com a alegria do Evangelho.
da nossa enviada Silvina Pérez


(osservatoreromano)

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