segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

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“Deus está com os construtores de paz”, diz papa Francisco sobre conflito na Ucrânia


VATICANO, 27 fev. 22 / 11:52 am (ACI).- Depois do Ângelus deste domingo, 27 de fevereiro, o papa Francisco lamentou a situação dos ucranianos, que lutam para sobreviver aos ataques russos, e disse que “Deus está com os construtores de paz”.

No contexto do conflito na Ucrânia, que resiste à invasão russa desde 24 de fevereiro, o papa lamentou que durante estes dias “ficamos abalados por algo trágico: a guerra. Muitas vezes rezamos para que este caminho não fosse percorrido”.

O papa destacou que, apesar das circunstâncias, é agora que devemos “suplicar a Deus com mais intensidade”.

“Por isso renovo o convite a todos para que 2 de março seja um dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia, um dia para estar perto do sofrimento do povo ucraniano e para dizer que somos todos irmãos e irmãs e para implorar a Deus o fim da guerra", disse ele.

“A lógica diabólica e perversa das armas”

Depois de refletir sobre o Evangelho, o papa defendeu que “quem faz a guerra esquece a humanidade. Não faz parte do povo, não olha para a vida concreta das pessoas, mas coloca diante de tudo interesses de parte e de poder”.

O papa Francisco advertiu que quem decide defender a guerra, “baseia-se na lógica diabólica e perversa das armas, que é a mais distante da vontade de Deus. E se distancia das pessoas comuns, que desejam a paz; e que em cada conflito - pessoas comuns - são as verdadeiras vítimas, que pagam as loucuras da guerra com a própria pele”.

O papa voltou o olhar para “os idosos que se refugiam neste momento, as mães que fogem com os filhos. São irmãos e irmãs, para quem é urgente abrir corredores humanitários” e destacou que todas essas pessoas que fogem da guerra “devem ser acolhidas”.

"Deus está com os construtores de paz"

O papa Francisco também falou que está “com o coração dilacerado” com o que está acontecendo na Ucrânia e pediu que as “as guerras em outras partes do mundo, como no Iêmen, na Síria, na Etiópia” não sejam esquecidas.

Além disso, reiterou: “Calem-se as armas! Deus está com os construtores de paz, não com aqueles que usam a violência. Porque aqueles que amam a paz, como diz a Constituição italiana, repudiam a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolver disputas internacionais”.


(acidigital)

 DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO

AOS REPRESENTANTES DAS IGREJAS CRISTÃ PRESENTES NO IRAQUE,

POR OCASIÃO DO PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA VIAGEM APOSTÓLICA


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022


 

Caros Irmãos em Cristo,


Com emoção e alegria encontro-vos aqui em Roma, representantes das várias Igrejas cristãs no Iraque, um ano depois da visita, para mim inesquecível, ao vosso país . Através de vós, desejo estender a minha cordial saudação a todos os pastores e fiéis das vossas comunidades, fazendo minhas as palavras do Apóstolo Paulo: "Graça a vós e paz da parte de Deus" ( Rm 1,7).


As vossas terras são as terras dos primórdios : os primórdios das antigas civilizações do Médio Oriente, os primórdios da história da salvação, os primórdios da história da vocação de Abraão. São também terras de origem cristã: das primeiras missões, graças à pregação do Apóstolo Tomé, de Addai e Mari e seus discípulos, não só na Mesopotâmia, mas até no Extremo Oriente. Mas também são terras de exilados: pense no exílio dos judeus em Nínive e na Babilônia, de que nos contam os profetas Jeremias, Ezequiel e Daniel, que apoiaram a esperança do povo desarraigado de sua terra. Mas muitos cristãos da vossa região também foram forçados ao exílio: as perseguições e as guerras que ocorreram até hoje forçaram muitos deles a emigrar, trazendo a luz do Oriente cristão para o Ocidente.


Caros Irmãos, se recordo estes episódios da história bíblica e cristã do vosso país, é porque não são alheios à situação actual. As vossas comunidades pertencem à história mais antiga do Iraque e conheceram momentos verdadeiramente trágicos, mas ofereceram corajosos testemunhos de fidelidade ao Evangelho. Por isso, agradeço a Deus e expresso minha gratidão a vocês. Curvo-me diante do sofrimento e do martírio daqueles que mantiveram a fé, mesmo à custa da própria vida. Assim como o sangue de Cristo, derramado por amor, trouxe reconciliação e fez florescer a Igreja, assim o sangue destes numerosos mártires do nosso tempo, pertencentes a diversas tradições, mas unidos no mesmo sacrifício, seja semente de unidade entre os cristãos e sinais uma nova fonte de fé.


As vossas Igrejas, pelas relações fraternas que existem entre elas, estabeleceram múltiplos vínculos de colaboração no campo da pastoral, da formação e do serviço aos mais pobres. Hoje existe uma comunhão arraigada entre os cristãos do país. Desejo encorajar-vos a prosseguir neste caminho, para que, através de iniciativas concretas, do diálogo constante e, sobretudo, do amor fraterno, se dêem passos rumo à plena unidade. No meio de um povo que sofreu tantas dilacerações e discórdias, os cristãos brilham como sinal profético de unidade na diversidade.


Queridos amigos, gostaria de afirmar mais uma vez com vocês que não é possível imaginar o Iraque sem cristãos. Essa crença não se baseia apenas em um fundamento religioso, mas em evidências sociais e culturais. O Iraque sem cristãos não seria mais o Iraque, porque os cristãos, juntamente com outros crentes, contribuem fortemente para a identidade específica do país: um lugar onde a coexistência, a tolerância e a aceitação mútua floresceram desde os primeiros séculos; um lugar que tem a vocação de mostrar, no Oriente Médio e no mundo, o convívio pacífico das diferenças . Nada, portanto, deve ser deixado de lado para que os cristãos continuem a sentir que o Iraque é sua casa e que são cidadãos de pleno direito., chamados a dar a sua contribuição à terra onde sempre viveram (cf. Declaração Conjunta do Papa Francisco e do Católico-Patriarca Mar Gewargis III , 9 de novembro de 2018, n.6). Por isso, queridos Irmãos, Pastores do Povo de Deus, sejam sempre dedicados e diligentes em ajudar e confortar o rebanho. Esteja perto dos fiéis confiados aos seus cuidados, testemunhando antes de tudo a proximidade e a ternura de Jesus Bom Pastor pelo exemplo e pela vida evangélica.


Vocês cristãos do Iraque, que desde os tempos apostólicos convivem com outras religiões, têm, sobretudo hoje, outra vocação essencial: empenhar-se para que as religiões estejam a serviço da fraternidade. Com efeito, «as várias religiões, a partir do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho ou filha de Deus, oferecem um precioso contributo para a construção da fraternidade e para a defesa da justiça na sociedade» (Encíclica Lett. Todos os irmãos 271). Você está bem ciente de que o diálogo inter-religioso não é uma questão de pura cortesia. Não, vai além. Não é uma questão de negociação ou diplomacia. Não, vai além. É um caminho de fraternidade visando a paz, um caminho muitas vezes cansativo, mas que, sobretudo nestes tempos, Deus pede e abençoa. É um caminho que precisa de paciência e compreensão. Mas faz-nos crescer como cristãos, porque requer um coração aberto e um compromisso de ser, concretamente, pacificadores.


O diálogo é também o melhor antídoto para o extremismo, que é um perigo para os adeptos de todas as religiões e uma séria ameaça à paz. No entanto, é preciso trabalhar para erradicar as causas remotas dos fundamentalismos, desses extremismos que se enraízam mais facilmente em contextos de pobreza material, cultural e educacional, e são alimentados por situações de injustiça e precariedade, como as deixadas pelas guerras. E quantas guerras, quantos conflitos, quantas interferências prejudiciais atingiram seu país! Precisa de um desenvolvimento autónomo e coeso, sem ser prejudicado por interesses externos, como infelizmente aconteceu muitas vezes.O seu país tem a sua própria dignidade, a sua própria liberdade e não pode ser reduzido a um campo de guerra.


Queridos Irmãos em Cristo, saibam que vocês estão em meu coração e nas orações de tantas pessoas. Não desanimeis: enquanto muitos, a vários níveis, ameaçam a paz, não tiramos os olhos de Jesus, Príncipe da Paz, e não nos cansamos de invocar o seu Espírito, arquitecto da unidade. Santo Efrém, seguindo as pegadas de São Cipriano, comparou a unidade da Igreja à "túnica sem cortes e indivisíveis" de Cristo (cf. Hinos à crucificaçãoVI, 6). Apesar de ter sido brutalmente despido de suas vestes, sua túnica permaneceu unida. Mesmo na história, o Espírito de Jesus salvaguarda a unidade dos crentes, apesar das nossas divisões. Pedimos à Santíssima Trindade, modelo de verdadeira unidade que não é uniformidade, que fortaleça a comunhão entre nós e entre as nossas Igrejas. Poderemos assim corresponder ao desejo sincero do Senhor de que os seus discípulos sejam "um" ( Jo 17,21)!


Agradeço-vos sinceramente a vossa presença e proponho-vos agora que rezem juntos o Pai Nosso, cada um na sua língua.



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Acreditar na salvação | (1Pd 1, 3-9) #679- Meditação da Palavra

Laudes de Segunda-feira da 8ª Semana do Tempo Comum

domingo, 27 de fevereiro de 2022

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Travar a guerra de Putin passa por secar a oligarquia que o alimenta fin...

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Missa pela Paz na Ucrânia na igreja da Sé, Catedral dos Açores

ANGELUS (Texto)

 PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro

Domingo, 27 de fevereiro de 2022


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No Evangelho da Liturgia de hoje, Jesus nos convida a refletir sobre nosso olhar e nossa fala. O olhar e a conversa.

Em primeiro lugar no nosso olhar . O risco que corremos, diz o Senhor, é concentrarmo-nos em olhar o cisco no olho do irmão sem notar a trave no nosso ( cf. Lc6.41). Em outras palavras, estar muito atento aos defeitos dos outros, mesmo os pequenos como um canudo, negligenciando serenamente os nossos, dando-lhes pouco peso. O que Jesus diz é verdade: sempre encontramos motivos para culpar os outros e nos justificar. E muitas vezes nos queixamos de coisas que não estão bem na sociedade, na Igreja, no mundo, sem antes nos questionarmos e sem nos comprometermos a mudar a nós mesmos. Toda mudança frutífera e positiva deve começar por nós mesmos. Pelo contrário, não haverá mudança. Mas - explica Jesus - ao fazê-lo o nosso olhar é cego. E se somos cegos não podemos pretender ser guias e mestres de outros: um cego, de fato, não pode guiar outro cego (cf. v. 39).

Queridos irmãos e irmãs, o Senhor nos convida a purificar nosso olhar. Primeiro ele nos pede que olhemos para dentro de nós mesmos para reconhecer nossas misérias. Porque se não formos capazes de ver nossos defeitos, estaremos sempre inclinados a engrandecer os dos outros. Se, por outro lado, reconhecemos nossos erros e nossas misérias, a porta da misericórdia se abre para nós. E depois de ter olhado para dentro, Jesus nos convida a olhar os outros como ele - este é o segredo: olhar os outros como ele -, que não vê o mal acima de tudo, mas o bem. Deus nos olha assim: não vê em nós erros irremediáveis, mas vê filhos que cometem erros. Mude a perspectiva: não se concentra nos erros, mas nas crianças que erram. Deus sempre distingue a pessoa de seus erros. Sempre salve a pessoa. Ele sempre acredita na pessoa e está sempre pronto para perdoar erros. Sabemos que Deus sempre perdoa. E ele nos convida a fazer o mesmo:

Depois do olhar, hoje Jesus nos convida a refletir sobre nosso falar. O Senhor explica que a boca "expressa o que transborda do coração" (v. 45). É verdade, pela maneira como se fala você percebe imediatamente o que ele tem em seu coração. As palavras que usamos dizem quem somos. Às vezes, porém, prestamos pouca atenção às nossas palavras e as usamos superficialmente. Mas as palavras têm peso: permitem expressar pensamentos e sentimentos, dar voz aos medos que temos e aos projetos que pretendemos realizar, para abençoar a Deus e aos outros. Infelizmente, porém, com a linguagem também podemos alimentar preconceitos, erguer barreiras, atacar e até destruir; com a língua podemos destruir nossos irmãos: a fofoca dói e a calúnia pode ser mais afiada que uma faca! Hoje em dia, especialmente no mundo digital, as palavras correm rápido; mas muitos transmitem raiva e agressão, alimentam notícias falsas e se aproveitam de medos coletivos para propagar ideias distorcidas. Um diplomata, que foi secretário-geral das Nações Unidas e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, disse que "abusar da palavra é desprezar o ser humano" (D. Hammarskjöld,Traços da viagem , Magnano BI 1992, 131).

Então, vamos nos perguntar que tipo de palavras usamos: palavras que expressam atenção, respeito, compreensão, proximidade, compaixão ou palavras que visam principalmente nos tornar bonitos na frente dos outros? E então, falamos brandamente ou poluímos o mundo espalhando venenos: criticando, reclamando, alimentando a agressão generalizada?

Que Nossa Senhora, Maria, cuja humildade Deus olhou, a Virgem do silêncio que oramos agora, nos ajude a purificar nosso olhar e nossa fala.

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Depois do Ângelus

Queridos irmãos e irmãs!

Nos últimos dias ficamos chocados com algo trágico: a guerra. Temos orado várias vezes para que esse caminho não seja seguido. E não paramos de orar, pelo contrário, imploramos a Deus com mais intensidade. Por isso, renovo o convite a todos para fazer do dia 2 de março, quarta-feira de cinzas, um dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia. Um dia para estar perto do sofrimento do povo ucraniano, para sentir todos os irmãos e irmãs e implorar a Deus pelo fim da guerra.

Quem faz a guerra esquece a humanidade. Não começa pelo povo, não olha para a vida concreta do povo, mas põe acima de tudo interesses e poder. Confia-se à lógica diabólica e perversa das armas, que está mais longe da vontade de Deus, e distancia-se do povo, que quer a paz; e que em cada conflito ele é a verdadeira vítima, que paga com a própria pele as loucuras da guerra. Penso nos idosos, naqueles que procuram refúgio nestas horas, nas mães que fogem com os filhos... São irmãos e irmãs para os quais é urgente abrir corredores humanitários e que devem ser acolhidos.

Com o coração partido pelo que acontece na Ucrânia - e não nos esqueçamos das guerras em outras partes do mundo, como no Iêmen, Síria, Etiópia... -, repito: calem as armas! Deus está com os pacificadores, não com aqueles que usam a violência. Porque aqueles que amam a paz, como afirma a Constituição italiana, "repudiam a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolução de conflitos internacionais" (Art. 11).

Ontem, em Granada, Espanha, foram beatificados o padre Gaetano Giménez Martín e quinze companheiros mártires, mortos in odium fidei no contexto da perseguição religiosa dos anos 1930 na Espanha. Que o testemunho destes heróicos discípulos de Cristo desperte em todos o desejo de servir o Evangelho com fidelidade e coragem. Uma salva de palmas para os novos abençoados.

Saúdo todos vós, romanos e peregrinos!

Saúdo em particular las niñas Quinceñeras do Panamá; jovens universitários da diocese do Porto; os fiéis de Mérida-Badajoz e Madrid, Espanha; os de Paris e Polônia; os grupos de Reggio Calabria, Sicília e a Unidade Pastoral de Alta Langa; os confirmandos de Urgnano e os meninos de Petosino, diocese de Bérgamo.

Uma saudação especial a todos os presentes por ocasião do Dia das Doenças Raras, que se realiza amanhã: encorajo as várias associações de doentes e suas famílias, bem como os investigadores que trabalham nesta área. Estou perto de você! Saúdo os povos aqui presentes… Vejo também muitas bandeiras da Ucrânia! (em ucraniano) Louvado seja Jesus Cristo!

Desejo a todos um feliz domingo. Por favor, não se esqueça de orar por mim. Bom almoço e adeus.


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Angelus27 de fevereiro de 2022 Papa Francisco

Laudes do 8º Domingo do Tempo Comum

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Incrível !! Ideia perfeita feita de garrafas plásticas e lã - Ideias de ...

Great wide ranging talk with Russell Brand

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 26 02 2022

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Palavra de Vida – fevereiro 2022

 


«Àqueles que vêm a Mim, não os rejeitarei». (Jo 6,37)


Esta afirmação de Jesus faz parte de um diálogo com a multidão que, depois do milagre da abundante multiplicação dos pães, O procura e Lhe pede mais um sinal para acreditar n’Ele.

Jesus revela ser Ele próprio o sinal do amor de Deus. Mais ainda, Ele é o Filho que recebeu do Pai a missão de acolher e fazer voltar para a Sua casa todas as criaturas, em especial cada pessoa humana, criada à Sua imagem. Sim, porque o próprio Pai já tomou a iniciativa e atrai todos para Jesus[1], colocando no coração de cada um o desejo da vida em plenitude, isto é, da comunhão com Deus e com todos os seus semelhantes.

Jesus, portanto, não rejeitará ninguém, por mais longe de Deus que se sinta, porque esta é a vontade do Pai: não perder ninguém.


«Àqueles que vêm a Mim, não os rejeitarei».


É mesmo uma boa notícia: Deus ama a todos imensamente, a sua ternura e a sua misericórdia são dirigidas a cada homem e a cada mulher. Ele é o Pai paciente e misericordioso que espera por todos aqueles que, movidos pela voz interior, se põem a caminho.

Muitas vezes, nós sofremos de desconfiança: por que razão é que Jesus me haveria de acolher? O que é que Ele quererá de mim? Na realidade, Jesus pede-nos apenas que nos deixemos atrair por Ele, libertando o nosso coração de tudo aquilo que nos perturba, para, com confiança, aceitarmos o Seu amor gratuito.

Mas é um convite que requer também a nossa responsabilidade. De facto, se experimentarmos uma tal abundância de ternura por parte de Jesus, sentir-nos-emos também impelidos a acolhê-Lo em cada próximo[2]: homem ou mulher, jovem ou idoso, saudável ou doente, da nossa cultura ou não… e não rejeitaremos ninguém.


«Àqueles que vêm a Mim, não os rejeitarei».


No Québec (Canadá), uma comunidade cristã que vive a Palavra dedica-se a apoiar muitas das famílias que chegam ao seu país, de variadas proveniências: França, Egito, Síria, Líbano, Congo… todos são acolhidos e ajudados, também no esforço de inserção. Isso significa responder às suas múltiplas necessidades: preencher os formulários relativos ao estatuto de refugiado ou residente, fazer a ligação com a escola dos filhos, acompanhá-los a descobrir o seu bairro. É também importante a inscrição em cursos de francês e a procura de trabalho.

Guy e Micheline escrevem: «Uma família da Síria que, fugindo da guerra, tinha vindo para o Canadá, encontrou outra família que tinha acabado de chegar e ainda se encontrava muito desorientada. Através das redes sociais, ativou a rede de solidariedade e muitos amigos conseguiram arranjar o que era necessário: camas, sofás, mesas, cadeiras, utensílios de cozinha, vestuário. Livros e jogos para as crianças foram espontaneamente oferecidos por algumas crianças das nossas famílias, sensibilizadas pelos pais. Tendo recebido mais do que precisavam, ajudaram também outras famílias pobres do seu prédio. A Palavra de vida daquele mês tinha sido muito apropriada: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo!”».


«Àqueles que vêm a Mim, não os rejeitarei».


Podemos transformar em vida esta Palavra de Deus do seguinte modo: diante de cada próximo, testemunhar a proximidade do Pai, quer individualmente quer como comunidade.

Pode ajudar-nos esta meditação de Chiara Lubich sobre o amor de misericórdia. Este, escreve Chiara, é «o amor que faz abrir o coração e os braços aos miseráveis, […] aos dilacerados pela vida, aos pecadores arrependidos. Um amor que sabe acolher o próximo tresmalhado, amigo, irmão ou desconhecido, e lhe perdoa infinitas vezes. […] Um amor que não mede e não será medido. É uma caridade que floresce mais abundante, mais universal, mais concreta do que aquela que a alma possuía antes. De facto, ela sente nascer em si sentimentos semelhantes aos de Jesus, apercebe-se que lhe afloram aos lábios, para todas as pessoas que encontra, as palavras divinas: “Tenho compaixão desta gente” (cf. Mt 15,32). […] A misericórdia é a máxima expressão da caridade, é aquela que a completa. E a caridade supera o sofrimento, porque este tem a ver apenas com a vida terrena, enquanto o amor perdura também na outra. Deus prefere a misericórdia ao sacrifício»[3].


Letizia Magri

(focolares)


[1] Cf. Jo 6,44. [2] Cf. Mt 25,45. [3] C. Lubich, Quando se conheceu a dor, in Meditações, Cidade Nova, Abrigada 2005, pp. 57-58.


Kiev à beira da capitulação. O mundo sai às ruas pela Ucrânia ferida

 


Terceiro dia da invasão russa da Ucrânia, com combates que duram horas na capital Kiev, inclusive na área dos edifícios do governo. O presidente Zelensky rejeitou a proposta de evacuação dos EUA e está liderando a resistência. Enquanto isso, manifestações e vigílias de oração ao redor do mundo estão expressando apoio à população civil.

Alessandro Di Bussolo e Giancarlo La Vella – Vatican News

Pelo menos 50 explosões foram ouvidas em Kiev durante a noite, com os russos supostamente assumindo o controle da central hidrelétrica. Os líderes militares ucranianos negam isto e anunciam que repeliram um ataque inicial. A 101ª brigada, comunicam fontes do exército, "destruiu uma coluna russa perto da estação de Beresteiska", mas agora se registram combates nas ruas. As autoridades estão exortando os residentes a procurarem abrigo nos refúgios, mas falta pão e medicamentos, enquanto o presidente ucraniano, Volodomyr Zelenski, disse aos líderes europeus, que junto com os EUA congelaram os bens do presidente russo, Vladimir Putin, e seus colaboradores: "talvez esta seja a última vez que vocês me verão vivo". Em seguida, denunciou os ataques da artilharia russa aos jardins de infância e abrigos civis e pediu aos cidadãos que não depusessem suas armas.


O assédio de Kiev

A capital, por sua vez, estaria completamente cercada pelo exército russo, com o chefe do Kremlin pedindo aos militares ucranianos que tomem o poder, derrubem o governo e negociem com ele. O Ministério da Defesa de Moscou informa que o exército russo conquistou a cidade de Melitopol, no sul da Ucrânia, perto da Crimeia, e destruiu "821 alvos militares" na Ucrânia. A OTAN está fortalecendo suas posições militares nos Estados membros vizinhos, e o presidente dos EUA, Biden, alocou US$ 350 milhões em ajudas militares para Kiev, mas confirma que não enviará tropas para o território ucraniano.


Oração do mundo inteiro pela Ucrânia

Muitos países estão expressando sua solidariedade para com a Ucrânia e seu povo através de manifestações contra a guerra e vigílias de oração. Contra a intervenção de Moscou, as pessoas também estão saindo às ruas na Rússia. Uma grande parte do mundo está mostrando solidariedade para com a Ucrânia, que está prestes a capitular diante do avanço russo, uma carícia de longe, mas que alivia a dor e incute tanta coragem e esperança em homens, mulheres e crianças, os primeiros obrigados a pegar em armas, os segundos vivendo na dúvida dramática de deixar o país ou ficar e compartilhar a dor de um conflito absurdo. Na Itália, Espanha, Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Jordânia e muitos outros países, as pessoas estão gritando "não à guerra", "Ucrânia livre" e rezando.


Russos e ucranianos, dois povos amigos

Também na Rússia, os protestos contra as operações militares de Moscou continuam como também as prisões por parte de policiais: centenas de pacifistas foram presos. A União Europeia aplaude estas iniciativas, que mostram – afirmou-se - a verdadeira face da Rússia e que vão de mãos dadas com o projeto de resolução desta sexta-feira na ONU para pôr fim ao conflito, bloqueado pelo veto de Moscou, mas apoiado por um número sem precedentes de Estados membros da ONU. A China se absteve sobre a moção que condenava a invasão. O Ministro das Relações Exteriores de Pequim confirmou ao Alto Representante Europeu, Joseph Borrell, que "o respeito e a preservação da soberania e da integridade territorial também se aplicam à Ucrânia", mesmo que as legítimas exigências de segurança da Rússia sejam compreendidas. "O mundo está conosco", comentou no Twitter o presidente Zelensky, da Ucrânia.

(vaticannews)

Católicos da Ucrânia são poucos e muito perseguidos


REDAÇÃO CENTRAL, 25 fev. 22 / 05:00 pm (ACI).- Militares russos entraram na Ucrânia em vários pontos ontem precedidos por ataques de mísseis contra alvos militares e cidades.

Embora a maioria da população da Ucrânia seja ortodoxa oriental, os católicos estão entre os que sofrem com a invasão russa do país. Abaixo, algumas informações sobre a população católica da Ucrânia:


Igreja Greco-Católica Ucraniana


Cerca de 9% dos ucranianos são greco-católicos, o que significa que são católicos, mas usam o rito bizantino. A grande maioria deles faz parte da Igreja Greco-Católica Ucraniana, liderada pelo arcebispo-mor Sviatoslav Shevchuck da arquieparquia ucraniana de Kiev-Halych.

O rito bizantino celebra a liturgia na forma usada pelas Igrejas Ortodoxas Orientais, usando regularmente a Divina Liturgia de São João Crisóstomo.

Os greco-católicos ucranianos estão concentrados no ocidente do país, perto da fronteira com a Polônia, especialmente em Lviv. Existem, no entanto, 16 eparquias ou exarcados (equivalentes a dioceses ou vicariatos) da Igreja em todo o país, inclusive na Criméia, tomada pelos russos em 2014, Luhansk e Donetsk.

A Igreja Greco-Católica Ucraniana está enraizada na cristianização do século X da Rus' de Kiev, um Estado cuja herança a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia reivindicam. Esse evento também forma as raízes da Igreja Ortodoxa Russa, da Igreja Ortodoxa Ucraniana (Patriarcado de Moscou) e da Igreja Ortodoxa na Ucrânia.

Essa Igreja também tem uma presença considerável no Brasil, nos EUA, no Canadá e na Polônia, além comunidades menores em outros lugares da Europa, Argentina e Austrália.


Católicos de rito latino


Há também uma hierarquia de ritos latinos ou romanos na Ucrânia, à qual pertence cerca de 1% da população. Também concentrada no oeste do país, essa comunidade tem seis dioceses sufragâneas da arquidiocese de Lviv, e tem laços culturais com a Polônia e a Hungria.


Outras


A Ucrânia também abriga a Eparquia Católica Rutena de Mukachevo e a Arqueparquia Católica Armênia de Lviv.

A Igreja Católica Rutena também usa o rito bizantino, e se concentra na fronteira com quatro vizinhos ocidentais da Ucrânia. Há cerca de 320 mil católicos na eparquia de Mukachevo, que são servidos por cerca de 300 padres.

Há uma Arqueparquia Católica Armênia em Lviv, embora esteja vacante desde a Segunda Guerra Mundial. Os armênios católicos na Ucrânia são poucos e muitas vezes confiados aos cuidados pastorais de sacerdotes de outras Igrejas católicas.


Perseguição


As igrejas católicas foram severamente perseguidas na Ucrânia quando o país era parte da União Soviética.

A Igreja Greco-Católica Ucraniana foi proibida sob o domínio soviético, de 1946 a 1989, e a Igreja Católica Rutena foi suprimida em 1949.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia na década de 2010 trouxe novos temores de perseguição.

Em 2014, após a anexação russa da Crimeia e conflitos armados em outras regiões fronteiriças entre militares ucranianos, rebeldes pró-russos e soldados russos, o então núncio apostólico na Ucrânia alertou para um retorno da perseguição.

“O perigo de repressão da Igreja Greco-Católica existe em qualquer parte da Ucrânia que a Rússia possa estabelecer sua predominância ou continuar por meio de atos de terrorismo para avançar com sua agressão”, disse o arcebispo Thomas Gullickson em 23 de setembro de 2014.

Gullickson foi núncio na Ucrânia de 2011 a 2015 e se aposentou em 2020, aos 70 anos.

“Muitas declarações vindas do Kremlin nos últimos tempos deixam poucas dúvidas sobre a hostilidade e intolerância ortodoxa russa em relação aos greco-católicos ucranianos”, disse ele em setembro de 2014 aos diretores da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

“Não há razão para excluir a possibilidade de outra repressão generalizada à Igreja Greco-Católica Ucraniana, como ocorreu em 1946 com a cumplicidade dos irmãos ortodoxos e a bênção de Moscou”, afirmou.

Muitos clérigos católicos romanos e gregos foram forçados a deixar a Crimeia após sua anexação. Tanto os católicos romanos quanto os gregos enfrentaram dificuldades para registrar adequadamente a propriedade da propriedade da igreja e garantir a residência legal para seu clero.

Sob a União Soviética, 128 padres, bispos e freiras da Igreja Católica Rutena foram presos ou enviados para o exílio na Sibéria. A eparquia de Mukachevo teve 36 sacerdotes mortos durante a perseguição.

O beato Theodore Romzha foi bispo ruteno de Mukachevo por três anos antes de ser morto em 1947 pelo NKVD por ordem de Nikita Khrushchev, então chefe do Partido Comunista da Ucrânia.

O beato Romzha é um dos mais de 20 mártires ucranianos do século XX beatificados por são João Paulo II durante sua visita à Ucrânia em 2001.


(acidigital)

Homilia Diária | A virtude que atrai a Deus (Sábado da 7.ª Semana do Tem...

Laudes de Sábado da 7ª Semana do Tempo Comum

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Presidente ucraniano: "Não temos medo, não temos medo de nada"

Is new omicron more severe

Maria, pequena Maria

Guerra na Ucrânia, o Papa na Embaixada da Rússia para expressar preocupação


Francisco, nesta manhã, na sede em Via della Conciliazione, por mais de meia hora. O Pontífice está acompanhando de perto a evolução da situação no país do Leste Europeu, sob ataque desde 24 de fevereiro, onde se contam inúmeros mortos e feridos. Nesta quinta-feira o apelo do cardeal Parolin a dar mais espaço à negociação.

Salvatore Cernuzio, Silvonei José – Vatican News

O Papa quis manifestar a sua preocupação com a guerra na Ucrânia dirigindo-se por volta do meio-dia desta sexta-feira, à sede da Embaixada da Federação Russa junto à Santa Sé, chefiada pelo embaixador Alexander Avdeev. O Papa chegou em um veículo utilitário branco e permaneceu no prédio na Via della Conciliazione por mais de meia hora, como confirmou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni.


O apelo na audiência geral


Francisco acompanha de perto a evolução da situação no país do Leste Europeu, sob ataque desde a noite de 24 de fevereiro, onde se contam inúmeros mortos e feridos. O próprio Pontífice havia expressado "grande pesar em seu coração" pelo agravamento da situação no país na última quarta-feira, 23 de fevereiro, no final da Audiência geral, quando a violência ainda não havia eclodido. O Papa apelou "aos que têm responsabilidades políticas para fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra". E ele chamou tanto os crentes quanto os não crentes a se unirem em uma súplica coral pela paz em 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, rezando e jejuando: "Jesus nos ensinou que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com oração e jejum pela paz", disse o Pontífice. "Convido a todos a fazerem no próximo 2 de março, Quarta-feira de cinzas, um dia de jejum pela paz. Encorajo os crentes de uma maneira especial a se dedicarem intensamente à oração e ao jejum naquele dia. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”.



24/02/2022


Declaração do cardeal Parolin


Ontem, porém, "na hora mais escura" para a Ucrânia, a declaração do cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. Recordando o apelo dramaticamente urgente do Papa após o início das operações militares russas em território ucraniano, o cardeal observou que "os trágicos cenários que todos temiam estão infelizmente se tornando realidade", mas que "ainda há tempo para a boa vontade, ainda há espaço para a negociação, ainda há espaço para o exercício de uma sabedoria que impeça o prevalecer dos interesses de parte, tutele as legítimas aspirações de cada um e poupe o mundo da loucura e dos horrores da guerra". "Nós fiéis", disse Parolin, "não perdemos a esperança num vislumbre de consciência daqueles que têm o destino do mundo em suas mãos".


(vaticannews)

As imagens das tropas russas na zona residencial de Obolon, a poucos qui...

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 25 02 2022

Parolin: Quien tiene en sus manos el destino del mundo nos libre de los ...

 Hoje a Igreja comemora dois santos mártires salesianos assassinados na China


REDAÇÃO CENTRAL, 25 fev. 22 / 05:00 am (ACI).- Hoje, 25 de fevereiro, é celebrada a festa dos santos Luís Versiglia e Calisto Caravario, mártires salesianos assassinados por comunistas na China. Eles defenderam a honra e a dignidade de três jovens que escaparam de ser violadas e escravizadas.

“O missionário que reza muito alcança muito”, costumava dizer o bispo são Versiglia, enquanto o presbítero são Caravario, dias antes de morrer, escreveu à sua mãe: “Passará a vida e acabarão as dores: no paraíso seremos felizes. Nada te perturbe, minha boa mãe; se levas tua cruz na companhia de Jesus, será muito mais leve e agradável...”,

Luís Versiglia nasceu na Itália em 1873. Aos 12 anos ficou fascinado por dom Bosco. Depois da morte do santo, decidiu se tornar salesiano para sair em missão.

Em 1895, foi ordenado sacerdote. Foi nomeado diretor de noviços em Roma pelo beato Miguel Rua e, posteriormente, liderou um grupo de salesianos que chegaram à China em 1906. Instalaram-se com uma obra em Macau e com uma frente missionária em Heungchow.

São Luís Versiglia abriu orfanatos e oratórios salesianos e, em 1921, foi consagrado bispo do vicariato apostólico de Shiuchow. Sob seu impulso, multiplicaram-se as casas missionárias, institutos, asilos, orfanatos e teve início o seminário de nativos.

São Calisto Caravario, por sua vez, nasceu em Turim (Itália), em 1903. Quando o jovem salesiano se encontrou com Luís Versiglia em 1921, disse-lhe: “Encontrarei vocês na China”. Anos depois, cumpriu sua promessa, recebendo a ordenação sacerdotal das mãos do bispo são Versiglia. Em seguida, foi enviado à missão de Lin-chow.

Nessa época, a situação política na China havia se tornado tensa, especialmente contra os cristãos e os missionários estrangeiros. Até as Igrejas eram incendiadas. Dessa forma, começaram as perseguições.

O bispo Versiglia realizou uma visita pastoral a Lin-Chow e o padre Caravario saiu para recebê-lo no caminho.

Em 25 de fevereiro, os dois celebraram a missa em Ling Kong-how e, em seguida, pegaram uma barca junto com dois professores e três jovens da missão (Maria, de 21 anos, Paula, de 16, e Clara, de 22). Na viagem, juntaram-se a eles uma catequista idosa e um menino.

Um grupo de piratas comunistas mandou que parassem a barca e, com fuzis e pistolas, pediram que os missionários pagassem 500 dólares para que pudessem passar. O bispo disse a Caravario: “Diga-lhes que somos missionários e, portanto, não levamos dinheiro conosco”.

Os bandidos revistaram a barca, encontraram as meninas, que se escondiam rezando, e gritaram que iriam levá-las. Queriam violá-las e escravizá-las.

Os santos tentaram detê-los e foram muito agredidos. Os dois acabaram ensanguentados e presos com as jovens. Os piratas ordenaram aos outros que estavam na barca que regressassem para Lin-Kong-How, os quais alertaram as autoridades.

Sobre os missionários, a jovem Maria testemunhou: “Vi dom Caravario, com a cabeça inclinada, falava em voz baixa com o bispo”. Estavam se confessando mutuamente. “O bispo e dom Caravario nos olhavam, mostravam-nos o céu com os olhos e rezavam. Seu aspecto era amável e sorridente e rezavam em voz alta”.

Enquanto as meninas era transladadas, ouviram-se cinco disparos. Mais adiante, os bandidos comentavam: “Todos têm medo da morte. Pelo contrário, esses dois morreram felizes”.

Dias depois, os soldados regulares chegaram ao esconderijo dos bandidos, os quais fugiram abandonando as jovens. Em seguida, elas, de joelhos, rezaram diante dos corpos dos dois santos, que tinham dado sua vida para defendê-las.

São João Bosco sempre teve o desejo de ser missionário e, em um de seus sonhos, viu um cálice cheio de sangue que fervia e se derramava. Assim, compreendeu que os salesianos também teriam mártires. Por isso, são Versiglia e são Caravario, primeiros mártires salesianos, são representados com um cálice que derrama sangue.

São Paulo VI os declarou mártires em 1976. Foram beatificados em 1983 e canonizados em 2000, por são João Paulo II.


(acidigital)

Que o vosso sim seja sim e o vosso não, seja não | (Tg 5, 9-12) #677- Me...

Laudes de Sexta-feira da 7ª Semana do Tempo Comum

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Inflammatory Syndrome in Children

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 24 02 2022

Euronews em direto

Tropas russas atacam várias cidades da Ucrânia

 

Putin anunciou “operação militar especial” no Donbass e, pouco depois das 5h locais, foram relatadas as primeiras explosões e ataques a infra-estruturas em diversos pontos do território ucraniano, incluindo em Kiev.

António Saraiva Lima e 

Sofia Lorena 

24 de Fevereiro de 2022, 7:38


Depois de várias semanas de avisos e de movimentações militares na vizinhança da Ucrânia, as Forças Armadas russas avançaram nesta quinta-feira, por volta das 5 horas locais, para o território ucraniano, atacando várias cidades do país e mobilizando tropas através da Crimeia, do Donbass e de outros pontos da fronteira, e respondendo a uma autorização do Presidente Vladimir Putin para se dar início a uma “operação militar especial”.

“Putin lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia. As cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque”, denunciou Dmitro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, através do Twitter.

Há relatos de explosões em diversas cidades, incluindo Kiev, mas também Kharkiv, Odessa, Dnipro e Mariupol. Na capital e noutros centros urbanos há imagens de milhares de carros parados nas principais vias de acesso, de residentes que procuram fugir. As estações de metro e paragens de autocarro também estão apinhadas e há ainda longas filas de pessoas nas caixas de multibanco e nos postos de abastecimento de combustível.

Segundo o Exército ucraniano, as forças russas dispararam vários mísseis contra as infra-estruturas militares e até contra alvos civis. Oleksii ​Reznikov, ministro da Defesa, lançou um apelo a todos os cidadãos para “pegarem em armas” e “juntarem-se às Forças de Defesa Territorial” da sua “região local”.

Diario de Noticias



MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2022



«Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, 

se não tivermos esmorecido.

Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos» (Gal 6, 9-10a).

 

Queridos irmãos e irmãs!

A Quaresma é um tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Aproveitemos o caminho quaresmal de 2022 para refletir sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: «Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos» (Gal 6, 9-10a).

1. Sementeira e colheita

Neste trecho, o Apóstolo evoca a sementeira e a colheita, uma imagem que Jesus muito prezava (cf. Mt 13). São Paulo fala-nos dum kairós: um tempo propício para semear o bem tendo em vista uma colheita. Qual poderá ser para nós este tempo favorável? Certamente é a Quaresma, mas é-o também a nossa inteira existência terrena, de que a Quaresma constitui de certa forma uma imagem [1]. Muitas vezes, na nossa vida, prevalecem a ganância e a soberba, o anseio de possuir, acumular e consumir, como se vê no homem insensato da parábola evangélica, que considerava assegurada e feliz a sua vida pela grande colheita acumulada nos seus celeiros (cf. Lc 12, 16-21). A Quaresma convida-nos à conversão, a mudar mentalidade, de tal modo que a vida encontre a sua verdade e beleza menos no possuir do que no doar, menos no acumular do que no semear o bem e partilhá-lo.

O primeiro agricultor é o próprio Deus, que generosamente «continua a espalhar sementes de bem na humanidade» (Enc. Fratelli tutti, 54). Durante a Quaresma, somos chamados a responder ao dom de Deus, acolhendo a sua Palavra «viva e eficaz» (Heb 4, 12). A escuta assídua da Palavra de Deus faz maturar uma pronta docilidade à sua ação (cf. Tg 1, 19.21), que torna fecunda a nossa vida. E se isto já é motivo para nos alegrarmos, maior motivo ainda nos vem da chamada para sermos «cooperadores de Deus» (1 Cor 3, 9), aproveitando o tempo presente (cf. Ef 5, 16) para semearmos, também nós, praticando o bem. Esta chamada para semear o bem deve ser vista, não como um peso, mas como uma graça pela qual o Criador nos quer ativamente unidos à sua fecunda magnanimidade.

E a colheita? Porventura não se faz toda a sementeira a pensar na colheita? Certamente; o laço estreito entre a sementeira e a colheita é reafirmado pelo próprio São Paulo, quando escreve: «Quem pouco semeia, também pouco há de colher; mas quem semeia com generosidade, com generosidade também colherá» (2 Cor 9, 6). Mas de que colheita se trata? Um primeiro fruto do bem semeado, temo-lo em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por mais pequeno que seja, e nenhuma das nossas «generosas fadigas» se perde (cf. Exort. Evangelii gaudium, 279). Tal como a árvore se reconhece pelos frutos (cf. Mt 7, 16.20), assim também a vida repleta de obras boas é luminosa (cf. Mt 5, 14-16) e difunde pelo mundo o perfume de Cristo (cf. 2 Cor 2, 15). Servir a Deus, livres do pecado, faz maturar frutos de santificação para a salvação de todos (cf. Rm 6, 22).

Na realidade, só nos é concedido ver uma pequena parte do fruto daquilo que semeamos, pois, segundo o dito evangélico, «um é o que semeia e outro o que ceifa» (Jo 4, 37). É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus: constitui «grande nobreza ser capaz de desencadear processos cujos frutos serão colhidos por outros, com a esperança colocada na força secreta do bem que se semeia» (Enc. Fratelli tutti, 196). Semear o bem para os outros liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus.

A Palavra de Deus alarga e eleva ainda mais a nossa perspetiva, anunciando-nos que a colheita mais autêntica é a escatológica, a do último dia, do dia sem ocaso. O fruto perfeito da nossa vida e das nossas ações é o «fruto em ordem à vida eterna» (Jo 4, 36), que será o nosso «tesouro no céu» (Lc 18, 22; cf. 12, 33). O próprio Jesus, para exprimir o mistério da sua morte e ressurreição, usa a imagem da semente que morre na terra e frutifica (cf. Jo 12, 24); e São Paulo retoma-a para falar da ressurreição do nosso corpo: «semeado corrutível, o corpo é ressuscitado incorrutível; semeado na desonra, é ressuscitado na glória; semeado na fraqueza, é ressuscitado cheio de força; semeado corpo terreno, é ressuscitado corpo espiritual» (1 Cor 15, 42-44). Esta esperança é a grande luz que Cristo ressuscitado traz ao mundo: «Se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (1 Cor 15, 19-20), para que quantos estiverem intimamente unidos a Ele no amor, «por uma morte idêntica à Sua» (Rm 6, 5), também estejam unidos à sua ressurreição para a vida eterna (cf. Jo 5, 29): «então os justos resplandecerão como o sol, no reino do seu Pai» (Mt 13, 43).

2. «Não nos cansemos de fazer o bem»

A ressurreição de Cristo anima as esperanças terrenas com a «grande esperança» da vida eterna e introduz, já no tempo presente, o germe da salvação (cf. Bento XVI, Spe salvi, 3; 7). Perante a amarga desilusão por tantos sonhos desfeitos, a inquietação com os desafios a enfrentar, o desconsolo pela pobreza de meios à disposição, a tentação é fechar-se num egoísmo individualista e, à vista dos sofrimentos alheios, refugiar-se na indiferença. Com efeito, mesmo os recursos melhores conhecem limitações: «Até os adolescentes se cansam, se fatigam, e os jovens tropeçam e vacilam» (Is 40, 30). Deus, porém, «dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco. (…) Aqueles que confiam no Senhor, renovam as suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer» (Is 40, 29.31). A Quaresma chama-nos a repor a nossa fé e esperança no Senhor (cf. 1 Ped 1, 21), pois só com o olhar fixo em Jesus Cristo ressuscitado (cf. Heb 12, 2) é que podemos acolher a exortação do Apóstolo: «Não nos cansemos de fazer o bem» (Gal 6, 9).

 Não nos cansemos de rezar. Jesus ensinou que é necessário «orar sempre, sem desfalecer» ( Lc 18, 1). Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Se a pandemia nos fez sentir de perto a nossa fragilidade pessoal e social, permita-nos esta Quaresma experimentar o conforto da fé em Deus, sem a qual não poderemos subsistir (cf. Is 7, 9). No meio das tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém se salva sozinho [2]; mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte. A fé não nos preserva das tribulações da vida, mas permite atravessá-las unidos a Deus em Cristo, com a grande esperança que não desilude e cujo penhor é o amor que Deus derramou nos nossos corações por meio do Espírito Santo (cf. Rm 5, 1-5).

Não nos cansemos de extirpar o mal da nossa vida. Possa o jejum corporal, a que nos chama a Quaresma, fortalecer o nosso espírito para o combate contra o pecado. Não nos cansemos de pedir perdão no sacramento da Penitência e Reconciliação, sabendo que Deus nunca Se cansa de perdoar [3]. Não nos cansemos de combater a concupiscência, fragilidade esta que inclina para o egoísmo e todo o mal, encontrando no decurso dos séculos vias diferentes para fazer precipitar o homem no pecado (cf. Enc. Fratelli tutti, 166). Uma destas vias é a dependência dos meios de comunicação digitais, que empobrece as relações humanas. A Quaresma é tempo propício para contrastar estas ciladas, cultivando ao contrário uma comunicação humana mais integral (cf. ibid., 43), feita de «encontros reais» ( ibid., 50), face a face.

Não nos cansemos de fazer o bem, através duma operosa caridade para com o próximo. Durante esta Quaresma, exercitemo-nos na prática da esmola, dando com alegria (cf. 2 Cor 9, 7). Deus, «que dá a semente ao semeador e o pão em alimento» (2 Cor 9, 10), provê a cada um de nós os recursos necessários para nos nutrirmos e ainda para sermos generosos na prática do bem para com os outros. Se é verdade que toda a nossa vida é tempo para semear o bem, aproveitemos de modo particular esta Quaresma para cuidar de quem está próximo de nós, para nos aproximarmos dos irmãos e irmãs que se encontram feridos na margem da estrada da vida (cf. Lc 10, 25-37). A Quaresma é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão. Acolhamos o apelo a praticar o bem para com todos, reservando tempo para amar os mais pequenos e indefesos, os abandonados e desprezados, os discriminados e marginalizados (cf. Enc. Fratelli tutti, 193).

3. «A seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido»

Cada ano, a Quaresma vem recordar-nos que «o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia» (ibid., 11). Por conseguinte peçamos a Deus a constância paciente do agricultor (cf. Tg 5, 7), para não desistir na prática do bem, um passo de cada vez. Quem cai, estenda a mão ao Pai que nos levanta sempre. Quem se extraviou, enganado pelas seduções do maligno, não demore a voltar para Deus, que «é generoso em perdoar» (Is 55, 7). Neste tempo de conversão, buscando apoio na graça divina e na comunhão da Igreja, não nos cansemos de semear o bem. O jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o. Na fé, temos a certeza de que «a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido», e obteremos, com o dom da perseverança, os bens prometidos (cf. Heb 10, 36) para salvação nossa e do próximo (cf. 1 Tm 4, 16). Praticando o amor fraterno para com todos, estamos unidos a Cristo, que deu a sua vida por nós (cf. 2 Cor 5, 14-15), e saboreamos desde já a alegria do Reino dos Céus, quando Deus for «tudo em todos» (1 Cor 15, 28).

A Virgem Maria, em cujo ventre germinou o Salvador e que guardava todas as coisas «ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19), obtenha-nos o dom da paciência e acompanhe-nos com a sua presença materna, para que este tempo de conversão dê frutos de salvação eterna.

Roma, em São João de Latrão, na Memória litúrgica do bispo São Martinho, 11 de novembro de 2021.

Francisco

 


[1] Cf. Santo Agostinho, Sermones 243, 9,8; 270, 3; Enarratio in Psalmis 110, 1.

[2] Cf. Francisco, Momento extraordinário de oração em tempo de pandemia (27 de março de 2020).

[3] Cf. Idem, Angelus de 17 de março de 2013.



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Laudes de Quinta-feira da 7ª Semana do Tempo Comum

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

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Natural immunity, your questions

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 23 02 2022

AUDIÊNCIA GERAL: Catequese sobre a Velhice (Texto)

 PAPA FRANCISCO


AUDIÊNCIA GERAL


Sala Paulo VI

Quarta-feira, 23 de de fevereiro de 2022



Catequese sobre a Velhice 1. A graça do tempo e a aliança das idades da vida


Estimados irmãos e irmãs, bom dia!


Concluímos as catequeses sobre São José. Hoje iniciamos um percurso de catequeses que procura inspiração na Palavra de Deus sobre o sentido e o valor da velhice. Reflitamos sobre a velhice. Há já algumas décadas que esta idade da vida diz respeito a um verdadeiro “novo povo” que são os idosos. Nunca antes fomos tão numerosos na história da humanidade. O risco de ser descartados é ainda mais frequente: nunca fomos tão numerosos como agora, nunca houve um risco tão grande como agora de sermos descartados. Os idosos são frequentemente vistos como “um peso”. Na dramática primeira fase da pandemia, foram eles que pagaram o preço mais elevado. Já eram a parte mais débil e negligenciada: não olhávamos muito para eles quando eram vivos, nem sequer os vimos morrer. Encontrei também esta Carta para os direitos dos idosos e os deveres da comunidade: foi editada pelos governos, não foi editada pela Igreja, é uma coisa laica: é boa, é interessante, para saber que os idosos têm direitos. Fará bem lê-la.


Juntamente com a migração, a velhice é uma das questões mais urgentes que a família humana é chamada a enfrentar atualmente. Não se trata apenas de uma mudança quantitativa; o que está em jogo é a unidade das idades da vida: ou seja, o verdadeiro ponto de referência para a compreensão e a apreciação da vida humana na sua totalidade. Perguntemo-nos: existe amizade, existe aliança entre as diferentes idades da vida, ou prevalece a separação e o descarte?


Todos vivemos num presente em que coexistem crianças, jovens, adultos e idosos. Mas a proporção mudou: a longevidade tornou-se massa e, em grandes partes do mundo, a infância é distribuída em pequenas doses. Falámos também sobre o inverno demográfico. Um desequilíbrio que tem muitas consequências. A cultura dominante tem como único modelo o jovem-adulto, isto é, um indivíduo que se faz por si mesmo e que permanece sempre jovem. Mas será verdade que a juventude contém o sentido pleno da vida, enquanto a velhice representa simplesmente o seu esvaziamento e perda? Será verdade? Será que só a juventude contém o sentido pleno da vida, e a velhice é o esvaziamento da vida, a perda da vida? A exaltação da juventude como única idade digna de encarnar o ideal humano, unida ao desprezo pela velhice vista como fragilidade, degradação ou deficiência, foi o ícone dominante dos totalitarismos do século XX. Já nos esquecemos disto?


O prolongamento da vida incide de maneira estrutural sobre a história dos indivíduos, das famílias e das sociedades. Mas devemos perguntar-nos: a sua qualidade espiritual e o seu sentido comunitário são objeto de pensamento e de amor coerentes com este facto? Talvez os idosos devam pedir desculpa pela sua obstinação em sobreviver à custa dos outros? Ou podem ser honrados pelos dons que trazem ao sentido da vida de todos? De facto, na representação do sentido da vida – e precisamente nas chamadas culturas “desenvolvidas” – a velhice tem pouca incidência. Porquê? Porque é considerada uma idade que não tem qualquer conteúdo específico para oferecer, nem significado próprio para viver. Além disso, há uma falta de incentivo para que as pessoas os procurem, e uma falta de educação para que a comunidade os reconheça. Em suma, para uma idade que é agora uma parte determinante do espaço comunitário e se estende a um terço de toda a vida, existem – por vezes – planos de assistência, mas não projetos de existência. Planos de assistência, sim, mas não projetos para os fazer viver em plenitude. E isto é um vazio de pensamento, de imaginação, de criatividade. Por detrás deste pensamento, o que faz o vazio é que o idoso, a idosa, são material de descarte: nesta cultura do descarte, os idosos entram como material de descarte.


A juventude é bela, mas a eterna juventude é uma alucinação muito perigosa. Ser ancião é tão importante – e belo – exatamente importante como ser jovem. Lembremo-nos disto. A aliança entre as gerações, que restitui ao humano todas as idades da vida, é a nossa dádiva perdida e devemos recuperá-la. Deve ser encontrada novamente, nesta cultura do descarte e nesta cultura da produtividade.


A Palavra de Deus tem muito a dizer sobre esta aliança. Há pouco ouvimos a profecia de Joel: «Os vossos anciãos terão sonhos, os vossos jovens terão visões» (3, 1). Pode ser interpretado da seguinte forma: quando os idosos resistem ao Espírito, enterrando os seus sonhos no passado, os jovens já não conseguem ver as coisas que devem ser feitas para abrir o futuro. Quando, pelo contrário, os idosos comunicam os seus sonhos, os jovens veem claramente o que devem fazer. Os jovens que já não questionam os sonhos dos idosos, focalizando de cabeça baixa visões que não vão além dos seus narizes, terão dificuldade em carregar o seu presente e suportar o seu futuro. Se os avós voltarem a cair nas suas melancolias, os jovens fechar-se-ão ainda mais com os seus smartphones. O ecrã pode permanecer ligado, mas a vida apagar-se-á antes do tempo. Não consiste precisamente a mais grave repercussão da pandemia no desorientamento dos jovens? Os idosos têm recursos de vida já vivida aos quais podem recorrer a qualquer momento. Ficarão parados a ver os jovens perderem a visão, ou acompanhá-los-ão aquecendo os seus sonhos? Perante os sonhos dos idosos, o que farão os jovens?


A sabedoria do longo caminho que acompanha a velhice à sua despedida deve ser vivida como uma oferta de sentido para a vida, não consumida como a inércia da sua sobrevivência. Se a velhice não for restituída à dignidade de uma vida humanamente digna, está destinada a fechar-se num desânimo que rouba a todos o amor. Este desafio de humanidade e de civilização requer o nosso empenho e a ajuda de Deus. Peçamo-lo ao Espírito Santo. Com estas catequeses sobre a velhice, gostaria de encorajar todos a investirem os seus pensamentos e afetos nos dons que ela tem em si e proporciona às outras idades da vida. A velhice é um presente para todas as idades da vida. É um dom de maturidade, de sabedoria. A Palavra de Deus ajudar-nos-á a discernir o sentido e o valor da velhice; que o Espírito Santo nos conceda também os sonhos e as visões de que necessitamos. E gostaria de salientar, como ouvimos na profecia de Joel no início, que o importante não é apenas que o idoso ocupe o lugar da sabedoria que tem, de história vivida na sociedade, mas também que haja um diálogo, que fale com os jovens. Os jovens devem dialogar com os idosos, e os idosos com os jovens. E esta ponte será a transmissão de sabedoria à humanidade. Espero que estas reflexões sejam úteis para todos nós, para levar por diante esta realidade que o profeta Joel dizia, que no diálogo entre jovens e idosos, os anciãos possam oferecer sonhos e os jovens possam recebê-los e levá-los por diante. Não esqueçamos que tanto na cultura familiar como na social os idosos são as raízes da árvore:  têm toda a história ali, e os jovens são como as flores e os frutos. Se o sumo não vier, se não tiver este “soro” – digamos – das raízes, nunca poderão florescer. Não esqueçamos aquele poeta que já citei muitas vezes: “Tudo o que a árvore tem de florescido vem do que está enterrado” (Francisco Luis Bernárdez). Tudo o que uma sociedade tem de bom está relacionado com as raízes dos idosos. Por esta razão, nestas catequeses, gostaria que a figura do idoso fosse posta em evidência, que se compreendesse bem que o ancião não é um material de descarte: é uma bênção para a sociedade.


Saudações:


Queridos fiéis de língua portuguesa, sede bem-vindos! Com a minha saudação, deixo o convite a fazer-vos peregrinos em espírito à Cátedra do Apóstolo Pedro e com ele encontrar o Senhor Jesus que nos diz: Segue-me! Lembremos que segui-Lo significa sair de nós mesmos e comunicar a vida a todos, concretamente dando o nosso tempo ao avô, à avó, aos idosos. Sobre todos vós e as vossas famílias, invoco a alegria e a paz do Senhor!


APELO


Tenho uma grande tristeza no coração pelo agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, estão a abrir-se cenários cada vez mais alarmantes. Como eu, muitas pessoas em todo o mundo estão a sentir angústia e preocupação. Uma vez mais a paz de todos é ameaçada por interesses de parte. Gostaria de apelar a quantos têm responsabilidades políticas para que façam um sério exame de consciências perante Deus, que é o Deus da paz e não da guerra; que é o Pai de todos e não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional.


E agora gostaria de apelar a todos, crentes e não-crentes. Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum. Convido todos a fazer no próximo dia 2 de março, quarta-feira de Cinzas, um Dia de jejum pela paz. Encorajo de modo especial os crentes a fim de que naquele dia se dediquem intensamente à oração e ao jejum. Que a Rainha da paz preserve o mundo da loucura da guerra.


Resumo da catequese do Santo Padre:


Hoje iniciamos um percurso de catequese que pretende, à luz da Palavra de Deus, perscrutar o significado e o valor da velhice. Nunca nós, os idosos, fomos tão numerosos na história, mas o risco de ser vistos como “um fardo” é alto. Hoje, há dois problemas urgentes para a família humana enfrentar: a migração e a velhice. Atualmente como sempre, convivem crianças, jovens, adultos e idosos, mas perguntemo-nos: existe amizade, existe unidade entre as diferentes idades da vida ou prevalece a separação e a rejeição? Em muitas regiões, constata-se que a terceira idade forma um grande número da população, enquanto se vai reduzindo cada vez mais a infância. Existem planos de assistência, mas não um plano de existência: é uma lacuna no pensamento, imaginação e criatividade. O prolongamento da vida deve ser objecto da nossa reflexão. Os velhos possuem recursos dum tempo já vivido que podem enriquecer o sentido da vida. Gostaria, por isso, de encorajar todos a investirem inteligência e afectos sobre os dons que a velhice traz consigo. Nas imagens sobre o sentido da vida, a velhice tem pouca incidência, porque é considerada uma idade que não tem conteúdos especiais a oferecer e a vivenciar, quando o que falta verdadeiramente é reconhê-los. Na verdade, ser jovem é belo, mas ser velho também o é. Daí que a aliança entre as gerações, que restitui ao ser humano todas as idades da vida, é um dom que é preciso voltar a encontrar. Quando os idosos comunicam os seus sonhos, as crianças sabem o que devem fazer para abrir o futuro e olhar além do ecrã do smartphone. Que o Espírito Santo nos conceda os sonhos e as visões de que precisamos.



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Audiência Geral 23 de fevereiro de 2022 Papa Francisco

Igreja comemora hoje são Policarpo, bispo e mártir


REDAÇÃO CENTRAL, 23 fev. 22 / 05:00 am (ACI).- São Policarpo nasceu por volta do ano 70, provavelmente em uma família cristã. Seu nome significa “o que produz muitos frutos” e sua festa é celebrada hoje, 23 de fevereiro.

Este santo foi discípulo do apóstolo são João e, mais tarde, se tornou bispo de Esmirna (Turquia). É considerado um dos bispos mais famosos da Igreja primitiva. Além disso, entre seus discípulos e seguidores se encontram vários santos, como santo Irineu de Lyon e Papias.

Em sua sede em Esmirna, incentivou os fiéis a seguir o Evangelho e não se deixar levar pelas heresias dos pagãos. É o que confirma o seu melhor discípulo, santo Irineu de Lyon.

“Ele ensinou sempre a doutrina que tinha aprendido dos apóstolos. Chegado a Roma sob Aniceto, afastou da heresia de Valentim e Marcião um grande número de pessoas e os devolveu à Igreja d e Deus, proclamando que tinha recebido dos apóstolos apenas uma verdade, a mesma que era transmitida pela Igreja”.

Tudo o que se sabe de são Policarpo antes de seu martírio é contado por Eusébio de Cesareia, “pai da história da Igreja”.

Este conta que em uma ocasião, são Policarpo se dirigiu a Roma para dialogar com o papa Aniceto para ser se poderia concordar em unificar a data da festa da Páscoa entre os cristãos da Ásia e os da Europa. Como ninguém concordou, ambos decidiram conservar seus próprios costumes e permanecer unidos pela caridade.

Também se sabe que são Policarpo saiu para receber e beijar as correntes de Santo Inácio de Antioquia quando este se dirigia ao martírio, e recebeu uma carta sua muito admirada pelos primeiros cristãos.

O dia do martírio de são Policarpo foi 23 de fevereiro de 155. Naquele dia, foi levado diante do procônsul Décio Quadrado, que lhe deu a oportunidade de deixar o cristianismo. No entanto, são Policarpo se negou e preferiu ser queimado vivo.

“Ameaça-me com fogo que dura alguns momentos e depois se apaga. O que eu quero é não ter que ir ao fogo eterno que nunca se apaga”, foram as palavras do santo contidas no documento de seu martírio.

Posteriormente, os carrascos receberam a ordem de atravessar o coração dele com uma lança. 


(acidigital)

O pecado de omissão | (Tg 4, 13-17) #675 - Meditação da Palavra

Laudes da Memória de São Policarpo, bispo e mártir

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Vésperas da Festa da Cátedra de São Pedro, apóstolo

Muito fácil [sem zíper] Costurar saia dessa maneira é rápido e fácil

Euronews em direto

Brendan

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 22 02 2022

Homilia Diária | O Papa tem um poder que não é dele (Festa da Cátedra de...

Igreja celebra a festa da Cátedra de São Pedro



REDAÇÃO CENTRAL, 22 fev. 22 / 05:00 am (ACI).- Hoje, 22 de fevereiro, a Igreja celebra a festa da Cátedra de São Pedro, uma ocasião importante que remonta ao século IV e que rende comemoração ao primado e autoridade do apóstolo Pedro, o primeiro papa da Igreja.

Além disso, esta celebração recorda a autoridade conferida por Cristo ao apóstolo quando lhe diz, conforme relatam os Evangelhos: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão sobre ela”.

A palavra “cátedra” significa assento ou trono e é a raiz da palavra catedral, a Igreja onde um bispo tem o trono do qual prega. Sinônimo de cátedra é também “sede” (assento). A “sede” é o lugar de onde um bispo governa sua diocese. Por exemplo, a Santa Sé é a sede do papa.

A cátedra ou sede que atualmente se conserva na Basílica de São Pedro em Roma foi doada por Carlos, o Calvo, ao papa João VIII no século IX, por ocasião de sua viagem a Roma para sua coroação como imperador romano do ocidente. Este trono se conserva como uma relíquia, em uma magnífica composição barroca, obra do Gian Lorenzo Bernini construída entre 1656 e 1665.

A obra do Bernini está emoldurada por pilastras. No centro situa-se o trono de bronze dourado, em cujo interior se encontra a cadeira de madeira e que é decorada com um relevo representando a “traditio clavum” ou “entrega de chaves”.

O trono se apoia sobre quatro grandes estátuas, também em bronze, que representam quatro doutores da Igreja, em primeiro plano santo Agostinho e santo Ambrósio, para a Igreja latina, e santo Atanásio e são João Crisóstomo, para a Igreja oriental.

Por cima do trono aparece um sol de alabastro decorado com estuque dourado rodeado de anjos que emolduram uma vidraça em que está representada uma pomba de 162 cm de envergadura, símbolo do Espírito Santo. É a única vidraça colorida de toda a Basílica de São Pedro.

Todos os anos nesta data, o altar monumental que acolhe a Cátedra de São Pedro permanece iluminado o dia todo com dúzias de velas e celebram-se numerosas missas da manhã até o entardecer, concluindo com a Missa do Capítulo de São Pedro.


(acidigital)

Laudes da Cátedra de São Pedro, apóstolo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Estudantina Universitária de Coimbra - Amor a Coimbra

Como fazer flores com embalagens de ovos ♻️ Reciclagem ♻️ Flores de prim...

Pandemic ends Thursday

Horizontes da Memória - O Mistério do Vinho

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 21 02 2022

Hoje é celebrado são Pedro Damião, doutor da Igreja


REDAÇÃO CENTRAL, 21 fev. 22 / 05:00 am (ACI).- “Espera confiadamente a alegria que vem depois da tristeza”, dizia o beneditino são Pedro Damião, doutor da Igreja. Em uma época difícil, ajudou com seus escritos e legações a reforma eclesiástica e clerical. Damião significa “o que doma seu corpo” e sua festa é celebrada hoje, 21 de fevereiro.

“Que a esperança dessa alegria te reanime, e a caridade acenda em ti o fervor, de tal modo que o teu espírito, santamente inebriado, esqueça os sofrimentos exteriores e anseie com entusiasmo pelo que contempla interiormente”, dizia são Pedro Damião.

O santo nasceu em 1007, em Ravena (Itália). Perdeu seus pais quando era criança e ficou sob os cuidados de um irmão que o tratou como escravo. Outro irmão, arcipreste de Ravena, se compadeceu e se encarregou de sua educação. Sentindo-se como um filho, Pedro adotou de seu irmão o nome Damião.

Desde jovem, são Pedro se acostumou à oração, vigília, jejum, convidava os pobres à sua mesa e lhes servia pessoalmente. Ingressou na vida monástica com os beneditinos da reforma de são Romualdo.

Para dominar suas paixões, colocava cintos com espinhos (cilício) debaixo de sua camisa, açoitava-se e jejuava com pão e água. Mas, seu corpo, por não estar acostumado, ficou debilitado e começou a sofrer de insónia.

Foi assim que compreendeu que esses castigos não deviam ser tão severos e que a melhor penitência é a paciência com as penas que Deus permite que nos cheguem. Esta experiência lhe serviu, mais tarde, para acompanhar espiritualmente os outros.

Quando morreu o abade, Pedro assumiu, por obediência, a direção da comunidade. Fundou outras cinco comunidades de eremitas e, em todos os monges, buscava que fomentassem o espírito de retiro, caridade e humildade. Dentre eles, surgiram são Domingos Loricato e são João de Lodi.

Vários papas recorreram a são Pedro por seus conselhos. Em 1057, foi criado cardeal e bispo de Ostia, embora o santo sempre tenha preferido sua vida de eremita. Posteriormente, lhe seria concedido o desejo de voltar para o convento como simples monge, mas com a condição de que poderia ser empregado no serviço da Igreja.

Dedicou-se a enviar cartas a muitos papas e pessoas de alto escalão para que se erradicasse a simonia, que era a compra ou venda do que é espiritual por bens materiais, incluindo cargos eclesiásticos, sacramentos, sacramentais, relíquias e promessas de oração.

Escreveu o “Livro Gomorriano” (fazendo alusão à cidade de Gomorra, do Antigo Testamento) e falou contra os costumes impuros daquele tempo. Do mesmo modo, escrevia sobre os deveres dos clérigos, monges e recomendava a disciplina mais do que o jejum.

Costumava dizer: “É impossível restaurar a disciplina uma vez que esta decai; se nós, por negligência, deixamos cair em desuso as regras, as gerações futuras não poderão voltar à observância primitiva. Guardemo-nos de incorrer em semelhante culpa e transmitamos fielmente a nossos sucessores o legado de nossos predecessores”.

Era uma pessoa severa, mas sabia tratar os pecadores com indulgência e bondade quando a prudência e a caridade o requeriam. Em seu tempo livre, costumava fazer colheres de madeira e outros utensílios para não permanecer ocioso.

O papa Alexandre II enviou são Pedro Damião para resolver um problema com o Aarcebispo de Ravena, que estava excomungado por certas atrocidades cometidas. Lamentavelmente, o santo chegou quando o arcebispo tinha morrido, mas converteu os cúmplices, aos quais impôs uma penitência justa.

De volta a Roma, ficou doente com uma febre aguda, em um mosteiro fora de Faenza. Morreu em 22 de fevereiro de 1072. Dante Alighieri, no canto XXI do Paraíso, coloca são Pedro Damião no céu de Saturno, destinado aos espíritos contemplativos. Foi declarado doutor da Igreja em 1828.



(acidigital)

 ESCRITÓRIO DAS CELEBRAÇÕES

LITÚRGICAS DO SUMO PONTO


INDICAÇÕES


QUARTA-FEIRA DE CINZAS


2 de março de 2022


"ESTAÇÃO" NA BASÍLICA DE SANTA SABINA ALL'AVENTINO

PRESIDIDA PELO SANTO PADRE

FRANCISCO


 

1. No dia do início da Quaresma , terá lugar uma celebração, na forma das "Estações" romanas, presidida pelo Santo Padre Francisco, com o seguinte desenvolvimento:


- Às 16h30, na igreja de Sant'Anselmo all'Aventino, começará a liturgia "estacional", seguida da procissão penitencial em direção à Basílica de Santa Sabina.


Cardeais, arcebispos, bispos, monges beneditinos de Sant'Anselmo, padres dominicanos de Santa Sabina e alguns fiéis participarão da procissão.


- No final da procissão, na Basílica de Santa Sabina, terá lugar a celebração da Santa Missa com o rito da bênção e imposição das cinzas.


* * *


2. Pede-se aos Cardeais, Arcebispos, Bispos, Monges Beneditinos e Padres dominicanos, que pretendam participar na celebração, que se apresentem na igreja de Sant'Anselmo às 16h00, trajando o seu próprio vestido coral.


Os fiéis irão diretamente para a Basílica de Santa Sabina.


Cidade do Vaticano, 21 de fevereiro de 2022.


Mons. Diego Ravelli

Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias


 

Sabedoria do Alto x Sabedoria da Terra | (Tg 3, 13-18) #673- Meditação d...

Laudes de Segunda-feira da 7ª Semana do Tempo Comum

domingo, 20 de fevereiro de 2022

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FATIMA 20 02 2022

ANGELUS (Texto)

 PAPA FRANICISCO


ANGELUS


Praça de São Pedro

Domingo, 20 de fevereiro de 2022


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!


No Evangelho da Liturgia de hoje, Jesus dá aos discípulos algumas indicações fundamentais de vida. O Senhor se refere às situações mais difíceis, aquelas que constituem o nosso banco de prova, aquelas que nos colocam na frente daqueles que são nossos inimigos e hostis, aqueles que sempre tentam nos prejudicar. Nestes casos o discípulo de Jesus é chamado a não ceder ao instinto e ao ódio, mas a ir mais longe, muito mais longe. Vá além do instinto, vá além do ódio. Jesus diz: "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam" ( Lc 6,27 ). E ainda mais concreto: “A quem te ferir na face, oferece também a outra” (v. 29). Quando ouvimos isso, parece-nos que o Senhor está pedindo o impossível. Além disso, por que amar os inimigos? Se você não reagir aos agressores, todo abuso recebe luz verde, e isso não é justo. Mas é realmente assim? O Senhor realmente nos pede coisas impossíveis , na verdade injustas ? É assim mesmo?


Consideremos primeiro aquele sentimento de injustiça que sentimos ao "dar a outra face". E pensemos em Jesus: durante a paixão, em seu julgamento injusto perante o sumo sacerdote, a certa altura recebe um tapa na cara de um dos guardas. E como Ele se comporta? Não o insulta, não, diz ao guarda: «Se falei mal, mostra-me onde está o mal. Mas se eu falei bem, por que você está me batendo?" ( Jo 18:23). Ele pede uma conta do mal recebido. Dar a outra face não significa sofrer em silêncio, ceder à injustiça. Com sua pergunta, Jesus denuncia o que é injusto. Mas ele o faz sem raiva, sem violência, na verdade com bondade . Ele não quer provocar uma discussão, mas desarmar o ressentimento, isso é importante: extinguir o ódio e a injustiça juntos, tentando recuperar o irmão culpado. Isso não é fácil, mas Jesus fez isso e nos diz para fazermos também. Isso é dar a outra face: a mansidão de Jesus é uma resposta mais forte do que o golpe que recebeu. Dar a outra face não é o recuo do perdedor, mas a ação de quem tem maior força interior. Dar a outra face é vencer o mal com o bem, o que abre uma brecha no coração do inimigo, expondo o absurdo de seu ódio. E essa atitude, esse dar a outra face, não é ditado pelo cálculo ou pelo ódio, mas pelo amor. Queridos irmãos e irmãs, é o amor gratuito e imerecido que recebemos de Jesus que gera no coração um modo de fazer semelhante ao seu, que rejeita toda vingança. Estamos acostumados à vingança: "Você fez isso comigo,


Chegamos à outra objeção: é possível que uma pessoa venha a amar seus inimigos? Se dependesse apenas de nós, seria impossível. Mas lembremos que quando o Senhor pede algo, ele quer dar. O Senhor nunca nos pede algo que Ele não nos deu antes. Quando ele me diz que ama os inimigos, ele quer me dar a capacidade de fazê-lo. Sem essa capacidade não poderíamos, mas Ele lhe diz “ame o inimigo” e lhe dá a capacidade de amar. Santo Agostinho rezou assim - ouçam que bela oração é esta -: Senhor, "dá-me o que pedes e pede-me o que queres" ( Confissões, X, 29.40), porque você me deu antes. O que perguntar a ele? O que Deus está feliz em nos dar? A força para amar, que não é uma coisa, mas o Espírito Santo. A força para amar é o Espírito Santo, e com o Espírito de Jesus podemos responder ao mal com o bem, podemos amar aqueles que nos prejudicam. Assim como os cristãos. Como é triste quando pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos veem os outros como inimigos e pensam em fazer guerra! É muito triste.


E nós, procuramos viver os convites de Jesus? Vamos pensar em uma pessoa que nos machucou. Todo mundo pensa em uma pessoa. É comum que tenhamos sofrido algum mal de alguém, pensamos nessa pessoa. Talvez haja um rancor dentro de nós. Assim, ao lado desse rancor, colocamos a imagem de Jesus, manso, durante o julgamento, após a bofetada. E então pedimos ao Espírito Santo para agir em nossos corações. Por fim, rezemos por essa pessoa: rezemos por aqueles que nos prejudicaram (cf. Lc6.28). Quando eles fizeram algo ruim para nós, imediatamente vamos contar aos outros e nos sentimos vítimas. Vamos parar e orar ao Senhor por essa pessoa, para ajudá-la, e assim esse sentimento de ressentimento desaparece. Orar por aqueles que nos trataram mal é a primeira coisa para transformar o mal em bem. Oração. Que a Virgem Maria nos ajude a ser pacificadores para com todos, especialmente para aqueles que nos são hostis e não gostam de nós.


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Depois do Ângelus


Queridos irmãos e irmãs!


Expresso minha proximidade com as populações atingidas nos últimos dias por desastres naturais, estou pensando em particular no sudeste de Madagascar, atormentado por uma série de ciclones, e na área de Petrópolis no Brasil, devastada por inundações e deslizamentos de terra. Que o Senhor acolha os mortos em sua paz, conforte os familiares e apoie aqueles que ajudam.


Hoje é o Dia Nacional do Pessoal de Saúde e devemos lembrar de muitos médicos, enfermeiros e enfermeiras, voluntários, que estão perto dos doentes, tratam-nos, fazem-nos sentir melhor, ajudam-nos. "Ninguém se salva sozinho", dizia o título no programa "Na Sua Imagem". Ninguém se salva sozinho. E na doença precisamos de alguém para nos salvar, para nos ajudar. Um médico disse-me esta manhã que uma pessoa estava a morrer em tempo de Covid e disse-lhe: "Pega-me pela mão que estou a morrer e preciso da tua mão". A heroica equipe médica, que mostrou essa heroicidade em tempos de Covid, mas a heroicidade permanece todos os dias. Aos nossos médicos, enfermeiros, enfermeiras, voluntários uma salva de palmas e um muito obrigado!


Saúdo cordialmente todos vós, romanos e peregrinos da Itália e de vários países.


Em particular, saúdo os fiéis de Madrid, Segóvia, Burgos e Valladolid, em Espanha - tantos espanhóis! -; assim como os da paróquia de Santa Francesca Cabrini em Roma e os alunos do Instituto dos Sagrados Corações de Barletta.


Saúdo e encorajo o grupo “Progetto Arca”, que nos últimos dias inaugurou a sua atividade social em Roma, a ajudar os sem-abrigo. E saúdo os filhos da Imaculada Conceição, tão bom!


Desejo a todos um feliz domingo. Por favor, não se esqueça de orar por mim. Bom almoço e adeus.



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Angelus20 de fevereiro de 2022 Papa Francisco

Hoje a Igreja celebra são Francisco e santa Jacinta Marto, videntes da Virgem de Fátima


REDAÇÃO CENTRAL, 20 fev. 22 / 05:00 am (ACI).- “Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão ao inferno porque não há quem se sacrifique e peça por elas”, foi o que pediu Nossa Senhora de Fátima a Francisco, Jacinta e Lúcia. E, hoje, 20 de fevereiro, a Igreja recorda a memória de dois desses pastorinhos, os santos Francisco e Jacinta Marto.

Francisco Marto nasceu em 1908 e Jacinta, dois anos depois. Desde pequenos aprenderam a tomar cuidado com as más companhias e, por isso, preferiam estar com sua prima Lúcia, que costumava lhes falar sobre Jesus. Os três cuidavam das ovelhas, brincavam e rezavam juntos.

De 13 de maio a 13 de outubro de 1917, a Virgem lhes apareceu em várias ocasiões na Cova de Iria (Portugal). Durante estes ocorridos, suportaram com valentia as calúnias, injúrias, más interpretações, perseguições e a prisão. Eles diziam: “Se nos matarem, não importa; vamos ao céu”.

Logo depois das aparições, Jacinta e Francisco seguiram sua vida normal. Lúcia foi para a escola, tal como pediu a Virgem, e era acompanhada por Jacinta e Francisco. No caminho, passavam pela Igreja e saudavam Jesus Eucarístico.

Francisco, sabendo que não viveria muito tempo, dizia a Lúcia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”. Ao sair do colégio, as meninas o encontravam o mais perto possível do Tabernáculo e em recolhimento.

O pequeno Francisco era o mais contemplativo e queria consolar Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Em uma ocasião, Lúcia lhe perguntou: “Francisco, o que prefere, consolar o Senhor ou converter os pecadores?”. Ele respondeu: “Eu prefiro consolar o Senhor”.

“Não viu que triste estava Nossa Senhora quando nos disse que os homens não devem ofender mais o Senhor, que já está tão ofendido? Eu gostaria de consolar o Senhor e, depois, converter os pecadores para que eles não ofendam mais ao Senhor”. E continuou: “Logo estarei no céu. E quando chegar, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora”.

Jacinta participava diariamente da missa e tinha grande desejo de receber a Comunhão em reparação dos pobres pecadores. Atraía-lhe muito estar com Jesus Sacramentado. “Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo”, repetia.

Certo dia, pouco depois da quarta aparição, Jacinta encontrou uma corda e concordaram em reparti-la em três e colocá-la na cintura, sobre a carne, como sacrifício. Isto os fazia sofrer muito, contaria Lúcia depois. A Virgem lhes disse que Jesus estava muito contente com seus sacrifícios, mas que não queria que dormissem com a corda. Assim o fizeram.

Concedeu a Jacinta a visão de ver os sofrimentos do papa. “Eu o vi em uma casa muito grande, ajoelhado, com o rosto entre as mãos, e chorava. Fora, havia muita gente; alguns atiravam pedras, outros diziam imprecações e palavrões”, contou ela.

Por isso e outros feitos, as crianças tinham presente o papa e ofereciam três Ave Maria por ele depois de cada Rosário. Do mesmo modo, as famílias iam a eles para que intercedessem por seus problemas.

Em uma ocasião, uma mãe rogou a Jacinta que pedisse por seu filho que se foi como o filho pródigo. Dias depois, o jovem retornou para casa, pediu perdão e contou a sua família que depois de ter gastado tudo o que tinha, roubado e estado no cárcere, fugiu para bosques desconhecidos.

Quando se achou completamente perdido, ajoelhou-se chorando e rezou. Nisso, viu Jacinta que o pegou pela mão e o conduziu até um caminho. Assim, pôde retornar para casa. Logo interrogaram Jacinta se tinha se encontrado com o moço e ela disse que não, mas que tinha rogado muito à Virgem por ele.

Em 23 de dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram de uma terrível epidemia de broncopneumonia. Francisco foi piorando aos poucos durante os meses posteriores. Pediu para receber a Primeira Comunhão e, para isso, confessou-se e guardou jejum. Recebeu-a com grande lucidez e piedade. Depois, pediu perdão a todos.

“Eu vou ao Paraíso; mas de lá pedirei muito a Jesus e à Virgem para que os leve também logo”, disse para Lúcia e Jacinta. No dia seguinte, em 4 de abril de 1919, partiu para a casa do Pai com um sorriso angelical.

Jacinta sofreu muito pela morte de seu irmão. Mais tarde, sua enfermidade se complicou. Foi levada ao hospital da Vila Nova, mas retornou para casa com uma chaga no peito. Logo confiaria a sua prima: “Sofro muito; mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para desagravar o Coração Imaculado de Maria”.

Antes de ser levada ao hospital de Lisboa, disse para Lúcia: “Já falta pouco para ir ao céu… Diga a todos que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria. Que as peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que ao seu lado se venere o Imaculado Coração de Maria, que peçam a paz ao Imaculado Coração, que Deus a confiou a Ela”.

Operaram Jacinta, tiraram-lhe duas costelas do lado esquerdo e ficou uma grande chaga como de uma mão. As dores eram espantosas, mas ela invocava a Virgem e oferecia suas dores pela conversão dos pecadores.

Em 20 de fevereiro de 1920, pediu os últimos sacramentos, confessou-se e rogou que a levassem o viático porque logo morreria. Pouco depois, partiu para a Casa do Pai com dez anos de idade.

Os corpos do Francisco e Jacinta foram transladados ao Santuário de Fátima. Quando abriram o sepulcro de Francisco, viram que o Rosário que colocaram sobre seu peito estava envolvido entre os dedos de suas mãos. Enquanto o corpo de Jacinta, 15 anos depois de sua morte, estava incorrupto.

“Contemplar como Francisco e amar como Jacinta” foi o lema com o qual esses dois videntes da Virgem de Fátima foram beatificados por são João Paulo II em 13 de maio de 2000.

O papa Francisco os canonizou em 13 de maio de 2017, em Fátima, no marco das celebrações pelo centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima.

(acidigital)