sábado, 30 de abril de 2022
Hoje é celebrado são Pio V, o pastor que liderou a Igreja com auxílio de Maria
REDAÇÃO CENTRAL, 30 abr. 22 / 05:00 am (ACI).- Hoje, 30 de abril, é festa de são Pio V, um pobre pastor que chegou a ser papa, renovou o clero e a liturgia da missa e salvou a Igreja e a Europa da invasão muçulmana na famosa batalha de Lepanto, com o auxílio da Virgem do Rosário.
Antonio Chislieri (são Pio V) nasceu em Bosco (Itália), em 1504. Tinha que cuidar das ovelhas no campo, porque seus pais eram muito pobres. Na adolescência, uma família generosa custeou seus estudos ao ver que seu filho, também chamado Antonio, se comportava melhor desde que tinha se tornado amigo do santo.
Assim, pôde estudar com os dominicanos e chegou a ser religioso dessa comunidade. Pouco a pouco, foi designado para cargos importantes até que o próprio papa o nomeou bispo e, em seguida, encarregado da associação que defendia a fé na Itália.
O santo percorria a pé os povoados, alertando os fiéis dos erros dos evangélicos e luteranos. Muitas vezes, quiseram matá-lo, mas seguiu anunciando a verdade. O papa o nomeou cardeal e o encarregou para dirigir a Igreja em defesa da reta doutrina.
Quando o papa Pio IV morreu, são Carlos Borromeo disse aos cardeais que o mais apropriado para o ministério era o cardeal Antonio Chislieri, por isso, foi eleito e tomou o nome de Pio V.
São Pio V pediu que o que se ia gastar no banquete aos políticos e militares fosse empregado em ajudas para os pobres e enfermos. Um dia, viu na rua seu amigo Antonio, cuja família pagou seus estudos, nomeou-o governador do quartel do Papa e as pessoas admiraram ainda mais o Santo Padre ao saber de seu humilde passado.
O papa tinha grande devoção à Eucaristia, à Virgem e à recitação do rosário, que recomendava a todos. Nas procissões do Santíssimo Sacramento, percorria as ruas de Roma a pé e com grande piedade e devoção.
Ordenou que bispos e párocos vivessem no local para onde tinham sido nomeados, a fim de que não descuidassem dos fiéis. Publicou um novo missal e uma nova edição da Liturgia das Horas, bem como um novo catecismo.
Nessa época, os muçulmanos ameaçaram invadir a Europa e acabar com a religião católica. Saíam da Turquia, arrasando as populações católicas e anunciando que a basílica de São Pedro seria o estábulo para os seus cavalos. Nenhum rei queria enfrentá-los.
O papa buscou a ajuda de líderes europeus e organizou um grande exército com barcos. Ele pediu que todos os combatentes fossem à batalha confessados e tendo comungado na Missa. Enquanto iam combater, o papa e os fiéis romanos percorriam as ruas descalços rezando o rosário.
Os muçulmanos eram superiores e se encontraram com o exército católico no golfo de Lepanto, perto da Grécia. Os líderes cristãos fizeram com que os soldados rezassem o rosário antes de iniciar a batalha em 7 de outubro de 1571.
O combate começou com vento contrário para os católicos até que, de um momento para o outro, mudou de direção. Então, os cristãos se lançaram ao ataque e obrigaram os muçulmanos a recuar.
São Pio, sem ter recebido notícias do que aconteceu, olhou pela janela e disse aos cardeais: “Vamos nos dedicar a dar graças a Deus e à Virgem Santíssima, porque conseguimos a vitória”.
O papa, como agradecimento, mandou que a cada 7 de outubro fosse celebrada a festa de Nossa Senhora do Rosário e que nas ladainhas fosse incluída “Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por nós” (algo que foi propagado por são João Bosco, séculos depois).
Partiu para a casa do Pai em 1º de maio de 1572, aos 68 anos.
(acidigital)
sexta-feira, 29 de abril de 2022
DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS MEMBROS DA PONTIFÍCIA COMISSÃO PARA A PROTEÇÃO DE MENORES
Sexta-feira, 29 de abril de 2022
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Tenho o prazer de vos dar as boas-vindas após a conclusão da vossa assembleia plenária. Agradeço ao Cardeal O'Malley por suas palavras introdutórias; e agradeço a todos pela dedicação ao trabalho de proteção das crianças, tanto na vida profissional como no serviço aos fiéis. Os menores e as pessoas vulneráveis hoje estão mais seguros na Igreja também graças ao seu compromisso. Muito obrigado. E gostaria de agradecer ao "grande teimoso" desta causa que é o Cardeal O'Malley, que vai contra tudo, mas que a levou adiante. Obrigado obrigado!
É um serviço, aquele que lhe foi confiado, que pede para ser realizado com cuidado. É necessária a atenção contínua da Comissão, para que a Igreja não seja apenas um lugar seguro para os menores e um lugar de cura, mas seja totalmente confiável na promoção de seus direitos em todo o mundo. Com efeito, infelizmente não faltam situações em que a dignidade das crianças seja ameaçada, e esta deve ser uma preocupação de todos os fiéis e de todas as pessoas de boa vontade.
Às vezes, a realidade do abuso e seu impacto devastador e permanente na vida dos pequenos parecem sobrecarregar os esforços daqueles que tentam responder com amor e compreensão. O caminho para a cura é longo, é difícil, requer uma esperança bem fundamentada, esperança naquele que foi até a cruz e além da cruz. O Jesus ressuscitado carregou e carrega para sempre as cicatrizes de sua crucificação em seu corpo glorificado. Essas feridas nos dizem que Deus nos salva não "pulando" nossos sofrimentos, mas através de nossos sofrimentos, transformando-os com o poder de seu amor. O poder curador do Espírito de Deus não nos engana; A promessa de Deus de uma nova vida não falha. Nós só precisamos ter fé em Jesus ressuscitado e colocar nossas vidas nas feridas de seu corpo ressuscitado.
O abuso, em todas as suas formas, é inaceitável. O abuso sexual infantil é particularmente grave porque ofende a vida que está florescendo naquele momento. Em vez de florescer, a pessoa abusada é ferida, às vezes até de forma indelével. Recentemente recebi uma carta de um pai cujo filho foi abusado e por isso ele ficou muitos anos impossibilitado de sair de seu quarto, arcando diariamente com as consequências do abuso, inclusive na família. As pessoas abusadas às vezes sentem que estão presas entre a vida e a morte . São realidades que não podemos remover, por mais dolorosas que sejam.
O testemunho dos sobreviventes representa uma ferida aberta no corpo de Cristo que é a Igreja. Exorto-vos a trabalhar diligente e corajosamente para dar a conhecer estas feridas, procurar aqueles que sofrem com elas e reconhecer nestas pessoas o testemunho do nosso Salvador sofredor. Com efeito, a Igreja conhece o Senhor ressuscitado na medida em que O segue como Servo sofredor. Este é o caminho para todos nós: bispos, superiores religiosos, sacerdotes, diáconos, consagrados, catequistas, fiéis leigos. Cada membro da Igreja, de acordo com seu estado, é chamado a assumir a responsabilidade de prevenir abusos e trabalhar por justiça e cura.
Agora gostaria de lhe dizer uma palavra sobre o seu futuro. Com a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium - falou o Cardeal - estabeleci formalmente a Comissão como parte da Cúria Romana, no Dicastério para a Doutrina da Fé (cf. n.78 ). Talvez alguém possa pensar que essa colocação pode comprometer sua liberdade de pensamento e ação, ou talvez até mesmo tirar a importância das questões com as quais você está preocupado. Esta não é minha intenção e não é minha expectativa. E convido você a ficar atento para que isso não aconteça.
A Comissão para a Proteção dos Menores é criada no Dicastério que trata dos abusos sexuais cometidos por membros do clero. Ao mesmo tempo, distingui sua administração e sua equipe, e você continuará se relacionando diretamente comigo por meio de seu presidente-delegado. Ele está [localizado] lá, porque você não poderia fazer uma "comissão satélite" que funcionasse sem estar agarrada ao organograma. Está lá, mas com um presidente próprio nomeado pelo Papa.Quero que você proponha os melhores métodos para a Igreja proteger os menores e as pessoas vulneráveis e ajudar os sobreviventes a se curarem, levando em conta que justiça e prevenção são complementares. De fato, seu serviço oferece uma visão proativa e voltada para o futuro das melhores práticas e procedimentos que podem ser implementados em toda a Igreja.
Sementes importantes foram semeadas nesse sentido, de muitos lugares, mas ainda há muito o que fazer. A Constituição Apostólicamarca um novo começo. [Ele coloca você] no organograma da Cúria daquele Dicastério, mas independente, com um presidente nomeado pelo Papa. É seu trabalho expandir o alcance desta missão para que a proteção e o cuidado das pessoas abusadas se torne a norma em todas as áreas da vida da Igreja. A vossa estreita colaboração com o Dicastério para a Doutrina da Fé e com outros Dicastérios deve enriquecer o vosso trabalho e, por sua vez, enriquecer o da Cúria e das Igrejas locais. Como isso pode acontecer da maneira mais eficaz, deixo para a Comissão e para o Dicastério, para os Dicastérios. Trabalhando juntos, eles implementam concretamente o dever da Igreja de proteger aqueles que estão sob sua responsabilidade. Este dever baseia-se na concepção da pessoa humana na sua dignidade intrínseca, com especial atenção aos mais vulneráveis. O empenho ao nível da Igreja universal e das Igrejas particulares concretiza o plano de protecção, cura e justiça, segundo as respectivas competências.
As sementes lançadas começam a dar frutos. A incidência de abuso infantil clerical vem diminuindo há vários anos nas partes do mundo onde dados e recursos confiáveis estão disponíveis. Anualmente, gostaria que você preparasse um relatório sobre as iniciativas da Igreja para a proteção de menores e adultos vulneráveis. Isso pode ser difícil no começo, mas peço que comece por onde for necessário para que possamos fornecer um relatório confiável sobre o que está acontecendo e o que precisa mudar para que as autoridades competentes possam agir. Este relatório será um fator de transparência e responsabilidade e - espero - dará um feedback claro sobre o nosso progresso neste compromisso. Se não houver progresso,
No entanto, também há necessidades mais imediatas que a Comissão pode ajudar a atender, especialmente para o bem-estar e o cuidado pastoral das pessoas que sofreram abusos. Acompanhei com interesse as formas como a Comissão, desde a sua criação, tem proporcionado espaços de escuta e de encontro com vítimas e sobreviventes. Vocês foram de grande ajuda em minha missão pastoral para aqueles que recorreram a mim para suas dolorosas experiências. Por isso, exorto-vos a ajudar as Conferências Episcopais - e isto é muito importante: ajudar e supervisionar em diálogo com as Conferências Episcopais - a criar centros especiais onde as pessoas que sofreram abusos e as suas famílias possam ser acolhidas, ouvidas e acompanhadas em um caminho de cura e justiça, conforme indicado no Motu ProprioVos estis lux mundi (cf. Art. 2 ). Este compromisso será também expressão da natureza sinodal da Igreja, de comunhão, de subsidiariedade. Não esqueçamos o encontro que tivemos há quase três anos com os Presidentes das Conferências Episcopais. Eles têm que montar as comissões e todos os meios para realizar os processos de atendimento das pessoas abusadas, com todos os métodos que você tem, e também dos abusadores, como puni-los. E você tem que zelar por isso. Por favor por favor.
Queridos irmãos e irmãs, agradeço-vos sinceramente por todo o trabalho que realizaram. Eu rezo por vocês e peço que rezem por mim, porque este trabalho não é fácil. Obrigado! Que Deus continue derramando suas bençãos sobre você. Deus te abençoe, obrigado!
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Hoje é celebrada santa Catarina de Sena, de analfabeta a doutora da Igreja
REDAÇÃO CENTRAL, 29 abr. 22 / 05:00 am (ACI).- “Se formos o que devemos ser, incendiaremos o mundo”, dizia santa Catarina de Sena, doutora da Igreja, grande defensora do papado e proclamada copadroeira da Europa por São João Paulo II. Sua festa é celebrada hoje, 29 de abril.
Era uma jovem corajosa, filha de humildes artesãos, analfabeta e que vestiu o hábito da ordem terceira de são Domingos.
Santa Catarina nasceu em Sena (Itália), em 1347, em uma família de pais piedosos. Gostava muito da oração, das coisas de Deus e, aos sete anos, fez um voto particular de virgindade. Mais tarde, sua família tentou persuadi-la a se casar, mas ela se manteve firme e serviu generosamente aos pobres e doentes.
Aos 18 anos, recebeu o hábito da ordem terceira de são Domingos, vivendo a espiritualidade dominicana no mundo secular e sendo a primeira mulher solteira a ser admitida. Teve que superar muitas tentações do diabo que procurou fazer com que desistisse, mas ela seguia confiando em Deus.
Em 1366, santa Catarina viveu um “casamento místico”. Ela estava em seu quarto rezando quando viu Cristo acompanhado por sua Mãe e um cortejo celeste.
A Virgem pegou a mão de Catarina e a levou até Cristo, que lhe deu um anel, desposou-a consigo e manifestou que ela estava sustentada por uma fé que podia superar todas as tentações. Depois disso, apenas Catarina podia ver o anel.
Naquele tempo, surgiu uma peste e a santa sempre se manteve com os doentes, preparava-os para a morte e chegou até mesmo a enterrá-los com suas próprias mãos. Além disso, tinha o dom de reconciliar até os piores inimigos, mais com suas orações a Deus do que com suas palavras.
Nesta época, os papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de terem sido abandonados pelos seus bispos, ameaçando realizar um cisma.
Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e, ao consultar santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O papa ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.
Posteriormente, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico papa.
“Embora fosse filha de artesãos e analfabeta por não ter estudos nem instrução, compreendeu, no entanto, as necessidades do mundo do seu tempo com tal inteligência que superou muito os limites do lugar onde viveu, ao ponto de estender a sua ação para toda a sociedade dos homens; não havia maneira de parar a sua coragem nem o seu anseio pela salvação das almas”, escreveu sobre ela João Paulo II em 1980 para o sexto centenário de sua morte.
A santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do papa, que seguiu suas instruções. Também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma.
Em outra ocasião, Jesus voltou a aparecer a ela e lhe mostrou duas coroas, uma de ouro e outra de espinhos, para escolher. Ela disse: “Eu gostaria, ó Senhor, viver aqui sempre conforme a tua paixão e encontrar na dor e no sofrimento meu repouso e deleite”. Em seguida, tomou a coroa de espinhos e colocou na cabeça.
Santa Catarina morreu no dia 29 de abril de 1380 em Roma, com apenas 33 anos, de um súbito ataque. O papa Paulo VI a nomeou doutora da Igreja em 1970 e foi proclamada copadroeira da Europa por são João Paulo II em 1999, ao lado de santa Brígida da Suécia e santa Teresa Benedita da Cruz.
(acidigital)
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Hoje é celebrado são Luís Maria Grignion de Montfort, o “escravo de Maria”
REDAÇÃO CENTRAL, 28 abr. 22 / 05:00 am (ACI).- “A quem Deus quer fazer muito santo, o faz muito devoto da Virgem Maria”, disse são Luís de Montfort, o “escravo de Maria” que propagou a devoção à Virgem, motivo o que levou a sofrer muito. São João Paulo II fez de sua frase mariana “Totus Tuus” (Todo teu) o lema de seu pontificado.
São Luís nasceu em Montfort (França), em 31 de janeiro de 1673. Era muito tímido, preferia a solidão e tinha grande devoção pela Eucaristia e pela Virgem Maria. Para ir à Missa, tinha que caminhar duas milhas até a Igreja. Quando estudou com os jesuítas, visitava o templo antes e depois da escola.
Aos 20 anos, sentiu-se chamado ao sacerdócio. No seminário de Paris, o bibliotecário o autorizou a ler muitos livros da Virgem Maria e, como velador de morto, compreendeu que tudo neste mundo era vão e temporário.
Os superiores não sabiam se o tratavam como um santo ou como um fanático e, pensando mal dele, o mortificavam, humilhavam e insultavam na frente de todos. Era incompreendido por seus companheiros, que riam de Luís e o rejeitavam. Mas o santo se manteve firme na paciência como participação da cruz de Cristo.
Aos 27 anos, foi ordenado sacerdote, escolhendo como lema: “ser escravo de Maria”. Os superiores, sem saber o que fazer com ele, negaram-lhe que atendesse confissões e fizesse pregações, mantendo-o com ofícios menores.
Mais tarde, foi enviado a um povoado para ensinar catequeses às crianças e, em seguida, nomeado capelão do Hospital de Poitiers, asilo para pobres e marginalizados. Sua simplicidade e naturalidade para servir aos necessitados e os ensinamentos marianos que propagava fizeram com que fosse visto como um perigo.
Quando retornou à Paris, lançaram falso testemunho contra ele, seus amigos mais próximos o rejeitaram e o bispo mandou que não falasse mais. Logo compreenderia a razão dos ataques à doutrina mariana que propagava: o demônio se aborrecia.
São Luís recorreu ao papa Clemente XI para saber se estava errado em seus ensinamentos. O papa o recebeu e lhe deu o título de missionário apostólico.
Desta forma, realizou centenas de missões e retiros que se caracterizaram pela recitação do santo rosário, procissões e cânticos à Virgem, incentivando a retornar aos sacramentos. “A Jesus por Maria” era a sua proposta.
Neste contexto, também foi perseguido pelos hereges jansenistas, os quais diziam que não se devia receber os sacramentos quase nunca porque ninguém é digno.
Fundou as congregações “Filhas da Sabedoria” e “Missionários Montfortianos (Companhia de Maria)”.
Escreveu o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Alguns pensadores católicos chegaram a considerar esta obra como um exagero culto da Mãe de Deus, mas a Igreja não encontrou nenhum erro.
São Luís partiu para a Casa do Pai em 28 de abril de 1716, com apenas 43 anos. Foi enterrado na Igreja de Saint-Laurent. Passados 43 anos, a beata Maria Luísa de Jesus, a primeira das “Filhas da Sabedoria”, morreu no mesmo dia, hora e local que são Luís. Foi, então, enterrada ao lado dele.
Séculos mais tarde, são João Paulo II o tomou como referência em sua encíclica “Redemptoris Mater” e visitou o túmulo de são Luís. Ali, ao lado da tumba, sofreu um atentado, pois plantaram uma bomba que foi descoberta pelos seguranças. Providencialmente, nada deteve o papa de honrar o santo que tanto amava.
(acidigital)
Palavra de Vida – abril 2022
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura.” (Mc 16,15)
O Evangelho de Marcos insere as últimas palavras de Jesus Ressuscitado numa única aparição aos apóstolos.
Eles estão sentados à mesa, como muitas vezes os vimos junto de Jesus antes da Sua paixão e morte, mas desta vez a pequena comunidade está marcada pelo fracasso: ficaram reduzidos a onze, em vez dos doze que Jesus tinha escolhido para estarem com Ele, e na hora da cruz um dos presentes tinha-O renegado e quase todos tinham fugido.
Neste último, decisivo encontro, o Ressuscitado repreende-os pela sua dureza de coração, por não terem acreditado em quem testemunhava a Sua ressurreição[1], mas, ao mesmo tempo, confirma a Sua escolha: apesar das suas fragilidades, é a eles que confia de novo o anúncio do Evangelho, daquela Boa Nova que é Ele próprio, com a sua vida e as suas palavras.
Depois deste solene discurso, o Ressuscitado volta para o Pai, mas ao mesmo tempo “permanece” com os discípulos, confirmando as suas palavras com sinais e prodígios.
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura”
A comunidade que Jesus enviou para continuar a Sua missão não era, portanto, um grupo de perfeitos. Eram pessoas chamadas, antes de tudo, a estar com Ele[2], a experimentar a Sua presença e o seu amor paciente e misericordioso. Depois, em virtude dessa experiência, foram enviadas a “proclamar a toda a criatura” esta proximidade de Deus.
O sucesso da missão, por isso, não depende das capacidades de cada um, mas da presença do Ressuscitado. Ele entrega-se pessoalmente aos discípulos e à comunidade dos crentes, onde o Evangelho cresce na medida em que é vivido e anunciado[3].
Portanto, aquilo que podemos fazer como cristãos é gritar com a vida e com as palavras o amor de Deus. Sair de nós mesmos com coragem e generosidade, para oferecer a todos, com delicadeza e respeito, os tesouros do Ressuscitado que abrem os corações à esperança.
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura”
O que é necessário é dar sempre testemunho de Jesus e nunca de nós mesmos. Não só, é-nos pedido ainda que “reneguemos” a nós mesmos, que “diminuamos” para que Ele cresça. É preciso darmos espaço em nós à força do Seu Espírito, que nos encaminhará para a fraternidade: «[…] Devo seguir o Espírito Santo! Sempre que encontro um irmão ou uma irmã, é Ele que me torna capaz de me “fazer um” com ele ou com ela, de os servir com perfeição; que me dá a força de os amar se, de algum modo, são inimigos; que reforça a misericórdia no meu coração para saber perdoar e poder compreender as suas necessidades; que me dá o zelo de comunicar, no momento oportuno, as coisas mais belas da minha alma […] Através do meu amor, é o amor de Jesus que se revela e se transmite. […] É com este amor de Deus no coração e através dele que podemos chegar longe e comunicar a muitos a nossa descoberta […] até que a outra pessoa, docemente tocada pelo amor de Deus em nós, queira “fazer-se um ” connosco, numa recíproca troca de ajuda, de ideias, de projetos, de afetos. Só então poderemos dar lugar às palavras, e serão um tesouro, na reciprocidade do amor»[4].
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura”
“A toda a criatura”: é uma visão que nos torna conscientes da nossa pertença ao grande mosaico da Criação, para o qual estamos hoje particularmente sensibilizados. Os jovens estão, muitas vezes, na vanguarda neste novo percurso da Humanidade. Seguindo o estilo do Evangelho, confirmam com os factos aquilo que anunciam com as palavras.
Robert, da Nova Zelândia, partilhou online a sua experiência5: «Começámos uma atividade para apoiar a recuperação do porto de Porirua, situado na parte meridional da região de Wellington, na Nova Zelândia. Esta iniciativa envolveu as autoridades locais, a comunidade católica Maori e a tribo local. O nosso objetivo é apoiar esta tribo que deseja coordenar o restauro do porto, garantir que as águas se mantenham limpas e permitir a recolha de moluscos e a pesca habitual sem o risco de poluição. Estas iniciativas tiveram sucesso e criaram um verdadeiro espírito comunitário. O desafio é evitar que seja apenas um episódio passageiro e estabelecer um programa a longo prazo que ajude, apoie e faça verdadeiramente a diferença no terreno».
Letizia Magri
[1] Cf. Mc 16, 9-13. [2] Cf. Mc 3, 14-15. [3] Cf. Concílio Vaticano II, Constituição dogmática sobre a Divina Revelação, Dei Verbum, n. 8. [4] C. Lubich, Palavra de Vida de junho de 2003, in Parole di Vita, a/c Fabio Ciardi (Opere di Chiara Lubich 5), Città Nuova, Roma 2017, pp. 691-692.
DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
À PEREGRINAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE ŁÓDŹ (POLÔNIA)
Pavilhão Paulo VI
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Queridos irmãos e irmãs, dzień dobry ! [bom Dia!]
Dou-vos as boas-vindas ao túmulo do Apóstolo Pedro, a poucos metros do local do seu martírio. Aqui ouvimos o eco das suas palavras ressoar com clareza e sem trégua: "Senhor, tu sabes que te amo" (cf. Jo 21,16). Aqui somos confrontados com seu testemunho forte e radical.
A sua presença aqui também é um testemunho. Testemunho de sua fé e de seu amor pela Igreja. É uma bela manifestação da vossa estatura espiritual e do vosso amor ao Papa, a quem o Senhor, na sua misericórdia, confiou hoje o ministério de São Pedro.
Agradeço seu desejo de me encontrar; pela vossa numerosa, variada e festiva companhia; pela sua abertura ao magistério do Papa: sei que durante os anos do Sínodo pastoral da sua Diocese você leu atentamente os documentos do meu magistério. Agradeço-vos em particular as vossas orações segundo as intenções do Papa: preciso delas. Eu também estou orando por você e estou pronto para ouvi-lo com muita atenção. Este é o objetivo do atual caminho do Sínodo dos Bispos, sobre o tema "Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão". Agora está chegando ao fim a sua primeira etapa, a diocesana, também a da sua Diocese. Espero que vocês não só tenham se comprometido com este Sínodo, mas que já tenham experimentado sua experiência, redescobrindo a beleza da comunhão eclesial,
A peregrinação é também uma bela imagem da Igreja sinodal, que percorre os caminhos dos Apóstolos, caminha juntos , como família de irmãos e irmãs, vindos de diversas paróquias e de diversas comunidades e grupos eclesiais: sacerdotes e fiéis leigos, casados e consagrado. Estão aqui, cheios de força e entusiasmo, vários jovens, incluindo muitos estudantes universitários; há os batedores; há também pessoas sem-abrigo e pessoas com deficiência.
Estou muito satisfeito que as autoridades civis estejam com vocês: o Presidente do Conselho Regional, o Voivode e o Prefeito da cidade de Łódź.
Sinto uma grande alegria ao ver uma representação tão grande de irmãos e irmãs pertencentes a outras Igrejas cristãs. Saúdo cordialmente o Bispo ortodoxo e o Bispo calvinista. Saúdo os membros da secção de Łódź do Conselho Ecuménico Polaco, aqui presentes com o seu Presidente. Sei que a vossa presença aqui e a vossa oração comum em Roma fazem parte das relações e actividades ecuménicas contínuas e quotidianas. A vossa comunhão na diversidade é sinal de sinodalidade, sinodalidade nas obras. Obrigado.
E eu gostaria de agradecer a seus irmãos cristãos por sua presença. Em outra ocasião, excomungamos um ao outro. Agora somos chamados irmãos, graças a Deus, assim continue a unidade entre todos nós. Obrigado! Precisamos dessa unidade. Obrigado!
Queridos amigos, viestes em peregrinação a Roma para concluir o Jubileu Centenário da Diocese. Durante este ano jubilar recordastes os primórdios da vossa Igreja, especialmente do vosso primeiro Bispo, Dom Wincenty Tymieniecki. Ele era um homem de grande misericórdia e grande sensibilidade ecumênica. Através do seu ministério episcopal, o Espírito Santo inscreveu estes dois aspectos essenciais do cristianismo - misericórdia e ecumenismo - no "DNA" da vossa Igreja de Łódź, como herança e tarefa para as gerações vindouras.
Hoje a misericórdia exige uma grande "imaginação", uma grande criatividade que nos faz apóstolos da misericórdia, poetas da misericórdia. É preciso poesia da Misericórdia hoje. A misericórdia tem muitas faces, tantas quantas são as pessoas feridas e caídas no chão. Cada um carrega dentro de si algumas feridas, embora nem todas sejam visíveis. Abençoo de coração as vossas obras de caridade, mesmo aquelas realizadas de forma pessoal, espontânea e oculta. Abençoo aqueles que abrem as suas mentes e corações, que abrem casas e recursos aos doentes, aos idosos, aos desempregados, aos sem-abrigo, aos imigrantes, a todos os pobres, sofredores e marginalizados, e às crianças que precisam de um lar e de uma família. É assim, abrindo as portas, abrindo tudo, que a Igreja assume o rosto mais evangélico, o do Bom Samaritano,
Dom Tymieniecki soube unir em si a coragem da misericórdia e a coragem do ecumenismo, ambas. Ele escolheu o caminho do ecumenismo muito antes que a Igreja Católica o tomasse oficialmente. Exorto-vos a manter viva em vós esta coragem do vosso primeiro Pastor. Salvaguardar a determinação ecuménica, recordando que o ecumenismo na Igreja não é opcional ou decorativo, mas uma atitude essencial. Encorajo-vos a caminhar juntos, na reflexão teológica e na evangelização, na oração comum e na escuta da Palavra de Deus, no testemunho da fraternidade. Neste caminho você constrói a sociedade local, que você chama com orgulho de "comunidade das quatro culturas".
O Jubileu é também uma oportunidade para desejar bons votos. Por isso, gostaria de desejar a todos vocês que saiam da experiência jubilar renovados como Igreja. Renovado e fortalecido para a evangelização . A vocação da Igreja é evangelizar; a alegria da Igreja é evangelizar, disse o Santo Papa Paulo VI. Que o Espírito Santo vos ajude a interpretar os novos desafios que o tempo nos coloca; discernir as ferramentas apropriadas para abordá-los. Desejo-lhe a credibilidade, coerência e forma atraente do testemunho; experimentar e cultivar relações cada vez mais fraternas na vossa Igreja; ser uma bela Igreja que vive “em saída”, que como fermento faz fermentar toda a massa; que tem a força do grão de mostarda, que é o menor, mas se torna uma árvore onde os pássaros podem fazer seus ninhos (cf. Mt 13,32).
O Senhor te abençoe! Acompanhe-vos a oração e a intercessão de Deus Mãe, de São José - patrono da Diocese - e de Santa Faustina, padroeira de Łódź. Por favor, não se esqueça de orar por mim. Dziękuję ! [Obrigado]
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quarta-feira, 27 de abril de 2022
AUDIÊNCIA GERAL (Texto)
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 27 de abril de 2022
Catequese sobre a Velhice 7. Noemi, a aliança entre as gerações que abre o futuro
Estimados irmãos e irmãs, bom dia e bem-vindos!
Hoje continuamos a refletir sobre os idosos, sobre os avós, sobre a velhice, palavra que parece feia, mas não, os velhos são grandes, são belos! E hoje deixar-nos-emos inspirar pelo maravilhoso livro de Rute, uma preciosidade da Bíblia. A parábola de Rute ilumina a beleza dos laços familiares: gerados pela relação de um casal, mas que vão além do vínculo do casal. Laços de amor capazes de serem igualmente fortes, nos quais irradia a perfeição daquele poliedro dos afetos fundamentais que formam a gramática familiar do amor. Esta gramática traz linfa vital e sabedoria generativa ao conjunto das relações que edificam a comunidade. Em comparação com o Cântico dos Cânticos, o livro de Rute é como o outro painel do díptico do amor nupcial. Tão importante como essencial, celebra o poder e a poesia que devem habitar os laços de geração, parentesco, dedicação e fidelidade que envolvem toda a constelação familiar. E que se tornam até capazes, nas conjunturas dramáticas da vida de um casal, de conferir uma força de amor inimaginável, capaz de relançar a esperança e o futuro.
Sabemos que os clichés sobre os laços de parentesco criados pelo casamento, sobretudo o da sogra, aquele vínculo entre sogra e nora, falam contra esta perspetiva. Mas, precisamente por esta razão, a palavra de Deus torna-se preciosa. A inspiração da fé pode abrir um horizonte de testemunho que vai contra os preconceitos mais comuns, um horizonte que é precioso para toda a comunidade humana. Convido-vos a redescobrir o livro de Rute! Especialmente na meditação sobre o amor e na catequese sobre a família.
Este pequeno livro contém também um valioso ensinamento sobre a aliança das gerações: onde a juventude se mostra capaz de dar novo entusiasmo à idade madura – isto é essencial: quando a juventude restitui entusiasmo aos idosos – onde a velhice se mostra capaz de reabrir o futuro para a juventude ferida. No início, a idosa Noemi, embora movida pelo afeto das noras, viúvas dos seus dois filhos, é pessimista quanto ao seu destino num povo que não é o seu. Por conseguinte, ela encoraja afetuosamente as jovens viúvas a regressarem às suas famílias para reconstruírem a vida – aquelas viúvas eram jovens –. Diz: “Não posso fazer nada por vós”. Isto já parece ser um ato de amor: a idosa, sem marido nem filhos, insiste para que as suas noras a abandonem. No entanto, é também uma espécie de resignação: não há futuro possível para as viúvas estrangeiras, privadas da proteção dos seus maridos. Rute sabe disto e resiste a esta generosa oferta, não quer voltar para a sua casa. O vínculo que se estabeleceu entre sogra e nora foi abençoado por Deus: Noemi não pode pedir para ser abandonada. Inicialmente, Noemi parece mais resignada do que feliz com esta oferta: talvez ela pense que este estranho vínculo aumentará o risco para ambas. Em certos casos, a tendência do idoso ao pessimismo precisa de ser contrastada pela pressão afetuosa dos jovens.
De facto, Noemi, comovida pela dedicação de Rute, sairá do seu pessimismo e até tomará a iniciativa, abrindo um novo futuro para Rute. Ela instrui e encoraja Rute, a viúva do seu filho, a conquistar um novo marido em Israel. Booz, o candidato, mostra a sua nobreza, defendendo Rute dos homens seus empregados. Infelizmente, este é um risco que também se verifica hoje.
O novo matrimónio de Rute é celebrado e os mundos são de novo pacificados. As mulheres de Israel dizem a Noemi que Rute, a estrangeira, vale “mais de sete filhos” e que o matrimónio será uma “bênção do Senhor”. Noemi, que estava cheia de amargura e dizia até que o seu nome era amargura, na sua velhice conhecerá a alegria de desempenhar um papel na geração de um novo nascimento. Vede quantos “milagres” acompanham a conversão desta idosa! Ela converte-se ao compromisso de se tornar disponível, com amor, para o futuro de uma geração ferida pela perda e em risco de abandono. As frentes de recomposição são as mesmas que, de acordo com as probabilidades desenhadas pelos preconceitos do senso comum, deveriam gerar fraturas insuperáveis. Em vez disso, a fé e o amor permitem que sejam superados: a sogra supera o ciúme do próprio filho amando o novo vínculo de Rute; as mulheres de Israel superam a desconfiança em relação ao estrangeiro (e se as mulheres o fizerem, todos o farão); a vulnerabilidade da jovem sozinha, perante o poder do homem, reconcilia-se com uma relação cheia de amor e respeito.
Tudo porque a jovem Rute se obstinou a ser fiel a um vínculo exposto a preconceitos étnicos e religiosos. E retomo o que disse no início, hoje a sogra é um personagem mítico, a sogra, não digo que pensamos nela como o diabo, mas pensamos sempre nela como uma figura má. Mas a sogra é a mãe do teu marido, é a mãe da tua esposa. Pensemos hoje neste sentimento um pouco generalizado de que a sogra, quanto mais longe estiver, melhor é. Não! Ela é mãe, é idosa. Uma das coisas mais belas das avós é ver os netinhos, quando os filhos têm filhos, revivem. Prestai atenção à relação que tendes com as vossas sogras: por vezes são um pouco especiais, mas deram-vos a maternidade do cônjuge, deram-vos tudo. Pelo menos é preciso fazê-las felizes, a fim de que levem em frente a sua velhice com felicidade. E se tiverem algum defeito, devemos ajudá-las a corrigir-se. Também a vós, sogras, digo-vos: cuidado com a língua, porque a língua é um dos pecados mais terríveis das sogras, cuidado.
E Rute neste livro aceita a sogra, fazendo-a reviver, e a idosa Noemi toma a iniciativa de reabrir o futuro para Rute, em vez de apenas desfrutar do seu apoio. Se os jovens se abrirem à gratidão pelo que receberam, e os idosos tomarem a iniciativa de relançar o seu futuro, nada pode impedir o florescimento das bênçãos de Deus entre os povos! Por favor, que os jovens falem com os avós, que os jovens falem com os idosos, que os idosos falem com os jovens. Devemos restabelecer esta ponte com vigor, nela há uma corrente de salvação, de felicidade. Que o Senhor nos ajude, fazendo isto, a crescer em harmonia nas famílias, aquela harmonia construtiva que vai dos idosos aos mais jovens, aquela ponte positiva que devemos preservar e conservar.
Saudações:
Queridos peregrinos de língua portuguesa: Peço-vos que persevereis na oração incessante pela paz. Calem-se as armas, a fim de que aqueles que detém o poder de parar a guerra, escutem o clamor da humanidade inteira por paz! Que Deus vos abençoe!
Resumo da catequese do Santo Padre:
A história de Rute nos fala da beleza dos laços familiares, que nascem da relação esponsal, mas que vão além desta. São laços de amor capazes de projetar esperança, mesmo nas conjunturas – por vezes dramáticas – da vida familiar. Sabemos que os lugares-comuns sobre alguns laços familiares, sobretudo aquele entre sogra e nora, possuem uma conotação negativa. Neste ponto, a Palavra de Deus se torna ainda mais preciosa, pois traz-nos um testemunho que supera os preconceitos mais comuns. Convido-vos a redescobrir o livro de Rute! Este contém um ensinamento precioso sobre a aliança entre as gerações: a juventude revela-se capaz de dar entusiasmo à idade madura, e a velhice descobre-se capaz de reabrir horizontes de futuro à juventude ferida. A fé e o amor são capazes de recompor as fraturas – aparentemente insuperáveis – geradas pelos preconceitos comuns. Se os jovens se abrirem à gratidão por tudo o que receberam e os idosos tomarem a iniciativa de repropor seu futuro, nada poderá frear o florescimento das bênçãos de Deus entre os povos! Que Ele nos conceda sermos testemunhas e mediadores destas bênçãos!
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terça-feira, 26 de abril de 2022
Hoje a Igreja celebra os papas santo Anacleto e são Marcelino
REDAÇÃO CENTRAL, 26 abr. 22 / 05:00 am (ACI).- Com uma só menção, a Igreja celebra hoje, 26 de abril, estes dois santos que têm em comum apenas o fato de terem sido papas, pois suas vidas e histórias estão separadas por mais de dois séculos.
Santo Anacleto foi o terceiro papa da Igreja, depois de são Pedro e de são Lino. É referido em diversos escritos como Cleto, Anacleto ou Anencleto, mas sempre se trata da mesma pessoa.
São Pedro o conheceu, batizou e ordenou sacerdote na igreja de Roma. Ele e seu predecessor Lino foram os principais discípulos do primeiro papa.
Segundo o Liber Pontificalis ou Livro dos Papas, “Cleto” ocupou a cátedra de são Pedro durante os impérios de Vespasiano e Tito. Ocupou-se dos necessitados com esmolas, incentivou os primeiros cristãos que eram perseguidos e ordenou um determinado número de sacerdotes.
Sob o mandato do imperador Domiciano, foi capturado e martirizado por volta do ano 90. Seu corpo é conservado na igreja de São Pedro, no Vaticano.
Por outro lado, são Marcelino, que foi eleito papa em 30 de junho de 296, teve seu pontificado durante a última e talvez a maior perseguição realizada pelo imperador Diocleciano.
Esta perseguição, cujos severos editos contra os cristãos foram executados pelo augusto e co-imperador Maximiano Hercúleo, causou a maior confusão na Igreja romana depois do ano 303. Marcelino morreu em 304, muito provavelmente, de morte natural.
Nenhuma fonte confiável dos séculos IV e V o mencionam como mártir. Seu corpo foi sepultado na Catacumba de Priscila na Via Salaria.
(acidigital)
segunda-feira, 25 de abril de 2022
DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS PARTICIPANTES DO CONGRESSO "INTERNATIONAL TRINITARIAN SOLITITY", PROMOVIDO PELA ORDEM
DA SANTÍSSIMA TRINDADE (TRINITARIANOS)
Sala Clementina
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Queridos irmãos e irmãs, bom dia e bem-vindos!
É-me grato dar as boas-vindas a vocês que participam da Convenção de "Solidariedade Trinitária Internacional", expressão da Ordem da Santíssima Trindade. Agradeço ao Superior Geral as palavras de saudação e introdução.
Surpreendeu-me positivamente ver como soubeste actualizar o carisma da Ordem dando vida a esta organização, que defende a liberdade religiosa não de forma teórica, mas cuidando de pessoas perseguidas e encarceradas por causa da sua fé. Ao mesmo tempo, porém, não falta estudo e reflexão de sua parte, que também encontra meios de se expressar no campo acadêmico através do curso de estudos sobre liberdade religiosa no Angelicum , cátedra com o nome de seu fundador São João de Matha.
Felicito-vos por este compromisso que realizais precisamente com base no carisma original. Retrocedemos mais de oito séculos, ao tempo de São Francisco de Assis. O Espírito Santo suscitou naquele tempo - como sempre, em todas as épocas - testemunhas capazes de responder segundo o Evangelho aos desafios do momento. Giovanni de Matha foi chamado por Cristo para dar a vida pela libertação dos escravos, tanto cristãos como muçulmanos. Ele não quis fazê-lo sozinho, individualmente, mas fundou uma nova Ordem para este fim, uma ordem "de saída", nova também na forma de vida, que deveria ser um apostolado "no mundo". E o Papa Inocêncio III deu sua aprovação e total apoio.
"Ordem da Santíssima Trindade e cativos ", ou seja, de escravos, prisioneiros. Essa dupla também nos faz refletir: a Trindade e os escravos . Não podemos deixar de pensar no primeiro "sermão" de Jesus na sinagoga de Nazaré, ao ler a passagem do profeta Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim; / para isso ele me consagrou com a unção / e me enviou para levar a boa notícia aos pobres, / para proclamar a libertação aos presos / [...] para libertar os oprimidos" ( Lc 4,18 ; cf.61.1-2). Jesus é enviado pelo Pai e movido pelo Espírito Santo. Nele toda a Trindade está em ação. E a obra de Deus de Amor, Pai, Filho e Espírito Santo, é a redenção do homem: por isso Cristo derramou o seu sangue na cruz. Como resgate por nós, por cada um de nós. Este trabalho estende-se à missão de toda a Igreja. Mas na sua Ordem ele encontrou uma expressão singular, peculiar, eu diria “literal” - um pouco como a pobreza em Francisco -, isto é, o compromisso de redimir escravos. "Redimir". E para redimir alguém você tem que pagar, e você paga o preço com sua vida. Isso é bonito.
Esse carisma é flagrantemente atual, infelizmente! É assim porque mesmo no nosso tempo, que se orgulha de ter abolido a escravatura, na realidade há muitos, demasiados homens e mulheres, até crianças reduzidas a viver em condições desumanas, escravizadas. E é porque, como bem indica sua conferência, a liberdade religiosa é violada, às vezes pisoteada em muitos lugares e de diferentes maneiras, algumas grosseiras e óbvias, outras sutis e ocultas. Antigamente, havia o hábito de dividir a humanidade entre o bem e o mal: "Este país é bom..." - "Mas faça bombas!" - “Não, é bom” - “E isso é ruim…”. Não, hoje a maldade permeou a todos e em todos os países há bons e maus. A maldade, hoje, está em toda parte, em todos os estados. Até no Vaticano, talvez!
Queridos amigos, agradeço-vos o vosso trabalho e encorajo-vos a levá-lo avante, colaborando também com outras instituições, eclesiais ou não, que partilham o vosso nobre propósito. Mas, por favor, sem perder a especificidade, sem “diluir” o carisma. Que Nossa Senhora e São João de Matha acompanhem sempre o caminho da Ordem e o serviço da Solidariedade Trinitária Internacional. Eu te abençoo do meu coração. E por favor, não se esqueça de orar por mim. Obrigado!
[Bênção]
Depois da foto vou cumprimentá-los, mas com licença, tenho que fazê-lo sentado, não em pé, porque o joelho... oraram, e de tanto orar de joelhos adoeceram! Isso vai curar, mas enquanto isso temos que fazer as coisas direito.
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DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
A UM GRUPO DE ALUNOS DA CAPELÂNIA CATÓLICA
DA UNIVERSIDADE DA RAINHA DE BELFAST (IRLANDA)
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Caros amigos ,
Saúdo todos vós com afecto e alegria no Senhor Ressuscitado por ocasião da vossa peregrinação a Roma. Este nosso encontro acontece no momento em que vocês celebram o cinquentenário da Capelania Católica na Queen's University.
Ao atingir este marco, encorajo-vos não só a aprofundar a compreensão e a apreciação da riqueza intelectual e espiritual da tradição católica, mas também, e com espírito verdadeiramente evangélico, a cultivar a cultura do encontro entre vós e na comunidade universitária . A fé cristã é essencialmente um encontro com Jesus Cristo. Se realmente acreditamos em Jesus, devemos tentar nos comportar como Jesus: conhecer os outros, conhecer aqueles que nos rodeiam, compartilhar com eles a verdade salvadora do Evangelho. Como pessoas, e especialmente como cristãos, somos feitos de tal maneira que não podemos viver, crescer e nos realizar senão na busca da verdade e no dom sincero de nós mesmos aos outros.
Construir uma cultura de encontro a serviço do reino de Deus nos compromete pessoalmente. Não se trata simplesmente de ver, mas de olhar; trata-se não só de ouvir, mas de escutar; não basta encontrar ou passar por pessoas, mas é necessário parar e envolver-se com elas nas coisas que realmente importam (cf. Fl 1,10). É também estimulante, porque partilhamos o nosso caminho com os outros, apoiamo-nos mutuamente na nossa busca da verdade e nos esforçamos por tecer uma rede de relações que possa tornar a nossa vida juntos "uma verdadeira experiência de fraternidade, uma caravana de solidariedade, uma santa peregrinação" ( Exortação Apostólica Evangelii gaudium, 87). Que cada um de vós possa, à sua maneira, ser promotor desta cultura do encontro no ambiente universitário e assim contribuir para manter vivas as nobres tradições irlandesas de hospitalidade, reconciliação, fidelidade ao Evangelho e perseverança na busca da santidade.
Com estes sentimentos, confio todos vós à materna intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria. Que vocês continuem sendo uma comunidade de fé e amizade no coração do campus universitário. E peço-lhe, por favor, que se lembre de orar por mim. Obrigado!
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domingo, 24 de abril de 2022
Angelus (Texto)
PAPA FRANCISCO
REGINA CAELI
Praça de São Pedro
II Domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia, 24 de abril de 2022
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje, último dia da Oitava Pascal, o Evangelho fala-nos da primeira e da segunda aparições do Ressuscitado aos discípulos. Jesus vem na Páscoa, enquanto os Apóstolos estão fechados no Cenáculo, por medo, mas como Tomé, um dos Doze, não está presente, volta oito dias depois (cf. Jo 20 , 19-29). Vamos nos concentrar nos dois protagonistas, Tomé e Jesus, olhando primeiro para o discípulo e depois para o Mestre. É um bom diálogo que esses dois têm.
O apóstolo Tomé, em primeiro lugar. Ele representa todos nós, que não estávamos presentes no Cenáculo quando o Senhor apareceu e não tivemos outros sinais físicos ou aparições dele. Nós também, como aquele discípulo, às vezes lutamos: como você acredita que Jesus ressuscitou, que nos acompanha e é o Senhor da nossa vida sem tê-lo visto, sem tê-lo tocado? Como você acredita nisso? Por que o Senhor não nos dá alguns sinais mais evidentes de sua presença e amor? Alguns sinais que vejo melhor... Aqui também nós somos como Thomas, com as mesmas dúvidas, os mesmos raciocínios.
Mas não temos que ter vergonha disso. Ao nos contar a história de Tomé, de fato, o Evangelho nos diz que o Senhor não procura cristãos perfeitos. O Senhor não procura cristãos perfeitos. Digo-vos: tenho medo quando vejo algum cristão, alguma associação de cristãos que se julgam perfeitos. O Senhor não procura cristãos perfeitos; o Senhor não procura cristãos que nunca duvidem e sempre ostentem uma fé segura. Quando um cristão é assim, algo está errado. Não, a aventura da fé, como para Tomé, é feita de luzes e sombras. Se não, que fé seria essa? Conhece momentos de consolação, de entusiasmo e entusiasmo, mas também de cansaço, perplexidade, dúvidas e trevas. O Evangelho nos mostra a "crise" de Tomé para nos dizer que não devemos temer as crises da vida e da fé. As crises não são um pecado, são uma jornada, não devemos temê-los. Muitas vezes nos humilham, porque nos tiram a ideia de estar bem, de ser melhor que os outros. As crises ajudam-nos a reconhecer-nos na necessidade: elas reacendem a necessidade de Deus e, assim, permitem-nos voltar ao Senhor, tocar as suas feridas, experimentar novamente o seu amor, como da primeira vez. Queridos irmãos e irmãs, é melhor uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre retorna a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes. Ai desses, ai! Queridos irmãos e irmãs, é melhor uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre retorna a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes. Ai desses, ai! Queridos irmãos e irmãs, é melhor uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre retorna a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes. Ai desses, ai!
E diante da ausência e do caminho de Tomé, que muitas vezes também é nosso, qual é a atitude de Jesus? O Evangelho diz duas vezes que Ele "veio" (vv. 19.26). Uma primeira vez, depois uma segunda vez, oito dias depois. Jesus não desiste, não se cansa de nós, não tem medo das nossas crises, das nossas fraquezas. Ele sempre volta: quando as portas estão fechadas, ele volta; quando duvidamos, ela volta; quando, como Thomas, precisamos conhecê-lo e tocá-lo mais de perto, ele volta. Jesus sempre volta, sempre bate à porta, e não volta com sinais poderosos que nos fariam sentir pequenos e inadequados, até envergonhados, mas com suas feridas; ele volta mostrando-nos suas feridas, sinais de seu amor que se casou com nossas fragilidades .
Irmãos e irmãs, sobretudo nos momentos de cansaço ou de crise, Jesus, o Ressuscitado, deseja voltar a estar conosco. Ele apenas espera que o procuremos, o invoquemos, enquanto nós, como Tomé, protestamos, levando-lhe nossas necessidades e nossa incredulidade. Ele sempre volta. Porque? Porque ele é paciente e misericordioso. Ele vem abrir os cenáculos dos nossos medos, das nossas incredulidades, porque quer sempre nos dar outra oportunidade. Jesus é o Senhor das "outras oportunidades": sempre nos dá outra, sempre. Então, vamos pensar na última vez - vamos fazer alguma memória - em que, durante um momento difícil, ou um período de crise, nos fechamos, nos entrincheirando em nossos problemas e deixando Jesus fora de casa. E prometamos a nós mesmos, na próxima vez, no esforço, buscar Jesus, retornar a ele, ao seu perdão - Ele sempre perdoa, sempre! -, volte para aquelas feridas que nos curaram. Assim, também nos tornaremos capazes de compaixão, de abordar as feridas dos outros sem rigidez e sem preconceitos.
Que Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia - gosto de pensar nela como Mãe da Misericórdia na segunda-feira depois do Domingo da Misericórdia - nos acompanhe no caminho da fé e do amor.
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Depois da Regina Caeli
Queridos irmãos e irmãs ,
hoje várias Igrejas orientais católicas e ortodoxas, bem como várias comunidades latinas, celebram a Páscoa segundo o calendário juliano. Comemoramos no domingo passado, de acordo com o calendário gregoriano. Apresento-lhes os meus melhores votos: Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente! Que ele seja aquele que enche de esperança as boas expectativas dos corações. Que seja ele quem dê a paz, indignado com a barbárie da guerra. Só hoje se passaram dois meses desde o início desta guerra: em vez de parar, a guerra aumentou. É triste que nestes dias, que são os mais santos e solenes para todos os cristãos, se ouve mais o rugido mortal das armas do que o som dos sinos anunciando a ressurreição; e é triste que as armas estejam cada vez mais tomando o lugar da palavra.
Renovo o apelo a uma trégua pascal, sinal mínimo e tangível do desejo de paz. Parar o ataque, para atender o sofrimento da população exausta; paremos, obedecendo às palavras do Ressuscitado, que no dia da Páscoa repete aos seus discípulos: « A paz esteja convosco! "( Lc 24,36; Jo 20,19,21). Peço a todos que aumentem a oração pela paz e tenham a coragem de dizer, para mostrar que a paz é possível. Líderes políticos , por favor, ouçam a voz das pessoas que querem a paz, não uma escalada do conflito.
Neste sentido, saúdo e agradeço aos participantes da extraordinária Marcha Perúgia-Assis pela paz e fraternidade, que hoje se realiza; assim como aqueles que aderiram, dando vida a eventos semelhantes em outras cidades da Itália.
Hoje os Bispos dos Camarões fazem uma peregrinação nacional com os seus fiéis ao Santuário Mariano de Marianberg, para consagrar novamente o país à Mãe de Deus e colocá-lo sob a sua protecção. Eles rezam em particular pelo retorno da paz ao seu país, que há mais de cinco anos, em várias regiões, foi dilacerado pela violência. Façamos também nosso apelo, juntamente com os irmãos e irmãs de Camarões, para que Deus, por intercessão da Virgem Maria, conceda em breve a paz verdadeira e duradoura a este amado país.
Saúdo todos vós, romanos e peregrinos vindos da Itália e de muitos países. Em particular, saúdo os polacos, pensando nos compatriotas que celebram o "Dia do Bem" promovido pela Caritas, e também para as vítimas de acidentes de mineração. Saúdo os fiéis de Milão, Faenza, Verolanuova, Nembro e os voluntários vicentinos da Ordem de Malta. Uma saudação especial à peregrinação dos jovens confirmados da diocese de Piacenza-Bobbio, acompanhados pelo seu Bispo, bem como aos Crisma de Mondovì, Almenno San Salvatore, Albegno, Cazzago San Martino e Alta Padovana, e também aos o grupo de Sant'Angelo Lodigiano e os coroinhas de Spirano. Saúdo os devotos da Divina Misericórdia aqui reunidos hoje, na igreja-santuário de Santo Spirito em Sassia; e os participantes da Caminhada da Sacra di San Michele ao Monte Sant'Angelo.
Bom domingo a todos! E por favor, não se esqueça de orar por mim. Bom almoço e adeus.
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Como lucrar indulgência plenária no Domingo da Divina Misericórdia?
REDAÇÃO CENTRAL, 23 abr. 22 / 06:00 am (ACI).- No segundo domingo da Páscoa – neste ano, dia 24 de abril –, é celebrada a Divina Misericórdia. Esta festa litúrgica permite ao fiel alcançar a graça do perdão dos pecados.
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores (...). Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças”, prometeu Jesus em suas aparições à santa Faustina Kowalska.
“Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate”, assegurou-lhe o Senhor.
No ano 2000, o papa são João Paulo II instituiu esta Festa da Misericórdia e, em 2002, foi publicado pela Santa Sé o “decreto sobre as indulgências recebidas na Festa da Divina Misericórdia”, um dom que também pode ser alcançado pelos doentes e navegantes em alto mar.
Concede-se indulgência plenária no segundo domingo de Páscoa ao fiel que, com as condições habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre), “participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., ‘Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti’)”.
E a indulgência parcial é concedida “ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas”.
Também os doentes e as pessoas que os ajudam, os navegantes, os afetados pela guerra, conflitos ou clima severamente adverso “e a todos os que, por uma justa causa, não podem abandonar a casa ou desempenham uma atividade que não pode ser adiada em benefício da comunidade, poderão obter a indulgência plenária no Domingo da Divina Misericórdia”.
Para isso, devem, com total rechaço de qualquer pecado e com a intenção de cumprir logo que possível as três condições habituais, rezar “diante de uma piedosa imagem de Nosso Senhor Jesus Misericordioso, o Pai-Nosso e o Credo, acrescentando uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso”.
Além disso, se nem mesmo essas exigências puderem ser cumpridas, poderão obter a indulgência plenária “todos os que se unirem com a intenção de espírito aos que praticam de maneira ordinária a obra prescrita para a Indulgência e oferecem a Deus Misericordioso uma oração e juntamente com os sofrimentos das suas enfermidades e os incômodos da própria vida, tendo também eles o propósito de cumprir logo que seja possível as três condições prescritas para a aquisição da Indulgência plenária”.
(acidigital)
sábado, 23 de abril de 2022
O Papa: precisamos de discípulos capazes de transmitir a chama da esperança
A questão da evangelização está no coração da missão da Igreja. Mas hoje é mais explícito; essas duas frases de ouro do Papa Paulo VI: a vocação da Igreja é evangelizar; a alegria da Igreja é evangelizar. Sempre! Mais do que nunca somos desafiados a ser protagonistas de uma Igreja em saída, sob o impulso do Espírito Santo. De fato, "uma evangelização com o espírito é uma evangelização com o Espírito Santo, já que Ele é a alma da Igreja evangelizadora", disse o Papa aos membros da Associação Fiat
Raimundo de Lima - Vatican News
O Santo Padre recebeu em audiência na manhã deste sábado, 23 de abril, na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes do Simpósio promovido pela Associação “Fiat”: “Nas pegadas do cardeal Suenens-O Espírito Santo, Maria e a Igreja”, um grupo de 120 pessoas.
Dirigindo-se aos membros da Associação, Francisco expressou sua proximidade espiritual a todos e, com eles, agradeceu ao Senhor pela obra do cardeal Suenens e de Veronica O'Brien, um trabalho que continua hoje no seu apostolado.
Evangelização no coração da missão da Igreja
Em fidelidade às intuições evangélicas de seus fundadores, ressaltou Francisco, vocês estão comprometidos em compartilhar o Evangelho com cada pessoa que a Providência coloca em seu caminho. Dito isso, o Papa acrescentou:
Hoje, a questão da evangelização está no coração da missão da Igreja. Mas hoje é mais explícito; essas duas frases de ouro do Papa Paulo VI: a vocação da Igreja é evangelizar; a alegria da Igreja é evangelizar. Sempre! Mais do que nunca somos todos desafiados a ser protagonistas de uma Igreja em saída, sob o impulso do Espírito Santo. De fato, "uma evangelização com o espírito é uma evangelização com o Espírito Santo, já que Ele é a alma da Igreja evangelizadora".
Precisamos de discípulos convencidos em sua profissão de fé
O Papa destacou que o mundo está se tornando cada vez mais secularizado. Precisamos de discípulos convencidos em sua profissão de fé e capazes de transmitir a chama da esperança aos homens e mulheres deste tempo.
As tragédias que estamos vivendo neste momento, particularmente a guerra no território da Ucrânia tão próxima a nós, nos lembram a necessidade urgente de uma civilização do amor. No olhar de nossos irmãos e irmãs vítimas dos horrores da guerra, lemos a necessidade profunda e premente de uma vida marcada pela dignidade, paz e amor.
Cultivar continuamente o espírito missionário
Como a Virgem Maria, prosseguiu o Pontífice, devemos cultivar continuamente o espírito missionário para nos aproximar daqueles que sofrem, abrindo nossos corações para eles. Devemos caminhar com eles, lutar com eles por sua dignidade humana e espalhar o perfume do amor de Deus por toda parte.
Nossa casa comum é abalada por múltiplas crises. Não devemos ter medo das crises; as crises nos purificam, elas nos fazem sair melhor. Sem medo! É por isso que precisamos construir uma humanidade, uma sociedade de relações fraternais e cheia de vida.
A Igreja confia em vocês
Caros amigos, a Igreja tem confiança em vocês, disse o Papa, exortando-os a dar, por suas palavras, ações e testemunhos, uma mensagem forte ao nosso mundo, tão pobre em humanidade.
Que vocês possam haurir, através da oração e da própria missão, à fonte do bem e da verdade e encontrar na comunhão com Cristo que morreu e ressuscitou a força para ver o mundo com um olhar positivo, um olhar de amor, um olhar de esperança, um olhar de compaixão e ternura, com atenção especial para as pessoas menos favorecidas e marginalizadas, concluiu o Santo Padre.
(vaticannews)
Hoje é celebrado São Jorge, o santo do papa Francisco
REDAÇÃO CENTRAL, 23 abr. 22 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 23 de abril, a Igreja celebra a festa de são Jorge, o santo do papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que é também padroeiro de Armas de Cavalaria do Exército da Argentina, país natal do papa. No Brasil, o santo é padroeiro do estado do Rio de Janeiro.
São Jorge viveu nos primeiros séculos da Cristandade. Nasceu em Lydda, Palestina, a terra de Jesus, filho de um agricultor muito estimado. Ingressou no exército e foi capitão.
Quando o santo chegou a uma cidade do Oriente, encontrou-se com um terrível crocodilo (ou dragão, ou tubarão), que devorava as pessoas e ninguém se atrevia a enfrentá-lo. São Jorge o fez e venceu.
Cheios de admiração e de emoção por ocorrido, os moradores escutaram atentamente quando o santo lhes falou sobre Jesus Cristo e muitos deles se converteram ao cristianismo.
Nessa época, o imperador Diocleciano mandou todos adorarem ídolos ou deuses falsos e proibiu adorar Jesus Cristo. O santo declarou que ele nunca deixaria de adorar Cristo e que jamais adoraria ídolos.
Essa recusa fez com que o imperador o condenasse à morte. No momento do martírio, levaram-no ao templo dos ídolos para ver se os adorava, mas diante da sua presença, várias estátuas de falsos deuses caíram no chão e se despedaçaram.
O santo foi martirizado e, enquanto o açoitavam, lembrava-se dos açoites que deram em Jesus e não abria a boca. Sofreu os castigos em silêncio.
As pessoas, ao vê-los, diziam que era corajoso e que “verdadeiramente vale a pena ser seguidor de Cristo”. Antes de morrer, o santo disse: “Senhor, em Tuas mãos entrego a minha alma”.
Quando escutou que lhe cortariam a cabeça, alegrou-se, porque tinha muito desejo de ir ao céu e estar com o Senhor. O santo sempre estava em oração.
São Jorge também é padroeiro da Inglaterra e dos escoteiros.
Geralmente, o santo é representado sobre um cavalo, com traje militar da época medieval, com uma palma, uma lança e um escudo, que tem uma bandeira branca com uma cruz vermelha, cujos braços vão às extremidades.
Este escudo pode ser visto em quadros e outras representações e a adaptação do mesmo está na bandeira da Inglaterra, da Geórgia, entre outras.
O santo é protetor dos soldados, agricultores, arqueiros, escoteiros, ferreiros, prisioneiros, entre outros. Também é conhecido como protetor dos animais domésticos.
(acidigital)
DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS PARTICIPANTES DA CONVENÇÃO MISSIONÁRIA JUVENIL,
PROMOVIDA PELA FUNDAÇÃO "MISSIO" DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL ITALIANA
Sala Clementina
sábado, 23 de abril de 2022
Excelências, queridos irmãos e irmãs, bom dia e bem-vindos!
Agradeço ao Secretário Nacional as palavras que me dirigiu em nome de todos. Obrigado!
O senhor veio dos diversos territórios da Itália para a Conferência Missionária Juvenil , sobre o tema "De volta ao COMIGI: A missão começa no futuro". É um encontro organizado em colaboração com os institutos missionários, que qualifica o vosso itinerário formativo, convidando-vos a renovar juntos o vosso empenho na missão universal da Igreja. Este ano é também uma ocasião preciosa para celebrar o cinquentenário do nascimento do movimento juvenil missionário das Pontifícias Obras Missionárias, hoje “Missio Giovani”.
É um aniversário importante para vocês, jovens missionários: uma oportunidade para recordar o que foi colocado na base do nascimento deste Movimento. E na releitura da sua história e na fidelidade a ela encontrareis o impulso para um novo impulso missionário a ser vivido dia após dia. A missão é assim: dia após dia, não é de uma vez por todas, não, você tem que viver todos os dias.
É por isso que gostaria de dar-lhes três verbos, tão fáceis de lembrar, que acredito serem fundamentais para a missão de hoje, especialmente para os jovens. Eu os encontro em três passagens do Novo Testamento, que veem Jesus e os discípulos em ação. Esses verbos são: levantar -se , cuidar e testemunhar . Eles expressam três movimentos muito específicos, que espero que apoiem o seu caminho para o futuro.
O primeiro verbo - levante-se - é retirado do episódio do Evangelho de Lucas em que Jesus dá vida ao filho da viúva de Naim (7, 11-17). Somente Luca, muito atento aos movimentos da alma humana e, em particular, das mulheres, registra este episódio. Lendo o texto, impressiona-se a sua dinâmica: Jesus chega a esta cidade e vê que sai da cidade um cortejo fúnebre; uma mãe viúva acompanha o caixão do filho ao enterro; o evangelista observa: «Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e disse-lhe: 'Não chores!'» (v. 13). Ele foi até a mãe e disse: “Não chore!”. Dizemos isso quando vamos às vigílias fúnebres: “não chore”. Mas Jesus disse isso para iniciar uma ação. Ele está interessado na dor dos últimos, Jesus está interessado na dor daqueles que muitas vezes sofrem de forma serena e digna, de quem perdeu a esperança, de quem já não vê futuro. A morte de uma criança, naquela circunstância, significava a perda de tudo. Jesus se aproxima do caixão e o toca. Ele não se importa se esse contato pode torná-lo impuro, como dizia a Lei. Ele veio para salvar os que estavam nas trevas e na sombra da morte. Então ele diz: "Rapaz, eu digo a você, levante-se!" (v. 14). Este é o verbo: "Levante-se!". Vamos colocar a imaginação: diante do caixão desse menino, um menino como você: “Eu lhe digo: levante-se!”. Trazer esse menino de volta à vida significa devolver o futuro à sua mãe e também a toda a comunidade. como dizia a Lei. Ele veio para salvar os que estavam nas trevas e na sombra da morte. Então ele diz: "Rapaz, eu digo a você, levante-se!" (v. 14). Este é o verbo: "Levante-se!". Vamos colocar a imaginação: diante do caixão desse menino, um menino como você: “Eu lhe digo: levante-se!”. Trazer esse menino de volta à vida significa devolver o futuro à sua mãe e também a toda a comunidade. como dizia a Lei. Ele veio para salvar os que estavam nas trevas e na sombra da morte. Então ele diz: "Rapaz, eu digo a você, levante-se!" (v. 14). Este é o verbo: "Levante-se!". Vamos colocar a imaginação: diante do caixão desse menino, um menino como você: “Eu lhe digo: levante-se!”. Trazer esse menino de volta à vida significa devolver o futuro à sua mãe e também a toda a comunidade.
Esta palavra de Jesus ecoa ainda hoje no coração de muitos jovens e dirige a cada um o convite: "Digo-te, levanta-te!" Este é um primeiro sentido de missão sobre o qual vos convido a reflectir: Jesus dá-nos a força para nos levantarmos e pede-nos que nos libertemos da morte do recolhimento em nós mesmos, da paralisia do egoísmo, da preguiça, da superficialidade. Essas paralisias estão por toda parte. E são eles que nos bloqueiam e nos fazem viver uma fé de museu, não uma fé forte, uma fé mais morta do que viva. Por isso, para resolver essa atitude feia, Jesus diz: “Levante-se!”. “Levante-se!”, Para ser relançado para um futuro de vida, cheio de esperança e caridade para com os irmãos. A missão recomeça quando levamos a sério a palavra do Senhor Jesus: levante-se !
Outro aspecto ligado ao primeiro encontra-se na famosa passagem do Bom Samaritano (cf. Lc 10 , 25-37) . Mais uma vez o evangelista é Lucas. Um doutor da Lei pergunta a Jesus: "Quem é o meu próximo?", E Jesus responde com a parábola do Bom Samaritano: um homem desce de Jerusalém em direção a Jericó e no caminho é roubado e espancado por bandidos, e permanece meio morto na a Beira da Estrada.
Ao contrário de dois ministros de culto, que o vêem mas passam, um samaritano, isto é, um estrangeiro para os judeus da época, que não tinha muita amizade com eles, pára e cuida dele. E também o faz de forma inteligente: dá-lhe os primeiros socorros que pode, depois leva-o para uma hospedaria e paga ao dono para que possa cuidar dele nos dias seguintes. Algumas pinceladas para descrever outro aspecto da missão, que é o segundo verbo: cuidar . Ou seja, viver a caridade de forma dinâmica e inteligente. Hoje precisamos de pessoas, especialmente jovens, que tenham olhos para ver as necessidades dos mais fracos e um grande coração que os torne capazes de se doar totalmente.
Também vós sois chamados a pôr em bom uso as vossas capacidades e a pôr a vossa inteligência ao serviço, para organizar a caridade com projectos de grande envergadura. Hoje é a sua vez, mas você não é o primeiro! Quantos missionários “bons samaritanos” viveram a missão cuidando dos irmãos feridos pelo caminho! Seguindo os seus passos, com o estilo e os métodos adequados ao nosso tempo, agora cabe a vós realizar uma caridade discreta e eficaz , uma caridade imaginativa e inteligente, não episódica, mas contínua no tempo, capaz de acompanhar as pessoas no seu caminho de cura e de crescimento. Este é o segundo verbo que te dou: cuide dos irmãos. Sem egoísmo, para servir, para ajudar.
Finalmente, um terceiro aspecto essencial da missão encontra-se em um episódio dos Atos dos Apóstolos, bem adaptado ao tempo pascal que vivemos. De fato, depois de sua ressurreição, por quarenta dias Jesus se mostrou aos seus discípulos. Fê-lo para lhes explicar o mistério da sua morte, para lhes perdoar a fuga no momento da prova, mas sobretudo para os encorajar a serem suas testemunhas em todo o mundo. Jesus diz assim: "Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e de mim sereis testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra" ( At 1,8).
Todo cristão, batizado na água e no Espírito Santo, é chamado a viver como se estivesse imerso em uma Páscoa perene e, portanto, a viver ressuscitado. Não viva como um morto, viva como um ressuscitado! Este presente não é apenas para nós, mas está destinado a ser compartilhado com todos. A missão não pode deixar de ser motivada pelo entusiasmo de finalmente poder partilhar esta felicidade com os outros. Uma bela e enriquecedora experiência de fé, que também sabe enfrentar as inevitáveis resistências da vida, torna-se quase naturalmente convincente. Quando alguém conta o Evangelho com sua própria vida, isso rompe até os corações mais duros. Por isso, confio a você a última palavra do missionário cristão: testifique com sua vida. E o que não dá testemunho com a vida, quem finge... é como quem tem um cheque na mão mas não assina. "Eu vou te dar isso": é inútil. Testemunhar é colocar sua assinatura em sua riqueza, suas qualidades, sua vocação. Por favor, meninos e meninas, inscrevam-se, sempre! Coloque seu coração lá.
Não se esqueça destes três verbos: levantar-se do sedentarismo, cuidar dos irmãos e testemunhar o Evangelho da alegria. Você entendeu? Como eram os três verbos? [Eles respondem: levanta , cuida , testemunha ] Ah, você aprendeu isso! Bom.
Saúdo-vos com uma frase de São Óscar Romero: "Quanto mais feliz é um homem, mais nele se manifesta a glória de Cristo". Desejo que sejam missionários da alegria, missionários do amor. O anúncio deve ser feito com um sorriso, não com tristeza. São Paulo VI , na Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, no final, ele diz que é uma coisa ruim ver evangelizadores tristes e melancólicos: leia isto. No final, as duas últimas páginas: a descrição do evangelizador forte, do missionário e daqueles que estão tristes em si mesmos, que não conseguem dar vida aos outros. Por isso, desejo que sejam missionários da alegria e do amor. O anúncio deve ser feito com um sorriso: mas não com um sorriso profissional, ou de quem anuncia pasta de dente, não, isso não é bom. Isso não é necessário. O anúncio deve ser feito com um sorriso, mas com um sorriso sincero e não com tristeza. Sempre compartilhe as Boas Novas e você se sentirá feliz. Eu os acompanho com a oração e os abençoo. E por favor, não se esqueça de orar por mim. Obrigado!
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sexta-feira, 22 de abril de 2022
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Ucrânia, o Papa se une ao apelo da ONU por uma trégua na Páscoa
Um "cessar-fogo" por ocasião da celebração da Páscoa segundo o calendário juliano, no dia 24 de abril: o pedido da ONU é acolhido por Francisco e pela Santa Sé.
Vatican News
A Santa Sé divulgou um comunicado, nesta quinta-feira (21/04), sobre a adesão do Papa Francisco ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, por uma trégua humanitária de quatro dias, na Ucrânia, durante a celebração da Páscoa ortodoxa, segundo o calendário juliano.
A pausa humanitária começa nesta quinta-feira (19/04) vai até o próximo domingo 24 de abril, para permitir a abertura de corredores humanitários.
Segundo a nota da Santa Sé, "no último Domingo de Ramos, o Papa Francisco pediu uma trégua na Páscoa, para alcançar a paz". "A Santa Sé e o Santo Padre se unem ao apelo que o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou em 19 de abril, de acordo com o chefe da Igreja greco-católica ucraniana, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, por uma trégua por ocasião da celebração da Páscoa, em 24 de abril, segundo o calendário juliano", ressalta o comunicado da Santa Sé.
"Conscientes de que nada é impossível para Deus, invocam o Senhor para que a população presa em zonas de guerra seja evacuada e que a paz seja restabelecida em breve, e pedem a quem tem a responsabilidade das nações para ouvir o grito de paz do povo", conclui a nota vaticana.
Por sua vez, o secretário-geral da ONU explicou que a trégua humanitária cria as condições necessárias para dois pontos fundamentais. Primeiro: a passagem segura de todos os civis que querem deixar as áreas de combates agora e no futuro em coordenação com o Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Segundo: além de operações humanitárias que já ocorrem, uma pausa permite a entrega segura de ajuda às pessoas mais afetadas em áreas como Mariupol, Kherson, Donetsk e Luhansk. O plano já foi apresentado aos dois lados e à sociedade civil, como confirmou o secretário-geral da ONU.
Guterres lembrou que a Páscoa é um momento de renovação, ressurreição e esperança. Um momento que deveria ser de união. Este ano, a Semana Santa Ortodoxa está sendo vivida sob uma nuvem de guerra, que representa a negação total da mensagem da Páscoa.
(vaticannews)
Hoje é dia de Santa Inês de Montepulciano, dominicana que multiplicou o pão
REDAÇÃO CENTRAL, 20 abr. 22 / 10:40 am (ACI).- Hoje é celebrada Santa Inês de Montepulciano, uma das figuras mais importantes da Ordem de Santo Domingo ou Ordem dos Pregadores, os dominicanos. Inês foi uma abadessa que se destacou por sua sabedoria e espiritualidade. Santa Catarina de Sena tinha uma grande devoção por ela.
Uma abadessa educada com simplicidade
Inês Segni, seu nome de batismo, nasceu por volta de 1268 em Gracciano, Itália, em uma família nobre. Desde muito jovem teve contato com a espiritualidade dominicana graças ao fato de seus pais terem confiado sua educação às freiras do mosteiro de Montepulciano, que fica muito perto de Gracciano. Inês começou sua formação aos nove anos cercada pelas freiras do "mosteiro do saco", as freiras de Montepulciano eram conhecidas por seus hábitos feitos com um pano muito rústico, como de saco.
No mosteiro, Inês ficou conhecida por sua generosidade, sua capacidade de sacrifício e sua intensa vida de oração. Lá permaneceu por cerca de cinco anos até os quinze anos, quando foi enviada junto com a irmã Margarita, sua mestra do noviciado, para fundar um mosteiro dominicano em Proceno, aldeia da diocese de Acquapendente. Três anos depois, seria nomeada abadessa ali. Como tal, ela se entregou ao serviço de suas irmãs com profunda dedicação e humildade. Desta fase de sua vida datam os primeiros testemunhos sobre eventos milagrosos ocorridos por sua intercessão, como a multiplicação de pães e azeite, a cura de alguns doentes e até um exorcismo.
"O que Tu queiras, Senhor"
Quando sua fama se espalhou, as freiras de Montepulciano pediram a Inês que voltasse à sua cidade natal para fundar um novo mosteiro. No entanto, a santa rogou a Deus que lhe permitisse ficar mais algum tempo em Proceno. Deus permitiu e ela chegou a morar lá por mais 22 anos, até o dia em que, por meio de um sonho, recebeu um sinal de Deus para fundar o novo mosteiro em sua terra.
Em 1298, com o apoio das autoridades da Ordem dos Pregadores e o patrocínio do papa, voltou para a região onde nasceu e ali estabeleceu o novo mosteiro de freiras dominicanas nos arredores de Montepulciano. Ali ordenou a construção de uma capela consagrada à Virgem Maria, que seria ampliada pouco depois com a colaboração dos fiéis. A santa governou a comunidade religiosa até o dia de sua morte.
Fome de Deus e fome de pão
Esta etapa da nova fundação foi caracterizada por abundantes graças e bênçãos. Foram anos de intensa oração, de experiências místicas e revelações particulares concedidas pelo Senhor. Em mais de uma ocasião, em dias de fome e escassez, Inês alimentou dezenas de pessoas com um ou dois pães, evocando o milagre da multiplicação dos pães feito por Jesus Cristo.
Santa Inês morreu em 20 de abril de 1317 aos 49 anos. Graças ao beato Raimundo de Cápua (1303-1399) e à biografia que escreveu sobre a santa, a devoção a santa Inês tornou-se muito popular entre os séculos XIV e XV. Foi canonizada pelo papa Bento XIII, junto com santo Turíbio de Mogrovejo, em 10 de dezembro de 1726.
(acidigital)