(continuação)
“O que o Senhor é para mim!”
Passados cerca de 30 minutos de viagem amena, vi pela janela do avião uma enorme montanha branca, mais alta do que do que o céu e eu apercebi-me de que tínhamos de “entrar nela”. Assim foi!
A turbulência foi tão grande, tão grande … foi muito grande! Eu nunca tinha ouvido rajadas de vento fortíssimo de dentro de um avião! Não se via nada para fora! Tudo era cinzento. O avião não tinha sossego. Agarrei-me ao braço esquerdo da minha cadeira e à cadeira da frente com quanta força tinha. Para quê? Para nada, de facto!
Eu sabia que o Senhor queria que eu passasse por esta situação, inédita para mim. Passou um século, acho e não havia indícios de passar. Entreguei-me de novo ao Senhor, agora com maior aflição. Tudo continuava igual.
Como sempre, comecei a gritar como uma doidinha a pedir socorro … e Jesus lembrou-me a passagem do seu Evangelho, segundo S. Mateus – 8,9-27 – “a tempestade acalmada”. Escutei a Sua resposta : Lúcia, mulher de pouca fé! Não tenhas medo! Não vês que eu estou contigo?
Assumi a minha falta de fé, pedi perdão e misericórdia.
O que sei é que a montanha de nuvem dissipou-se e o tempo amainou, tal como conta o Evangelho.
Já perto de Lisboa foi servido um “lanche”.
Para mim este foi mais um SINAL do Senhor – não houve coincidências -, para me convencer que é Nele que tenho de crer, porque Ele me ama infinitamente e cuida de mim.
Quando é que eu "aprendo"?
Quando é que o meu coração deixa de ser pedra?
(Fátima: 01.11.2011)
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