Maior macha da história da França reúne
quase quatro milhões
Em Paris, 1,5 milhão foram
às ruas para defender liberdade de expressão. Líderes de mais de 40 países participaram da
manifestação. A reação aos atentados, que de
ixaram 17 mortos em Paris, reuniu quase 4 milhões de pessoas em toda
França.
A reação aos
atentados, que deixaram 17 mortos em Paris, reuniu quase 4 milhões de pessoas
em toda França. Foi a
maior mobilização da história do país.
Só na
capital, 1,5 milhão saíram às ruas para defender a liberdade de expressão e
condenar o terrorismo.
Na manhã
desta segunda-feira(12), Paris tenta voltar a sua rotina normal. Tráfego
pesado, muitas pessoas pela rua. A cidade tenta voltar a essa rotina ainda
convivendo com a ameaça do terrorismo, já que a segurança está no seu nível
máximo.
E o governo
francês está reunido desde manhã cedo em um gabinete de crise. O presidente
François Hollande convocou vários dos seus assessores e os comandantes das
forças de segurança para evitar os erros que o próprio governo reconhece que
foram cometidos na semana passada. E permitiram que ativistas e militantes
extremistas conhecidos pela polícia não apenas fizessem os ataques, mas também
fugissem sem que ninguém esboçasse a menor reação.
O ministro do
Interior, Bernard Cazeneuve, já anunciou uma das medidas: cerca de 5 mil
policiais vão proteger as 717 escolas judaicas do país. Essa segurança
reforçada vai durar por pelo menos dois dias. O Comando da Polícia de Paris
anunciou também uma outra medida: pontos turísticos da capital, como a Torre
Eiffel, também receberão segurança reforçada, além da Sinagoga e as sedes dos
jornais e das emissoras de TV.
Uma segurança
muito forte. A Praça da República foi o ponto de concentração dessa
grande manifestação. Neste domingo (11), mais de 1,5 milhão de pessoas se
uniram para defender esse valor que eles prezam tanto: a liberdade de
expressão.
Um domingo
para os franceses não esquecerem: foi a maior manifestação da história do país
e um dos maiores esquemas de segurança já vistos.
Por causa do
temor de que radicais aproveitassem a aglomeração nas ruas para atacar, foram
destacados mais de 3 mil policiais e militares, incluindo atiradores de elite,
para vigiar as ruas.
Esse risco
porém não assustou os franceses. Metrôs, ruas lotadas de pessoas das mais
variadas idades, religiões, procedências que tentavam chegar no ponto de
concentração: a praça da República.
‘Je suis
Charlie’, eu sou Charlie, a homenagem aos cartunistas da revista de humor
Charlie Hebdo, mortos na semana passada, virou um grito de resistência contra a
ameaça terrorista.
Liberdade,
igualdade, fraternidade não são apenas palavras que este povo herdou da
Revolução Francesa há mais de 200 anos. São valores pelos quais eles tiveram
que lutar muitas vezes e sentem que este é um desses momentos. Por isso, esta
multidão impressionante se reuniu nas ruas de Paris, para defender,
principalmente, a sua liberdade.
Muitos
franceses aproveitaram a oportunidade para ensinar essa lição às futuras
gerações.
Bom Dia
Brasil:
O que ele
aprendeu hoje?
Pai: Ele aprendeu principalmente o valor de
nos mantermos unidos.
"A
liberdade, para nós, é o que há de mais importante. É pelo que a França ao
longo da sua história tem lutado", diz um homem. "E é algo que
ninguém pode nos tirar, jamais, jamais.
Às três da
tarde, começou a passeata pelas ruas da cidade, mas havia tanta gente que eles
mal pareciam se mover. Uma multidão compacta, paciente e pacífica aos poucos
tomou conta das ruas de Paris.
Chefes de
estado e de governo de mais de 40 países vieram mostrar apoio aos franceses. A
manifestação uniu adversários como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Eles estavam
na mesma corrente, separados um do outro por apenas quatro governantes: o
presidente do Mali, Ibrahim Keita, o francês François Hollande, a
primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e o polonês Donald Tusk, presidente do
Conselho da Europa.
O presidente
da França também cumprimentou policiais e os funcionários do Charlie Hebdo e
declarou: "Hoje Paris é a capital do Mundo”.
E por onde se
andava, era possível ouvir o hino francês.
No fim da
noite, o presidente François Hollande e líderes mundiais participaram de uma
cerimônia na grande sinagoga de Paris.
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu o funcionário
muçulmano do supermercado judaico que salvou a vida de vários reféns. Ele
também agradeceu à França por tomar uma posição firme contra o antissemitismo,
o ódio aos judeus, e contra o terrorismo. Foi um dia marcado pela união e força
diante de uma ameaça que não cessa.
"Bom Dia Brasil"
(globo.com)
Sem comentários:
Enviar um comentário