Ângelus dominical
Vaticano, 11
Jan. 15 / 09:54 pm (ACI/EWTN Noticias).- O
último Ângelus antes do início da viagem do Papa Francisco ao Sri Lanka e
Filipinas teve como centro a festa do Batismo do
Senhor que, como explicou o Santo Padre, encerra o tempo de Natal.
Por isso,
destacou, “um cristão e uma comunidade ‘surdos’ à voz do Espírito Santo, que
impulsiona a levar o Evangelho aos extremos confins da terra e da sociedade,
torna-se um cristão e uma comunidade de “mudos” que não falam e não
evangelizam”.
“Colocar sob a
ação do Espírito Santo a nossa vida de cristãos e a
missão, que todos recebemos em virtude do Batismo, significa
encontrar a coragem apostólica necessária para superar fáceis acomodações
mundanas”, disse.
Francisco pediu
a todos que rezem frequentemente ao Espírito Santo “porque nos ajuda, nos dá
força, inspiração e nos faz ir adiante”.
Francisco fez
referência às palavras do profeta Isaías -“Quem dera rasgasses o céus para
descer, as montanhas se derreteriam diante de ti!- para indicar que esta
invocação se escutou no Batismo de Jesus. Desta maneira “acabou o tempo 'dos
céus fechados' que assinalam a separação entre Deus e o homem, como
consequência do pecado”.
“O pecado afasta
o ser humano de Deus e interrompe a ligação entre o Céu e a terra, o que causa
nossa miséria e o fracasso das nossas vidas. Os céus abertos indicam que Deus
deu a sua graça para que a terra dê os seus frutos”.
O Papa indicou
que “Assim a terra tornou-se morada de Deus entre os homens e cada um de nós
tem a possibilidade de encontrar o Filho de Deus, experimentando todo o amor e
a infinita misericórdia”.
À continuação, o
Santo Padre, da janela do Apartamento Apostólico, enumerou alguns lugares onde
encontrar o Senhor: “nos sacramentos”,
“especialmente na eucaristia”;
“na face dos nossos irmãos, em particular nos pobres, nos doentes, nos
encarcerados, nos refugiados. Estes são as carnes vivas de Cristo sofredor e
imagem visível de Deus invisível”.
Em relação ao
Batismo de Jesus, “não só se rasgam os céus, mas Deus fala de novo fazendo
ressoar a sua voz: 'Tu és meu filho muito amado, em quem eu ponho toda a minha
afeição'”.
“A voz do Pai
proclama o mistério que se esconde no homem batizado pelo precursor. Jesus, o
Filho de Deus encarnado, e também a Palavra definitiva que o Pai quis dizer ao
mundo”.
“Só escutando,
seguindo e testemunhando esta Palavra, podemos fazer totalmente frutífera nossa
experiência de fé, cujo germe se depositou em nós no dia de nosso Batismo”.
O Bispo de Roma
destacou que “a descida do Espírito Santo, em forma de pomba consente a Cristo,
o Consagrado do Senhor, inaugurar a sua missão , que é a nossa salvação”.
Neste sentido,
“o Espírito Santo que animou a vida e o ministério de Jesus é o mesmo que hoje
guia a existência cristã”.
Depois da oração
do Ângelus, o Papa, como fez há um tempo, aconselhou buscar a data em que cada
um foi batizado e viver hoje “a alegria do Batismo”.
Por outro lado,
recordou que amanhã começa a sua visita ao Sri Lanka e às Filipinas e pediu a
todos que acompanhem com a oração.
Também pediu aos
cidadãos de ambos os países “que estão aqui em Roma, que rezem especialmente
por mim nesta viagem”.
Por
Alvaro de la Juana
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