Locutor: Nestes dias, pude visitar Cuba e os Estados Unidos da América,
tendo a visita como ponto culminante o Encontro Mundial das Famílias, em
Filadélfia. Com o povo cubano, partilhei a esperança de ver plenamente
realizada a profecia de São João Paulo II: que Cuba se abra ao mundo e o mundo
se abra a Cuba. Não mais fechamento, nem exploração da pobreza, mas liberdade na
dignidade. Este é o caminho a seguir e que vai buscar força às raízes cristãs
daquele povo que tanto sofreu. Símbolo desta unidade profunda da alma cubana é
a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira da Nação e sua guia pelos caminhos da
justiça, da paz, da liberdade e da reconciliação. De Cuba fui para os Estados
Unidos, passagem emblemática duma ponte que, graças a Deus, se está
reconstruindo. Deus sempre quer construir pontes: somos nós que construímos
muros. O exemplo de São Junípero Serra encoraja-nos a seguir pela estrada de
cada ser humano que conheceu o amor: não guardar o amor para si mesmo, mas
reparti-lo pelos outros. Sobre esta base religiosa e moral, nasceram e
cresceram os Estados Unidos da América, tendo alcançado, no século passado, o
máximo desenvolvimento económico e tecnológico sem renegar as suas raízes
religiosas. Agora estas mesmas raízes pedem que se recomece da família – como
aliança fecunda e vitalícia entre um homem e uma mulher –, para se rever e
ajustar o modelo de desenvolvimento, de modo que este possa beneficiar a
família humana inteira.
(spedeus.blogspot)
30.9.2015
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