A nossa vida depende dos marítimos, recorda Santa Sé
Cidade do Vaticano (RV) -
"Como Apostolado do Mar, estamos ao lado dos marítimos para repetir que
seus direitos humanos e profissionais devem ser respeitados e protegidos".
Esta é a mensagem que o
Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes publicou
por ocasião do Domingo do Mar, a ser celebrado no próximo dia 10 de julho.
No texto, assinado pelo
Presidente do Pontifício Conselho, Card. Antonio Maria Vegliò, recorda-se que
90% das mercadorias que consumimos são transportadas via mar. Neste comércio,
trabalham um milhão e 200 mil marítimos de várias nacionalidades a bordo de 50
mil navios.
Compreensão
“Sentamos comodamente no
sofá de nossas casas, temos dificuldade em compreender até que ponto a nossa
vida cotidiana depende da indústria marítima e do mar”, afirma a mensagem.
Combustível, móveis,
computadores e celulares, roupas e até a fruta que comemos são entregues por
navios. E não só: quando fazemos um cruzeiro ou quando migrantes são resgatados
no Mediterrâneo, os marítimos estão sempre envolvidos.
Contudo, longas jornadas de
trabalho, pirataria, exploração, desastres ambientais, poluição, remuneração
escassa e distância da família e dos filhos podem comprometer a integridade
física e psicológica dos marítimos.
Respeito e segurança
“Encorajados pelo Papa
Francisco, que exortou os capelães e os voluntários do Apostolado do Mar ‘a
serem voz dos trabalhadores que enfrentam situações de perigo e de
dificuldade’, nós estamos ao lado dos marítimos, para repetir que seus direitos
humanos e profissionais devem ser respeitados e protegidos.”
O Pontifício Conselho faz um
apelo aos governos para que reforcem a aplicação da Convenção sobre Trabalho
Marítimo da Organização Internacional do Trabalho, cujo objetivo é garantir que
os trabalhadores tenham acesso a bordo de estruturas e serviços que protejam
seu estado de saúde. Aos bispos das dioceses marítimas, pede que instituam e
promovam o Apostolado do Mar.
Por fim, Card. Vegliò
expressa gratidão aos marítimos por seu trabalho, “essencial para a nossa vida
cotidiana”, e os confia à materna proteção de Maria, Stella Maris.
(bf)
radiovaticana
09/07/2016 07:30
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