XIV Domingo do Tempo Comum - C
Embora
as leituras de hoje nos projectem em sentidos diversos, domina a temática do
“envio”: na figura dos 72 discípulos do Evangelho, na figura do profeta anónimo
que fala aos habitantes de Jerusalém do Deus que os ama, ou na figura do
apóstolo Paulo que anuncia a glória da cruz, somos convidados a tomar
consciência de que Deus nos envia a testemunhar o seu Reino.
É,
sobretudo, no
Evangelho
que a temática do “envio” aparece mais desenvolvida. Os discípulos de Jesus são
enviados ao mundo para continuar a obra libertadora que Jesus começou e para
propor a Boa Nova do Reino aos homens de toda a terra, sem excepção; devem
fazê-lo com urgência, com simplicidade e com amor.
Na
acção dos discípulos, torna-se realidade a vitória do Reino sobre tudo o que
oprime e escraviza o homem.
Na
primeira leitura, apresenta-se a palavra de um profeta anónimo, enviado a
proclamar o amor de pai e de mãe que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre
um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e
acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar.
Na
segunda leitura, o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo
deve percorrer: não o podem mover interesses de orgulho e de glória, mas apenas
o testemunho da cruz – isto é, o testemunho desse Jesus, que amou radicalmente
e fez da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de
testemunhar, com a própria vida, o amor radical; é daí que nasce a vida nova do
Homem Novo.
Sem comentários:
Enviar um comentário