"Entregar-se a Deus e saber perdoar", como
S. Estêvão
Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira
de sol na praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de
Estêvão e de Jesus.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Ainda no clima de alegria
pelo anúncio do nascimento de Cristo, a Igreja celebra neste dia 26 de dezembro
a festividade de Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir,
perseguido e morto em Jerusalém.
Antes de rezar a oração
mariana do Angelus, nesta quarta-feira de sol na Praça São Pedro, o Papa falou
aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e do próprio Jesus. Ambos
entregaram seu espírito a Deus no momento da morte: Estêvão ao ser lapidado, e
Jesus na cruz.
Entregar-se a Deus com confiança
“O comportamento de
Estêvão que imita fielmente o gesto de Jesus é um convite a cada um de nós a
receber com fé, das mãos do Senhor, aquilo que a vida nos oferece de positivo e
de negativo".
Nossa existência não é
marcada apenas por circunstâncias felizes, mas também por dificuldades e
perdas; mas a confiança em Deus nos ajuda a acolher os momentos fadigosos e a
vivê-los como ocasião de crescimento na fé e construção de novas relações com
os irmãos. Trata-se de abandonar-nos nas mãos do Senhor, que sabemos ser um Pai
rico de bondade com seus filhos”.
Saber perdoar e rezar sempre
A segunda atitude
indicada por Francisco como comum entre Estêvão e Jesus foi o perdão. Nenhum
dos dois maldisse seus perseguidores, mas rezaram por eles.
“O perdão engradece o
coração, gera partilha, doa serenidade e paz. O protomártir Estêvão nos aponta
o caminho a percorrer nas relações interpessoais de família, na escola e no
trabalho, na paróquia e nas comunidades".
“ A lógica do perdão e da
misericórdia é sempre vitoriosa e abre horizontes de esperança; mas o perdão se
cultiva com a oração, que nos permite fixar o olhar em Jesus ”
Terminando, o Pontífice
lembrou que é a oração que nos fortalece, e por isso, temos que pedir sempre ao
Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom da força, que cura nossos
medos, nossas fraquezas, nossa pequenez.
“Invoquemos a intercessão
de Maria e de Santo Estêvão. Que nos ajudem a entregarmo-nos sempre mais a
Deus, especialmente nos momentos difíceis, e nos ampare no propósito de sermos
homens e mulheres capazes de perdoar”.
Após conceder a bênção a
todos os presentes e a nós, que a recebemos pelo rádio e TV, Francisco
agradeceu as mensagens e votos pelas festividades de Natal chegadas de todas as
partes do mundo, pediu a todos que rezem por ele e, desejando como sempre ‘bom
almoço’, se despediu dos féis.
(vaticannews)
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