segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Papa no Angelus




Vivamos o Natal centrados em Jesus
não em nós mesmos


Vaticano, 23 Dez. 18 / 08:16 am (ACI).- Neste domingo 23 de dezembro, o último do tempo do Advento, o Papa acolheu os milhares de peregrinos na Praça de São Pedro para rezar com ele a oração do Ângelus e aproveitou a ocasião para exortar os fiéis a viverem o Natal centrados em Jesus e imitando a Virgem Maria, que apenas tendo concebido Jesus no seu ventre virginal foi às pressas servir Isabel sua parente.
“A liturgia deste quarto domingo do Advento concentra-se na figura de Maria, a Virgem Mãe, esperando para dar à luz a Jesus, o Salvador do mundo. Vamos fixar nosso olhar nela, que é modelo de fé e caridade; e podemos nos perguntar: quais foram seus pensamentos durante os meses de espera? A resposta vem da passagem do Evangelho de hoje, a história da visita de Maria à sua parente idosa, Isabel (cf. Lc 1, 39-45). O anjo Gabriel disse-lhe que Isabel estava grávida e já estava no sexto mês (cf. Lc 1, 26,36). Em seguida, a Virgem, que tinha acabado de conceber Jesus em seu ventre pelo poder de Deus, deixou às pressas a cidade de Nazaré, na Galileia, para ir até as montanhas da Judéia”, disse o Pontífice ao inaugurar sua reflexão dominical.
Comentando a passagem do Evnagelho da missa do IV Domingo do Advento o Santo Padre ensinou: “O Evangelho nos diz: "Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel" (v.40). Certamente ela estava feliz por ela por sua maternidade, e por sua vez, Isabel cumprimentou Maria dizendo: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como tenho a honra de que a mãe do meu Senhor venha a mim? ”(Vs. 42-43). E imediatamente elogia a fé de Maria: "Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento daquilo que o Senhor lhe disse" (v.45). É evidente o contraste entre Maria, que tinha fé, e Zacarias, o marido de Isabel, que não acreditou na promessa do anjo e, portanto, permaneceu em silêncio até o nascimento de João”.
“Este episódio nos ajuda a ler com uma luz muito especial o mistério do encontro do homem com Deus. Um encontro que não está marcado por fatos extraordinários e prodigiosos, mas que nos ensina a fé e a caridade. De fato, Maria é abençoada porque acreditou: o encontro com Deus é fruto da nossa fé”.
“A visita de Maria a Isabel no Evangelho de hoje nos prepara para viver bem o Natal, comunicando o dinamismo da fé e da caridade. Esse dinamismo é obra do Espírito Santo: o Espírito de Amor que fecundou o ventre virginal de Maria e instou-a a sair ao serviço da parente idosa. Um dinamismo cheio de alegria, como vemos no encontro entre as duas mães, que é todo um hino de alegre exultação no Senhor, que faz grandes coisas com os pequeninos que nele confiam”, explicou o Papa Francisco.
Concluindo suas palavras o Sumo Pontífice fez uma prece a Nossa Senhora: “Que a Virgem Maria obtenha para nós a graça de viver um Natal “extrovertido”, ou seja, que no centro não esteja o nosso "eu", mas o “Tu” que é Jesus e o “Eles” que são os irmãos, especialmente aqueles que precisam de ajuda. Então vamos deixar espaço para o amor que, ainda hoje, quer se tornar carne e viver entre nós”.
Ao final da oração mariana o Santo Padre disse rezou pelas vítimas do violento tsunami ocorrido na Indonésia na noite de ontem, que resultou em mais de 200 mortos, cerca de 800 feridos e milhares de desabrigados. Centenas de famílias estão aflitas buscando parentes entre os mortos e os deslocados. O tsunami atingiu as localidades de Lampung e Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.
“Meus pensamentos vão, agora mesmo, para as populações da Indonésia, afetadas por violentos desastres naturais, que causaram graves perdas em vidas humanas, numerosos desaparecidos e desabrigados e extensos danos materiais. Convido todos a se unirem a mim em oração pelas vítimas e seus entes queridos. Eles estão espiritualmente próximos dos desabrigados e de todas as pessoas que estão sendo provadas nesta situação, implorando a Deus por alívio em seu sofrimento. Apelo para que a nossa solidariedade e o apoio da comunidade internacional não faltem a esses irmãos e irmãs”.

(acidigital)

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