5
coisas que talvez não saiba sobre os Santos Inocentes
REDAÇÃO
CENTRAL, 28 Dez. 18 / 05:00 am (ACI).- No
marco da festa dos Santos Inocentes, apresentamos 5 coisas que talvez não sabia
sobre estes mártires, cujas mortes seguem repercutindo na sociedade de hoje,
segundo artigo de Pe. Sergio Román, publicado no SIAME (Serviço Informativo da
Arquidiocese do México).
1. A história
Herodes
disse aos Magos do Oriente que ele estava muito interessado no rei que tinha
acabado de nascer e pediu-lhes para informá-lo sobre este rei em seu retorno
para também ir adorá-lo. A estrela guiou os Magos até a criança e, cumprida sua
missão, voltaram para seus países de origem por outros caminhos, pois um anjo
lhes avisou em sonhos que Herodes queria matar Jesus.
Desapontado
com os Magos, Herodes mandou matar todas as crianças menores de dois anos com o
desejo de acabar com aquele Rei nascido em Belém, que colocava em perigo seu
próprio reinado. Um genocídio. A matança dos inocentes. A Igreja os recorda no dia 28 de dezembro,
unidos aos Natal,
porque eles não morreram por Cristo, mas no lugar de Cristo.
2. Herodes, o Grande!
Assim se fazia chamar aquele rei da Palestina, fantoche do Império Romano. Foi
grande porque soube ganhar guerras e conquistar terras para o seu reino, mas
também por seus crimes: casou-se com Mariana, filha do sumo sacerdote Hircano
II. Temeroso de que desejavam o seu reino, mandou matar seu genro, José;
Salomé; o sumo sacerdote Hircano II; sua esposa Mariana; os irmãos dela,
Aristóbulo e Alexandra; seus próprios filhos, Aristóbulo, Alexander e
Antipatro.
Quando
ficou enfermo, mandou prender todos os personagens importantes de Jericó, com a
ordem de que assim que morresse, matassem-nos a flechadas. Quando Herodes
morreu, esta ordem não foi cumprida. Com esses dados, podemos compreender que
para ele foi fácil mandar matar os Santos Inocentes. Quantos foram? Hoje,
sabe-se que Belém não devia ter mais de mil habitantes e que a este número,
provavelmente, corresponderia uma população de 20 meninos.
3. A gruta de Belém
Santa
Helena, mãe do imperador Constantino, que deu paz aos cristãos no século IV,
construiu uma Basílica sobre a gruta de Belém, onde o Menino Jesus nasceu. Essa
Basílica, reconstruída, ainda existe e guarda em sua cripta a preciosa gruta
onde uma estrela de prata marca o lugar do santo nascimento. “Aqui nascei Jesus
Cristo de Maria, a Virgem”, diz a inscrição em latim.
A gruta
de Belém é um sistema de cavernas que se estendem debaixo da antiga basílica e
do templo católico de Santa Catarina. Em uma dessas cavernas foram encontrados
restos de crianças enterradas. O primeiro pensamento foi que eram os restos dos
Santos Inocentes, mas os caixões correspondiam a uma época muito posterior. De
todo modo, essa caverna foi dedicada à memória dos Santos Inocentes.
4. Ain Karen
Ain Karen
é uma cidade perto de Jerusalém. Segundo a tradição, é o lugar da “Visitação” e
do nascimento de João Batista. Este era mais velho do que Jesus apenas seis
meses e existe a lenda de que também ao ser vítima de Herodes. Perseguida por
soldados assassinos, sua mãe Isabel buscou uma rocha no monte atrás da qual
ocultou seu pequeno João antes que os soldados a alcançassem.
Quando os
soldados a alcançaram, procuraram até atrás da rocha, mas não viram nada.
Quando saíram, Isabel correu para buscar seu menino e descobriu que a rocha
tinha aberto um espaço para dar lugar em seu interior ao pequeno perseguido e,
assim, salvou João Batista. Na Basílica da Visitação, sobre o monte, guarda-se
uma estranha rocha que recorda esta história.
5. Os santos inocentes de hoje
A
celebração litúrgica deve nos recordar não apenas o fato histórico daquelas
crianças assassinadas no lugar de Cristo, mas também o acontecimento diário de
todos aqueles inocentes perseguidos e assassinados entre nós. Os humanos somos
capazes de monstruosidades que nos envergonham.
Seguimos
assassinando por motivos religiosos, políticos, econômicos e, cada vez que
denunciamos um desses crimes, clamamos indignados “Nunca mais!”, para, em
seguida, repetir a história. Não permaneçamos indiferentes ante esses
genocídios, despertemos em nós a solidariedade e unamos nossas vozes e nossas
ações às desses inocentes que seguem morrendo no lugar de Cristo.
(acidigital)
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