“Todo o universo é uma linguagem do amor de Deus, de seu afeto
sem medida por nós: terra, água, montanhas, tudo é carícia de Deus”, ressalta o
Papa. “Nossa biodiversidade, nosso alimento, nossa saúde” é o tema do Dia
Internacional da Biodiversidade deste ano, voltado a estimular a adesão de
todos às razões de uma tutela da diversidade, que requer mudanças nos estilos
de vida e hábitos de consumo das pessoas
Cidade do Vaticano
“Toda criatura tem uma
função, nenhuma é supérflua”, escreve o Papa Francisco num tuíte esta
quarta-feira, 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, instituído pela ONU
em 1992 para proteger a variedade dos organismos vivos animais e vegetais.
“Todo o universo é uma linguagem do amor de
Deus, de seu afeto sem medida por nós: terra, água, montanhas, tudo é carícia
de Deus”, ressalta o Santo Padre.
A biodiversidade é parte de nós
A ciência nos confirma
que “a diversidade biológica é vital para a saúde e o bem-estar do homem”:
recorda o secretário geral das Nações Unidas, António Guterres. “A qualidade da
água que bebemos, do alimento que comemos e do ar que respiramos depende da
manutenção de um mundo natural em boa saúde”, acrescenta.
Mais ainda, “a
biodiversidade é parte de nós, porque nós humanos somos parte da natureza”,
observa, por sua vez, a secretária executiva da Convenção sobre a
biodiversidade biológica, Cristina Paşca Palmer.
Mudar estilos e hábitos de consumo
“Nossa biodiversidade,
nosso alimento, nossa saúde” é o tema do Dia Internacional da Biodiversidade
deste ano, voltado a estimular a adesão de todos às razões de uma tutela da
diversidade, que requer mudanças nos estilos de vida e hábitos de consumo das
pessoas.
A Onu indica sete
objetivos: reduzir o consumo de carne; comer e adquirir alimentos quando estão
na época; comprar produtos alimentares locais; reduzir o desperdício de
alimento; separar os resíduos; reduzir as embalagens alimentares servindo-se de
sacolas reutilizáveis ou reutilizando confecções ou vasos de vidro; evitar o
plástico descartável como canudos de plástico, xícara de café, talheres,
vasilhames ou garrafas de água; promover a biodiversidade local e autóctone
para a alimentação e a nutrição.
As responsabilidades da política
Passaram-se 27 anos da
assinatura da Convenção sobre a biodiversidade, hoje ratificada por 196 países.
Foram feitas muitas ações, muitas em âmbito europeu, mas ainda são muitos os
objetivos a serem alcançados, afirma Federica Barbera, do Setor Áreas
protegidas e Biodiversidade da Liga-ambiente – associação ambientalista
italiana.
Alarme ONU: risco da perda de um milhão de espécies
Falando ao Vatican
News – Rádio Vaticano – sobre as ações mais urgentes a serem
empreendidas, disse-nos, citando o alarme da Onu, que corremos o risco de
perder cerca de 1 milhão de espécies a nível global, com taxas de extinção 100
vezes superior à média. Portanto, afirma, “é preciso absolutamente reforçar as
políticas comunitárias e levar adiante novos projetos de conservação ativa,
porque as causas de perda de biodiversidade são muitas: das mudanças climáticas
à poluição, à perda e fragmentação dos habitats, à demasiada exploração dos
recursos.
2021, eliminação, na Europa, do plástico descartável
Referindo-se ao Dia
Internacional da Biodiversidade 2019, disse-nos que a celebração deste ano se
dá logo após uma grande notícia: o Conselho da Europa deu a última aprovação
formal para a normativa sobre a eliminação do plástico descartável. A partir de
2021 não mais poderão ser utilizados pratos, copos e canudos desse material.
“Devemos mudar nossos
hábitos e o podemos fazer muito facilmente: basta substituir muitos
instrumentos, substituir produtos de plástico com materiais biodegradáveis ou
materiais reutilizáveis”, frisou ainda.
Reciclar mais e melhor
Barbera concluiu
afirmando que “certamente é importante utilizar menos plástico, mas também
eliminá-lo no modo correto: reciclar mais e melhor, usar produtos alternativos
e, obviamente, a regra elementar é jamais jogar alguma coisa no ambiente”.
(vaticannews)
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