REDAÇÃO CENTRAL,
03 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja recorda
neste dia 3 de maio os santos apóstolos Filipe e Tiago, que morreram como
mártires por causa de sua fé em Cristo.
São Filipe nasceu
em Betsaida e foi discípulo de São João Batista. Foi um dos primeiros apóstolos
chamados por Jesus. Foi ele quem perguntou a Jesus sobre a distribuição dos
pães: “Como vamos dar de comer a tanta gente?” (Jo 6,5-7). E também foi a ele
que recorreram os pagãos que queriam conhecer o Senhor (Jo 12 20-22). Além
disso, Filipe pediu a Cristo na Última Ceia: “mostra-nos o Pai” (Jo 14,8-11).
Filipe foi também
quem pediu permissão a Jesus para ir enterrar seu pai. “Segue-me e deixa que os
mortos enterrem seus mortos” (Mt 8,22), respondeu-lhe o Senhor.
Depois da
ascensão, Filipe recebeu o Espírito Santo em Pentecostes, junto com os outros apóstolos e
a Virgem Maria. Mais tarde, foi evangelizar a
região da Frígia, atual Turquia, Hungria, Ucrânia e Rússia oriental.
São Filipe foi
martirizado e morreu crucificado e apedrejado em Hierápolis. No século VI, as
relíquias do apóstolo foram levadas para Roma e colocadas na Basílica dos Doze
Apóstolos. O Martirológio da Idade Média celebrava sua festa no dia 1º de maio,
mas a data foi alterada para 3 de maio.
São Tiago é
chamado de “filho de Alfeu” e também é conhecido como “o primo do Senhor”,
porque sua mãe era parente da Virgem. A ele é creditada a autoria da primeira
epístola católica. Um de seus mais profundos e famosos provérbios é: “A fé sem
obras é morta”.
Também se encontra
nos Atos dos Apóstolos referências ao apóstolo assinalando que era muito
querido pela Igreja de Jerusalém e que o chamavam “o bispo de Jerusalém”. São
Paulo o considera em sua carta aos Gálatas, junto com São Pedro e São João, um
dos principais pilares da Igreja. Além disso, o apóstolo dos gentios diz que
depois de sua conversão foi visitar Pedro, mas não encontrou nenhum discípulo a
não ser São Tiago. Inclusive na última visita de São Paulo a Jerusalém, este
foi direto para a casa de São Tiago, onde se reuniu com todos os líderes da
Igreja de Jerusalém. (At 21,15).
Nos registros
históricos da época, São Tiago é chamado “O Santo”. Os fiéis asseguravam que
ele nunca tinha cometido um pecado grave, não bebia nem comia carne. O apóstolo
passava muito tempo orando e, por isso, teve calos nos joelhos.
Em suas orações,
pedia perdão a Deus pelos pecados do seu povo. Por essa razão, as pessoas o
chamavam “O que intercede pelo povo”. Essas ações comoveram muitos judeus que,
pelo exemplo de São Tiago, se converteram.
O êxito da sua
evangelização provocou indignação entre os fariseus e os escribas. Portanto, em
um dia de festa, o sumo sacerdote Anás II, aproveitando a multidão, disse: “Nós
rogamos que já que o povo sente por ti grande admiração, apresente-se diante da
multidão e lhes diga que Jesus não é o Messias ou redentor”. Frente a esse
pedido, São Tiago respondeu: “Jesus é o enviado de Deus para a salvação dos que
querem se salvar. E um dia o veremos sobre as nuvens, sentado à direita de
Deus”.
Os sumos
sacerdotes se enfureceram com essa resposta, pois temiam que todos os judeus se
convertessem ao cristianismo. Então, tomaram São Tiago, levaram-no para a parte
mais alta do templo para precipitá-lo lá de cima. De joelhos, ele rezava: “Deus
Pai, eu te rogo que os perdoe, porque não sabem o que fazem”.
(acidigital)
Sem comentários:
Enviar um comentário