sábado, 31 de agosto de 2019

Proteção dos oceanos - O Vídeo do Papa 9 - Setembro 2019

A intenção de Oração do Santo Padre para o mês de setembro



Na intenção de oração deste mês, o Santo Padre chama a atenção para os espaços que “contêm a maior parte da água do planeta e também a maior variedade de seres vivos”: os mares e oceanos. Preocupado com o estado atual de muitos mares e oceanos, o Papa pede a todos os católicos que rezem para que os políticos, cientistas e economistas trabalhem juntos para encontrar medidas de proteção.

Cidade do Vaticano

Foi divulgado, neste sábado (31/8), o “Vídeo do Papa” de setembro, onde o Santo Padre propõe, aos fiéis do mundo inteiro, sua intenção de oração para “a proteção dos mares e oceanos, muitos dos quais ameaçados por várias causas”.

Vídeo do Papa

No “Vídeo do Papa” para este mês de setembro, Francisco chama a atenção para os espaços que “contêm a maior parte da água do planeta e também a maior variedade de seres vivos”: os mares e oceanos.

Preocupado com o estado atual de muitos mares e oceanos, o Papa pede a todos os católicos que rezem para que os políticos, cientistas e economistas trabalhem juntos para encontrar medidas de proteção.

Coprodução do Vídeo

A edição do Vídeo do Papa este mês é uma coprodução entre Yann Arthus-Bertrand e sua equipe de Produção Esperança, La Machi - Comunicação para as Boas Causas, e o Vatican Media. É importante mencionar a trajetória cinematográfica e fotográfica de Bertrand, que sempre teve em vista o cuidado do planeta e dos oceanos. Além disso, este Vídeo é lançado em sintonia com o “Tempo da Criação”, uma celebração anual e universal, que une os cristãos do mundo inteiro, que, este ano, vai de 1º de setembro a 4 de outubro.

Cuidar dos mares e oceanos

Atualmente, 13 milhões de toneladas de plástico são jogadas nos oceanos, a cada ano, causando, entre outros, prejuízos e a morte de 100 mil espécies marinhas.
A gravidade disso consiste no fato de que a maioria dos plásticos permanece intacta, por décadas ou séculos. Além do mais, os plásticos, que se deterioram, acabam se tornando micro plásticos, que os peixes e os outros animais marinhos acabam ingerindo. Isto acarreta uma cadeia alimentar global contaminada.

Objetivos da ONU

Em seus “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, a ONU estabeleceu metas para combater esta triste situação, ciente de que os oceanos fornecem recursos naturais fundamentais, como alimentos, medicamentos, biocombustíveis e outros produtos; isto contribui para a decomposição molecular e a eliminação de resíduos e poluição e, seus ecossistemas costeiros, atuam como amortecedores para reduzir os prejuízos causados ​​por tempestades.

Desafio do Vídeo do Papa

Este “Vídeo do Papa” fala do grave desafio de proteger os oceanos. De fato, o fito-plâncton oceânico é responsável pela produção de mais da metade do oxigênio do planeta. Logo, pode-se dizer que os oceanos são um dos dois “pulmões” do mundo. Para enfrentar o problema da gestão injusta dos mares, é necessário uma “abordagem interdisciplinar”, que não pode ignorar a pessoa humana.

Nota do Padre Fornos

O Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, o jesuíta Padre Frédéric Fornos, recorda que, ano passado, para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, Francisco chamou a atenção para proteger os ecossistemas marítimos. Diante desta emergência, disse o Papa, somos chamados a comprometer-nos com uma mentalidade ativa, rezando, como se tudo dependesse da Providência divina, e trabalhando como se tudo dependesse de nós.

Padre Fornos diz ainda que, em setembro deste ano, Francisco nos convida a rezar e agir pela proteção dos oceanos e, de maneira especial, convida os católicos a se recordar que a “nossa solidariedade com a Casa comum nasce da nossa fé. A criação é um projeto do amor de Deus pela humanidade”.

Rede Mundial de Oração

A Rede Mundial de Oração do Papa, da qual o Padre Frédéric Fornos é diretor, é uma obra Pontifícia, cuja missão é mobilizar os católicos, mediante a oração e a ação, para os desafios da humanidade e da missão da Igreja. A sua missão insere-se na dinâmica do Coração de Jesus, uma missão de compaixão pelo mundo.

(vaticannews)

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Videomensagem do Papa Francisco a Moçambique

Palavra de Vida – agosto 2019




«Porque, onde estiver o vosso tesouro,
aí estará também o vosso coração»    (Lc 12, 34).

O “tesouro” é aquilo que tem mais valor, que nos dá segurança para o presente e para o futuro.
O “coração” é o que temos de mais íntimo, escondido, vital. É também o cofre dos nossos valores, a raiz das nossas escolhas concretas. É o lugar secreto onde se avalia o sentido da vida.
A que é que nós damos realmente o primeiro lugar? Qual é o nosso “tesouro”, pelo qual estamos prontos a deixar tudo o resto?
Na sociedade consumista, de cariz ocidental, tudo nos leva a acumular bens materiais, a centrar-nos nas nossas necessidades, ignorando as necessidades alheias, em nome do bem-estar material e da eficiência individual. Todavia, já o evangelista Lucas, num contexto cultural muito diferente, relata estas palavras de Jesus como um ensinamento decisivo e universal, para homens e mulheres de todos os tempos e de todas as latitudes.
«Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração».

O Evangelho de Lucas sublinha fortemente a necessidade de uma escolha radical, definitiva e típica do discípulo de Jesus: o verdadeiro Bem é Deus Pai, aquele que deve ocupar totalmente o coração do cristão, segundo o exemplo de Jesus. Esta escolha exclusiva implica a entrega confiante ao seu amor e a possibilidade de nos tornarmos realmente “ricos”, porque filhos de Deus e herdeiros do seu Reino.
É uma questão de liberdade: não nos deixarmos escravizar pelos bens materiais, mas sermos nós a manter o seu controlo.
Com efeito, a riqueza material pode ocupar o “coração” e gerar um desejo cada vez maior de possuir mais e mais, tornando-se uma verdadeira dependência. Pelo contrário, a esmola, a que somos convidados a dar neste passo do Evangelho (1), é uma questão de justiça, ditada pela misericórdia, que torna o “coração” mais leve, abrindo-o à igualdade fraterna.
Todo o cristão, pessoalmente, bem como toda a comunidade dos crentes, pode experimentar a verdadeira liberdade através da partilha dos bens materiais e espirituais com todos os necessitados: é este o estilo de vida cristão, que testemunha a verdadeira confiança no Pai e põe alicerces sólidos à civilização do amor.
«Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração».

Para nos libertar da escravidão do ter, Chiara deixou-nos uma sugestão luminosa: «Porque é que Jesus insiste tanto no desapego dos bens, até fazer disso uma condição indispensável para O poder seguir? Porque a primeira riqueza da nossa existência, o tesouro verdadeiro é Ele! (…) Ele quer-nos livres, com a alma desprendida de todos os apegos e de todas as preocupações, de modo a poder amá-Lo realmente com todo o coração, todo o pensamento e todas as forças. (…) Ele pede-nos que renunciemos aos bens, também porque quer que nos abramos aos outros (…). O modo mais simples de “renunciar” é “dar”. Dar a Deus, amando-O. (…)

E, para Lhe demonstrar este amor, amemos os nossos irmãos e irmãs, prontos a arriscar tudo por eles. Ainda que não nos possa parecer, temos muitas riquezas para pôr em comum: temos afeto no coração para dar, cordialidade para manifestar, alegria para comunicar; temos tempo para pôr à disposição, orações, riquezas interiores para colocar em comum; temos, às vezes, coisas, livros, roupas, automóveis, dinheiro (…). Dêmos sem demasiados raciocínios: “Mas eu posso precisar desta coisa um dia, numa outra ocasião (…)”. Tudo pode ser útil, mas, entretanto, “dando ouvidos” a estas sugestões, infiltram-se no nosso coração muitos apegos e criam-se sempre novas exigências. Não, procuremos ter apenas aquilo que é necessário. Temos que ter cuidado para não perdermos Jesus, por causa de uma quantia amealhada ou por causa de uma coisa que podemos dispensar» (2).
Marisa e Agostinho, casados há trinta e quatro anos, contam-nos: «Após oito anos de casados, tudo corria às mil maravilhas: a casa e o trabalho eram precisamente como sempre desejámos. Mas chegou uma proposta de deixar a Itália e transferirmo-nos para um país da América Latina, para apoiar uma jovem comunidade cristã. Ambos − entre mil vozes de trepidação, de incógnita perante o futuro, de pessoas que nos consideravam loucos − sentíamos que uma voz, em particular, nos dava uma grande paz. Era a proposta de Jesus: “Vem e segue-me”!
Decidimos fazê-lo. De repente, encontrámo-nos num ambiente completamente diferente daquele a que estávamos habituados. Faltavam-nos muitas coisas, mas sentíamos que em troca encontrávamos outras, como a riqueza do relacionamento com muitas pessoas. E também foi maravilhosa a experiência da Providência: uma noite organizámos uma pequena festa, em que cada família trazia algo de típico para o jantar. Nós tínhamos regressado de uma viagem à Itália, trazendo um magnífico queijo parmesão. Divididos entre o desejo de partilhar um pouco com as famílias e o pensamento de que rapidamente ficaríamos de novo sem nenhum, recordámo-nos da frase de Jesus: “Dai e ser-vos-á dado…” (Lc 6, 38). Olhámo-nos nos olhos e dissemos: deixámos a pátria, o trabalho, os parentes, e agora estamos agarrados a um pedaço de queijo! Cortámos uma parte e levámo-la. Dois dias depois, tocaram à campainha de casa: era um turista que não conhecíamos, amigo de amigos nossos, que nos trazia uma encomenda da parte deles. Abrimos: era um grande pedaço de parmesão… Aquela promessa de Jesus – “… uma medida cheia e transbordante será despejada no vosso regaço” – é mesmo verdadeira».
Letizia Magri

(focolares)

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Vaticano confirma ordenação de outro bispo na China


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Vaticano, 28 Ago. 19 / 11:35 am (ACI).- O Vaticano confirmou a ordenação de Dom Stefano Xu Hongwei nesta quarta-feira, 28 de agosto, como Bispo Coadjutor de Hanzhong, na província chinesa de Shaanxi, depois da consagração, na segunda-feira, do Bispo de Jining, Dom Antonio Yao Shun, após o acordo entre a Santa Sé e a China.
“Posso confirmar que Dom Stefano Xu Hongwei, consagrado hoje, 28 de agosto de 2019, Bispo Coadjutor de Hanzhong (Shaanxi) na China, também recebeu o Mandato Pontifício e que sua ordenação se realizou no marco do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, assinado em Pequim, em 22 de setembro de 2018”, assinalou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em um comunicado.
Segundo publicou ‘Asia News’, Dom Stefano Xu Hongwei, de 44 anos, recebeu a ordenação episcopal na Catedral de São Miguel, em Hanzhong, em uma cerimônia solene na qual todos os bispos da província de Shaanxi participaram junto com 80 sacerdotes, e que foi presidida pelo presidente do Conselho dos Bispos chineses, Dom Ma Yinglin, um dos sete prelados que tiveram a excomunhão suspensa pelo Papa Francisco após a assinatura do Acordo Provisório.
Em 22 de setembro de 2018, ao anunciar o Acordo, o Vaticano indicou que, em virtude do mesmo, decidiu "readmitir em plena comunhão eclesial os bispos ‘oficiais’ ordenados sem mandato pontifício", que ainda não estavam em comunhão com Roma.
O acordo "trata sobre a nomeação dos Bispos, um assunto de grande importância para a vida da Igreja, e cria as condições para uma colaboração mais ampla no nível bilateral", assinalou.
Com o Acordo Provisório, encerraram as décadas de desencontro diplomático entre a Igreja Católica e o governo chinês que levaram à divisão da comunidade católica entre os fiéis à Igreja em comunhão com Roma, que continuava funcionando de forma clandestina, e a Igreja oficial, reconhecida e controlada pelas autoridades comunistas chinesas.
A ordenação de Dom Xu Hongwei é, portanto, a segunda ordenação episcopal que ocorre na China no marco do Acordo Provisório.
Na cerimônia, que contou com a participação de milhares de pessoas, foi lido o documento do Conselho dos Bispos da China, pelo qual o novo Bispo é nomeado.
Biografia
Dom Stefano Xu Hongwei nasceu em 16 de janeiro de 1975. Formou-se como sacerdote nos seminários de Minnan e de Xian e, em julho de 2002, recebeu a ordenação sacerdotal na Diocese de Hanzhong.
Entre 2004 e 2008, estudou na Pontifícia Universidade Urbananiana, em Roma, e posteriormente continuou seus estudos na Diocese de Vancouver, no Canadá. Em abril de 2010, foi nomeado pároco da Catedral de West Street, no distrito de Hantai.

(acidigital)

Hoje é celebrado o Martírio de São João Batista, decapitado por anunciar a Verdade





REDAÇÃO CENTRAL, 29 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “Na verdade, vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista”. Assim se referiu Jesus Cristo ao seu primo, o qual morreu decapitado por anunciar a Verdade, fato que é recordado neste dia 29 de agosto, quando a IgrejaCatólica celebra o Martírio de São João Batista.
Em sua audiência geral de 29 de agosto de 2012, o Papa Bento XVI destacou que João Batista é o único santo na Igreja – além do próprio Jesus Cristo e da Virgem Maria – do qual se celebra tanto o nascimento (24 de junho), como a sua morte, ocorrida através do martírio.
Mas esta memória “remonta à dedicação de uma cripta de Sebaste, em Samaria onde, já em meados do século IV, se venerava a sua cabeça. Depois, o culto se estendeu a Jerusalém, às Igrejas do Oriente e a Roma, com o título de Degolação de São João Batista”, explicou.
O Papa Ratzinger acrescentou que “no Martirológio romano faz-se referência a uma segunda descoberta da preciosa relíquia, transportada naquela ocasião para a igreja de São Silvestre no Campo de Marte, em Roma. Estas breves referências históricas ajudam-nos a compreender como é antiga e profunda a veneração de São João Batista”.
Sobre São João Batista há narrações nos Evangelhos, em particular de Lucas, que fala de seu nascimento, vida no deserto, pregação, e de Marcos, que menciona sua morte.
Pelo Evangelho e pela tradição é possível reconstruir a vida do Precursor. Negou categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, o qual assinalou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas margens do Rio Jordão como o Cordeiro de Deus, aquele de quem não era digno de desatar as sandálias.
Sua figura parece ir se desfazendo à medida que vai surgindo “o mais forte”, Jesus. Todavia, “o maior dentre os profetas” não cessou de fazer ouvir a sua voz onde fosse necessária para consertar os sinuosos caminhos do mal.
João Batista reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e da cunhada Herodíades, com quem tinha uma relação adúltera. Mas, a suscetibilidade de ambos lhe custou a prisão em Maqueronte, na margem oriental do mar Morto.
O relato da morte de São João Batista está no Evangelho de São Marcos, capítulo 6, versículos 17 a 29, no qual narra o banquete oferecido por Herodes pelo seu aniversário, onde a filha de Herodíades dançou.
Herodes gostou tanto da dança que prometeu a jovem que cumpriria qualquer pedido que ela fizesse. Ela, então, por sugestão de sua mãe, pediu a cabeça de João Batista, que lhe foi entregue em um prato.
Para o Papa emérito, “celebrar o martírio de São João Batista recorda-nos, também a nós cristãos deste nosso tempo, que não se pode comprometer o amor a Cristo, à sua Palavra e à Verdade. A Verdade é a Verdade, não há comprometimentos”.
O Papa Francisco, ao falar sobre a vida de São João Batista em fevereiro de 2015, recordou os “mártires dos nossos dias, aqueles homens, mulheres e crianças que são perseguidos, odiados, expulsos das casas, torturados, massacrados”. O Pontífice sublinhou que esses mártires “terminam sua vida sob a autoridade corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo”.

(acidigital)