Vaticano,
18 Ago. 19 / 07:25 pm (ACI).-
O Papa Francisco recordou que é uma incoerência chamar-se cristão e ir a um
adivinho que preveja o futuro: “Isso é superstição, não é de Deus”, assegurou.
“Quantos
que se dizem cristãos vão a um adivinho que lhe leiam a mão”, lamentou em sua
reflexão prévia à oração do Ângelus deste domingo 18 de agosto na praça de São
Pedro do Vaticano.
Em sua
catequese, o Santo Padre fez um chamado à coerência dos cristãos com o
Evangelho.
“Trata-se”,
afirmou o Pontífice, “de não viver de maneira hipócrita, mas sim de estar
dispostos a pagar o preço da eleição coerente com o Evangelho. Essa é a atitude
que cada um de nós deveria procurar na vida:
coerência, e pagar o preço de ser coerente com o Evangelho”.
Nesse sentido, recordou as palavras de Jesus no Evangelho deste domingo, “as
quais podem resultar desconcertantes à primeira vista”: “Acham que estou aqui
para trazer paz à terra? Não, asseguro-lhes, vim trazer a divisão”.
O Papa
explicou Jesus deveu separar “o bem do mal, o justo do injusto. Nesse sentido
veio ‘dividir’, a pôr em ‘crise’ a vida de seus discípulos, rompendo as fáceis
ilusões de quantos acreditam que podem conjugar vida cristã e compromissos de
todo tipo, práticas religiosas e atitudes contra o próximo, conjugar a
verdadeira religiosidade com as práticas supersticiosas”.
“Jesus
revela a seus amigos, e também a nós, seu desejo mais ardente: levar sobre a
terra o fogo do amor do Pai que acende a vida e mediante o qual o homem foi
salvado. Jesus nos chama a difundir no mundo este fogo, graças ao qual seremos
reconhecidos como seus verdadeiros discípulos”.
O
testemunho do Evangelho “queima toda forma de particularismo e mantém a
caridade aberta a todos, com uma única preferência: a preferência pelos mais
pobres e excluídos”.
“A adesão
ao fogo do amor que Jesus levou sobre a terra envolve toda nossa existência e
requer a adoração a Deus e também uma disponibilidade a servir ao próximo”.
“Para
viver segundo o espírito do Evangelho é preciso que, sempre frente a novas
necessidades que se apresentam no mundo, haja discípulos de Cristo que saibam
responder com novas iniciativas de caridade”.
(acidigital)
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