REDAÇÃO
CENTRAL, 29 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “Na verdade, vos digo, dentre os
nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista”. Assim se referiu Jesus
Cristo ao seu primo, o qual morreu decapitado por anunciar a Verdade, fato que
é recordado neste dia 29 de agosto, quando a IgrejaCatólica
celebra o Martírio de São João Batista.
Em
sua audiência geral de 29 de agosto de 2012, o Papa Bento XVI destacou
que João Batista é o único santo na Igreja – além do próprio Jesus Cristo e da Virgem Maria –
do qual se celebra tanto o nascimento (24 de junho), como a sua morte, ocorrida
através do martírio.
Mas esta
memória “remonta à dedicação de uma cripta de Sebaste, em Samaria onde, já em
meados do século IV, se venerava a sua cabeça. Depois, o culto se estendeu a
Jerusalém, às Igrejas do Oriente e a Roma, com o título de Degolação de São
João Batista”, explicou.
O Papa
Ratzinger acrescentou que “no Martirológio romano faz-se referência a uma
segunda descoberta da preciosa relíquia, transportada naquela ocasião para a
igreja de São Silvestre no Campo de Marte, em Roma. Estas breves referências
históricas ajudam-nos a compreender como é antiga e profunda a veneração de São
João Batista”.
Sobre São João Batista há narrações nos Evangelhos, em particular de Lucas, que
fala de seu nascimento, vida no
deserto, pregação, e de Marcos, que menciona sua morte.
Pelo
Evangelho e pela tradição é possível reconstruir a vida do Precursor. Negou
categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, o
qual assinalou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas
margens do Rio Jordão como o Cordeiro de Deus, aquele de quem não era digno de
desatar as sandálias.
Sua
figura parece ir se desfazendo à medida que vai surgindo “o mais forte”, Jesus.
Todavia, “o maior dentre os profetas” não cessou de fazer ouvir a sua voz onde
fosse necessária para consertar os sinuosos caminhos do mal.
João
Batista reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e
da cunhada Herodíades, com quem tinha uma relação adúltera. Mas, a
suscetibilidade de ambos lhe custou a prisão em Maqueronte, na margem oriental
do mar Morto.
O relato
da morte de São João Batista está no Evangelho de São Marcos, capítulo 6,
versículos 17 a 29, no qual narra o banquete oferecido por Herodes pelo seu
aniversário, onde a filha de Herodíades dançou.
Herodes
gostou tanto da dança que prometeu a jovem que cumpriria qualquer pedido que
ela fizesse. Ela, então, por sugestão de sua mãe, pediu a cabeça de João
Batista, que lhe foi entregue em um prato.
Para o
Papa emérito, “celebrar o martírio de São João Batista recorda-nos, também a
nós cristãos deste nosso tempo, que não se pode comprometer o amor a Cristo, à
sua Palavra e à Verdade. A Verdade é a Verdade, não há comprometimentos”.
O Papa
Francisco, ao falar sobre a vida de São João Batista em fevereiro de 2015,
recordou os “mártires dos nossos dias, aqueles homens, mulheres e crianças que
são perseguidos, odiados, expulsos das casas, torturados, massacrados”. O
Pontífice sublinhou que esses mártires “terminam sua vida sob a autoridade
corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo”.
(acidigital)
Sem comentários:
Enviar um comentário