O tempo feio em Roma nesta tarde de sexta-feira (15) não impediu
que Francisco se deslocasse até a Praça São Pedro. O Pontífice chegou de
surpresa ao Posto de Saúde instalado no local desde o início da semana, que
atende gratuitamente os pobres e mais necessitados. Quem estava fazendo exames
naquele momento se sentiu privilegiado por encontrar o Papa que, em seguida,
inaugurou um novo Centro de Acolhimento diurno e noturno para moradores de rua.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Não bastasse o dia com a
agenda cheia de compromissos, o Papa Francisco enfrentou o mau tempo e as chuvas
torrenciais da tarde desta sexta-feira (15) em Roma para se deslocar até a
Praça São Pedro onde está instalado um Posto de Saúde. Desde o início do
semana, 8 ambulatórios atendem gratuitamente no local os pobres e mais
necessitados, por ocasião do Dia Mundial dos Pobres, comemorado no domingo
(17).
A visita-surpresa,
caracterizada justamente pelas Sextas-Feiras da Misericórdia do Papa Francisco,
foi emocionante sobretudo para quem estava no local, fazendo exames, na hora em
que o Pontífice chegou, pouco depois das 16h. O Pontífice foi acolhido com
calorosos aplausos e todos querendo saudá-lo e abraça-lo.
Na visita a essa espécie
de “hospital temporâneo”, o Papa estava acompanhado do presidente do Pontifício
Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, que
apresentou ao Pontífice os médicos, enfermeiros e voluntários que trabalham nos
8 ambulatórios. Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé,
Francisco ficou muito satisfeito com a estrutura montada para oferecer um
verdadeiro serviço de emergência. O Pontífice também recebeu palavras de
agradecimento por parte dos profissionais sanitários que realizam um trabalho
voluntário, alguns inclusive que decidiram pegar dias de férias para poder
compartilhar a experiência em favor de tantos necessitados.
O Papa Francisco fez uma
breve oração, saudou de novo todos os presentes e concluiu a sua
visita-surpresa, em meio a muita gratidão e alegria dentro do Posto de Saúde.
Segundo a Sala de
Imprensa da Santa Sé, centenas de pobres estão usufruindo todos os dias dos
serviços especializados, disponíveis aos pobres até domingo (17), que seguem a
orientação da Associação Nacional dos Médicos Genéricos, com o auxílio das
Enfermeiras da Cruz Vermelha.
Papa
inaugura Centro de Acolhimento para moradores de rua
Depois de visitar o Posto
de Saúde, o Papa foi inaugurar o Centro de Acolhimento para moradores de rua
que vai atender tanto de dia como de noite no Palácio Migliori.
O edifício do Vaticano de quatro andares,
dotado de um elevador para facilitar o acesso de idosos e pessoas com algum
tipo de deficiência, foi construído em 1800 e fica a poucos metros da Colunata
da Praça São Pedro. O local, confiado à Elemosineria Apostólica, tem capacidade
para receber 50 pessoas e será administrado pela Comunidade de Sant’Egidio, uma
organização italiana não-governamental.
No local, Francisco foi
acolhido pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro do Papa, que conduziu a uma
breve visita ao local, inclusive à capela do Centro de Acolhimento dedicada a
São Jorge. “A beleza cura”, expressou Francisco ao contemplar os ambientes bem
decorados.
Segundo um comunicado da
Sala de Imprensa da Santa Sé, depois o Papa visitou o andares dedicados aos
quartos e ao refeitório, onde aproveitou para fazer um lanche com algumas
pessoas que vivem no local e também com voluntários – entre eles, alguns que
moravam pela estrada e que agora encontraram um trabalho e uma renda estável e
se empenham como voluntários na estrutura.
Durante o rápido encontro
com eles, o Papa falou da cultura do descarte e da necessidade de recuperar um
sentido de responsabilidade pelos pobres. Francisco também escutou a história
de vida dos voluntários, que há muitos anos levam o jantar a quem vive pela
estrada, e as dificuldades enfrentadas para organizar os funerais deles.
Enfim, o Papa Francisco
também lembrou durante a conversa que, quando era jovem, tinha o hábito de
deixar um prato pronto durante as refeições, especialmente nos dias de festa,
para quem precisasse. Dessa forma, o Pontífice mostrava a necessidade de
“educar os jovens à compaixão”.
(vaticannews)
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