sábado, 16 de novembro de 2019

Papa surpreende os pobres ao visitar Posto de Saúde e inaugurar Centro de Acolhimento



O tempo feio em Roma nesta tarde de sexta-feira (15) não impediu que Francisco se deslocasse até a Praça São Pedro. O Pontífice chegou de surpresa ao Posto de Saúde instalado no local desde o início da semana, que atende gratuitamente os pobres e mais necessitados. Quem estava fazendo exames naquele momento se sentiu privilegiado por encontrar o Papa que, em seguida, inaugurou um novo Centro de Acolhimento diurno e noturno para moradores de rua.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

Não bastasse o dia com a agenda cheia de compromissos, o Papa Francisco enfrentou o mau tempo e as chuvas torrenciais da tarde desta sexta-feira (15) em Roma para se deslocar até a Praça São Pedro onde está instalado um Posto de Saúde. Desde o início do semana, 8 ambulatórios atendem gratuitamente no local os pobres e mais necessitados, por ocasião do Dia Mundial dos Pobres, comemorado no domingo (17).

A visita-surpresa, caracterizada justamente pelas Sextas-Feiras da Misericórdia do Papa Francisco, foi emocionante sobretudo para quem estava no local, fazendo exames, na hora em que o Pontífice chegou, pouco depois das 16h. O Pontífice foi acolhido com calorosos aplausos e todos querendo saudá-lo e abraça-lo.


Na visita a essa espécie de “hospital temporâneo”, o Papa estava acompanhado do presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, que apresentou ao Pontífice os médicos, enfermeiros e voluntários que trabalham nos 8 ambulatórios. Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco ficou muito satisfeito com a estrutura montada para oferecer um verdadeiro serviço de emergência. O Pontífice também recebeu palavras de agradecimento por parte dos profissionais sanitários que realizam um trabalho voluntário, alguns inclusive que decidiram pegar dias de férias para poder compartilhar a experiência em favor de tantos necessitados.

O Papa Francisco fez uma breve oração, saudou de novo todos os presentes e concluiu a sua visita-surpresa, em meio a muita gratidão e alegria dentro do Posto de Saúde.

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, centenas de pobres estão usufruindo todos os dias dos serviços especializados, disponíveis aos pobres até domingo (17), que seguem a orientação da Associação Nacional dos Médicos Genéricos, com o auxílio das Enfermeiras da Cruz Vermelha.
Papa inaugura Centro de Acolhimento para moradores de rua

Depois de visitar o Posto de Saúde, o Papa foi inaugurar o Centro de Acolhimento para moradores de rua que vai atender tanto de dia como de noite no Palácio Migliori.

 O edifício do Vaticano de quatro andares, dotado de um elevador para facilitar o acesso de idosos e pessoas com algum tipo de deficiência, foi construído em 1800 e fica a poucos metros da Colunata da Praça São Pedro. O local, confiado à Elemosineria Apostólica, tem capacidade para receber 50 pessoas e será administrado pela Comunidade de Sant’Egidio, uma organização italiana não-governamental.

No local, Francisco foi acolhido pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro do Papa, que conduziu a uma breve visita ao local, inclusive à capela do Centro de Acolhimento dedicada a São Jorge. “A beleza cura”, expressou Francisco ao contemplar os ambientes bem decorados.

Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, depois o Papa visitou o andares dedicados aos quartos e ao refeitório, onde aproveitou para fazer um lanche com algumas pessoas que vivem no local e também com voluntários – entre eles, alguns que moravam pela estrada e que agora encontraram um trabalho e uma renda estável e se empenham como voluntários na estrutura.

Durante o rápido encontro com eles, o Papa falou da cultura do descarte e da necessidade de recuperar um sentido de responsabilidade pelos pobres. Francisco também escutou a história de vida dos voluntários, que há muitos anos levam o jantar a quem vive pela estrada, e as dificuldades enfrentadas para organizar os funerais deles.

Enfim, o Papa Francisco também lembrou durante a conversa que, quando era jovem, tinha o hábito de deixar um prato pronto durante as refeições, especialmente nos dias de festa, para quem precisasse. Dessa forma, o Pontífice mostrava a necessidade de “educar os jovens à compaixão”.

(vaticannews)

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