sexta-feira, 14 de maio de 2021

Conflito na Faixa de Gaza agrava-se com mais bombardeamentos.


Israel alega "falha de comunicação" e desmente ter tropas no terreno


O exército israelita tinha avançado, na madrugada de sexta-feira, ter já "tropas aéreas e terrestres" na Faixa de Gaza mas, poucas horas depois, um porta-voz do exército veio dizer que afinal não há militares em Gaza, apenas artilharia mais perto da fronteira

O conflito militar contra o movimento islâmico xiita Hamas intensificou-se na madrugada de sexta-feira e rapidamente se espalhou a notícia de que as tropas israelitas já estaria na Faixa de Gaza, território palestiniano, até porque isso mesmo escreveu o exército no Twitter: "As tropas aéreas e terrestres das Forças de Defesa de Israel estão atualmente a atacar na Faixa de Gaza", dizia a publicação, que continuava na página oficial das IDF por volta da 1h30 da manhã, hora de Portugal Continental.

Num sinal de que o conflito pode escalar ainda mais, o ministro da Defesa de Israel já aprovou a mobilização de mais 9000 soldados reservistas. Segundo o porta-voz militar de Israel, está já a concentrar-se um reforço de efetivos na fronteira com a Faixa de Gaza. Há ainda veículos blindados e artilharia a postos para serem "mobilizados a qualquer momento".

O primeiro-ministro de Israel escreveu, entretanto, no Twitter que "a última palavra ainda não foi dita" e que esta operação militar "vai continuar enquanto for necessário". Numa outra declaração gravada em vídeo, Benjamin Netanyahu avisou: "Eu disse que iríamos cobrar um preço muito elevado ao Hamas. Estamos a fazer isso e vamos continuar a fazer isso com toda a força".

Por outro lado, o Hamas diz que "qualquer incursão terrestre em qualquer área da Faixa de Gaza será uma oportunidade para aumentar o número de mortos e prisioneiros entre o inimigo".

O conflito entre palestinianos e israelitas está a agravar-se, assistindo-se à pior escalada de violência nos últimos sete anos. Já morreram pelo menos 87 palestinianos, entre eles 18 crianças e oito mulheres, segundo o Ministério de Saúde do enclave.

Israel anunciou a morte de sete pessoas no seu território, incluindo um soldado atingido por um míssil antitanque e uma criança de seis anos atingida por um 'rocket'.

Muitas famílias que vivem em zonas próximas da fronteira abandonaram as suas casas e procuram abrigo em escolas geridas pela Organização das Nações Unidas.

A violência também já alastrou às comunidades mistas de judeus e árabes em Israel, uma nova frente no longo conflito. Sinagogas foram atacadas e os combates irromperam nas ruas de algumas cidades, levando o presidente de Israel a alertar para a possibilidade de uma guerra civil. Têm-se registado ataques dirigidos a pessoas sozinhas, anto a judeus quanto a árabes, apanhados por multidões na rua, espancados com muita gravidade.


Nota: este artigo foi atualizado com informação sobre o desmentido de Israel sobre a entrada de forças na Faixa de Gaza



EXPRESSO INTERNACIONAL


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