REDAÇÃO CENTRAL, 03 Out. 22 / 06:00 am (ACI).- “Mártires da fé, filhos do Rio Grande, homens e mulheres, jovens e meninos. Pelo bom pastor deram o seu sangue, nossa Igreja em festa canta os seus hinos”, diz o refrão do hino dedicado aos Protomártires do Brasil, os quais celebramos hoje (3)
Padre André de Soveral, padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros 27 companheiros morreram por defender a fé diante daqueles que queriam impedi-los de praticá-la.
A história desses homens remonta ao período em que holandeses calvinistas ocuparam territórios do nordeste do Brasil, entre 1630 e 1654. Na época, quiseram obrigar os católicos a se converterem ao calvinismo e proibiram a celebração da Santa Missa.
Então, em 16 de julho de 1645, o padre André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Eles participavam da Missa na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, município de Canguaretama (RN).
Três meses depois, em 3 de outubro de 1645, houve o massacre em Uruaçu, onde foram mortos padre Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus Moreira, o qual, segundo relatos, teve o coração arrancado pelas costas, mas, antes de morrer pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.
O nome de protomártires foi dado na ocasião da visita do papa João Paulo II, em 13 de outubro de 1991, na Missa de encerramento do XII Congresso Eucarístico, ocorrido em Natal.
Padre André de Soveral, padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros 27 companheiros foram beatificados por são João Paulo II, em 5 de março de 2000.
Em 15 de outubro de 2017, os protomártires foram canonizados junto com outros 5 beatos pelo papa Francisco, em Missa na Praça de São Pedro, no Vaticano, quando destacou que “eles não disseram ‘sim’ ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim”.
(acidigital)
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