quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Serenata
Caros Amigos.
Depois de dois dias cinzentos, vividos num outono invernoso de muita chuva e vento,
sabe-me bem fechar os olhos e sonhar com um ambiente primaveril
com muito chilreio e cor.
Encontrei esta "serenata" e quis partilhá-la.
Uma nota apenas: no final da serenata, abriu-se a gaiola e o passarinho voou...
Abraço.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
“SERÃO DOIS NUMA SÓ CARNE”
Partilha
O furação ou
tempestade tropical, ou seja lá o que for, está passando por aqui com chuva
forte e vento que nos leva pelos ares... a luminosidade é o cinza escuro. Mas
estamos habituados a estes maus humores...
É, todavia um pretexto para ficar mais por casa e, assim
sendo, pensar melhor na Palavra de Deus que acabei de proclamar na Sé – Ef
5,21-33 – e que só agora entrou no meu coração, porque é um texto difícil de
entender! Há que fazer a pontuação correta, senão damos-lhe outro sentido.
O que ressalto, é que não queria ser marido, porque o Senhor
é muito exigente com os maridos! Pede-lhes muito, tudo! O marido tem de amar a
esposa, com o mesmo amor com que Cristo ama a Igreja, por quem deu a vida para
a resgatar do pecado e salvá-la! Que amor sem tamanho! Que dimensão!
Quanto à esposa, exige-se obviamente, que corresponda a este
amor. Sendo nós comparadas com a Igreja – sem merecimento, acho – temos como
cabeça, Cristo e é o marido que toma esse papel na família. Ele merece amor e
respeito. Afinal, deixámos pai e mãe para nos ligarmos ao nosso marido por amor
e nos tornamos uma só carne com ele, através dos nossos filhos, que são o
“produto” dessa união dos corpos e do espírito.
É muito linda esta dimensão amorosa que nos diviniza, porque
Cristo morreu e ressuscitou para sermos santos já aqui na terra, por isso nos
preparou para isso, faz tempo ...
É tempo de pensarmos o nosso matrimónio com a serenidade das
coisas simples e naturais.
PASSA UM DIA ALEGRE
domingo, 28 de outubro de 2012
HOJE É O DIA DO SENHOR
XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM
"Quero ver de novo"
Nos momentos de
trevas em nossa vida,
a Palavra de Deus
é sempre uma Luz,
que ilumina a
nossa caminhada na fé.
Na 1ª Leitura, Jeremias anuncia um sinal
de luz
para o povo
sofrido, que vivia nas trevas do exílio:
"Coxos e
cegos, mulheres grávidas e que deram à luz" retornam à pátria,
guiados por Deus,
que cuida deles com cuidados de pai. (Jr 31,7-9)
- É um apelo à
esperança e confiança em Deus.
A 2ª Leitura destaca que Jesus é o Sumo
Sacerdote,
mediador entre
Deus e a Humanidade. (Hb 5,1-6)
No Evangelho,
Jesus dá a um cego a luz da visão e da fé. (Mc 10,46-52)
O núcleo central
do evangelho de Marcos, que refletimos nesse ano,
é uma caminhada de
Jesus para Jerusalém, onde será morto e ressuscitará.
No texto de hoje, temos
o último Milagre e última Catequese de Jesus, encerrando sua
caminhada para Jerusalém.
Os APÓSTOLOS estavam
"cegos" e necessitavam de "Luz":
aceitavam Jesus
como Messias, mas não aceitavam a cruz.
- Perto de Jericó,
um cego, sentado "à beira da estrada",
informou-se de que
Jesus estava passando e gritou por socorro:
"Filho de Davi, tem piedade de mim". ("Filho
de Davi": título messiânico)
- CRISTO parou e
chamou-o.
- O cego jogou
longe o manto e as moedas, e "saltou" ao encontro de Jesus.
- Cristo tomou a
iniciativa: "O que você está
querendo?"
- "Mestre, eu quero ver de novo",
respondeu o cego.
- E Jesus afirmou:
"Vai, a tua fé te salvou".
- E o cego,
duplamente "iluminado" por Cristo,
tornou-se um seguidor de Jesus no
caminho a Jerusalém.
Esse episódio,
mais do que uma crônica, é uma CATEQUESE
BATISMAL:
- JESUS se manifesta, passa pelo
caminho do cego...
- O CEGO não vê, mas percebe a presença
do Senhor e acolhe o convite...
- Trava-se o diálogo...
- O cego recebe a visão da fé e segue
Jesus pelo caminho até o Calvário.
+ Quem era o
cego Bartimeu?
Um cego, à beira
do caminho, marginalizado como tantos ainda hoje...
O encontro
aconteceu "ao longo do CAMINHO". ("Caminho": cristianismo)
O cego não estava
no caminho, estava à margem da religião e da vida.
No final, também
Bartimeu seguiu Jesus "no
caminho".
* A Cura de
Bartimeu é mais do que a história de um cego...
É o caminho da FÉ, dos que querem VER e
SEGUIR Jesus.
+ O que faz o cego?
- Está atento à
passagem de Cristo...
- Toma consciência
de sua situação e decide sair dela.
- Supera o medo, a
vergonha, começa a gritar, pede ajuda:
- Não desanima
diante das contrariedades, continua procurando a Luz…
mesmo quando o povo manda que se cale…
- E quando Jesus o
chama: dá um pulo, joga o manto para longe e
corre ao encontro daquele que podia restituir
a vista.
- Saiu da margem
do caminho e se pôs no caminho com o Mestre.
* Joga
fora o Manto, em que recolhia as esmolas...
Para o pobre mendigo, o manto era a sua riqueza,
a sua casa, o seu abrigo.
- Quais são os obstáculos
que impedem tanta gente, que quer enxergar,
de se aproximar mais de Cristo e de sua
Igreja?
Talvez as nossas discórdias internas, a falta
de unidade dos cristãos,
talvez uma falta de acolhimento, também uma
linguagem complicada,
talvez um chamado mais carinhoso?
* Dá
um "Salto" ao encontro de Jesus:
É um gesto significativo "pular" para
um cego que "não vê"...
Mas Bartimeu entendeu que Cristo podia
curá-lo.
Por isso, jogou o manto, deu um
"Pulo" e se aproximou de Jesus.
+ Que tipos
de pessoas o cego encontra?
- Uns atrapalham:
tentam abafar o seu grito... mandam que se cale...
- Outros ajudam,
animam: "Coragem, ele TE CHAMA..."
- Jesus ESCUTA o grito sofrido e
confiante do cego, PÁRA e LIBERTA:
Da margem, Jesus o coloca no centro do
caminho.
Dá a
luz da VISÃO e a luz da FÉ.
+ E Nós o que podemos fazer?
1) Descobrir as nossas cegueiras:
Cegos são todos os que "não
vêem" no seu coração as coisas importantes,
não reconhecem a presença e o amor de
Deus e vivem na escuridão.
- Quais
são as nossas cegueiras, que devemos apresentar a Cristo,
para que ele nos cure e nos dê a verdadeira
Luz?
2) Perseverar na Oração
como Bartimeu.
- Somos pacientes e perseverantes na
oração?
3) Seguir Jesus no Caminho:
Na Igreja primitiva, "o Caminho" significava o cristianismo.
Os "seguidores
do Caminho" eram os cristãos.
O cego curado seguiu Jesus pelo caminho,
tornou-se um "Discípulo".
Para ser "Discípulo" precisa
querer VER e decidir CAMINHAR.
Não basta a euforia do primeiro encontro.
Façamos nossa, a
oração do cego: "Mestre, eu quero ver de novo!…"
Pe. Antônio Geraldo Dalla
Costa - 28.10.2012
sábado, 27 de outubro de 2012
Publicada a Mensagem do Sínodo dos Bispos ao Povo de Deus
Evangelização:
Uma Resposta à "sede"
dos homens de todo tempo e lugar
Luca
Marcolivio
CIDADE DO VATICANO,
sexta-feira, 26 de outubro de 2012 (ZENIT.org)
– A Mensagem final da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã foi apresentada
nesta manhã na sala de imprensa do Vaticano. O texto foi dividido em 14 pontos.
O documento abre com uma
referência ao encontro de Jesus com a Samaritana junto do poço, trazendo
a ânfora vazia (cf. Jo 4:5-42): é uma referência para a "sede" dos
homens de todos os tempos, muitos “são os poços”, mas é preciso "discernir
" para não correr o risco de ruinosas desilusões.
Reconhecendo Cristo como
o único portador da "água que dá a vida verdadeira e eterna" e
convertendo-se, a mulher samaritana "tornou-se mensageira da salvação e
conduz para Jesus toda a cidade”.
Conduzir os homens a
Cristo é uma emergência que envolve os cristãos de qualquer tempo e lugar.
Hoje, em especial, é necessário “reavivar a fé que corre o risco de ser
ofuscada”. Na "mudança de cenários sociais e culturais" todo cristão
é chamado a viver de modo renovado a experiência comunitária de fé e o anúncio
através de uma evangelização renovada em seu ardor e seus métodos.
A fé se concretiza “no
relacionamento que estabelecemos com a pessoa de Jesus, que primeiro vem a
nós”. Na Igreja, "espaço que Cristo oferece na história para
encontrá-lo", é importante dar vida a uma “comunidade acolhedora, onde
todos os marginalizados encontrem sua casa para experiências concretas de
comunhão, que, pelo ardor do amor [...] atraem o olhar desencantado da
humanidade contemporânea".
Isso não quer dizer
inventar "novas estratégias", mas redescobrir as Escrituras -
que os Padres sinodais recomendam a "leitura frequente" -
especialmente a "vida de Jesus" e a maneira através da qual as
pessoas se aproximaram Dele e por Ele se sentiram chamadas e adaptadas às
condições do nosso tempo.
O ponto de partida da
evangelização está em "evangelizar a nós mesmos", dispondo-nos
a conversão. "Sabemos - escrevem os Padres sinodais - que devemos
reconhecer humildemente nossa vulnerabilidade às feridas da história e não
hesitar em reconhecer os nossos pecados pessoais".
Ao mesmo tempo, temos que
confiar em uma renovação cuja fonte é "a força do Espírito do Senhor"
e, portanto não depender exclusivamente da nossa força humana limitada. É nosso
dever "vencer o medo com a fé, o desânimo com a esperança, a indiferença
com o amor”.
Quando temos consciência
de que o Senhor venceu a morte e que Seu Espírito opera poderosamente na
história, “não há espaço para o pessimismo”. "A nossa Igreja é viva
e enfrenta com a coragem da fé e do testemunho de tantos de seus filhos os
desafios da história", lê-se na mensagem,
A evangelização sempre
teve como "lugar natural" a família que "é atravessada
por toda parte por fatores de crise, cercada por modelos de vida que a
penalizam" e, por esta razão, deve ser dado um "tratamento
especial" em vista da missão que ocupa na Igreja.
Os Padres sinodais não
negligenciaram o fenômeno da ‘convivência’ e as "situações familiares
irregulares construídas após o fim de casamentos anteriores: acontecimentos
dolorosos em que também sofre a educação à fé dos filhos". A Igreja também
ama estes irmãos e as comunidades devem ser “acolhedoras para com aqueles que
vivem em tais situações" e apoiar "caminhos de conversão e de
reconciliação".
Das comunidades
eclesiais emerge acima de tudo, o papel da paróquia que permanece
"indispensável", embora "as novas condições possam pedir seja a
adaptação em pequenas comunidades seja relações de colaboração em contextos
mais amplos".
A paróquia se torna um
veículo para a nova evangelização, permeando "as várias, e importantes
expressões de piedade popular". Na vida paroquial, cada figura deve
receber a justa valorização: do pároco ao diácono, do catequista ao ministro,
até o animador.
Sobre a juventude,
os Padres sinodais expressaram uma visão "preocupante", mas
"longe de ser pessimista”. Sobre os jovens convergem "as forças mais
agressivas dos tempos", todavia a eles “deve ser reconhecido um papel
ativo na obra da evangelização, especialmente para o seu mundo”.
No mundo da juventude
destaca-se em particular a Jornada Mundial da Juventude, mas existem outras
realidades "não menos atraentes, como as várias experiências de
espiritualidade, de serviço, e de missão".
O mundo da arte é de
considerável importância e a via pulchritudinis, o Caminho da Beleza, é
considerada "uma forma particularmente eficaz na nova evangelização".
Através do trabalho,
acrescentaram os Padres sinodais, o homem torna-se "cooperador da
criação de Deus”. Por esta razão, deve ser resgatado "das condições
que o tornam algumas vezes um fardo intolerável e uma perspectiva incerta,
ameaçado hoje pelo desemprego, especialmente entre os jovens”.
Outro ponto foi dedicado
à política "à qual é pedido um empenho de cuidado desinteressado e
transparente do bem comum", à liberdade religiosa e ao diálogo
inter-religioso, instrumento de paz e contribuição contra qualquer forma de
"fundamentalismo" e "violência que abate sobre os que crêem,
grave violação dos direitos humanos”.
Agradecendo o Papa Bento
XVI pelo “dom do Ano da Fé", os Padres sinodais sublinharam a ligação
positiva entre este ano e o 50 º aniversário da abertura do Concílio
Vaticano II e 20° do Catecismo da Igreja Católica. "São aniversários
importantes – comentaram os padres - que nos permitem reiterar a nossa forte
adesão ao ensinamento do Concilio e o nosso firme compromisso de continuar a
sua plena implementação”.
Duas expressões de fé
mencionadas são a vida contemplativa e o serviço aos pobres, “reflexo de
como Jesus é ligado a eles”.
O penúltimo ponto diz
respeito às Igrejas em diferentes regiões do mundo, com recomendações
específicas para os cristãos em cada continente. Na África, a Igreja é chamada
a ser um ponto de encontro entre as culturas antigas e novas, e mediadora para
o fim dos conflitos e violências.
Na América do Norte, onde
a secularização é bastante avançada, os cristãos devem ser abertos,
especialmente em relação aos imigrantes e refugiados.
Na América Latina
prevalece os desafios da pobreza e da violência, juntamente com aqueles - mais
recente - do pluralismo religioso.
As comunidades cristãs da
Ásia, entre as mais prejudicadas e perseguidas no mundo, sendo a minoria, são
encorajadas a firmeza na fé.
A Europa, marcada por uma
secularização enraizada e muitas vezes agressiva, deve, através de suas
comunidades cristãs, responder a este desafio e superá-lo, encontrando nisto
"uma oportunidade para um anúncio mais alegre e mais vivo de Cristo e de
seu Evangelho de vida”.
Aos cristãos da Oceania,
recomenda-se o "compromisso de pregar o Evangelho e fazer Jesus conhecido
no mundo de hoje”.
Uma chamada final feita
pelos Padres sinodais à Maria Santíssima, que "nos guia no
caminho”. É a Ela, Estrela da Nova Evangelização, que os cristãos confiam, a
fim que seja luz na noite do deserto.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
ESTE DIA, É PARA TI.
“BOM DIA JESUS.
ESTE DIA, É PARA TI.
OBRIGADA PELA NOITE
QUE ME DESTE.”
Esta oração ensinou-a o Sr Pe José de Lima há umas semanas atrás, no
decorrer de uma celebração eucarística do Caminho Neocatecumenal, Angra, para
ser recitada ao acordar. Eu assim tenho feito...
É um dos Presbíteros que nos apoia nesta caminhada de iniciação
cristã.
Neste momento está hospitalizado, muito doente. Que o Nosso
Deus o ajude nestas horas de calvário.
QUE O SENHOR NOS ENCHA DE PAZ!
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