Estamos há vários dias a proclamar e a escutar textos do
Livro de Job. Todos os anos as escuto, mas este ano elas parecem-me diferentes,
porque agora me foram explicadas e estudadas e por que foi agora que o Espírito
me assistiu.
Job, homem rico, vivia bem com a família, tinha saúde,
muitos amigos e era temente a Deus. De uma hora para a outra, viu-se sem nada:
perdeu os bens, a família e amigos e até a saúde. Então, pediu a três amigos
que ficassem com ele durante sete dias para pensar sobre o que lhe estava a
acontecer. Foi paciente durante este tempo, ao fim do qual, não aguentou mais e
explodiu! Fez como nós fazemos tantas vezes...
Sofria de dores pela doença grave que o acometeu, sofria
pelo abandono dos familiares e amigos: estava só! Então gritou a Deus,
argumentou da injustiça de que estava a ser alvo, desesperou-se e até amaldiçoou
ter nascido e só queria morrer. Nós também somos assim. Mas uma coisa, Job não
fez: abandonar Deus e escolher outro deus. Ele guerreou com Deus, mas foi -Lhe
sempre fiel e esperou a luz. Toda a angustia de Job não foi mais que uma oração,
uma oração de lamentação, à semelhança da de Jeremias, de Cristo no Getsémani...
Deus aceita-nos tal qual somos e não leva a mal a nossa
forma de reagir. Só quando estamos no fundo e que somos maleáveis e nos
chegamos mais ao Senhor... e vemos melhor o Senhor. Este sofrimento, desespero,
escuro, solidão, transformam-se com a graça do Espírito em luz, bem, reparação como Cristo, que na Cruz
foi a Vitima que reparou os pecados do mundo. O Emanuel habitou entre nós, para
acabar com a solidão da humanidade. Então, com Cristo Ressuscitado, viveremos
em comunhão e em intimidade com Ele e com os irmãos, nunca mais estaremos sós.
PASSA UMA BOA NOITE
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