São Tiago, o Menor, chamado assim pela estatura e pela
idade, é parente do Senhor segundo a carne. Foi o líder da primeira comunidade
de Jerusalém (Actos dos Apóstolos 12,17). Era sobrinho de S. José, portanto
primo de Jesus e irmão de José, Simão e Judas (não o traidor), de Nazaré. Assim
Mateus refere-se a ele: "Não é ele (Jesus) o filho do carpinteiro? Não se
chama a mãe dele Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?"
(Mateus 13,55). No Concílio de Jerusalém, Tiago propôs que os gentios não
fossem sobrecarregados com os rigores da Lei judaica (Actos dos Apóstolos
15,13-23). A sua proposta foi aceite. O próprio Paulo o denominou, juntamente
com Céfas (Pedro) e João, "colunas da Igreja" (Gálatas2,9). Judeus e
cristãos inclinavam-se diante dele pelo amor que tinha à lei e pela sua grande
austeridade. Tiago foi o primeiro apóstolo a dar a vida pelo Reino de Deus. Foi
martirizado no ano 62 depois de Cristo. A ele é atribuída uma das sete
epístolas denominadas católicas. Outros santos do dia: Filipe (apóstolo)
(Solenidades.blogs)
…………..
Comentário do dia pelo Papa Francisco: Exortação
apostólica «Evangelii Gaudium / A Alegria do Evangelho» §§180-181 (trad. ©
copyright Libreria Editrice Vatican, rev.)
Santos Filipe e Tiago, apóstolos
enviados a proclamar o Reino de
Deus a todo o mundo
Ao lermos as Escrituras, fica bem claro que a proposta
do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. […] A proposta é o
Reino de Deus (cf Lc 4,43); trata-se de amar a Deus, que reina no mundo. Na
medida em que Ele conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de
fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Por isso, tanto o
anúncio como a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais.
Procuremos o seu Reino: «Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e
tudo o mais se vos dará por acréscimo» (Mt 6,33). O projecto de Jesus é
instaurar o Reino de seu Pai; por isso, pede aos seus discípulos: «Proclamai
que o Reino do Céu está perto» (Mt 10,7).
O Reino, que se antecipa e cresce
entre nós, abrange tudo, como nos recorda aquele princípio de discernimento que
Paulo VI propunha a propósito do verdadeiro desenvolvimento: «Todos os homens e
o homem todo». Sabemos que «a evangelização não seria completa se não tomasse
em consideração a interpelação recíproca que se fazem constantemente o
Evangelho e a vida concreta, pessoal e social, dos homens» (Paulo VI). É o
critério da universalidade, próprio da dinâmica do Evangelho, dado que o Pai
«quer que todos os homens sejam salvos» (1Tim 2,4) e o seu plano de salvação
consiste em «submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra»
(Ef 1,10). O mandato é: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a
criatura» (Mc 16,15), porque toda «a criação se encontra em expectativa
ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rom 8,19). Toda a criação
significa também todos os aspectos da vida humana, de tal modo que «a missão do
anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo tem dimensão universal. O seu mandamento de
caridade abarca todas as dimensões da existência, todas as pessoas, todos os
sectores da vida social e todos os povos. Nada do humano lhe pode parecer
estranho».
(EvangelhoQuotidiano)
Sem comentários:
Enviar um comentário