O grupo extremista
Estado Islâmico (EI, ex-Isis) divulgou um vídeo de jihadistas destruindo obras de arte, estátuas milenares e monumentos na
cidade de Mosul, província de Nínive, com a ajuda de uma marreta e de brocas. O
vídeo foi publicado em uma conta do Twitter ligada aos extremistas, que tentam
estabelecer um califado sunita no norte da Síria e do Iraque.
Entre as peças
destruídas, está um touro alado que representa a divindade de Nergal. O
material era parte do patrimônio cultural da civilização assíria, que habitou a região no
século X a.C e de crença cristã.
De acordo com o
EI, as representações e estátuas são contrárias ao Islã e ofendem o profeta
Maomé. Em outras ocasiões, o EI já tinha anunciado a destruição de museus,
bibliotecas, templos e igrejas nas áreas de sua dominação. Réplicas- Fontes do
governo iraquiano, na tentativa de minimizar os danos, afirmam que parte do
acervo destruído pelo EI era réplica e que as peças originais estariam em um
museu de Bagdá ou em instituições no exterior.
As autoridades, no
entanto, não souberam explicar quantas obras verdadeiras foram depredadas. ONU
- A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova, pediu a convocação de uma
"reunião urgente" do Conselho de Segurança da ONU para analisar as
atitudes do EI.
"A destruição
do museu é uma tragédia. Não se trata apenas de um desafio cultural, mas de um
desafio por uma maior segurança", disse Bokova, ressaltando que os
jihadistas usam a "estratégia do terror" para desestabilizar e
dominar a população".
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