Mártires
de hoje são assassinados por corruptos que odeiam Jesus Cristo, diz o Papa
Francisco
Vaticano, 06 Fev. 15 / 02:22 pm (ACI/EWTN Noticias).-
Fazendo uma intensa meditação sobre São João Batista, que foi assassinado pelo
rei Herodes Antipas, o Papa Francisco recordou os mártires de hoje que terminam
suas vidas sob a autoridade corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo.
Na
homilia da missa
que celebrou hoje na Casa Santa Marta, o Santo Padre, depois de ler o Evangelho
de São Marcos assinalou que “quando eu leio este trecho eu confesso que me
comovo” e penso sempre “em duas coisas”:
“Primeiro,
penso nos nossos mártires, nos mártires dos nossos dias, aqueles homens,
mulheres e crianças que são perseguidos, odiados, expulsos das casas,
torturados, massacrados”.
“E esta
não é uma coisa do passado: hoje isso também acontece. Os nossos mártires, que
terminam sua vida
sob a autoridade corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo. Nos fará bem
pensar nos nossos mártires. Hoje pensemos em Paulo Miki, mas isso aconteceu em
1600. Pensemos naqueles de hoje! De 2015”.
Por outra
parte, continuou o Santo Padre, este diminuir de João “continuamente até o nada
me faz pensar, que estamos neste caminho e caminhamos para a terra, onde todos
nós acabaremos. Faz-me pensar em mim mesmo”.
“Também
eu vou acabar. Todos nós acabaremos. Ninguém tem a vida ‘comprada’. Também nós,
querendo ou não, caminhamos na estrada da aniquilação existencial da vida, e
isso, pelo menos para mim, me faz rezar para que esta aniquilação se pareça o
mais possível com a de Jesus Cristo, com a sua aniquilação”.
Sobre São
João Batista, a quem chamou João o Grande, o Pontífice disse que ele “jamais
traiu a sua vocação (…) consciente de que o seu dever era somente anunciar a
proximidade do Messias”, consciente de ser “só a voz” porque “a Palavra era
Outra pessoa”. João “termina a sua vida como o Senhor, com o martírio”.
E é
sobretudo quando acaba na prisão por ordem de Herodes Antipas que “o maior
homem nascido de mulher” se torna, observou Francisco, “pequeno, pequeno,
pequeno”. Primeiro, porque duvida de Jesus. Segundo, quando chega para ele o
momento do fim, ordenado por um rei ao mesmo tempo fascinado e perplexo diante
de João.
O Papa
Francisco explica que “no final, depois desta purificação, abrindo caminho para
a aniquilação de Jesus, termina a sua vida. Aquele rei perplexo se torna capaz
de um decisão, mas não porque o seu coração tenha sido convertido, mas porque o
vinho lhe deu coragem”.
“E assim
–destaca o Santo Padre– João termina a sua vida sob a autoridade de um rei
medíocre, bêbado e corrupto, pelo capricho de uma bailarina e pelo ódio
vingativo de uma adúltera. Assim termina o Grande, o maior homem nascido de
mulher”.
(Homilia
do Papa Francisco na Missa Casa Santa Marta)
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