A energia gerada pelo terramoto no Nepal foi 700 vezes maior que a gerada
pela bomba de Hiroxima. As palavras são de Efthimios Lekkas, professor de
geologia na Universidade de Atenas e um dos maiores sismólogos a nível mundial.
Chegado há pouco tempo do Nepal, contou à euronews o
que viu: “Quando chegámos a Catmandu, vimos um cenário de destruição
completa. Vários bairros estavam em ruínas. No momento em que chegámos, as
equipas de socorro tinham começado a trabalhar”, conta o professor.
Lekkas esteve presente em todos os mais importantes
cenários de terramotos dos últimos anos, incluindo o Haiti, durante o sismo de
há cinco anos, e o sudeste asiático, durante o “tsunami” de 2004.
“As pessoas têm muito medo. Durante as
primeiras semanas ou meses, ficam em espaços ao ar livre, não ficam perto de
casa. Há muita gente a querer deixar Catmandu, quilómetros de filas de pessoas
à espera de autocarros que os levem, gratuitamente, para fora da capital”.
No Nepal, Tekkas esteve cinco dias, a chefiar a missão
de assistência técnica da Universidade de Atenas e saiu de lá com admiração
pelo povo nepalês: “Os Nepaleses são sobreviventes por natureza, estão
habituados a condições de vida difíceis. O Nepal é uma região montanhosa, uma
das mais montanhosas do planeta. As pessoas estão habituadas a viver com pouco,
não precisam de muito. A religião ajuda a manter esse espírito”.
A equipa liderada por Efthimios Lekkas participou em
três operações de socorro. O papel foi aconselhar os socorristas sobre a melhor
forma de entrar nos edifícios afetados e evitar uma ruína completa das
estruturas.
Por Ricardo Figueira
| Com FEY DOULGERI
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