Audiência
geral antes do encontro com os cardiologistas
Todos nos acautelamos, inclusive as comunidades
cristãs, contra visões da feminilidade deturpadas por preconceitos e suspeitas
lesivas da sua dignidade intangível», disse o Papa Francisco na audiência geral
de quarta-feira 31 de agosto, na praça de São Pedro, comentando o episódio
evangélico da mulher curada da perda de sangue.
Para o Pontífice o milagre de Jesus «faz refletir
sobre o modo como a mulher é com frequência compreendida e representada». De
facto, para a hemorroíssa «a “salvação” assume múltiplas conotações: antes de
tudo restitui-lhe a saúde; depois liberta-a das discriminações sociais e
religiosas; além disso, realiza a esperança que ela trazia no coração
cancelando os seus medos e o seu desalento; por fim, restitui-a à comunidade
libertando-a da necessidade de agir no escondimento». Eis então o convite a
«pedir perdão pelos nossos pecados e prosseguir, com coragem, como fez aquela
mulher».
No final do encontro com os fiéis o Papa foi até à
nova Feira de Roma para saudar os participantes no congresso anual organizado
pela Sociedade europeia de cardiologia. «Há leis gravadas na própria natureza –
recordou no discurso dirigido aos presentes – que ninguém pode manipular mas só
descobrir, usar e ordenar». Na realidade, a ciência sozinha não é suficiente
«para compreender o mistério que cada pessoa contém em si». Precisamente
observando «o homem na sua totalidade», insistiu Francisco, podemos dirigir «um
olhar de particular intensidade aos mais pobres, aos mais necessitados e
marginalizados».
31 de Agosto de 2016
(osservatoreromano)
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