Saída, assombro, fascinação, maravilha, espanto. Uma impressão contraditória. Quem és tu e quem sou eu?, é pergunta, é resposta, é admiração, é afirmação; adorar, aceitar humilde e profundamente que o Senhor seja Altíssimo e que o Irmão seja pequeno; adorar, não resistir senão aceitar todo maravilhado e agradecido, começando pela própria pequenez; adorar, ajoelhar-se ao pés da criação para lavar os pés, tapar feridas, colocar os gusanos em lugar seguro, servir à mesa, reverenciar o insignificante, não depreciar nada, ser irmão mínimo entre os irmão pequenos da criação.
Adorar, aceitar gozosamente que o Presente seja o Distante, e que Aquele que é a essência de minha existência seja ao mesmo tempo a Outra Margem: ficar quieto, estático, amar.
Altíssimo Senhor, reconheço que és grande e eu pouca coisa. Não importa que às vezes te sinta distante; sei que estás comigo aonde quer que eu vá. Maravilhado e agradecido dobro meus joelhos para bendizer-te. Em teu nome não depreciarei nada e reverenciarei tudo. Amém.
Ignácio Larrañaga
Sem comentários:
Enviar um comentário