segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Estou de "malas feitas" novamente
Queridos Amigos, vamos outra vez aos nossos "tratamentos", pelos lugares habituais.
Desejo-vos dias tranquilos com muitas graças de Deus.
Abraço a todos e rezem por nós.
Mensagem do Dia
Sinto-me um prisioneiro! Como me tornar livre?
É mais simples do que você pensa! A liberdade é uma conquista de quem não sabe pensar em si mesmo e lança-se para preencher a vida dos outros, sem olhar a quem.
O mundo e o diabo buscam loucamente convencer-nos de que a liberdade é uma escolha, que tem como centro nós mesmos, nossos planos e felicidade. Que ótimo saber que não é nada disso!
É livre quem vive para os outros, quem resolve parar de pensar em sua própria vida e investe tempo, esforços, afetos e trabalhos para fazer feliz aos outros. É livre quem ama! É amargamente um prisioneiro quem busca ser amado. Eis a medida da verdadeira liberdade!
domingo, 30 de outubro de 2011
Hoje é o dia do Senhor
"Dizem e não fazem"
Celebramos hoje o Dia Nacional da Juventude.
Uma das qualidades mais apreciadas pelo homem de hoje, sobretudo pelos jovens, é a sinceridade e a autenticidade.
E um dos males mais detestados e às vezes até combatidos violentamente é a mentira, a hipocrisia.
Aqui entendemos muitas lutas juvenis... contra pessoas, estruturas, situações, que encarnam sob o rótulo do progresso a mentira dos interesses particulares.
As Leituras bíblicas pedem FIDELIDADE à Palavra de Deus
celebrada no culto e na vida.
Na 1ª Leitura, o Profeta censura os sacerdotes de Israel
pela decadência moral e religiosa do povo. (Mal 1,14b-2,2b.8-10)
Foram convocados por Deus para serem os "Mensageiros do Senhor"
para ensinar a Lei e conduzir o Povo para Deus; mas não praticam
o que ensinam, preocupavam-se apenas com os próprios interesses.
Por isso, se tornarão "desprezíveis diante de todo o povo",
sem a confiança de Deus, nem o crédito do povo.
* Não acontece, às vezes, algo parecido também em nossas comunidades,
quando quem recebeu a missão de conscientizar o povo de seus compromissos
e testemunhar a todos o amor de Deus é infiel à sua missão?
Na 2ª Leitura, Paulo recorda o exemplo dos Missionários,
que evangelizaram a Tessalônica (Paulo, Silvano, Timóteo).
Do esforço missionário feito com "ternura de Mãe" e
com autenticidade ao anúncio,
nasceu uma comunidade viva e fervorosa, que acolheu e
viveu o Evangelho com generosidade e alegria. (1Ts 2,77b-9.13)
* Todos os que exercem algum ministério poderiam afirmar, como Paulo,
que levam uma vida irrepreensível e coerente com o que pregam?
No Evangelho, Cristo censura os Fariseus
porque não fazem o que dizem. (Mt 23,1-12)
Mais do que transmitir a opinião de Jesus sobre os fariseus,
apresenta a imagem que os cristãos do tempo de Mateus tinham
do judaísmo e dos seus líderes.
Os fariseus eram crentes entusiastas, que valorizavam muito a Lei de Moisés.
Mas esqueciam o essencial, o amor e a misericórdia.
O texto se divide em duas partes:
- Na primeira, Jesus traça um retrato dos fariseus;
- na segunda, Jesus deixa alguns conselhos aos discípulos
para que não se transformem também em "fariseus".
+ COMO SÃO OS FARISEUS?
1) "Sentam-se na cadeira de Moisés". Essa cadeira não lhes pertence...
Os encarregados de transmitir a palavra de Deus ao povo são os profetas,
mas eles ocupam um lugar que não lhes pertence e interpretam a Lei de Moisés,
substituindo a mensagem profética com normas humanas.
2) São incoerentes: "Não fazem o que dizem".
* Externamente se apresentam como pessoas religiosas, bons praticantes...
mas depois na vida concreta são bem diferentes...
Pessoas que não faltam na igreja, dão excelentes conselhos aos outros,
mas em seguida em casa ofendem e agridem a esposa, são egoístas,
ignoram os filhos, falam mal dos outros, não ajudam ninguém...
3) Carregam os homens com fardos pesados e insuportáveis.
Criam uma religião cheia de leis e obrigações, formando uma consciência de impureza e pecado, que oprime as consciências e tira a liberdade e a alegria.
São escravos de um legalismo religioso.
4) Fazem da fé e da piedade um espetáculo de exibição.
Tudo fazem para serem vistos e honrados por todos e em todos os lugares.
* Será que existem ainda hoje em nossas comunidades pessoas assim?
+ E OS CRISTÃOS, COMO DEVEM VIVER...
para que não se transformem também em "fariseus"?
1) Não ocupar um lugar que não nos pertence.
Muitas vezes, queremos tomar decisões que não nos competem e
ocupar o lugar daqueles que receberam de Deus esse papel
2) Ter coerência.
Fazemos questão de proferir palavras bonitas sobre o amor
e em casa ninguém nos agüenta...
3) Valorizar a liberdade.
Caso contrário, substituímos o evangelho por normas puramente humanas,
que sobrecarregam as pessoas e abafam a alegria e o entusiasmo do cristão...
* Muitas Diretrizes e "Decretos" nas Comunidades
expressam a vontade de Deus ou a vontade dos homens?
4) Não ser exibicionista.
Evitar a falsidade e a hipocrisia dos que se satisfazem
apenas com as aparências ou a admiração dos outros.
5) Ser Justo:
Somos todos iguais em Cristo. Não faz sentido algum, comparar,
discriminar e nos sentir superiores aos nossos irmãos.
* Quem seriam os "fariseus" de hoje?
Será que fazemos... tudo o que dizemos para os outros?
sábado, 29 de outubro de 2011
PALAVRA DA SALVAÇÃO.
Por que é que a IGREJA CATÓLICA incomoda tanto?
Este pequeno texto tem a ver com o livro “O último segredo” há pouco publicado por um jornalista português.
Geralmente, não costumo fazer comentários sobre quase nada, porque sou ignorante, mas tenho cabeça para pensar e neste caso fiquei a olhar para a foto do autor e perguntei-lhe: “outra vez? para quê?” “já ouvíramos isto antes!”...
O facto de vivermos numa democracia há anos, isso deveria já ter preparado para a responsabilidade, o respeito, a liberdade - direitos que estão consignados na “carta dos direitos humanos”, mesmo antes do 25 de Abril porque já nesse tempo eu os exercia.
É importante que se fale daquilo que se sabe; eu não falo de medicina porque não sou médica, não dou palpite sobre leis porque não sou jurista ...
Sou católica, respeito as pessoas que professam outras religiões e até as que se dizem ateias, por isso gosto que também respeitem a minha e não blasfemem contra ela.
Saiba-se que é difícil ser-se cristão, porque seguir Cristo é pôr em prática o Evangelho: ser pacífico, justo, verdadeiro, tolerante, estar ao serviço de quem precisa, amar o inimigo...!
Isto incomoda assim tanto?
Por que será que a religião católica é sempre a mais atacada? Por quê? Por que incomodamos tanto?
Pensem nisso!
TEM UM BOM DIA
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Halloween, ¿víspera de Todos los Santos?
Quizás muchas personas aún no conozcan el verdadero origen de esta fiesta que está siendo cada vez más celebrada, sobre todo por nuestros niños en los colegios españoles desde hace unos años. Ni siquiera por los propios docentes que son los encargados de impartirla por estar dentro del contenido de su currículo, como es el caso de una maestra la cual tan solo ponía como excusa ante la pregunta que yo le hice sobre esta fiesta, que al ser ella la maestra de inglés, formaba parte de su programación.
«No pasa nada… es una fiesta de disfraces al fin y al cabo, en la que los niños no se enteran de nada y se lo pasan muy bien». El ambiente es terrible: canciones en inglés de Halloween, dibujos de calabazas, vampiros, castillos… si hasta en los supermercados estamos rodeados de golosinas, dulces y disfraces terroríficos para ese gran día que ya se acerca… De los comercios se puede entender que quieran sacar su provecho, pues dada la sociedad consumista en la que estamos, es normal que intenten vender hasta las camisetas interiores con calabazas naranjas… pero, realmente, ¿somos conscientes de que esta fiesta no tiene absolutamente nada que ver con nuestra cultura española, o incluso la americana?
Veamos un poco de estos orígenes. Aunque hay variedad de leyendas, más o menos nos podemos aproximar a su raíz fundamental.
Se remonta a los años 300 a.C. donde habitaban los Celtas en regiones controladas por los sacerdotes druidas en Irlanda, Inglaterra y parte de Francia. Celebraban el día 31 de Octubre la víspera del año nuevo céltico, el inicio del invierno. Muchos años más tarde, hacia el 1840, debido a una gran hambruna, los irlandeses inmigraron hacia EEUU llevando consigo esta fiesta.
En esta noche, los druidas hacían sacrificios de animales y humanos quemados en honor a su dios Samhain, el dios de los muertos. Mediante este rito se ponían en contacto con sus difuntos.
Éstos sacerdotes pedían a los habitantes de las aldeas que hiciesen hogueras en sus casas para ahuyentar a los fantasmas. Iban luego casa por casa pidiendo ofrendas para sus sacrificios, y si no quedaban satisfechos con lo recibido ellos les hacían el conocido trick o truco a la familia de ese hogar, quemando terreno, llevándose a la doncella, matando al ganado o provocando enfermedades en la familia. Éste es el origen de la famosa frase trick or treak que tan inocentemente dicen tantos niños hoy día. De esta manera, con todo lo recogido ofrecían los sacrificios animales o humanos a los espíritus del mal en la fogata que ellos hacían con este fín, bailando a su vez alrededor de ella. La palabra fogata, en inglés bonfire, tiene su origen precisamente aquí: bone (hueso) y fire (fuego).
Realmente la palabra halloween proviene de la expresión inglesa “all hallows even”, que significaría “Víspera de todos los Santos”.
En la época de los papas Gregorio III y Gregorio IV, la Iglesia quiso cristianizar esta fecha del 31 de Octubre, (como ha sido habitual en la historia con otras tantas celebraciones y fiestas), de este modo se pasó este día que se conmemoraba el 13 de Mayo en recuerdo y honor a todos los cristianos que mantuvieron una vida de testimonio, santidad y fieles al Evangelio de Cristo, por la del 1 de Noviembre.
¿Se ha explicado esto a los niños en las escuelas? ¿Se les invita a reflexionar sobre la importancia del bien que ha supuesto la vida de estas personas, aunque tan solo sea bajo la óptica de unos conocimientos que en la historia se han quedado como parte de la cultura?. Claro está que no, que esta fiesta en la que los cristianos recordamos estos santos que nos sirven y ayudan como guía en nuestra vida, que lo celebramos en misa como miembros de la comunidad cristiana, e incluso tomamos dulces especiales típicos de la fecha, y que aprovechando el día siguiente 2 de Noviembre en que nos acordamos de nuestros queridos difuntos, visitamos sus tumbas, las arreglamos, llevamos flores…¿No forma parte esto de nuestra tradición, no es algo propio de nuestra cultura?, ¿o lo es quizás el disfrazarnos de brujas y demonios?
En Dt 18,9-12, ya nos lo advierte el Señor del peligro de practicar este tipo de magias o hechicerías propias de otras naciones, al igual que vemos en lev. 18, 30. Nosotros los cristianos estamos llamados a otra cosa, a no seguir en pos de otros dioses, en no ir en busca de costumbres de otras religiones que nos aparten de nuestro Dios, estamos llamados a ser testimonio con nuestra vida, y sí, también en esto que a simple vista no parece otra cosa que una fiesta de disfraces, pero que sin embargo participar en ella no es más que ser parte de una fiesta satánica, una actividad de la que el demonio se vale para atraer a las personas hacia el mundo de lo oculto, del espiritismo.
“Examinad qué es lo que agrada al Señor y no participéis en las obras infructuosas de las tinieblas, antes bien, denunciadlas” (Ef. 5,10-11) esto se lo decía San Pablo a los Efesios y hoy nos lo dice a nosotros.
Es difícil a veces no dejarse llevar por la moda o aquello que hacen el resto de personas como lo más normal, pero muchas veces los cristianos estamos llamados a luchar e ir en contra de esa corriente. Es más, no hace tampoco falta ser cristiano para que uno se de cuenta de que tiene que intentar mantener sus costumbres, sus tradiciones y no dejarse invadir por lo exterior, suponiendo ésto un total solapamiento de lo nuestro.
Celebremos nuestras fiestas en conciencia, expresando sin miedo la verdad, pues no hay nada oculto que no pueda salir a la luz, y que esa luz que iluminan las calabazas de esa noche de Halloween, sea para nosotros la Luz del Espíritu Santo, Ése que mantuvo a nuestros queridos Santos fuertes y fieles a la fe aún a pesar de tantas tentaciones y sufrimientos que padecieron.
¡Feliz víspera y día de Todos los Santos!
(In: caminayven)
Discurso do Papa aos participantes do Encontro de Assis
Distintos Convidados,
Queridos Amigos,
Acolho-vos, nesta manhã, no Palácio Apostólico e agradeço-vos mais uma vez por vosso desejo de participar na Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo, realizada ontem, em Assis, 25 anos depois daquele histórico primeiro encontro.
Em certo sentido, este encontro é representativo dos bilhões de homens e mulheres que, em todo o nosso mundo, estão ativamente engajados na promoção da justiça e da paz. É também um sinal da amizade e fraternidade que floresceu como fruto dos esforços de muitos pioneiros neste tipo de diálogo. Possa esta amizade continuar a crescer entre os seguidores das religiões do mundo e com os homens e mulheres de boa vontade em toda parte.
Agradeço aos meus irmãos e irmãs cristãos por sua presença fraternal. Agradeço também aos representantes do povo judeu, que são particularmente próximos a nós, e a todos vós, distintos representantes das religiões do mundo. Eu sei que muitos de vós tendes vindo de longe e empreenderam uma viagem exigente. Expresso a minha gratidão também para com aqueles que representam as pessoas de boa vontade que não seguem uma tradição religiosa, mas estão comprometidas com a busca da verdade. Eles estiveram dispostos a compartilhar conosco desta peregrinação como um sinal de seu desejo de trabalhar juntos para construir um mundo melhor.
Olhando para trás, podemos apreciar a visão do falecido Papa João Paulo II em convocar o primeiro encontro de Assis, e a necessidade contínua de homens e mulheres de diferentes religiões testemunharem que a viagem do espírito é sempre um caminho de paz.
Encontros deste tipo são necessariamente excepcionais e pouco frequentes, mas são uma expressão viva do fato de que todos os dias, em todo o mundo, pessoas de diferentes tradições religiosas vivem e trabalham juntas em harmonia. É certamente significativo para a causa da paz que tantos homens e mulheres, inspirados por suas convicções mais profundas, estejam empenhados em trabalhar para o bem da família humana.
Desta forma, tenho certeza de que o encontro de ontem deu-nos uma noção de o quanto seja genuíno o nosso desejo de contribuir para o bem de todos os nossos companheiros seres humanos e o quanto temos a compartilhar um com o outro.
À medida que seguimos nossos caminhos separados, busquemos força nesta experiência e, onde quer que estejamos, continuemos a atualizá-la no nosso caminho que conduz à verdade, a peregrinação que conduz à paz. Agradeço a todos vós de todo o meu coração!
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Assis 2011: Bento XVI e líderes religiosos partiram do Vaticano para encontro pela paz
Papa vai de comboio à cidade que viu nascer São Francisco para assinalar 25.º aniversário do Dia Mundial de Oração
Açores: Crise exige «nova maneira de ser Igreja» junto do «povo», frisa bispo de Angra
D. António Braga refere que serviços centrais da diocese enfrentam «dificuldades» económicas, agravadas com aumento de pedidos de ajuda.
..............Media: Encontro nacional das rádios cristãs
Lisboa, 26 outubro 2011 (Ecclesia) – Na celebração do 20º aniversário da Associação das Rádios de Inspiração Cristã (ARIC) realiza-se um encontro das rádios que pertencem a este organismo, de sexta-feira a domingo, em Palmela (diocese de Setúbal). |
(Ecclesia)
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Palavra de Vida – mês de Outubro
(Mt 9,9)
Enquanto saía de Cafarnaum, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mateus tinha um trabalho que o tornava odioso aos olhos do povo e o igualava aos agiotas e exploradores, que se enriquecem às custas dos outros. Os escribas e os fariseus colocavam-no no mesmo nível dos pecadores públicos, tanto que censuravam Jesus por ser “amigo de publicanos e de pecadores” e comer com eles (cf Mt 11,19; 9,10-11).
Contrariando toda convenção social, Jesus chamou Mateus a segui-lo e aceitou o convite para almoçar em sua casa, como faria mais tarde com Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos de Jericó. Quando pediram que Jesus explicasse essa atitude, Ele disse que veio para curar os doentes e não os que têm saúde, e que veio chamar não os justos, mas os pecadores. Também dessa vez seu convite era dirigido justamente a um deles:
“Segue-me.”
Jesus já havia havia chamado André, Pedro, Tiago e João, às margens do lago. O mesmo convite Ele dirigiria depois, com outras palavras, a Paulo, a caminho de Damasco.
Mas Jesus não se limitou àqueles chamados; no decorrer dos séculos, Ele continuou a chamar para si homens e mulheres de todos os povos e nações. E chama ainda hoje: Ele passa pela nossa vida, encontra-nos em diferentes lugares, de diferentes modos, e faz-nos ouvir novamente o seu convite a segui-lo.
Jesus chama-nos a estar com Ele, porque deseja estabelecer um relacionamento pessoal; ao mesmo tempo, convida-nos a colaborar com Ele no grande projeto de uma nova humanidade.
Ele não se importa com as nossas fraquezas, os nossos pecados, as nossas misérias. Ele nos ama e nos escolhe do jeito que somos. É o seu amor que nos vai transformar e dar forças para responder-lhe e a coragem para segui-lo, como aconteceu com Mateus.
E, para cada um de nós, Ele tem um particular amor, projeto de vida e chamado. É algo que percebemos no coração por meio de uma inspiração do Espírito Santo, ou mediante determinadas circunstâncias, ou por um conselho ou orientação de alguém que nos quer bem… Embora se manifeste nos modos mais diferentes, a mesma palavra continua ecoando:
“Segue-me!”
Lembro-me de quando também eu percebi esse chamado de Deus.
Foi numa manhã gelada de inverno, em Trento, Itália. Minha mãe pediu à minha irmã caçula que fosse comprar leite, a dois quilômetros de casa. Mas fazia frio demais e ela não teve coragem. Também minha outra irmã recusou-se a ir. Então eu me adiantei: “Mamãe, eu vou!” Dizendo isso, peguei a garrafa e saí. A meio caminho, acontece um fato especial: tenho a impressão de o Céu se abrir e Deus me convidar a segui-lo. “Entregue-se inteiramente a mim”, é o que percebo no coração.
Era o chamado explícito, ao qual quis responder imediatamente. Falei sobre isso com o meu confessor, que permitiu a minha doação a Deus para sempre. Era o dia 7 de dezembro de 1943. Nunca serei capaz de descrever o que se passou no meu coração, naquele dia: Eu tinha desposado Deus! E Dele eu podia esperar tudo.
“Segue-me!”
Essa palavra não se refere apenas ao momento em que decidimos a nossa opção de vida. Dia após dia, Jesus continua a dirigi-la a nós. “Segue-me!”, é o que Ele nos parece sugerir diante dos mais simples deveres cotidianos; “Segue-me!”, naquela provação a ser abraçada, naquela tentação a ser superada, naquele serviço a ser executado…
Como podemos responder concretamente ao seu apelo?
Fazendo o que Deus quer de nós no momento presente, pois cada instante contém sempre uma graça especial.
O nosso empenho para este mês, portanto, será entregar-nos à vontade de Deus com decisão; doar-nos ao irmão e à irmã que devemos amar; doar-nos ao trabalho, ao estudo, à oração, ao repouso, à atividade que temos de desempenhar.
Será aprender a escutar, no profundo do coração, a voz de Deus que fala também pela voz da consciência, dispostos a sacrificar tudo para atuar aquilo que Ele deseja de nós em cada momento e que essa voz nos revelará.
“Faz que te amemos, ó Deus, não só cada dia mais – porque podem ser pouquíssimos os dias que nos restam –; mas faz que te amemos em cada momento presente, com todo o coração, a alma e as forças, naquilo que é a tua vontade”.
Este é o melhor sistema para seguir Jesus.
Chiara Lubich
(Focolares)
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Uma presença do "CONVÍVIO DE INÍCIO DE ANO"
domingo, 23 de outubro de 2011
Hoje é o dia do Senhor
O Maior Mandamento
Nesse Dia Mundial das Missões,
a Igreja nos lembra que todo cristão deve ser missionário...
A Liturgia focaliza a mensagem principal
que devemos anunciar e testemunhar:
o maior Mandamento da LEI: o AMOR.
A 1a Leitura afirma que o maior Mandamento é o Amor concretizado através da defesa dos mais necessitados e desprotegidos:
Estrangeiros (migrantes), viúvas, órfãos, endividados, pobres. (Ex 22,20-26)
* Já no Antigo Testamento, o Amor ao próximo era visto em relação a Deus,
como respeito à sua lei e como reflexo do seu amor para com os homens...
Mas é, sobretudo, no Novo Testamento que é iluminado e aperfeiçoado
pela doutrina de Jesus, como se pode ver no Evangelho de hoje.
Na 2ª leitura, São Paulo destaca o exemplo de Amor
vivido pelos cristãos de Tessalônica. Tornou-se semente de fé e amor,
que deu frutos em outras comunidades. (1Ts, 5c-10)
No Evangelho, Jesus resume toda a LEI no Amor:
Amor a Deus e aos irmãos. (Mt 22,34-40)
Segue o confronto de Jesus com as lideranças judaicas.
Os fariseus apresentam armadilhas bem montadas, destinadas a provocar afirmações polêmicas de Jesus, para poder acusá-lo e condená-lo.
- Os fariseus perguntam: "Qual é o maior dos mandamentos?"
Era uma questão muito polêmica entre os líderes religiosos daquele tempo. Alguns afirmavam que o maior de todos os mandamentos era guardar o sábado. Outros diziam que todos os mandamentos tinham o mesmo valor.
Ademais os judeus tinham 613 mandamentos (a maioria proibições).
Era um grande emaranhado de preceitos e prescrições.
Muita gente hoje tem dificuldade em recordar de cor os 10 mandamentos.
Imaginem a dificuldade para lembrar e cumprir todas essas normas.
Jesus responde, buscando fundamentação em duas passagens da Bíblia:
- Deuteronômio: "Amarás o Senhor teu Deus com todas..." (Dt 6,5)
- Levítico: "Amarás teu próximo como a ti mesmo..." (Lv 19,18)
Esses dois mandamentos já eram conhecidos, mas a originalidade deste ensinamento está em dois pontos:
- Define o Amor a Deus e ao irmão como o centro essencial da Lei;
- Unifica e equipara os dois mandamentos: "O segundo é semelhante a esse".
Portanto, não são dois mandamentos diversos, mas duas faces da mesma moeda.
* Esses dois mandamentos são a expressão maior da vontade de Deus.
São o resumo de toda a Bíblia...
O que esse Evangelho tem a nos dizer, hoje?
Ao longo dos dois mil anos de cristianismo fomos criando
muitos mandamentos, preceitos, proibições, exigências, opiniões,
pecados e virtudes, que arrastamos pesadamente pela história.
E acabamos perdendo a noção do que é verdadeiramente importante.
Hoje, ficamos discutindo certas questões secundárias,
sem discernir muitas vezes o essencial da proposta de Jesus.
O Evangelho deste domingo é claro:
o essencial é o amor a Deus e o amor aos irmãos.
Para o cristão, o Amor é fundamental, porque Deus é amor e ama o homem,
e o homem é um ser criado para amar.
Talvez tenhamos de remover muito lixo acumulado com o tempo,
que nos impede de compreender, de viver, de anunciar e de testemunhar
o cerne da proposta de Jesus.
O AMOR A DEUS nós manifestamos quando nos mantemos
na Escuta de sua Palavra e na disposição de cumprir a sua vontade.
* Esforço-me, de fato, em escutar as propostas de Deus,
mantendo um diálogo pessoal com Ele,
procurando refletir e interiorizar a sua Palavra,
tentando interpretar os sinais com que Ele me interpela na vida de cada dia?
- Tenho o coração aberto ou fechado às suas propostas?
- Procuro ser uma testemunha profética de Deus e do seu Reino?
O AMOR AOS IRMÃOS nós manifestamos ao dar atenção
às pessoas que encontramos pelos caminhos da vida,
ao sentir-nos solidários com as alegrias e sofrimentos de cada pessoa,
ao partilhar as desilusões e esperanças do próximo,
ao fazer da nossa vida um dom total a todos.
O mundo, em que vivemos, precisa redescobrir o amor, a solidariedade,
o serviço, a partilha, o dom da vida…
Nossa Assembléia, convocada pelo amor do Pai, realiza ao mesmo tempo o duplo mandamento (os dois amores).
Unidos na caridade fraterna nos dirigimos ao Pai como filhos...
Estamos no último domingo do mês missionário...
Vivendo intensamente esses dois amores (a Deus e ao Próximo),
crescerá também em nós um novo "Ardor Missionário".
"O Dia Mundial das Missões reavive em cada um o desejo e a alegria
de “ir” ao encontro da humanidade levando Cristo a todos". (Bento XVI - 2011)
"Amor não tem fronteiras, a vida é uma missão.
Amor é para todos, Deus quer um mundo irmão". (Igreja em Missão)
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 23.10.2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
CONVÍVIO DO CAMINHO NEOCATECUMENAL DE PRINCÍPIO DE ANO
Inicia-se hoje, o Convívio que reunirá até o próximo domingo, as quatro Comunidades existentes na Ilha Terceira. Os nossos Catequista já se encontram na Ilha, desde 3ª feira passada a ultimar os preparativos.
Como sempre, nestes dias que antecedem os Convívios, vivo em grande expectativa, aguardando a Palavra que o Senhor tem preparada para mim. Sei que vão ser dias de profunda interiorização, de discernimento e muita paz.
Vai ser maravilhoso! O Senhor vai preparar o meu coração para eu escutar a Sua Voz e encher-me com a Força do Espírito Santo.
REZEM POR TODOS NÓS
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA
Nunca saberei “definir” os atributos da Palavra de Deus. Apenas sei o que Ela produz em mim! Cada vez fico mais atónita pelas maravilha que vou descobrindo quando leio e medito na Sagrada Escritura, porque dentro de mim se vai processando associações e/ou relacionamentos entre umas e outras.
Hoje vamos reflectir na nossa Comunidade, a Palavra “União-Unidade” e o Dicionário começa por dar o exemplo de unidade da Santíssima Trindade. Depois refere as obras de Deus Criador, relevando que, no centro da Criação, Deus colocou o Homem e a Mulher, dando-lhes a missão de se unirem e serem um só coração e uma só alma, se multiplicarem e encherem a terra. Era este o Projecto de Deus para a Salvação da Humanidade: que todos formassem uma só família, um só Povo: o Povo de Deus.
Para concluir este Projecto, Deus Pai enviou ao mundo o Seu Servo de Iahweh, Seu Filho Jesus Cristo, com a missão de reunir o Povo de Deus, no mesmo redil, com um só Pastor.
Este Jesus morreu na cruz por todos, “levando” os nossos pecados,
ressuscitou, trazendo-nos a Vida
e dando-nos o Seu Espírito, a Sua Palavra e o Seu próprio Corpo.
“Entendi agora” :
que na Comunidade, ao recebermos o Corpo de Jesus, cada um de nós não está a receber “um, mais um Jesus”, porque só há um Jesus. Por isso, a minha Comunidade tem de ser una, tem que haver apenas uma mão estendida para receber, na Comunhão, a Pessoa de Jesus. Assim, somos uma só alma e um só coração em Jesus - como o eram os Apóstolos -, assim como Jesus é com o Pai no Amor do Espírito Santo.
O primeiro “casal” que Deus Pai Criador abençoa e envia a encher a terra, prepara o meu entendimento para a minha união e a da minha comunidade com o Corpo de Jesus e para a unidade da Santíssima Trindade.
É assim que Jesus cumpre a vontade do Pai: sermos um, como Jesus é um com o Pai.
UM BOM DIA PARA TI
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Hoje a Igreja celebra o Evangelista LUCAS
Introdução
“São Lucas nasceu, provavelmente, em Antioquia da Síria. Foi amigo e companheiro de São Paulo, apóstolo, na tarefa da propagação do Evangelho de Jesus Cristo. Toda a sua ciência médica e literária colocou à disposição do grande apóstolo. Entregou-lhe a sua pessoa e seguiu-o por toda a parte. Pertencente a uma família pagã, Lucas converteu-se ao cristianismo. Segundo São Paulo, era médico: “Saúdam-vos, Lucas, o médico amado e Demas (Colossenses” 4,14). Lucas, entretanto, é mais conhecido como aquele que escreveu o terceiro Evangelho. Segundo a tradição, escreveu o seu Evangelho por volta do ano 70. É o mais teólogo dos evangelistas sinóticos (Mateus, Marcos). Ele apresenta - nos uma visão completa do mistério da vida, da morte e da ressurreição de Cristo. Embora escrevesse mais para os gregos do que para os judeus, seu Evangelho dirige-se à todos os homens. Mostra, com isto, que a salvação que Jesus de Nazaré veio trazer dirige-se a todos os homens. É uma mensagem universal: o Filho do homem veio para procurar e salvar o que estava perdido (Lucas 19,10). De acordo com ele, Jesus é o amigo dos pecadores; é o consolador dos que sofrem. A vinda de Jesus é causa de grande alegria. O Evangelho de Lucas propõe-se como regra de vida não somente para a pessoa em si, mas para toda a comunidade. Daí o seu cunho social. Nele se cumpriu a máxima de Jesus: “bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus”.
LEITURA I 2 Tim 4, 10-17b
«Só Lucas está comigo»
SALMO RESPONSORIAL Salmo 144, 10-13.17-18
Os vossos santos, Senhor,
proclamem a glória do vosso reino.
ALELUIA cf. Jo 15, 16
Aleluia.
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça.
EVANGELHO Lc 10, 1-9
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos
e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E dizia-lhes:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias,
nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles senão, ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário.
Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem,
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’».
Palavra da salvação.
(In: Solenidades)
Hoje, tive uma boa surpresa: quando os presbíteros se aproximaram do Altar - nesta Eucaristia de terça-feira -, verifiquei que havia mais um do que é habitual. Era o sr Pe Sixto que vem participar no nosso Convívio de Princípio de Ano. Foi muito bom ver o Caminho Neocatecumenal no seu lugar.
Depois, ao escutar o Evangelho de Lucas, interiormente agradeci a Deus a Palavra, que me tocou profundamente, porque não é mais do que aquilo que praticam os nossos Catequistas: eles deixaram o emprego, a sua casa, a sua terra, para responderem a Jesus que os chamava a Evangelizar as Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. Agora, é este o seu trabalho: EVANGELIZAR!
Tal como os discípulos, não recebem ordenado, porque diz Jesus “Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles senão, ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário.”
Quem recebe a “instrução divina” através dos Catequistas, é quem tem o dever de os assistir, porque eles estão a trabalhar para nós. Como diz Jesus, quanto ao “salário”, querendo referir-se como se sabe, à subsistência, não a dinheiro.
Sejam bem-vindos os nossos Catequistas! O Senhor os encha de Sabedoria.
Que o Espírito Santo nos assista a todos nestes três dias de Convívio.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL 2011
«Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21)
Por ocasião do Jubileu do Ano 2000, o Venerável João Paulo II, no início de um novo milénio da era cristã, afirmou com força a necessidade de renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho «com o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 58). É o serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência. Por isso, o mesmo convite ressoa todos os anos na celebração do Dia Missionário Mundial. Com efeito, o anúncio incessante do Evangelho vivifica também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais a fim de que sejam cada vez mais apropriados às novas situações — inclusive as que exigem uma nova evangelização — e animados pelo impulso missionário: «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade cristãs, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 2).
Ide e anunciai
Este objectivo reaviva-se continuamente através da celebração da liturgia, em especial da Eucaristia, que se conclui sempre evocando o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: «Ide...» (Mt 28, 19). A liturgia é sempre uma chamada «do mundo» e um novo início «no mundo» para testemunhar o que se experimentou: o poder salvífico da Palavra de Deus, o poder salvífico do Mistério pascal de Cristo. Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de O anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús. Eles, depois de ter reconhecido o Senhor ao partir o pão, «partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze» e contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho (Lc 24, 33-35). O Papa João Paulo II exortava a estarmos «vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: “Vimos o Senhor”!» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 59).
A todos
Todos os povos são destinatários do anúncio do Evangelho. A Igreja «por sua natureza é missionária, visto que, segundo o desígnio de Deus Pai, tem a sua origem na missão do Filho e na missão do Espírito Santo» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Ad gentes, 2). Esta é «a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar» (Paulo vi, Exort. ap. Evangelii nutiandi, 14). Consequentemente, nunca pode fechar-se em si mesma. Enraíza-se em determinados lugares para ir além. A sua acção, em adesão à palavra de Cristo e sob a influência da sua graça e caridade, faz-se plena e actualmente presente a todos os homens e a todos os povos para os conduzir rumo à fé em Cristo (cf. Ad gentes, 5).
Esta tarefa não perdeu a sua urgência. Aliás, «a missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, ainda está bem longe do seu pleno cumprimento... uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão ainda está no começo e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 1). Não podemos permanecer tranquilos com o pensamento de que, depois de dois mil anos, ainda existam povos que não conhecem Cristo e ainda não ouviram a sua Mensagem de salvação.
Não só mas aumenta o número daqueles que, embora tendo recebido o anúncio do Evangelho, o esqueceram e abandonaram, já não se reconhecem na Igreja; e muitos âmbitos, inclusive em sociedades tradicionalmente cristãs, hoje são refratários a abrirem-se à palavra da fé. Está em acto uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, de movimentos de pensamento e de relativismo imperante, uma mudança que leva a uma mentalidade e a um estilo de vida que prescindem da Mensagem evangélica, como se Deus não existisse e exaltam a busca do bem-estar, do lucro fácil, da carreira e do sucesso como finalidade da vida, inclusive em detrimento dos valores morais.
Co-responsabilidade de todos
A missão universal envolve todos, tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar. E este dom-empenho está confiado não só a algumas pessoas, mas a todos os baptizados, os quais são «raça eleita... nação santa, povo adquirido» (1 Pd 2, 9), para que proclame as suas obras maravilhosas.
Estão envolvidas também todas as suas actividades. A atenção e a cooperação na obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos ou ocasiões particulares, e nem devem ser consideradas como uma das tantas actividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial e, portanto, deve estar sempre presente. É importante que tanto cada baptizado como as comunidades eclesiais se interessem pela missão não de modo esporádico e irregular, mas de maneira constante, como forma de vida cristã. O próprio Dia Missionário não é um momento isolado no decorrer do ano, mas uma ocasião preciosa para nos determos e reflectirmos se e como correspondemos à vocação missionária; uma resposta essencial para a vida da Igreja.
Evangelização global
A evangelização é um processo complexo e inclui vários elementos. Entre estes, uma atenção peculiar da parte da animação missionária sempre foi dada à solidariedade. Este é também um dos objectivos do Dia Missionário Mundial que, através das Pontifícias Obras Missionárias, solicita a ajuda para a realização das tarefas de evangelização nos territórios de missão. Trata-se de apoiar instituições necessárias para estabelecer e consolidar a Igreja mediante os catequistas, os seminários, os sacerdotes; e também de oferecer a própria contribuição para o melhoramento das condições de vida das pessoas em países nos quais são mais graves os fenómenos de pobreza, subalimentação sobretudo infantil, doenças, carência de serviços médicos e para a instrução. Isto também faz parte da missão da Igreja. Anunciando o Evangelho, ela toma a peito a vida humana em sentido pleno. Não é aceitável, afirmava o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização se descuidem os temas relativos à promoção humana, à justiça e à libertação de todas as formas de opressão, obviamente no respeito pela autonomia da esfera política. Não se interessar pelos problemas temporais da humanidade significaria «esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo que sofre e está em necessidade» (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 31.34); não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus, o qual «percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todas as enfermidades e doenças» (Mt 9, 35).
Assim, através da participação co-responsável na missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos concedeu, e colabora para a realização do plano salvífico de Deus para toda a humanidade. Os desafios que ela encontra chamam os cristãos a caminhar juntamente com os outros, e a missão faz parte integrante deste caminho com todos. Nela conservamos, embora em vasos de barro, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja.
O Dia Missionário reavive em cada um o desejo e a alegria de «ir» ao encontro da humanidade levando Cristo a todos. Em seu nome concedo-vos de coração a Bênção Apostólica, em particular àqueles que mais trabalham e sofrem pelo Evangelho.
Vaticano, 6 de Janeiro de 2011, Solenidade da Epifania do Senhor.
BENEDICTUS PP. XVI
domingo, 16 de outubro de 2011
Hoje é o dia do Senhor
O Cristão é um cidadão como todos os outros:
desfruta dos mesmos direitos e tem os mesmos deveres.
E os impostos, ele é obrigado a pagar?
As Leituras nos dão uma resposta...
Na 1aLeitura, um rei pagão foi "instrumentos de Deus"
para libertar o seu povo da escravidão da Babilônia. (Is 45,1.4-6)
Ciro, Rei da Pérsia, foi um excelente comandante e político iluminado. Conquistou todos os impérios do oriente, inclusive a Babilônia.
No ano 538, depois de conquistar a Babilônia,
permitiu os judeus voltarem à própria terra e
começarem a reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém.
O profeta chama o rei pagão de "ungido do Senhor".
Ciro torna-se instrumento de Deus, mesmo sem o conhecer,
sem mesmo ser membro do povo da Aliança.
* O texto sugere que Deus é o verdadeiro "Senhor da História"
e que é ele quem conduz a caminhada do seu Povo.
Deus pode se servir de qualquer pessoa para realizar seus projetos.
Pode se servir de dirigentes até sem religião, desde que sejam
competentes, honestos e saibam promover o bem-estar e a paz.
- O contrário também pode acontecer:
Nem toda pessoa "religiosa" e bem intencionada
tem a necessária competência para uma função pública.
Na 2ª Leitura, Paulo louva o Senhor, porque a Comunidade de Tessalônica abraçou com entusiasmo o Evangelho, e pela ação do Espírito Santo,
deu frutos de fé, de amor e de esperança. (1Tes 1,1-5b)
É a carta mais antiga de São Paulo.
No Evangelho, Jesus responde a uma pergunta política. (Mt 22,34-40)
Discípulos dos fariseus e herodianos, favoráveis ao poder romano, fazem
uma pergunta capciosa: "É permitido ou não pagar o TRIBUTO a César?"
- Se dissesse SIM: apareceria como colaborador da dominação romana.
Se dissesse NÃO: seria denunciado às autoridades romanas como subversivo.
- Jesus percebe a armadilha. Pede uma moeda e pergunta:
"De quem é essa imagem?
"Dai pois a César o que é de César..."
e acrescenta: "...e a Deus o que é de Deus"
+ "Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus":
"Dar" significa aqui "devolver" a cada um o que lhe pertence.
Não deve dar a César o que não lhe pertence: a ADORAÇÃO,
devida unicamente a Deus (não aos imperadores...).
* Jesus não nega o pagamento do tributo imperial.
O amor a Deus não tira as obrigações para com a nação.
Mas questiona a pretensão de César de se nivelar a Deus e
exigir dos súbditos culto só devido a Deus.
A resposta reduzia César às suas devidas dimensões.
+ Um Perigo: Tirar o lugar de Deus.
- Uns reconhecem a autoridade do império,
por isso servem aos interesses dele, pagando o imposto;
- Outros querem reconhecer a autoridade de Deus,
mas deixam de lado o que é de Deus.
O dinheiro, o poder, o êxito, a realização profissional, a ascensão social,
o clube de futebol… podem tomar o lugar de Deus e
passam a dirigir e a condicionar a vida de muitas pessoas.
* Deus é, de fato, nosso único "Senhor", a quem servimos?
+ Conclusões da resposta de Jesus:
- "Dar a César..." (a imagem de César)
O Cristão tem obrigações com a Sociedade em que vive.
Nenhum país funciona se a população não der a César o que é de César...
O cristão deve ser um bom cidadão.
É uma obrigação moral, além de civil, contribuir para o bem comum
com o pagamento de impostos justos.
- "Dar a Deus" (o homem foi criado à "imagem" de Deus)
Por isso, seus direitos e sua dignidade devem ser respeitados por todos.
Nós somos o "seu Povo", que não pode ser vendido a nenhum César.
Se tiramos de Deus o que lhe pertence, devemos "devolver".
Só Deus é o "Senhor" de nossa vida...
- Dar à Comunidade cristã (devemos ser membro vivo e atuante...)
Participar na Vida e Ação Evangelizadora e Missionária da Igreja...
A Igreja no Brasil nos pede que todos devemos:
"EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo,
como Igreja discípula, missionária e profética,
alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia,
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres,
para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo". (DGAE)
- Colaborar pela sua manutenção, com o Dízimo...
A Bíblia fala e condena os que "sonegam" o tributo do templo...
+ Estamos, de fato, dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus?
Não podemos "sonegar" o nosso tributo
nem a Deus, nem à Nação, nem à Comunidade...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 16.10.2011
sábado, 15 de outubro de 2011
FEIRA AGRÍCOLA NA PRAIA DA VITÓRIA
Gosto muito de visitar esta feira agrícola, porque para mim é sempre agradável apreciar os animais e os expositores que apresentam produtos confeccionados nos Açores.
Só que por falta de sinalização andámos de um lado para o outro à procura de ver os animais, que este ano se confinaram ao gado bovino e a três cavalos …
Numa das “estufas”, colocaram os bovinos de raça “preta e branca”, mas a falta de higiene era tão grande que implicava naturalmente um cheiro nauseabundo, que não conseguimos entrar.
A estufa dos bovinos de raça “amarela”, mais pequena estava muito asseada e foi bonito ver enormes animais, que até metia medo – alguns destes vemo-los pelas festas Sanjoaninas, a “passearem” na rua da Sé.
Restaurantes … havia apenas um!
A exposição de produtos Açoreanos, como habitualmente estava com boa apresentação e muito variada, só no stand da Graciosa queríamos comprar os famosos alhos , o Vinho Pedras Brancas e a Angelica, mas não havia ninguém para vender … . O mesmo aconteceu com a propaganda que era feita “faça um quintal na sua casa”, também não deu … .
Mas é sempre bom irmos à cidade da Praia da Vitória para vermos aquela praia de areia branca, grande e bonita, com aquele “passeio” muito plano a convidar mesmo, ao encontro das famílias e dos amigos ...
PENSAR ALTO
Vou “pensar”alto e partilhar contigo uma Leitura que acabo de meditar e que me tocou profundamente – 2Pd 3, 13-15a – porque ultimamente tenho andado adoentada, limitada e muito débil, o que me tem abalado grandemente, tornando-me numa pessoa triste e sem ânimo.
Mas, sem contar, eis que vem a Palavra de Deus e me dá “a volta”. Deus é fantástico!
Quis que eu me encontrasse com esta Palavra, para me encher de alegria e ânimo. Sobretudo ter esperança nas Suas promessas: vida eterna para eu gozar de felicidade permanente, depois desta vida atribulada.
Até lá, Pedro o Apóstolo, diz-me que aproveite este espaço de tempo que me resta, para me empenhar na preparação do Banquete, nomeadamente na confecção das vestes nupciais, que têm de incorporar na sua decoração, a humildade, simplicidade e louvor.
Por isso não há tempo a perder, porque ele já se torna escasso para mim – e não sei quando virá o noivo - pois há muito que fazer, escutar, corrigir, perdoar e amar .
É maravilhoso que Jesus, pela mão de Pedro, me fale: “Considerai esta paciente espera de Nosso Senhor como uma oportunidade para alcançardes a salvação.”
TEM UM BOM DIA
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Mensagem do dia
Santa Teresinha, numa de suas cartas dirigidas a sua irmã, disse: “Não é para ficar numa âmbula de ouro que Jesus desce a cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu na nossa alma, onde ele encontra suas delícias”, e continua: “quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono, afastada da comunhão”. A própria Santa Teresinha experimentou esta tentação e assim expressou: “Ele quer que ela fique vazia, afastada da comunhão!”.
Deus quer combater as nossas feridas, e para isso precisamos desses dois sacramentos, que são amostras do amor infinito de Jesus por nós. É pela nossa perseverança que venceremos. Lute! Jesus já lhe deu o remédio infalível: a Confissão e a Eucaristia. A vitória está em nossas mãos!
Deus o abençoe!
Fundador da Comunidade Canção Nova