Vão chegando as “festas” a esta Ilha!
As touradas já começaram, mesmo com frio e alguma chuva. Mas
tudo se suporta, porque é a festa brava.
Todos se preparam para estas festas.
As avós e mães com a sua experiencia vão orientando os mais
novos na organização dos cortejos, na lista dos convidados, na confecção das
“sopas” e afins. Areiam-se as “coroas” enegrecidas pela humidade e limpam-se os
estandartes; ensaia a Filarmónica, colocam-se os mastros para a iluminação e
“cantoria”...
Há que pensar também nas roupas novas, nas iguarias para as
tasquinhas...
Tudo estará pronto no dia marcado...
Neste tempo, vão ocorrer igualmente nalgumas freguesias, as
Festas chamadas “crismas”, que a pastoral nacional determinou que se
realizassem após dez anos de catequese, em que os adolescentes vão confirmar a sua Fé nos valores cristãos
confessados pelos pais e padrinhos no dia do seu Baptismo.
Por aquilo que se nota, não tem havido por parte da família a
passagem das vivências espirituais aos
mais novos – como se faz noutras circunstâncias - que conduzam a criança e o
adolescente à Fé em Cristo Ressuscitado.
Há muitas décadas atrás a Europa e a nossa sociedade de
“brandos costumes” se descristianizou e as famílias foram atingidas por este
divórcio entre a fé e a vida, deixando de acompanhar e passar a fé aos filhos.
Os pais abandonaram e saíram da Igreja.
Todavia, “mandam” os filhos para a catequese. É tradição e
bonito fazer-se a primeira comunhão, a comunhão solene e o crisma. Então
acontece o que nós, catequistas, constatamos: os pais como não levam os filhos
à Igreja também não se preocupam com o absentismo nem com o aproveitamento dos
mesmos.
Outro dia tive a oportunidade de me encontrar com adolescentes
que se preparam para o Crisma: foi um choque verificar que, a maior parte deles
não acredita na Bíblia nem na Eucaristia.
Mas... tudo estará pronto no dia marcado...
PASSA UM BOM DIA
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