“Ser homem e mulher de alegria” significa “ser homem e mulher de
paz, significa ser homem e mulher de consolação”, disse Francisco.
Barbara Castelli – Cidade do Vaticano
A alegria “é o respiro do
cristão”, uma alegria feita de verdadeira paz e não falsa como aquela que a
cultura de hoje oferece, que “inventa tantas coisas para nos divertir”,
inúmeros “momentos de dolce vita”. Na Missa celebrada na manhã de segunda-feira
(28/05) na capela da Casa Santa Marta, o Papa voltou a falar de uma das
características do cristão: a alegria, não obstante as provações e as
dificuldades.
O respiro do cristão
Na homilia, comentando um
trecho da primeira carta de São Pedro apóstolo e do Evangelho de São Marcos, em
que se fala de um jovem rico que não consegue renunciar aos próprios
interesses, o Pontífice destaca que um verdadeiro cristão não pode ser
“tenebroso” ou “triste”. “Ser homem e mulher de alegria”, insiste, significa
“ser homem e mulher de paz, significa ser homem e mulher de consolação”.
“A alegria cristã é o
respiro do cristão, um cristão que não é alegre no coração não é um bom
cristão. É o respiro, o modo de se expressar do cristão, a alegria. Não é algo
que se compra ou que faço com esforço, não: é um fruto do Espírito Santo. Quem
faz a alegria no coração é o Espírito Santo”.
O primeiro passo da alegria é a paz
A rocha sólida sobre a
qual se apoia a alegria cristã é a memória: não podemos de fato esquecer
“aquilo que o Senhor fez por nós”, “regenerando-nos” a uma nova vida; assim
como a esperança daquilo que nos aguarda, o encontro com o Filho de Deus.
Memória e esperança são os dois elementos que permitem aos cristão viver na
alegria, não uma alegria vazia, mas uma alegria cujo “primeiro grau” é a paz.
“A alegria não é viver de
risada em risada. Não, não é isso. A alegria não è ser engraçado. Não, não é
isso. É outra coisa. A alegria cristã é a paz. A paz que está nas raízes, a paz
do coração, a paz que somente Deus pode nos dar. Esta é a alegria cristã. Não é
fácil preservar esta alegria”.
A cultura dos “momentos de dolce vita”
No mundo contemporâneo,
prossegue o Papa, infelizmente nos contentamos de uma “cultura pouco alegre”,
“uma cultura onde inventam tantas coisas para nos divertir”, tantos “momentos
de dolce vita”, mas que não satisfazem plenamente. A alegria, de fato, “não é
algo que se compra no mercado”, “é um dom do Espírito” e vibra também no
“momento do turbamento, no momento da provação”.
“Há uma inquietação
positiva, mas outra que não é positiva, a de buscar as seguranças em qualquer
lugar, de buscar o prazer em qualquer lugar. O jovem do Evangelho tinha medo de
que se abandonasse as riquezas não poderia ser feliz. A alegria, a consolação:
o nosso respiro de cristãos”.
(vaticannews)
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