Vaticano,
12 Jun. 19 / 06:11 am (ACI).-
O Papa Francisco realizou um novo chamado à comunhão dos cristãos e recordou
que a unidade se encontra no DNA da comunidade cristã.
A
partir do livro dos Atos dos Apóstolos e inaugurando uma nova série de
catequeses, o Santo Padre destacou durante a Audiência Geral desta
quarta-feira, 12, na Praça de São Pedro, que após a traição de Judas os
Apóstolos se esforçaram por recuperar a unidade do colégio apostólico.
“Ante o
abandono de um dos 12, que provocou uma ferida no corpo comunitário, fez-se
necessário que seu cargo passasse a outro. E quem poderia assumi-lo? Pedro
indica o requisito: o novo membro deve ter sido discípulo de Jesus desde o
início, quer dizer, do batismo no
Jordão até o final, ou seja, a ascensão aos Céus”.
O Papa
Francisco assinalou que era “necessário reconstruir o grupo dos Doze. Naquele
momento se inaugurou a prática do discernimento comunitário, que consiste em
ver a realidade com os olhos de Deus, na óptica da unidade e da comunhão”.
Dois eram os candidatos a ocupar o posto abandonado por Judas: José Barsabás e
Matias. “Então, toda a comunidade rezou assim: ‘Tu, Senhor, que conheces o
coração de todos, mostra qual destes dois escolheste para ocupar o posto que
Judas abandonou’. E o Senhor indica Matias”.
Desse
modo, reconstituiu-se “o corpo dos 12, sinal de que a comunhão vence a divisão,
prevalece sobre o isolamento, sobre a mentalidade que absolutiza o espaço
privado, sinal de que a comunhão é o primeiro testemunho que os Apóstolos
oferecem”.
“Os 12
manifestam nos Atos dos Apóstolos o estilo do Senhor. São testemunhos
fidedignos da obra de salvação de Cristo e não manifestam ao mundo uma suposta
perfeição, mas, por meio da graça da unidade, fazem surgir Aquele que agora
vive de um modo novo em meio ao seu povo: o Senhor Jesus”.
Portanto,
“os Apóstolos escolhem viver sob a guia do Ressuscitado na unidade entre os
irmãos, que se torna a única atmosfera possível da autêntica doação de si”.
O
Pontífice sublinhou que “também nós temos a necessidade de redescobrir a beleza
de testemunhar o Ressuscitado, abandonando as atitudes de
auto-referencialidade, renunciando a reter os dons de Deus e não cedendo à
mediocridade”.
“A
reunificação do colégio apostólico mostra como no DNA da comunidade cristã há
unidade e liberdade própria, que permite não ter medo da diversidade, não
apegar-se às coisas e aos dons e tornar-se mártires, testemunhos luminosos de
Deus vivo que atua na história”, concluiu o Pontífice.
(acidigital)
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