Vaticano,
26 Jun. 19 / 12:45 pm (ACI).-
O Papa Francisco viu "com imensa tristeza" a imagem dos corpos de Óscar
e de sua pequena filha Valeria, de apenas 21 meses, ambos de El Salvador, que
morreram afogados na tentativa de atravessar o Rio Grande (conhecido pelos
mexicanos como Rio Bravo) na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Óscar
e Valeria saíram de El Salvador com a mãe da menina, Tania, em abril deste ano.
No domingo, 23 de junho, em uma tentativa desesperada de chegar aos Estados
Unidos, pai e filha foram arrastados pelo rio na altura das cidades de
Matamoros (México) e Brownsville (EUA).
Seus corpos
foram encontrados na margem do rio a poucos quilômetros de distância. As
autoridades salvadorenhas ofereceram sua colaboração para repatriar os corpos
para seu país de origem.
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, 26 de junho, Alessandro Gisotti,
diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, assinalou que "o Santo
Padre viu, com imensa tristeza, a imagem do pai e de sua filha mortos afogados
no Rio Grande enquanto tentavam cruzar a fronteira entre o México e os Estados
Unidos”.
"O
Papa está profundamente entristecido com a morte deles, reza por eles e por
todos os migrantes que perderam suas vidas tentando fugir da guerra e da
pobreza", assinalou.
Segundo a
patrulha de fronteira dos EUA, pelo menos 283 migrantes morreram em 2018
tentando atravessar a partir do México. No último fim de semana, morreram cerca
de 10 pessoas, entre elas pelo menos três menores.
Em
entrevista concedida ao Grupo ACI no dia 25 de junho, Dom Alfonso
Miranda, secretário-geral da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM),
expressou a dor da Igreja pela morte dos migrantes
salvadorenhos, e questionou: "Qual será o tamanho do sofrimento das
pessoas da América Central que, sem se importar com nada, vão atrás de seus
sonhos e arriscam literalmente e absolutamente tudo?".
Além
disso, fez um chamado à sensibilização com o irmão que sofre nestas condições e
assinalou que "aqui no México é preciso lançar um forte grito que se ouça
e que ressoe em todo o México e além, Estados Unidos, América Central e no
mundo inteiro, e que diga: 'Eu também sou migrante'".
(acidigital)
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