REDAÇÃO
CENTRAL, 04 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Conheço Jesus pobre e crucificado e
isso me basta”, dizia São Francisco de Assis, cuja festa se celebra neste dia 4
de outubro. O Papa, que escolheu o nome Francisco por causa deste santo,
definiu-o como homem de harmonia e de paz.
São
Francisco nasceu em Assis (Itália) em 1182, em uma família abastada. Tinha
muito dinheiro e o gastava com ostentação. Só se interessava por “gozar a vida”.
Em sua
juventude, foi à guerra e acabou sendo feito prisioneiro. Logo depois de ser
libertado, ficou doente até que escutou uma voz que lhe questionou: “Francisco,
a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Retornou para casa e com a
oração foi entendendo que Deus queria algo a mais dele.
Começou a
visitar e servir aos doentes, até dar de presente suas roupas e dinheiro. Desta
maneira desenvolvia seu espírito de pobreza, humildade e compaixão.
Certo
dia, enquanto rezava na Igreja de
São Damião, pareceu-lhe que o crucifixo repetia três vezes: “Francisco, vai e
repara a minha Igreja que, como vês, está toda em ruínas”. Então, acreditando
que lhe pedia que reparasse o templo físico, foi, vendeu os vestidos da loja de
seu pai, levou o dinheiro ao sacerdote do templo e pediu para viver ali.
O presbítero aceitou que ficasse, mas não o dinheiro. Seu pai o buscou,
golpeou-o furiosamente e, ao ver que seu filho não queria retornar para casa,
exigiu o dinheiro. Francisco, ante o conselho do Bispo, devolveu-lhe até a
roupa que levava no corpo.
Mais
adiante, ajudou a reconstruir a Igreja de São Damião e de São Pedro. Com o
tempo, transferiu-se para uma capela chamada Porciúncula, a qual reparou e onde
viveu. Pelos caminhos, costumava saudar dizendo: “A paz do Senhor esteja
contigo”.
Sua
radicalidade de vida foi atraindo algumas pessoas que queriam ser seus
discípulos. Foi assim que, em 1210, Francisco redigiu uma breve regra e junto a
seus amigos foi a Roma, onde obteve a aprovação.
O santo
fez da pobreza o fundamento de sua ordem e o amor à pobreza se manifestava na
maneira de se vestir, nos utensílios que usavam e nos atos. Apesar de tudo,
sempre eram vistos alegres e contentes.
Sua
humildade não era um desprezo sentimental de si mesmo, a não ser na convicção
de que “ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais”.
“Muitos
há que, insistindo em orações e serviços, fazem muitas abstinências e
macerações dos seus corpos, mas por causa de uma única palavra que lhes parece
ser uma injúria a seu próprio eu ou por causa de alguma coisa que se lhes tire,
sempre se escandalizam e se perturbam. Estes não são pobres de espírito, porque
quem é verdadeiramente pobre de espirito se odeia a si mesmo e ama quem lhe
bate a face”, dizia.
Considerando-se
indigno, chegou a receber só o diaconato e deu à sua Ordem o nome de frades
menores porque queria que seus irmãos fossem os servos de todos e buscassem
sempre os lugares mais humildes.
É
atribuído a ele ter começado a tradição do “presépio” que se mantém até os dias
de hoje. Além disso, Deus lhe concedeu o milagre dos estigmas.
Ao
visitar Assis em 4 de outubro de 2013, o Papa Francisco disse que São Francisco
“dá testemunho de respeito por tudo, dá testemunho de que o homem é chamado a
salvaguardar o homem, de modo que o homem esteja no centro da criação, no lugar
onde Deus – o Criador – o quis; e não instrumento dos ídolos que nós criamos! A
harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia e de paz”.
(acidigital)
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