Paula Banza Tourais
Diz o livro do Deuteronómio: “Lembra-te dos dias de outrora, considera os anais do passado, interroga o teu pai e ele te contará, os teus avós e eles te ensinarão”. (Dt. 32)
Tenho refletido muito sobre a forma despreparada como o mundo se viu a braços com a atual pandemia. Não foi a última há cem anos? Não andavam alguns analistas sociais, profetas dos tempos modernos, a vaticinar a iminência de algo dentro do género? Nem os cidadãos comuns estavam “à espera desta”, nem a esmagadora maioria dos países se preveniu seriamente, ao longo do tempo, para a possibilidade de um dia ter de gerir uma crise desta dimensão ao nível da saúde pública e que, ainda por cima, concorre para uma enorme crise económica que se agrava a cada instante.
Mas olhar para o passado, com sabedoria, ensina-nos lições preciosas: perceber que há ciclos de dificuldade alternados com ciclos de prosperidade e de bem-estar; perceber que há esperança e que Deus não abandona os que n’Ele confiam (lembremo-nos de José do Egipto que interpreta os sonhos do faraó e prepara os sete anos de grande carestia).
Há muito para fazer ao nível da solidariedade, mas de uma solidariedade verdadeira, cheia de entrega e empenho por parte de todos, já que todos precisamos de dar e de receber uma mão estendida. A caridade cristã é a forma mais bela de solidariedade e de justiça social, “amar o próximo como a nós mesmos” faz circular a riqueza e não faltar a uns, nem sobrar a outros. Tudo isto já está escrito e profetizado na Palavra de Deus há tantos séculos!
Afinal, como nos diz S. Paulo, na Carta aos Romanos, “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”, até a pandemia. Valerá a pena pensar nisto??
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