quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A IGREJA PERSEGUIDA

POR QUÊ? PARA QUÊ?


Padres perseguidos no Vietname e no Nepal


Dois padres e alguns leigos foram espancados por polícias, no Vietname, quando tentavam chegar a uma marcha de protesto. A notícia foi avançada pela Rádio Renascença.

Os padres Paul Nguyen Dinh Phu e Peter Nguyen The Binh estão em estado crítico depois dos ataques a que foram sujeitos. O primeiro tem costelas partidas e ferimentos na cabeça, e o segundo encontra-se em coma depois de ter sido lançado de um segundo andar.

Segundo a emissora católica portuguesa, estes últimos problemas tiveram início no dia 20 de Julho quando vários católicos se juntaram na Igreja de Tam Toa para erigir uma cruz e um altar.

A Igreja, que tem 120 anos, foi confiscada pelo Estado em 1968 e transformada num memorial dos crimes de guerra dos americanos. A população, sem dinheiro para fazer uma nova capela, continuou a reunir-se no local para as suas celebrações.

Quando se reuniram no passado dia 20 foram atacados por polícias. Vários ficaram feridos. Em resposta foi organizado um protesto que reuniu meio milhão de pessoas em marchas pacíficas em diversas cidades.

O Padre Dinh Phu Nguyen estava a caminho de Tam Toa para celebrar missa antes da marcha quando viu um grupo de homens e mulheres a serem agredidos por um bando que, alegadamente, incluía polícias à paisana. Tentou ajudar e foi por sua vez atacado enquanto cerca de 30 polícias fardados observavam sem intervir.

O mesmo bando cercou o hospital para onde foi levado e acabou por reconhecer Nguyen The Binh quando este o foi visitar, atacando-o também.

Por todo o país têm-se organizado vigílias para pedir ao Governo que cesse a sua perseguição à Igreja Católica.

A RR refere ainda que noutro ponto do Globo, o Nepal, vários sacerdotes têm recebido telefonemas anónimos a pedir-lhes que abandonem o país o mais rapidamente possível.

De acordo com um dos padres ameaçados, os interlocutores não têm feito outras exigências para além da saída do Nepal: “Não pediram dinheiro, nem nada do género”.

As pessoas em questão não se identificam por nome, mas dizem pertencer a um grupo fundamentalista hindu, o mesmo que terá assassinado recentemente o Pe. John Prakash e bombardeado a Igreja da Assunção, em Kathmandu, a capital do Nepal.

O vigário apostólico do Nepal, Mons. Anthony Sharma já apelou à prudência. Embora não tenha recebido nenhuma ameaça, fez saber que todas as outras estão a ser participadas às autoridades.

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Episcopado mexicano protesta contra invasão policial durante Missa

Narcotráfico volta a ensombrar vida das comunidades católicas no México



A Conferência Episcopal do México protestou contra a invasão da polícia numa igreja de Apatzingán, no Estado de Michoacán, durante a Missa do último domingo, para prender um narcotraficante.

"Os fins não justificam os meios utilizados neste e noutros casos. Nada explica este tipo de comportamento dentro de um recinto religioso, sobretudo num momento em que o México é visto pelo mundo como um país inseguro e violento”, ressaltaram os bispos, em comunicado citado pela Rádio Vaticano.

Os prelados pediram ao Governo para não permitir que este tipo de conduta seja realizada por aqueles que têm o dever de manter a segurança e a ordem. Além disso, a Conferência Episcopal Mexicana expressou a sua solidariedade ao bispo de Apatzingán, D. Miguel Patiño Velázquez, ao clero e aos fiéis que estão a sofrer as consequências da violência por causa do narcotráfico nessa região.

"Pedimos ao Espírito Santo para que renove os nossos corações neste momento em que a violência assola o nosso país. Apoiados na nossa fé, mantemos firmes a esperança de construir um México de paz, justiça e concórdia”, indicam.

No início deste mês, Bento XVI recebeu no Vaticano o novo embaixador do México junto da Santa Sé, Héctor Federico Ling Altamirano, tendo dirigido um discurso em que condenava o problema do narcotráfico no país americano.

Comentando a situação social mexicana, o Papa destacou o empenho das autoridades para enfrentar questões como a violência, o narcotráfico, as desigualdades e a pobreza, que são "campo fértil para a delinquência".

"É bem sabido que para uma solução eficaz e duradoura desses problemas, não são suficientes medidas técnicas ou de segurança. Requer-se visão e a eficiente conjunção de esforços, além de propiciar uma necessária renovação moral, a educação das consciências e a construção de uma verdadeira cultura da vida", defendeu Bento XVI.

(Ag Ecclesia)


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