Oitava do Natal
Sagrada Família
Dentro do clima de
Natal, a Liturgia nos apresenta hoje
a SAGRADA FAMILIA de Nazaré,
como exemplo e
modelo das todas famílias.
Jesus menino
precisou de uma família,
que o acolhesse na
condição humana, fraca e frágil.
Precisou ser
acolhido pelo amor de um coração materno e
amparado pela
presença solícita de um pai.
Depois da família
de Nazaré, todas as famílias se tornaram sagradas,
pois é o espaço da
vida e do amor.
Os tempos mudaram,
mas o valor da família sempre será atual.
O pouco tempo da
convivência familiar no mundo de hoje,
implica
criatividade e determinação para reservar mais tempo
para reunir e
celebrar a vida em família.
A 1ª leitura
apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes
que os filhos
devem ter para com os pais. (Sr 3,3-7.14-17)
O texto repete cinco
vezes a palavra "honrar":
- "HONRAR"
significa dar o devido valor e
reconhecer a sua
importância com certas atitudes concretas.
Como recompensa, terá
o perdão dos pecados, alegria,
vida longa e a
atenção de Deus.
A 2ª Leitura
sugere sete tecidos a serem usados na Família e na Comunidade,
para viver sempre
em harmonia e assim conseguir a felicidade:
"Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de
bondade, de humildade,
de mansidão, de paciência, de tolerância, de perdão
recíproco". (Cl 3,12-21)
Conclui com
recomendações às esposas, aos maridos, aos pais e aos filhos...
O Evangelho
nos põe diante da Sagrada
Família de Nazaré
apresentando Jesus
no Templo de Jerusalém. (Lc 2,22-40)
É uma catequese sobre
a identidade de Jesus e a sua missão no mundo.
- Mostra uma
família fiel cumpridora da Lei do Senhor,
que consagra a
Deus a vida dos seus membros.
- No Templo, dois
personagens acolhem Jesus: Simeão e Ana:
dois anciãos de
olhos postos no futuro, capazes de perceber os sinais de Deus
e de testemunhar a
presença libertadora de Deus no meio dos homens.
Representam esse
Israel fiel, que espera ansiosamente a libertação
e a restauração do
reinado de Deus sobre o Povo.
SIMEÃO toma Jesus nos braços e reconhece no menino
o Messias enviado
por Deus, como Luz e Salvação de "todos os Povos".
ANA
é também uma figura do Israel pobre e sofredor ("viúva"),
que se manteve
fiel ao Senhor, que espera a salvação de Deus.
Após reconhecer em
Jesus a salvação anunciada e entoar louvores ao Senhor, passa a "falar do menino a todos os que esperavam
a libertação".
- O texto termina
com uma referência à infância de Jesus
e ao crescimento
do menino em "sabedoria" e "graça".
+ Uma família
que valoriza a Palavra de Deus.
Maria e José
perceberam que quem escuta a Palavra de Deus,
constrói a família
sobre a rocha firme dos valores eternos.
"Guardai a Bíblia em vossas casas, lede-a,
aprofundai e compreendei plenamente suas páginas, transformai-a em oração e
testemunho de vida, escutai-a com amor e fé na liturgia. Criai o silêncio para
escutar com eficácia a Palavra
do Senhor e conservai o silêncio depois da escuta, porque ela continuará
habitando, vivendo e falando-vos. Fazei que ela ressoe no começo do vosso dia,
para que Deus tenha sempre a primeira palavra e deixai-a ressoar em vós à
noite, para que a última palavra seja de Deus". (Sínodo dos Bispos)
*A Palavra de Deus
tem o seu lugar na vida de nossas famílias?
+ Jesus
é apresentado no Templo e consagrado ao Senhor.
Em nossas famílias
há a preocupação para a formação cristã dos filhos?
Os pais procuram
transmitir aos filhos os valores do Evangelho,
acompanhando a
caminhada catequética, inserindo-os numa comunidade de fé, consagrando-os ao
serviço de Deus?
+ Simeão e Ana: dois
anciãos que acolhem Jesus no Templo.
Não são pessoas
desiludidas da vida, que sonham um tempo que se foi.
São pessoas
voltadas para o futuro,
atentas ao Deus
libertador, que vem ao seu encontro,
que sabem ler os
sinais de Deus naquele menino que chega
e que testemunham
aos seus conterrâneos
a presença
salvadora e redentora de Deus no meio do seu Povo.
- Os anciãos de
nossas comunidades transmitem aos jovens a mesma alegria,
o mesmo otimismo e
a mesma esperança num mundo melhor,
o mesmo diálogo
constante com o Senhor.
Os idosos, pela
sua maturidade, sabedoria e equilíbrio, pelo tempo disponível,
podem ser
testemunhas privilegiadas dos valores de Deus.
É preciso que não
vivam voltados para o passado,
refugiados numa
realidade que aliena,
mas vivam voltados
para o futuro, de espírito aberto e livre,
pondo a sua sabedoria
e experiência a serviço da família e da comunidade.
- Será que todos
os idosos da 3ª Idade estão conscientes dessa missão?
Ou preferem gastar seu precioso tempo em
futilidades?
Ana não se cansava de "falar do menino".
Antônio Geraldo Dalla Costa- 28.12.2014
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