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Cidade do Vaticano (RV) - Às 16h horas locais deste domingo, o Papa
Francisco deu início a uma visita pastoral à Paróquia de São José no Aurelio,
Via Boccea, na zona oeste da Diocese de Roma.
Após a sua chegada, Papa se encontrou com as várias realidades da
comunidade paroquial: as crianças e os jovens da catequese, a comunidade de
nômades, os enfermos e famílias com crianças batizadas durante ano.
O Papa confessou, em seguida, alguns penitentes. Enfim, preside a
celebração da Santa Missa.
No encontro com as crianças da paróquia o Santo Padre compartilhou com
as crianças a sua experiência do encontro com o Menino Jesus. Falou da sua
primeira comunhão, 70 anos atrás. Falou sobre a Irmã Dolores que foi a sua
catequista, muito amada e muito importante na sua vida pessoal e religiosa.
Francisco contou que foi visitá-la mesmo após a sua morte. O Papa fez a
primeira comunhão no dia 8 de Outubro de 1944. Na conclusão do encontro o
Pontífice abençoou as imagens do Menino Jesus que as crianças trouxeram.
Em seguida o Santo Padre manteve um encontro com alguns membros da
comunidade dos nômades, ou ciganos. Um encontro breve. O Papa exortou-lhes a
não perderam a esperança porque a esperança é Jesus. Recordou que o Senhor nos
espera sempre, durante todo o tempo que necessitamos, Ele nos espera. Depois
pediu para que rezem, rezem muito sempre para que haja paz nas famílias.
Por volta das 16.20, Francisco se encontrou com cerca 60 enfermos na
capela da Casa dos Oblatos de São José. O Santo Padre disse poucas palavras,
porém se aproximou e saudou um por um dos presentes na capela. A eles o
Pontífice disse: “Sem vocês a Igreja não existiria, porque uma Igreja sem
doentes não iria para frente”. E ainda: “Vocês são a força da Igreja”.
Em seguida o Papa encontrou-se com as famílias das crianças batizadas
durante o último ano. Também com elas compartilhou parte de sua história. Disse
que foi baptizado no dia de Natal porque tradicionalmente na Argentina as
crianças eram batizadas 8 dias após seu nascimento. Depois disse que quando as
crianças choram ninguém deveria lamentar-se porque “o primeiro choro das
crianças é a voz de Deus”.
O Papa se dirigiu depois para a sacristia onde confessou alguns fiéis e
se preparou para a celebração Eucarística.
“Utilizando a linguagem de Francisco – afirma o pároco da igreja, o
oblato Giuseppe Lai — poderíamos dizer que a nossa paróquia é a da periferia.
Mas em que sentido? Na vontade de alcançar a todos, independentemente de
religião e pensamento. A nós interessam as pessoas”.
Quando foi criada em 1961, a paróquia era também fisicamente na
periferia. Inicialmente era liderada pelo Padre Almiro Faccenda e não tinham
nem sequer a sua igreja. Mais tarde a urbanização transformou tudo. Em 1970 – a
paróquia já tinha se espalhado na área da rua de Val Cannuta — foi finalmente
abençoada a igreja com sua estrutura de cimento e tufo. Hoje, numa comunidade
que tem quase 18 mil pessoas, a periferia está no coração das pessoas.
No bairro, explica o pároco, não há grandes problemas ou tensões
sociais, mas “vive-se cotidianamente e com ânsia os problemas e as incertezas
criadas pela crise, com a dificuldade de fechar o mês com o salário quase
congelado, pagar as taxas e os aluguéis”. E a paróquia enfrenta junto com as
pessoas estes desafios. (SP)
2014-12-14
Rádio Vaticana
News.va
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