Missa
Santa Marta
Cidade do Vaticano (RV) – O Senhor revela o Mistério da
Salvação aos
pequeninos, não aos inteligentes e aos sábios. Foi o que
disse o Papa na
homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta (29/11).
O Papa se inspirou
no Evangelho do dia de Lucas - “O louvor de Jesus ao Pai” - para destacar a
preferência de Deus por quem sabe entender os seus mistérios, não os
inteligentes e os sábios, mas o “coração dos pequeninos”. Também a primeira
leitura, cheia de “pequenos detalhes”, observou Francisco, “vai nesta direção”.
O profeta Isaias, de fato, fala de “um pequeno broto” que “nascerá no tronco de
Jessé”, e não de “um exército” que trará a libertação. E os pequeninos são os
protagonistas também do Natal:
“Depois, no Natal,
veremos esta pequenez, esta pequena coisa: uma criança, uma estrebaria, uma
mãe, um pai … As pequenas coisas. Corações grandes, mas atitude de pequeninos.
E sobre este broto se repousará o Espírito do Senhor, o Espírito Santo, e este
pequeno broto terá aquela virtude dos pequeninos, e o temor do Senhor.
Caminhará no temor de Deus. Temor do Senhor que não é o medo: não. È dar vida
ao mandamento que Deus deu ao nosso pai Abraão: ‘Caminha na minha presença e
seja irrepreensível’. Humilde. Esta é humildade“.
Humildade
E somente os
pequeninos, destacou ainda o Papa, “são capazes de entender” plenamente “o
sentido da humildade”, o “sentido do temor de Deus”, porque “caminham diante do
Senhor”, vigiados e protegidos, “sentem que o Senhor lhes dá a força para ir
avante”. Esta é a verdadeira humildade, explicou Francisco:
“Viver
a humildade, a humildade cristã, é ter este temor do Senhor que – repito – não
é medo, mas é: “Tu és Deus, eu sou uma pessoa, eu vou avante assim, com as
pequenas coisas da vida, mas caminhando na Tua presença e buscando ser irrepreensível”.
A humildade é a virtude dos pequeninos, a verdadeira humildade, não a humildade
um pouco teatral: não, aquela não. A humildade de quem dizia: ‘Eu sou humilde,
mas orgulhoso de sê-lo’. Não, aquela não é a verdadeira humildade. A humildade
do pequenino é aquela que caminha na presença do Senhor, não fala mal dos
outros, olha somente para o serviço, se sente o menor … Ali está a força”.
Também é “humilde,
muito humilde”, observou ainda o Papa pensando no Natal, “aquela jovem para a
qual Deus “olha” para “enviar o Seu Filho”, e que logo depois vai até a prima
Isabel e não diz nada sobre “aquilo que tinha acontecido”. A humildade é assim”, acrescentou
Francisco, ”caminhar na presença do Senhor”, felizes, alegres porque “vigiados
por Ele”, ”exultantes na alegria porque humildes”, justamente como se narra no
Evangelho do dia sobre Jesus:
“Olhando Jesus que
exulta na alegria porque Deus revela o seu mistério aos humildes, possamos
pedir para todos nós a graça da humildade, a graça do temor de Deus, de caminhar
na sua presença buscando ser irrepreensíveis. E assim, com esta humildade,
possamos ser vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes de alegria
no louvor. Assim seja”.
(radiovaticana)
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